Nova Evangelização, novo Dom Vital.

Foi anunciada hoje a nomeação episcopal para a diocese vacante de Diamantino (MT). O escolhido foi Dom Vital Chitolina, SCJ, à esquerda na foto, até então bispo da diocese de Paranatinga (MT). À direita, um outro Dom Vital, pré-conciliar. Novos tempos, Nova Evangelização: ruptura ou reforma na continuidade? Duas imagens dizem mais que mil palavras.

Nosso recesso permanece até a segunda quinzena de janeiro.

Vaticano examinará ministério gay de Bispo.

Lima, Peru, 11 de agosto de 2011 / 05:54 pm (CNA – Tradução: Fratres in Unum.com) – Dom Raul Vera Lopez, de Saltillo, México, informou que se encontrará com o Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, no fim de agosto ou começo de setembro.

Os dois discutirão o apoio de Dom Vera à Comunidade San Elredo, uma organização que aceita a homossexualidade.

Em declarações ao jornal mexicano Zocalo, no fim de julho, Dom Vera disse: “Houve um chamado do Vaticano e estou pronto para esclarecer o assunto… Tenho que responder a uma série de perguntas que a Cidade do Vaticano me enviou sobre meu trabalho com homossexuais”.

Dom Vera disse ao jornal El Diario, de Coahuila, que seu encontro com o Cardeal Ouellet tem relação com as notícias publicadas pela ACI Prensa, o site-irmão de língüa espanhola de CNA.

“Esta agência publicou um monte de tolices, e pediram-me para falar sobre isso e tenho o direito de fazê-lo, sou um bispo da Igreja, trabalho pela Igreja e estou em comunhão com a Igreja”.

Ele também declarou não ter sido a primeira nem a última vez que foi chamado pelo Vaticano.

Dom Vera disse que o inquérito do Vaticano não é “uma reprimenda, mas um esclarecimento, especialmente com respeito ao que esta agência publicou”.

Em duas oportunidades o bispo se recusou a conceder informações a ACI Prensa, mas, no entanto, ele acusou a agência de distorcer suas palavras. CNA e ACI Prensa crêem ter meramente relatado os fatos.

O Diario de Coahuila também informou que a Comunidade San Elredo não faz mais parte da Diocese de Saltillo e será agora uma organização separada. No entanto, continuará a promover suas atividades habituais.

O coordenador temporário do grupo é Fernando Hernandez, que afirmou que San Elredo continuaria seguindo o plano pastoral diocesano, mas que iniciaria agora “uma nova fase fora da diocese”.

Os novos bispos dos EUA e a remodelação do catolicismo mundial.

IHU – Depois de Scola em Milão, Chaput (foto) assume a Filadélfia. Passo a passo, as nomeações de Bento XVI remodelam a liderança dos principais países do catolicismo mundial.

A reportagem é de Sandro Magister, publicada em seu sítio, Chiesa, 19-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A nomeação, tornada pública hoje, de Charles J. Chaput como novo arcebispo da Filadélfia é mais um passo à frente no caminho percorrido por Bento XVI para remodelar à sua medida a liderança da Igreja Católica nos Estados Unidos, assim como em outros países.

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“Sua Santidade, nomeie para nós bispos melhores”.

Fonte: MESSAINLATINO.IT
Tradução:
Giulia d’Amore, a quem agracemos a gentileza de nos ceder sua tradução

S. Em. Rev.ma. Cardeal Karl Lehmann, arcebispo de Mainz
S. Em. Rev.ma. Cardeal Karl Lehmann, arcebispo de Mainz

Vinte e um padres franceses escreveram uma carta ao Cardeal Ouellet para, respeitosamente, expressar seu grito de dor diante das nomeações episcopais que se colocam na mais incompreensível continuidade com a amostra episcopal que nas últimas décadas arrastou o catolicismo francês, solidamente radicado e vivo até a década de 50, no estado atual da falência e decocção. O último bispo nomeado, Fonlupt, não apenas é um adepto de casamentos entre divorciados e absolvições coletivas e de pastoral tipo kolkhoz, mas também é o autor de escritos anti-eucarísticos, como temos documentado.

O original da carta está devidamente assinada, mas as assinaturas são omitidas aqui. Por óbvia prudência: a instituição “liberal” nas conferências episcopais é ferozmente iliberal e intolerante com quem não pensa da mesma maneira. E foi decidido não permitir que os seminaristas assinem nada, atentos ao fato de que o apelo dos seminaristas ambrosianos ao Papa, para a extensão da aplicação do Motu Proprio à diocese de Milão levou à convocação de todos “in sala mensa”, ao anúncio de atrozes represálias indiscriminadas (à moda Kappler) se os responsáveis não se autodenunciassem e a uma severa reprimenda no site oficial da arquidiocese.

Na verdade, o estado extremamente decepcionante da classe episcopal não é, infelizmente, um privilégio apenas francês, e boa parte do mundo sofre (incluindo a minha diocese), mesmo que, a partir de João Paulo II, mas com o empenho intermitente, se tenha tentado consertar a situação; com resultados discretos ou bom em alguns países – por exemplo, nos Estados Unidos e Austrália, também na Holanda, onde, no entanto, há religiosos – que do bispo não dependem – que fazem seus estragos: basta ver os salesianos e os dominicanos – e, pouco ou nada, em outros. É notícia destes últimos dias que o Cardeal de Mainz, Lehmann (na foto), por muitos anos presidente da Conferência Episcopal Alemã, declarou ser uma “tolice” conferir o Crisma no rito antigo. A média dos bispos da Alemanha, Áustria, Suíça, França é apta a manicômio para lunáticos; na Itália e Espanha, onde não caímos tão baixo, a média ainda é de qualquer maneira medíocre e de desoladora estagnação.

A primeira preocupação deste site [Messa in Latino] sempre foi pela escolha de bons bispos e por isso procuramos acompanhar as nomeações, antes mesmo de falar de liturgia. Porque é dos recursos humanos que depende a sorte de uma empresa; e, certamente, se a Igreja fosse um empresa, já teria falido há muito tempo. O fato de que a barca avance apesar de certos remadores é a prova histórica da assistência divina. Mas bem que a Congregação para os Bispos podia facilitar a tarefa à Providência.

Enrico

A Sua Eminência o Cardeal Ouellet,

Prefeito da Congregação para os Bispos

Eminência,

Gostaríamos de informar-lhe que a maioria dos sacerdotes e dos católicos na França não compreendem as atuais nomeações episcopais.

Em nosso país, há três ou quatro décadas, o Catolicismo encolheu e continua encolhendo drasticamente (queda continuada da prática dominical, do número de sacerdotes, de religiosos e de catequizados, de vocações, etc.). Não é impossível que, em breve, a Santa Sé seja forçada a transformar algumas dioceses francesas em administrações apostólicas, dado o número insignificante de sacerdotes em atividade.

No entanto, este Catolicismo adoecido não está morto. Transformado pela terrível provação da secularização, tem ainda – mas por quanto tempo? – a capacidade de revitalizar-se em sua condição de minoria: escotismo; escolas verdadeiramente católicas; movimentos; peregrinações; muitas novas comunidades; comunidades tradicionais jovens e vivas; novas gerações de sacerdotes verdadeiramente missionários; seminaristas diocesanos e muitas vocações potenciais, do tipo “geração Bento XVI”; possibilidades litúrgicas e vocacionais oferecidas pelo Motu Proprio Summorum Pontificum; jovens famílias cristãs; grupos muito ativos de defesa da vida. Este Catolicismo quer fechar um capítulo mortífero: abusos litúrgicos; pregação desastrosa sobre a moral matrimonial; um latente complexo anti-romano; práticas sacramentais desviantes (bênçãos de novos “casamentos” de recasados divorciados, absolvições coletivas); catequese de duvidosa catolicidade sobre a Eucaristia, etc.

Neste contexto, as nomeações episcopais são incompreensíveis. Muitos bispos da França estão em crescente desconexão com relação a esse novo Catolicismo. E é uma enorme decepção ver que alguns dos nomeados hoje, sob o Papa Bento XVI, é como se se reproduzissem por cooptação e têm ainda um espírito da “geração de 68”, mais ou menos reorientada, enquanto o restante é escolhido pela necessidade de encontrar um impossível consenso, entre homens de uma extrema timidez reformadora.

Os sacerdotes, os religiosos os clérigos que representamos desejam que isto seja feito para uma sociedade que está cada vez mais indiferente ao anúncio claro do Evangelho. Eles também são motivados por um genuíno desejo de reconciliação e paz entre todos os católicos da França, que sabem que são, hoje em dia, uma pequena minoria. Mas, para implementar uma nova pastoral, é necessário escolher novos pastores. Acontece que os sacerdotes de 50-60 anos, que têm um perfil pastoral, psicológico e intelectual sólido, que atende às necessidades vitais do novo Catolicismo francês, já são numerosos.

Eminência, a salvação do Catolicismo francês depende da nomeação dos bispos que respondam às suas reais exigências e verdadeiras expectativas.

Manifestamos o nosso profundo e religioso respeito por Vossa Eminência, e lhe rogamos de transmitir ao nosso Santo Padre, o Papa, a expressão do afeto devoto e respeitoso dos seus filhos fiéis, sacerdotes de Jesus Cristo.

Importantes nomeações: Oullet para os Bispos; Fisichella para a Nova Evangelização.

Como anunciamos anteriormente, o Santo Padre tornou públicas hoje as seguintes nomeações:

  • Do Cardeal Marc Ouellet, até agora arcebispo de Quebec, como prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, em substituição ao Cardeal Giovanni Battista Re, que apresentou sua renúncia por motivo de idade. Todo o infeliz imbroglio que envolveu esta nomeação pode ser relembrado aqui, aqui e aqui.
  • Do Arcebispo Salvatore Fisichella como presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, órgão criado por Bento XVI visando recristianizar os países do ocidente e retirar Dom Rino Fisichella da presidência da Academia Pontíficia para a Vida, após sua queda em desgraça com o caso Recife. Um dossiê completo pode ser encontrado aqui. Espera-se que, no manual da “nova evangelização” proposto pelo novo conselho, não conste nenhuma apologia ao “aborto por misericórdia”…
  • De Monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, substituindo Fisichela na Academia para a Vida e de Don Enrico dal Covolo, S.D.B, como reitor da Universidade Lateranense.
  • De Monsenhor Celestino Migliore como Núncio Apostólico na Polônia. Migliore era, até então, Observador Permanente da Santa Sé na ONU.

Congregação para os Bispos: A sorte está lançada.

O Cardeal Marc Ouellet, arcebispo de Quebec, deve assumir a chefia da Congregação para os Bispos.
O Cardeal Marc Ouellet deve assumir a chefia da Congregação para os Bispos.

(Kreuz.net, Cidade do Vaticano) Ao que parece, o Papa Bento XVI decidiu: o neo-conservador Cardeal Arcebispo Marc Ouellet (66), de Quebec, Canadá, será o Prefeito da Congregação Pontifícia para os Bispos, informou hoje o conhecido vaticanista Andrea Tornielli no jornal italiano ‘Il Giornale’.

A Congregação para os Bispos prepara a nomeação de bispos e seria o dicastério mais importante para uma renovação da Igreja.

Com o Cardeal Ouellet, antigo liberal e neo-conservador, o declínio mortal continuará a pleno vapor.

Tornielli soube que o nome do Príncipe da Igreja será anunciado nas próximas semanas.

Se não houver decisões inesperadas de última hora – o que também é possível – nada impedirá o Cardeal Ouellet.

Até a sua nomeação como bispo, o Cardeal Ouellet lecionava Teologia Dogmática no Instituto Romano para as Famílias.

Ele fazia parte do círculo ideológico que se reunia em torno do Papa João Paulo II e representa a teologia do polêmico teólogo suíço, Cardeal Hans Urs von Balthasar († 1988).

Impedido por bispos liberais sob a falsa alegação de abuso

Enquanto isso, o jornalista londrino Damian Thompson afirmou em seu blog o motivo da detonação da nomeação anteriormente planejada do catolicíssimo Arcebispo de Sidney, Cardeal George Pell.

O cardeal Pell disse ter recusado a nomeação. Como razões oficiais ele mencionou a sua idade – em 8 de junho ele completou 69 anos – e sua suposta saúde frágil.

O prelado usa um marca passo.

Ontem Thompson deu nome ao verdadeiro motivo da detonação da nomeação do Cardeal Pell: “Ele é vítima de uma campanha de difamação por parte de vários bispos, especialmente, italianos.”

Os bispos desenterraram antigos – e há muito refutados – casos de abuso, difamação, para inviabilizar o cardeal.

As acusações foram levantadas durante o tempo que atuou como Arcebispo de Melbourne, nos anos 90, por um criminoso condenado anteriormente mais de trinta vezes.

O então arcebispo negou as acusações veementemente, suspendeu suas funções imediatamente e instruiu uma comissão independente para examinar as alegações.

Estes acabaram por ser rejeitadas como “totalmente infundadas”.

Pell, novo prefeito para os Bispos. Sodano se nega a testemunhar no processo de João Paulo II.

Duas notícias trazidas por Andrea Tornielli:

Confirmação do Cardeal George Pell para o Congregação para os Bispos: “Nos últimos dias, Bento XVI recebeu novamente em audiência o Cardeal George Pell, arcebispo de Sydney, e oficializou a nomeação como prefeito da Congregação dos Bispos. Pell posteriormente teve uma longa conversa com o seu predecessor, o Cardeal Giovanni Battista Re. O anúncio da nomeação será feito nas próximas semanas…”

[Atualização – 06 de maio de 2010, às 13:33] Segundo matéria publicada no Kreuz.net hoje, ainda na Austrália, o Cardeal Pell mostrava estar em condições de cuidar da nomeação de bispos católicos. Desde que começou a atuar como arcebispo de Sidney, uma série de bispos católicos ortodoxos foram nomeados. O Cardeal Pell também é muito receptivo em relação à liturgia. Já como arcebispo de Melbourne, ele celebrava missas pontificais regularmente no Rito Antigo naquele local – muito antes do ‘Summorum Pontificum’.

Sodano e Sandri se recusam a testemunhar no processo de João Paulo II: Em carta de 17 de junho de 2008 ao postulador da causa de canonização de João Paulo II, Monsenhor Slawomir Oder, o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado de João Paulo II por quinze anos, escreveu: “Pessoalmente considero que o Servo de Deus João Paulo II, de venerável memória, tenha vivido santamente, praticando as virtudes teologais e as virtudes cardeais […] A única dúvida que alguns hoje exprimem diz respeito à oportunidade de dar precedência a tal causa, saltando aquelas já em curso dos Servos de Deus Pio XII e Paulo VI”. A carta chegou no momento da conclusão da “Positio”, o volume com os testemunhos do processo. Convidados, os cardeais Angelo Sodano e Leonardo Sandri (hoje prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais e, na época, substituto da Secretaria de Estado), preferiram não testemunhar. A pergunta que não quer calar: por que os dois homens mais influentes da Secretaria de Estado no reinado de João Paulo II preferiram o silêncio?