O Novus Ordo como arma para promover “outra fé”?

Hoje publicamos a parte final do estudo de José Antonio Ureta sobre a  Desiderio desideravi. Para posts anteriores, veja a Parte 1; Parte 2; Parte 3; Parte 4

Uma pergunta incômoda

Nos quatro itens analisados ​​acima – (1) a finalidade do culto litúrgico, (2) o mistério pascal como centro da celebração, (3) o caráter memorial da Santa Missa e, por fim, (4) a presidência da assembleia litúrgica – fica bastante claro que a visão da Liturgia de Desiderio desideravi é unilateral, pois coloca todos os acentos nas sílabas erradas, embora suas palavras, consideradas individualmente, possam parecer justas a ponto de merecerem elogios de alguns tradicionalistas, mesmo entre os mais instruídos. O que o Papa Francisco parece querer enfatizar são as teorias e preferências dos liturgistas inovadores, não a doutrina tradicional da Igreja.

Continuar lendo

De sacerdotes do Sacrifício a Presidentes de Assembleias.

Continuamos com a Parte 4 da crítica de cinco partes de José Antonio Ureta a Desiderio desideravi. Para as partes anteriores, veja aqui: Parte 1; Parte 2; Parte 3.

O Papel único do Padre na Missa

Na Mediator Dei, Pio XII ensina explicitamente que “Somente aos apóstolos e àqueles que, depois deles, receberam dos seus sucessores a imposição das mãos, é conferido o poder sacerdotal em virtude do qual, como representam diante do povo que lhes foi confiado a pessoa de Jesus Cristo, assim representam o povo diante de Deus”(n° 35). Mas, acrescenta, na Santa Missa “o sacerdote faz as vezes do povo porque representa a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo enquanto é Cabeça de todos os membros e se oferece a si mesmo por eles: por isso vai ao altar como ministro de Cristo, inferior a ele, mas superior ao povo (São Roberto Belarmino, De missa II c.l.). O povo, ao invés, não representando por nenhum motivo a pessoa do divino Redentor, nem sendo mediador entre si próprio e Deus, não pode de nenhum modo gozar dos poderes sacerdotais” (n° 76).

Continuar lendo

Do Sacrifício do Calvário ao Memorial da Presença.

Nota do editor: Continuamos com a terceira parte do estudo de José Antonio Ureta sobre Desiderio desideravi. Para a Parte 1, veja aqui. Para a Parte 2, veja aqui.

Continuamos com a terceira parte do estudo de José Antonio Ureta sobre Desiderio desideravi. Para a Parte 1, veja aqui. Para a Parte 2, veja aqui.

A Santa Missa é um verdadeiro e próprio sacrifício

Ao tratar do sacrifício eucarístico, a Mediator Dei reitera o ensinamento do Concílio de Trento no sentido de que a Santa Missa é um sacrifício próprio e verdadeiro, e não apenas um memorial da Paixão ou da Última Ceia:

Continuar lendo

Obscurecimento da centralidade da Paixão redentora.

Nota do editor: Continuamos com a segunda parte da crítica de José Antonio Ureta a Desiderio desideravi, publicada originalmente em OnePeterFive. A primeira parte da série pode ser lida aqui

O mistério pascal como centro da celebração

Na encíclica Mediator Dei, Pio XII sublinha a centralidade da Paixão na vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e na nossa redenção (doravante, todos os destaques em negrito são nossos):

“A sagrada liturgia, ademais, nos propõe todo o Cristo, nos vários aspectos de sua vida; isto é, Cristo que é Verbo do Eterno Pai, que nasce da virgem Mãe de Deus, que nos ensina a verdade, que cura os enfermos, que consola os aflitos, que sofre, que morre; que, enfim, ressurge triunfante da morte; que, reinando na glória do céu, nos envia o Espírito Paráclito e vive sempre na sua Igreja: ‘Jesus Cristo ontem e hoje: ele por todos os séculos’ (Hb 13,8) E, além disso, não no-lo apresenta somente como um exemplo a imitar mas ainda como um mestre a ouvir, um pastor a seguir, como mediador da nossa salvação, princípio da nossa santidade e Cabeça mística de que somos membros, vivendo da sua própria vida.

Continuar lendo