Bomba! CNBB faz uma firme condenação…

… aos gastos absurdos da Copa do Mundo.

‹‹ O material foi elaborado exatamente para marcar presença no evento para mostrar aquilo que nós condenamos. Desde os gastos absurdos às pessoas que tiveram de deixar suas casas”, explica dom Anuar Battisti, da Pastoral do Turismo da CNBB. Segundo ele, os panfletos serão distribuídos em todas as cidades-sede da Copa, não apenas nas igrejas. Aeroportos, hotéis, restaurantes e outros pontos também já começaram a recebe-los ›› , diz matéria da Gazeta do Povo. Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, o Schonborn brasileiro, já se desculpou pelo país ser católico demais e era o mais “alegre”, todo requebrante, dos bispos dançarinos no vergonhoso flash mob da JMJ.

Não que os bispos não devam se manifestar sobre assuntos desta vida terrena, de modo algum! É que a vida católica em Maringá deve estar florescendo sobremaneira, de modo que o senhor arcebispo tem muitíssimo tempo disponível para lidar com outras matérias que não são de sua competência…

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Cartão vermelho: CNBB distribui folhetos com críticas à gestão do governo para a Copa

O Globo – RECIFE — A Pastoral do Turismo da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) está atribuindo “cartão vermelho” à “ inversão de prioridades” no uso do dinheiro público do país para eventos como a Copa do Mundo, e critica o fato de o governo delegar “responsabilidades públicas” a grandes corporações e entidades privadas que se apropriam do esporte.

A confederação ressalta, no entanto, que o governo só marcará “gol da vitória” quando ninguém for perseguido por trabalhar em espaço público, e direitos dos consumidores e torcedores forem respeitados. O recado está impresso em milhares de panfletos que vão ser distribuídos nas doze cidades sede do evento mundial.

Em três línguas – português, espanhol e inglês – os folhetos foram produzidos especificamente para a Copa do Mundo, segundo informou o Coordenador Nacional da Pastoral do Turismo da CNBB, Dom Anuar Battisti. Eles já começaram a circular nas dioceses, estão prontos para a distribuição, e expressam “a preocupação das Igrejas” com oito pontos que merecem “cartão vermelho”. O primeiro deles é “a exclusão de milhões de cidadãos ao direito à informação e à participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para a Copa”.

A CNBB também reclama da remoção “de famílias e comunidades para a construção de obras dos estádios ou de mobilidade, “com violação ao direito de moradia em comunidades e bairros populares”. Criticam “a inversão de prioridades para com o dinheiro público que deveria servir, prioritariamente, para a saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança”.

Citam o aprofundamento das “desigualdades urbanas” e a degradação ambiental. E também “a apropriação do esporte por entidades privadas e grandes corporações, a quem os governos vêm delegado responsabilidades públicas”. Segundo Dom Anuar, houve exagero nas despesas com o evento esportivo:

– O que foi gasto na construção de estádios e outras obras foi um absurdo. Mas não adianta mais reclamar, porque a Copa vai acontecer de fato. Então resolvemos dar esse alerta, disse o religioso.

– O jogo vai começar, e o Brasil se torna um imenso campo de futebol sem arquibancadas ou camarotes. Somos convocados a formar um único time, no qual somos todos titulares do jogo da vida – dizem os folhetos, alertando que “uma vitória de todos” só acontecerá se algumas das exigências fundamentais forem cumpridas.

A entidade enumera seis iniciativas que representam “gol da vitória”. Entre elas, a garantia de que a população de bairros populares e moradores de rua tenham direito de permanecer em suas localidades. Pedem, ainda, que ninguém seja perseguido por trabalhar em espaço público, e que movimentos sociais não sejam criminalizados e tenham respeitado o direito de ir a manifestações de rua.

No fim, a Pastoral afirma que, “como Igreja, nos comprometemos a acompanhar torcedores e jogadores, nas suas demandas por momentos de espiritualidade e encontro com Deus, bem como ser presença orante durante toda a Copa”. Eles fazem, ainda, apelo para que populações vulneráveis sejam acompanhadas “especialmente aquelas em situação e rua, para que não sejam retiradas de logradouros públicos, durante a Copa, e depois devolvidas às ruas, como objetos que atrapalhem a realização do evento”. Além dos folhetos, a Pastoral do Turismo orientou as dioceses para que promovam missas em várias línguas durante o evento mundial.

E a moda pegou no Paraná: paróquias de Maringá e região já utilizam suco de uva em vez de vinho nas missas.

Mais uma do famoso Dom Anuar Battisti

Dom Anuar Battisti, o Schönborn brasileiro, ataca novamente.Com informações de O Diário: Duas paróquias de Maringá, além de outras quatro em municípios da região, já utilizam suco de uva em vez de vinho nas celebrações de missas. A informação foi confirmada pelo arcebispo Dom Anuar Battisti nesta terça-feira (5). Na prática, as 56 paróquias dos 26 municípios que compõem a Arquidiocese de Maringá já estão autorizadas a efetuarem a substituição por bebida sem álcool para evitar as implicações da nova lei seca. Um decreto deve ser assinado para orientar esse procedimento na primeira reunião do ano da Arquidiocese, prevista para março.

Segundo Dom Anuar, a proibição de bebidas alcoólicas em festas das paróquias já foi aprovada em assembleia. “No caso da troca do vinho por suco de uva ou vinho sem álcool, as paróquias Menino Jesus de Praga e São Francisco Xavier (Maringá), Floraí (a 48 km de Maringá), Nova Esperança (a 45 km de Maringá), Paranacity (a 73 km de Maringá) e Presidente Castelo Branco (a 34 km de Maringá) já tem usado. (A autorização oficial) ainda depende de um decreto de nossa parte, e o assunto vai ser discutido em nossa primeira assembleia do ano, no dia 14 de março”, diz Dom Anuar. “Na prática, há uma orientação para que os padres usem o bom senso na quantidade, mesmo usando vinho de missa”.

Quanto a dirigir depois das celebrações, o arcebispo comenta que nem sempre os padres viajam para outros municípios. “Na maioria das paróquias, há um padre. Os sacerdotes vão, por exemplo, quando são chamados para vir do interior para fazer um casamento em Maringá. Mas o matrimônio é celebrado sem missa, o que já facilita”, explica. “Devemos obedecer a lei em primeiro lugar e buscar sempre o equilibro. Afinal, nenhum padre vai sair alcoolizado de uma celebração. É preciso o uso do bom senso e equilibro em todas as ações”, completa o arcebispo.

Gays “católicos praticantes” buscam seu espaço na Igreja. Sob o olhar “caridoso” da Arquidiocese do Rio e do Arcebispo de Maringá.

Você, caro leitor, costuma receber resposta aos e-mails enviados à sua diocese solicitando a Missa Tradicional, o uso do confessionário, a pregação da sã doutrina? Bem, no Rio de Janeiro e em Maringá as autoridades são muito solícitas, mas para outras questões.

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O Estado de São Paulo – A psicóloga Cristiana Serra, de 38 anos, brinca que deve sua união com a confeiteira Juliana Luvizaro, de 32, ao papa Bento XVI.

Não há nenhum tom desrespeitoso na brincadeira. É que, no Natal de 2008, o pontífice fez um pronunciamento em que considerou tão importante “salvar” a humanidade do comportamento gay quanto livrar as florestas do desmatamento. Indignada, Juliana mandou e-mail à Arquidiocese do Rio. Dizia que era gay e católica, mas que uma restrição da própria Igreja poderia fazê-la deixar a religião.

Juliana conta que recebeu de um padre da arquidiocese uma resposta “mais que amorosa” e a sugestão de entrar em contato com o padre Luís Corrêa Lima [notícia no Fratres aqui e aqui], que coordena um grupo de pesquisa sobre diversidade sexual na PUC-RJ. Esse contato a levou ao Diversidade Católica, um grupo leigo de reflexão, oração e debate formado por gays católicos, em que conheceu Cristiana.

As duas estão juntas desde março de 2009 e há três anos formalizaram em cartório a união estável. Têm expectativa de convertê-la em casamento civil.

Cristiana e Juliana fazem parte de um movimento de gays católicos praticantes que pretendem conciliar as duas identidades. Nos últimos anos, eles têm se reunido em espaços como o Diversidade Católica, no Rio, e a Pastoral da Diversidade, em São Paulo. Participam de celebrações, estudam, trocam experiências. No cotidiano, frequentam igrejas e muitas vezes participam das atividades paroquiais.

Os grupos têm o apoio de alguns padres, como d. Anuar Battisti (mais informações nesta pág.), que atuam com discrição para evitar sanções da hierarquia da Igreja, como o silêncio (restrição a entrevistas e pronunciamentos públicos), já imposto a alguns sacerdotes.

A doutrina católica, reforçada nos textos e discursos do papa Bento XVI, acolhe o homossexual, mas condena a prática da homossexualidade. E rejeita vigorosamente a união de pessoas do mesmo sexo e mais ainda a adoção de crianças por esses casais.

Para mostrar o outro lado da Igreja, os integrantes do Diversidade Católica recorrem a palavras do próprio Bento XVI: “A Igreja não é apenas os outros, não é apenas a hierarquia, o papa e os bispos; a Igreja somos nós todos, os batizados”. Como primeiro passo, eles querem participar da vida religiosa sem ter de esconder que são gays, como relatam terem feito durante anos.

Vivências. Após infância e adolescência vividas no ambiente católico, o empresário Arnaldo Adnet, um dos fundadores do Diversidade Católica, se afastou da Igreja no período em que assumiu ser gay. Anos depois, quando retornou à religião, ia discretamente à missa aos domingos, na Igreja da Ressurreição. Aos poucos, passou a participar da vida da paróquia. Foi chamado para cantar no coro e fez parte da coordenação pastoral. “Para mim, dizer que sou católico é que foi sair do armário“, diz Adnet, que vai às missas dominicais com o companheiro e a mãe.

Cristiana e Juliana frequentavam as missas de um padre “acolhedor” no bairro da Glória e, após se mudaram para Copacabana, também passaram a ir na Igreja da Ressurreição. “A gente vê gays antirreligiosos e, entre os religiosos, a homofobia é cada vez mais arraigada. Isso tende a obscurecer um campo intermediário que fica silencioso, por não ser tão extremista. A polarização impede o diálogo”, diz Cristiana.

Histórias de acolhimento e rejeição se alternam. Um rapaz que cumpria atividades em uma paróquia conta que, ao revelar ao padre que era homossexual, foi perdendo suas funções. Na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Madri, em 2011, ele encaminhou por escrito, sem esperança de ser atendido, uma pergunta ao arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, sobre como a Igreja lida com a presença dos gays católicos. O rapaz se surpreendeu ao ver que sua pergunta foi respondida por d. Orani, que, segundo ele, pregou a existência de uma Igreja para todos. Hoje, o rapaz participa da organização da nova edição da JMJ, que ocorrerá em julho no Rio, com a presença de Bento XVI.

Em São Paulo, os integrantes Pastoral da Diversidade, que não tem vínculo com a arquidiocese, reúnem-se a cada 15 dias em uma missa comandada pelo padre inglês James Alison, na casa do sacerdote ou em espaços de ONGs.

Por ter deixado a ordem dominicana e não ser subordinado à hierarquia da Igreja, Alison fala sem restrições. Ele sustenta que a Igreja parte de um pressuposto equivocado ao considerar que a homossexualidade vai contra a natureza e, portanto, não pode ser aceita como prática.

“Será verdade que os gays são héteros defeituosos ou será que é uma variante minoritária e não patológica da condição humana? Na medida em que a sociedade se dá conta de que não é um defeito, a situação vai mudando, queira a hierarquia da Igreja ou não”, diz Alison. “Expus minha consciência há 17 anos e eles (autoridades do Vaticano) nunca me chamaram a dar explicações. Eles têm uma dificuldade sobre qual é o meu status canônico como padre. A única razão por que posso falar abertamente é que não tenho nada a perder”, afirma.

Créditos ao leitor Lucas Janusckiewicz Coletta.

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Ele já se desculpou por viver em um país católico, tomou cafézinho com líder homossexual e prometeu propor aos bispos do Brasil a criação da “Pastoral da Diversidade” e mobilizou toda uma arquidiocese contra uma usina de incineração de lixo. Entrevista com o Arcebispo de Maringá, PR, Dom Anuar Battisti.

“Uma conversão de todos nós se faz necessária”.

O Estado de São Paulo – Em meados do ano passado, o convite para a Passeata LGBT de Maringá (PR) trazia a imagem da catedral da cidade atingida por um facho de luz transformado em arco-íris. A Arquidiocese de Maringá protestou e o conflito se tornou diálogo. O arcebispo de Maringá, d. Anuar Battisti, convidou participantes de vários grupos para uma reunião. Nesta entrevista por e-mail, d. Anuar fala sobre essa experiência.

Como o episódio do convite para a Parada LGBT de maringá refletiu no seu ponto de vista em relação à comunidade homossexual?

Tudo começou com o cartaz. Esse fato abriu um caminho de diálogo no qual prevaleceu a compreensão e o respeito. Na oportunidade foi nos solicitada uma pastoral da diversidade.

É possível que católicos gays possam viver a vida religiosa, recebendo sacramentos, indo à missa e participando das atividades das paróquias sem terem de esconder que são gays?

Todos têm o direito de participar da sua comunidade religiosa, independentemente da sua orientação sexual. Nenhuma religião tem o direito de excluir. Diante do direito também temos os deveres. Por isso devemos fazer um longo caminho para acolher a todos plenamente. No caso da questão da homossexualidade, devemos acolher os que têm essa orientação, o que não significa que devemos concordar com a prática homossexual. As nossas comunidades ainda não estão preparadas para acolher essas pessoas. Uma conversão de todos nós se faz necessária, mesmo sabendo que a doutrina e as normas são para todos.

O diálogo entre Igreja e gays pode se intensificar?

Estamos longe de uma aproximação verdadeira. Algumas experiências isoladas estão acontecendo, mas não avançam como resposta efetiva.

Dom Anuar Battisti, o Schönborn brasileiro, ataca novamente.

Ele já se desculpou por viver em um país católico, tomou cafézinho com líder homossexual e prometeu propor aos bispos do Brasil a criação da “Pastoral da Diversidade”. Agora, Dom Anuar Battista, arcebispo de Maringá (PR), o Schönborn brasileiro, lança a nova cruzada de sua religião do bom-mocismo. 

Moradores de Maringá mobilizam-se contra usina de incineração de lixo.

Por Inceneração Não – A queima de lixo doméstico para geração de energia ainda não tem regulamentação no Brasil, mas uma usina de incineração de resíduos sólidos pode sair do papel em Maringá, no interior do Paraná. O projeto, defendido pelo prefeito Silvio Barros (PP), no entanto, enfrenta resistência por parte de vereadores da oposição, moradores liderados pela Igreja Católica, ambientalistas e Ministério Público –  que avalia haver omissão do poder público quanto aos danos ao meio ambiente e à saúde da população.

[…] A Igreja Católica articula em suas paróquias a coleta de 12,5 mil assinaturas para o envio à Câmara Municipal de um projeto de iniciativa popular que proíba a instalação da usina na cidade. Em 16 de março, a Arquidiocese de Maringá publicou uma nota oficial contrária à instalação da usina e divulgou um abaixo-assinado nas 26 paróquias da cidade. Segundo o bispo Dom Anuar, cerca de 9 mil assinaturas já foram coletadas.

Protesto nas ruas

Jovens fiéis se juntaram a outros manifestantes no dia 24 de março durante um ato público organizado pelo Fórum Intermunicipal Lixo e Cidadania contra a usina de lixo. “Somos contrários à implantação da usina de incineração em detrimento à diminuição da reciclagem, da reutilização e da compostagem”, afirma o bispo. Durante o protesto, manifestantes usaram máscaras cirúrgicas para protestar contra a eventual emissão de gases tóxicos da usina.

Em material divulgado no site da prefeitura, Silvio Barros insinua que a Igreja Católica tem manipulado fiéis para que assinem o projeto de lei popular contrário à usina. “Assinam para atender ao pedido de pessoas nas quais confiam, mas estão atendendo outros interesses”, disse o prefeito. O bispo Dom Anuar nega manipulação. “Ele (prefeito) tem uma interpretação muito pessoal. Acha que estamos ludibriando nossos fiéis com falsas informações, o que não é verdade”, rebate.

Organizadores do ato público alegam que o protesto foi apartidário, mas um grupo foi visto agitando bandeiras do PT, de oposição ao prefeito. A sigla negou participação no ato e afirmou ter feito um boletim de ocorrência acusando manifestantes de uso indevido da imagem da legenda. Para o líder do PT na Câmara, vereador Humberto Henrique, os “falsos militantes” quiseram desmerecer o debate, reduzindo a questão a uma briga entre partidos. “Eles queriam tumultuar, porque a administração diz que a causa é politiqueira”, diz.

Cartaz de Parada Gay traz foto de catedral de Maringá. A “indignação” melindrosa de Dom Anuar Battisti.

Ao confrontar a parada do orgulho gay, Arcebispo parece não se orgulhar de ser católico. Tímido, o Arcebispo de Maringá, que outrora quase pediu perdão pelo Brasil ser um país católico, agora reafirma seu “respeito pela diversidade” e convida organizador de parada gay para um cafézinho. A firmeza do senhor Arcebispo é tamanha que o ofensor se sente à vontade para exigir “bons argumentos”.

Folha de São Paulo | Um cartaz de divulgação da Parada Gay de Maringá (436 km de Curitiba) provocou indignação na Igreja Católica por estampar a foto da Basílica Nossa Senhora da Glória refletindo a explosão de um facho de luz com as cores do arco-íris. A Igreja quer a retirada do cartaz das redes sociais e de sites que defendem a causa gay.

O editor do site “Maringay”, Luiz Modesto, 31, disse que o cartaz é extraoficial e foi desenvolvido pela artista plástica Elisa Riemer, inspirado na capa do álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda britânica Pink Floyd.

“Foi um cartaz simpático, com o símbolo de Maringá. Em qualquer lugar usa-se o símbolo da cidade para vender o peixe”, afirma.

Ele diz que outras leituras podem ser feitas, como o facho de luz que aponta de baixo para cima e depois explode no alto, representando a diversidade de Maringá.

O arcebispo dom Anuar Battisti disse à Folha que a catedral não é apenas um símbolo de Maringá, mas também da fé da maioria dos moradores da cidade. “Respeitamos a diversidade, mesmo às vezes não concordando com o modelo de comportamento“, afirma o religioso.

Luiz Modesto, que diz ter recebido um convite para tomar café com o arcebispo nesta terça-feira (17), afirma que a Igreja terá que apresentar bons argumentos para a retirada do cartaz. “Se ele me convencer que eu ofendi a Igreja, eu retiro“, afirma.

Em nota, a Arquidiocese de Maringá disse que “a Igreja Católica não tem a pretensão de domesticar a sociedade, impondo-lhe seus princípios e valores“, mas que o cartaz “confrontou opinião religiosa da parcela maior da comunidade maringaense“.

A Parada Gay de Maringá está marcada para o dia 20 de maio.

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Verborréia politicamente correta: “O que pode escandalizar não é um cartaz, mas a violência contra o ser humano”. Dom Anuar: “Abrimos uma porta em defesa da vida” (?); “Não queremos ser uma igreja preconceituosa, queremos ser uma igreja do amor”.

Jornal de Londrina | A comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) e a Igreja Católica se reuniram na manhã desta terça-feira (17) pela primeira vez após a polêmica que envolveu o cartaz da Parada LGBT, que mostra a Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória sendo atingida por um raio de luz, dando origem a um arco-íris, um dos símbolos do movimento. O evento ocorrerá em 20 de maio em Maringá.

No que seria um grande constrangimento [ o encontro entre as duas partes], conseguimos encontrar um espaço de diálogo”, comentou um dos integrantes do movimento LGBT de Maringá e editor do site Maringay, Luiz Modesto. “Juntos, entendemos que o que pode escandalizar não é um cartaz, mas a violência contra o ser humano.”

Modesto confirmou que sugeriu durante a reunião com o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, a criação de uma pastoral da diversidade no Município. “Ele acolheu a ideia e disse que vai levar a proposta para outros bispos”, confirmou.

Segundo o arcebispo, o mais importante foi o canal de comunicação aberto após a polêmica. “Foi um bom diálogo. Abrimos uma porta em busca da defesa da vida”, comentou. “Não queremos ser uma igreja preconceituosa, queremos ser uma igreja do amor.”

Cartaz

O arcebispo da Arquidiocese de Maringá pediu que a montagem fosse retirada da internet, o que não é mais possível, porque a imagem foi compartilhada por vários internautas. “Foi uma imagem que mexeu com o sentimento dos católicos, mas que não é mais possível retirar da internet”, disse.

[…] Segundo Modesto, a designer fez a imagem para criar um diálogo entre a comunidade LGBT e a igreja, não a polêmica. Apesar das críticas, Modesto elogiou a atitude de Elisa e apontou que o objetivo dela foi concretizado. “Está de parabéns.

Arcebispo de Maringá se desculpa por Brasil ser católico: vamos ajudá-lo.

Por Antonio Emilio Angueth de Araujo

Dom Anuar Battisti declara “que não nos cabe culpa pelo fato histórico de ser o povo brasileiro majoritariamente católico”. Achei a declaração muito limitada e resolvi ajudar o arcebispo a pedir desculpas direito; não fiquemos limitados ao Brasil, peçamos desculpas ao mundo pelo que fizeram nossos irmãos católicos ao longo do tempo.

Peçamos desculpas, em primeiro lugar, pelo Sangue de Nosso Senhor ter sujado os pátios e ruas de Jerusalém; pelo trabalho que demos aos flageladores de Jesus, que arrancaram pedaços de Sua Carne e acabaram com Seu Sangue. Desculpas pedimos a Pilatos, que tanto matutou, para depois trocar Jesus por Barrabás. Que problema de consciência lhe causamos!

Pedimos desculpas, a seguir, por sujar as ruas de Roma com o sangue daqueles que não aceitavam renegar Cristo. E olha que isto durou uns 300 anos e deve ter causado muita dor de cabeça para os garis da cidade; limpar todo aquele sangue!, que nojo! Houve o aspecto positivo, deve-se destacar, pois alimentamos muitos leões no Coliseu. Sem nossa carne os bichinhos dariam mais despesas ao Império e menos diversão aos pagãos.

Depois, temos de pedir desculpas por estabilizarmos as sociedades, quando o Império Romano ruiu. Quando as instituições desapareceram, só a Igreja sobrou para fazer todo o tipo de serviço; por isso pedimos desculpas. Aqueles bárbaros sanguinários que nossos santos converteram; por isso também pedimos desculpas. Pedimos desculpas também por preservar os costumes e os registros culturais da humanidade, quando ninguém dava a mínima para isso. Aqueles monges copistas … Por falar em monge, pedimos desculpas para preservarmos todos os fundamentos da civilização nos mosteiros, fundamentos estes que iriam depois servir para construir o que chamamos de Civilização Ocidental.

Pedimos desculpas por criarmos as universidades, que nasceram das escolas paroquiais. Pedimos desculpas por criarmos a Ciência, por criarmos os hospitais e por lutarmos contra os mulçumanos, que hoje parecem estar conseguindo, finalmente, invadir e dominar a Europa, que não conta mais com nossa proteção, a proteção da Igreja. Pedimos desculpas por isso também.

Pedimos desculpas por esmagarmos os cátaros que, se tivessem dominado o sul da França, dominariam a França e o mundo e o destruiria em seguida.

Pedimos desculpas por criarmos toda a arte que vale este nome. Lembremos apenas do gótico que ainda nos tira o fôlego quando o contemplamos; e do canto gregoriano que nos eleva, até hoje, a uma atmosfera realmente espiritual.

Peçamos desculpas, para finalizar, pois a lista do mal que fizemos à humanidade não tem fim, pela filosofia tomista que, todos sabem, continua a ser a coisa mais terrível para a mente de quem a estuda!

Desculpa gente! Da próxima vez que vocês entrarem num hospital ou numa universidade, lembrem-se de nós, a culpa é nossa!

Arcebispo de Maringá: “não nos cabe culpa pelo fato histórico de ser o povo brasileiro majoritariamente católico”.

Nota da Cúria Metropolitana de Maringá sobre o ato de vandalismo ou fanatismo religioso que, na noite de 17 para 18 do corrente, danificou a imagem de Nossa Senhora Aparecida da gruta do Parque do Ingá

Referente ao ato de vandalismo ou fanatismo religioso que, na noite de 17 para 18 do corrente, danificou a imagem de Nossa Senhora Aparecida da gruta do Parque do Ingá, a Cúria Metropolitana de Maringá vem a público:

1.      Manifestar sua indignação pelo ato de violência perpetrado contra o sentimento religioso da maioria do povo não só de Maringá, mas de todo o País.

2.      Declarar que não nos cabe culpa pelo fato histórico de ser o povo brasileiro majoritariamente católico, assim como de a cultura brasileira estar impregnada de símbolos da nossa fé. Afirmamos nosso total acatamento aos princípios da liberdade religiosa e de expressão de culto.  Defendemos e incentivamos o respeitoso diálogo com todas as expressões religiosas e culturais. Entendemos que nos cabe igual direito, ainda que vivamos num Estado laico.

3.       Afirmar que, de coração sincero, perdoamos a ofensa de que nos sentimos vítimas em nosso amor por Maria, Mãe de Jesus, cuja imagem foi mutilada. Ao mesmo tempo, recomendamos a todos os fieis da Igreja Católica que se abstenham de qualquer interpretação ou ato de ofensa contra quem quer seja

4.      Reivindicamos das Autoridades competentes a apuração da autoria do delito e sua punição, a fim de deixar claro seu compromisso com a convivência harmoniosa da vida em sociedade.

5.      Respeitamos o Estado democrático, no qual a indivíduos e grupos é assegurada a plena defesa de seus legítimos direitos, não por atos de violência ou de intolerância, mas através de recurso aos legítimos Poderes instituídos.

Maringá, 18 de junho de 2011.

       Dom Anuar Battisti

      Arcebispo Metropolitano.

Agradecimento ao leitor Alex A. Borges pelo envio da notícia.