Príncipe Imperial do Brasil denuncia a histeria sobre a Amazônia como ‘a maior conspiração da imprensa já feita contra nosso país’.
Por Church Militant, 9 de outubro de 2019 | Tradução: FratresInUnum.com – Membros da família real brasileira, autoridades políticas e líderes tribais condenaram o “politicamente tendenciosos” Sínodo da Amazônia, como “desproporcional em relação à realidade e aos fatos objetivos” e uma “doutrinação” impulsionando os indígenas a “permanecer em seu estado primitivo”.

“Esta é a maior conspiração da imprensa já feita contra nosso país, é uma máquina de mentiras”, Sua Alteza Imperial, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança afirmou em um vídeo publicado em seu canal oficial. “A Amazônia brasileira não está sob ameaça”.
“O Sínodo não é proporcional à realidade ou aos fatos objetivos”, o princípe católico tradicionalista afirmou em um contra-sínodo realizado em Roma, no sábado.
O descendente do imperador Dom Pedro II desmascarou o mito inventado pelos padres sinodais de que os “índios da floresta devem ser protegidos, porque eles são puros, de modo que não sejam contaminados pelo capitalismo, egoísmo e desejo de lucro”.
“Isso é o contrário do que os verdadeiros índios desejam”, Sua Alteza disse na conferência intitulada “Amazônia: os interesses”, promovida pelo Instituto Plinio Correa de Oliveira, parte [proveniente] do movimento brasileiro Tradição, Família e Propriedade.
“Somos contrários ao comunismo e queremos evitá-lo em nossa pátria. Eu respeito este Papa, rezo por ele, mas a missão da Igreja é salvar almas” e não politizar o debate sobre o clima e a Amazônia, afirmou Dom Bertrand, que escreveu o popular livro em português Psicose Ambientalista, expondo o alarmismo climático.
“A maior parte dos índios brasileiros já são integrados”, afirmou. “Os [progressistas] querem mantê-los na escravidão. A teologia da libertação traz muitos males para o Brasil”.
Padre Jônatas Bragatto, chanceler do Círculo Monárquico brasileiro no Reino Unido, declarou à Church Militant que o Sínodo da Amazônia é uma ameçada globalista de esquerda à soberania do Brasil e que o Príncipe Bertrand, os generais das forças armadas e as autoridades do governo têm levantado essas preocupações há meses, sendo apenas ignorados pela mídia.
“Há grande preocupação em relação à soberania nacional quando a Igreja está sendo usada como instrumento de partidos corruptos de esquerda para impor sua agenda totalitária no Sínodo”, observou Bragatto.
“Eu apoio totalmente o trabalho da família imperial e o que eles têm feito pela fé Católica e pela soberania do Brasil”, acrescentou o missionário do Reino Unido.
Enquanto isso, falando no contra-sínodo, Jonas Marcolino Macuxí, chefe da tribo Macuxi, observou que uma “ditadura” dos missionários ensinando a teologia da libertação buscou impedir o desenvolvimento na região, deixando, assim, o povo indígena na pobreza e miséria.
Criticando a narrativa do “primitivismo”, Marcolino descreveu como o canibalismo e o infanticídio eram ambos parte da cultura tribal religiosa que o Sínodo da Amazônia está exaltando como virtuosa.
“O canibalismo acabou, mas não a matança de bebês”, afirmou.
“De acordo com as religiões tradicionais, quando uma criança nasce com um defeito, é enterrada viva, e isso continua a acontecer”, ele explicou. “Essas coisas estavam acabando; mas, agora, com a idéia de que se deve voltar ao primitivismo, elas continuam”.
“Os teólogos da libertação estão promovendo a ideia de que os índios que ainda vivem de maneira primitiva são muito felizes, vivendo em um paraíso, etc”, continuou. “Eles querem promover essa idéia a todo mundo. Mas isso não é verdade. É falso. Não estamos vivendo em um paraíso. É uma vida muito difícil; as pessoas têm insetos em toda parte, morcegos em casa”.
Ele continuou lamentando a situação econômica: “Deveriam nos permitir desenvolver nossa economia, porque a região é muito rica. Todos os recursos naturais estão lá. Mas, nas reservas indígenas, não podemos tocá-las, e isso em detrimento do povo que vive lá”.
Antes, o General Eduardo Villas Boas, ex-comandante do exército brasileiro, afirmou que o Sínodo da Amazônia é “politicamente tendencioso” e “pautado por uma série de dados distorcidos que não correspondem à realidade do que ocorre na Amazônia”.
Villas Boas, atualmente conselheiro do Gabite de Segurança Institucional da presidência na gestão conservadora de Jairo Bolsonaro, expressou preocupação com o que pode sair no relatório final do Sínodo da Amazônia: “Agora, sejamos claros: não admitiremos interferência em assuntos internos de nosso país”.
“Mas estamos preocupados com as resoluções do Sínodo, que poderiam levar à interferência (com assuntos da soberania nacional)”, afirmou.
A autoridade das forças armadas dispensou a romantização dos povos tribais.
“A idéia de que colocar uma redoma sobre as comunidades indígenas promoverá a preservação de suas culturas não é verdadeira, pois os índios sentem que lhes é negada a possibilidade de evoluir”, declarou. “Eu nunca fui a uma aldeia sem receber dos índios uma lista de pedidos por eletricidade, internet, saúde, escola e atividades econômicas para apoiá-los”.