Cardeal Orani Tempesta responde à proposta de Dom Demétrio Valentini.

Tem voltado à tona alguns debates sobre a questão do sacerdócio ministerial. Falou-se sobre a possibilidade de haver a consagração do pão e do vinho por parte de leigos, especialmente onde faltam sacerdotes válida e licitamente ordenados. Aqui não estaria se tratando dos assim chamados “viri probati”, ou seja, da ordenação de homens casados, mas sim de cristãos leigos sem ordenação sacerdotal. Na última Assembleia da CNBB emitimos um documento muito importante sobre os cristãos leigos e sua missão na Igreja. A presença do laicato na Igreja e, como Igreja, no mundo tem uma grande área de atuação, mas o sacerdócio comum dos fiéis não se confunde com o sacerdócio ministerial.
Mas, quais são os documentos da Tradição da Igreja nessa área? Essa ideia que parece, à primeira vista, simpática e solucionadora do problema da falta de vocações sacerdotais não é nova nem tão simples. As fontes utilizadas foram, de um modo especial a Carta Sacerdotium Ministeriale (citada aqui como SM), da Congregação para a Doutrina da Fé, de 6 de agosto de 1983, e o Curso de Eclesiologia, de D. Estêvão Bettencourt, OSB. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 1996, p. 181-197.

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Começou o Ano da Misericórdia (dos fariseus).

As múmias da Teologia da Libertação estão perdendo completamente as estribeiras. Atingiram o bezerro de ouro petista e, para esse crime, não há misericórdia — antes, o bispo esquerdista recém aposentado Demétrio Valentini rasga as vestes com uma violência sem precedente recente por um membro do episcopado.

Fragilização das instituições

Dom Luiz Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)

A crise nacional está chegando ao seu limite. Estamos à beira de um precipício, onde podem despencar nossas instituições, levando a rupturas mais desastradas que o rompimento da barragem em Mariana.

Diante da gravidade da situação, seria o momento dos Três Poderes, demonstrarem lucidez, equilíbrio e determinação.

Infelizmente, não é isto que está ocorrendo. Ao contrário, os poderes estabelecidos estão se fragilizando, num processo de rápido desgaste, que transmite insegurança diante dos desdobramentos que fatalmente se desenham pela frente.

Diante da urgência de enfrentar a crise econômica com rapidez e determinação, o Executivo se vê questionado diariamente, e intimidado com ameaças de boicote legislativo.

Por sua vez o Legislativo vai rapidamente perdendo sua credibilidade com a constatação do envolvimento de diversos parlamentares em escândalos financeiros. Este desgaste se acelera com a desfaçatez em usar a imunidade parlamentar para proteger os ilícitos praticados com desenvoltura e atrevimento.

Para segurar a barra da constitucionalidade, o Judiciário tenta demonstrar eficácia e autoridade nas decisões relativas aos casos que lhe são apresentados. Mas há outros casos que também deveriam ser submetidos ao crivo do Judiciário. E os membros do Supremo precisam sempre deixar muito claro que suas decisões não se amparam em preferências políticas, que por vezes são solenemente encobertas de aparente neutralidade, mas na verdade têm destinação partidária.

Agora, com a decisão de abrir o processo de impeachment da Presidente Dilma, por parte do Presidente da Câmara dos Deputados, chegamos ao cúmulo da desfaçatez política, e do cinismo parlamentar.

Pois além de usar e abusar da imunidade parlamentar para encobrir suas trapaças financeiras, o Presidente da Câmara, conspurcado com o lodo de suas ladroeiras, pretende usar suas prerrogativas constitucionais para arrastar a Presidente para a mesma lama em que se vê envolvido. Vendo que se afoga, tenta puxar para dentro da fossa quem a ele está ligado por laços de ofício constitucional, como se a Constituição fosse um refúgio para quem faz da política um arsenal de expedientes ilícitos.

A gravidade da crise exige reação pronta e eficaz. Não se pode permitir que a atividade política fique agora toda ela comprometida com os debates em torno da proposta de impeachment.

Antes de mais nada, é preciso identificar com clareza quais são os motivos que levaram o Presidente da Câmara a tomar esta decisão.

Com a mesma rapidez com que o Supremo decidiu pela prisão de um Senador, deveria analisar agora as acusações feitas contra o Presidente da Câmara.

Para que, o quanto antes, se deixem de lado as intrigas inúteis, e todos se voltem, autoridades e cidadania, para o enfrentamento da crise, enquanto ainda é tempo de evitar os desastres que ela pode trazer para o país.

A hora é de seriedade e apreensão. “Quem sabe, faz a hora!” A crise poderá se transformar em nova oportunidade para o Brasil.

Chega de intrigas. Vamos cuidar da crise!

Fonte: CNBB

Teologia da Libertação e PT, união indissolúvel.

O esquerdismo da teologia da libertação é obstinado: sua perfídia em apoiar Dilma, quando toda a nação começa a se manifestar contra o escândalo de um governo ditatorial e corrupto, é imperdoável, sobretudo no impasse que estamos vivendo. Graças a esta confissão explícita de fé socialista-petista, Marina Silva, desgraçadamente, pode ganhar as eleições, quando a Igreja deveria se unir para derrubá-la, tratando o mal pela raiz!

Foi graças à Teologia da Libertação que o PT chegou ao poder, e é graças à ela que esta sua filha, Marina, está às portas de alcançá-lo. Esses senhores, ao invés de continuarem professando estes mesmos erros, deveriam fazer uma pública declaração de culpa e se arrependerem de sua dureza de coração. Não arrancando o mal pela raiz, estão ainda promovendo as duas filhas de Lula.

Não somos daqueles que crêem que uma vitória de Aécio traria uma reviravolta positiva para a nação. Contudo, tratando-se de uma eleição entre três candidatos péssimos, deveria-se escolher aquele que destruirá a nação menos rapidamente, e que nos possibilitará alguma margem de contorno.

Parece mesmo que Deus está castigando a Igreja do Brasil, primeiro, enviando pastores que entregam suas ovelhas aos lobos, e, segundo, permitindo que uma presidente socialista, eco-protestante-fundamentalista e auto-suficiente chegue ao mais alto posto de comando do país, sob uma áurea pseudo-mística.

Deus tenha misericórdia da Igreja, Deus salve o Brasil!

* * *

Leonardo Boff avalia Dilma, Marina e eleições 2014

Para Leonardo Boff, “Dilma é ainda a melhor opção para o povo brasileiro”. O filósofo, que foi professor de Marina Silva, também avaliou as principais mudanças de sua ex-aluna desde que a conheceu, no Acre, até agora, candidata à Presidência da República

Líder religioso, intelectual e militante de causas sociais, Leonardo Boff acredita que a presidente Dilma Rousseff (PT) “é a melhor opção para o povo brasileiro”. Ao explicar sua resposta, ele afirma que “os fatos falam por si”. “Até hoje nenhum governo fez políticas públicas cuja centralidade era o povo marginalizado, os invisíveis, considerados óleo gasto e zeros econômicos”, avalia. Quem fez isso com sucesso deve poder continuar a fazê-lo e de forma mais profunda e abrangente”, acrescenta Boff.

Leonardo Boff, Dilma e Marina (Pragmatismo Político)
Leonardo Boff, Dilma e Marina (Pragmatismo Político)

Em entrevista concedida ao jornalista Paulo Moreira Leite (leia a íntegra aqui), ele constata haver “um mal estar generalizado no mundo”. “Todos têm a sensação de que assim como o mundo está não pode continuar. Tem que haver mudanças”, ressalta, reforçando o que diz as pesquisas, segundo as quais mais de 70% da população desejam mudanças no País, e justificando a causa das manifestações de junho, de que o brasileiro quer mais do que já consegue hoje.

“Há ainda um fator novo: as políticas públicas do PT que tiraram 36 milhões da pobreza foram incorporadas como coisa natural, um direito do cidadão. Ora, o cidadão não tem apenas fome de pão, de casa, de luz elétrica. Tem outras fomes: de ensino, de cultura, de transporte minimamente digno, de saúde razoável e de lazer. A falta de tais coisas suscita uma insatisfação generalizada que faz com que esta eleição de 2014 seja diferente de todas as anteriores e a mais difícil para o PT. Precisamos de mudança. Mas dentre os partidos que podem fazer mudanças na linha do povo, apenas vejo o PT, desde que consolide o que fez e avance e aprofunde as mudanças novas atendendo as demandas da rua. Dilma é ainda a melhor para o povo brasileiro”.

Questionado a avaliar a mudança de Marina Silva desde que a conheceu, no Acre, quando foi sua aluna, até 2014, quando se candidata à Presidência da República pelo PSB, Boff observa, como primeiro ponto, a mudança de religião. “De um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, passou para um cristianismo fundamentalista que tira o vigor do engajamento e se basta com orações e leituras literalistas da Bíblia”.

Para Boff, a candidatura da ex-senadora “representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro. Seu discurso de sustentabilidade se tornou apenas retórico”. Em sua visão, Marina não possui a habilidade de articulação. “Se vencer, oxalá não tenha o mesmo destino político que teve Collor de Mello”, prevê. Na entrevista, ele comenta ainda sobre o pessimismo generalizado no País – “grande parte induzido por aqueles que querem a todo custo e por todos os meios tirar o PT do poder” – e dá sua opinião sobre a mídia: “hoje, com a oposição fraca, eles se constituíram a grande oposição ao governo do PT”.

* * *

Bispo de Jales teme fundamentalismo de Marina.

No último sábado, Dilma Rousseff foi recebida pelo Bispo de Jales, Dom Demétrio Valentini. Ontem o bispo pagou a visita, em entrevista para o jornal Valor Econômico, atacando Marina Silva. O Brasil vivendo uma guerra religiosa. Pobre país!

Dilma e Dom Demétrio Valentini
Dilma e Dom Demétrio Valentini
A possível vitória na eleição presidencial da ex-ministra Marina Silva (PSB), uma evangélica da Assembleia de Deus, já reaproximou a presidente Dilma Rousseff (PT) da ala progressista da Igreja Católica. O clima, entretanto, é de pessimismo e a relação com a petista ainda é fria, como demonstra em entrevista ao Valor Pro o bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentini.
 
O prelado recebeu Dilma em sua diocese no último sábado, quando a presidente foi ao interior paulista para um encontro com o PMDB. Dom Demétrio é integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), instituído pela Presidência da República e que poucas vezes se reuniu no governo Dilma. O bispo se manifestou no mesmo dia em que outro expoente do pensamento progressista católico, o ex-frei Leonardo Boff, chamou Marina de “Jânio de saias”, em entrevista ao portal Brasil 247. A seguir, a entrevista concedida por dom Demétrio, por telefone, ao Valor:
 
Valor: Marina Silva é a primeira política pertencente a outra religião com chances concretas de se eleger presidente da República. Que tipo de efeito essa circunstância pode gerar para a Igreja Católica e para a sociedade brasileira?
Dom Demétrio Valentini: Caso ela seja eleita, a Marina também será a primeira governante egressa das antigas Comunidades Eclesiais de Base. Ela tem origem católica, ingressou na vida social pela sua origem católica. Agora, a gente tem medo do fundamentalismo que ela pode proporcionar. Existe na Marina uma tendência ao radicalismo, pela convicção exagerada ao defender seus valores e suas motivações, que pode derivar para o fundamentalismo.
 
Valor: O que seria este fundamentalismo?
Valentini: É o risco de fazer da religiosidade um instrumento de ação política. No Brasil, cada igreja evangélica tem seu candidato. No caso da Igreja Católica, isto é de um tempo anterior ao Concílio, isto acabou.
 
Valor: O que o senhor sente entre os fiéis da comunidade católica de Jales?
Valentini: Sinto um somatório de fatores favoráveis a Marina. A comoção pelo desastre que vitimou Eduardo Campos, a vontade de se ter algo diferente, o desejo de mudança. Estou intuindo que a situação é irreversível. A não ser que haja uma reviravolta em que comecem a pesar as fragilidades de Marina, que não estão no fato de ela não ser católica. Estão em ela ter pouca articulação política e portanto existirem dúvidas sobre como ela vai governar.
 
Valor: Surpreendeu ao senhor o fato da presidente Dilma o ter procurado?
Valentini: A você surpreendeu? Dilma foi bastante reticente com as instituições que fazem a intermediação política da sociedade. Ela não estabeleceu muitas pontes, mas comigo se sentiu acolhida, as portas para ela ficaram abertas. Em 2010 eu escrevi um artigo rebatendo posições dentro da Igreja contrárias à sua eleição. Aquilo foi importante, porque havia manifestações na hierarquia católica contra o voto em Dilma. Restaurou-se um ambiente de confiança no equilíbrio político da CNBB. Foi há quase quatro anos. Ela sabia que estava me devendo um gesto e lembrou aqui deste episódio. Para mim, todos os candidatos merecem apoio. Um candidato está sujeito a muitas ciladas, é uma posição extremamente difícil.
 
Valor: Por que o senhor diz que ela não estabeleceu pontes?
Valentini: A Dilma tem um estilo mais autoritário, ela pouco nos convocou. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o fazia com muita frequência. Em 2005, quando estourou a crise do mensalão, ele convocou uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ‘Conselhão’. Era um momento em que a possibilidade de ‘impeachment’ era muito palpável. Pediram que eu abrisse a reunião, que fosse um dos três conselheiros a falar antes do presidente e eu fiz uma manifestação a favor da continuidade do governo. Dilma delegou a terceiros certas formalidades. Ela se sente muito segura em suas posições e acha que pode prescindir de certos contatos, tem um temperamento fechado. Quem se manteve firme no diálogo foi o ministro Gilberto Carvalho (da Secretaria Geral da Presidência).
 
Valor: A eleição de um novo papa no ano passado facilitou o diálogo do governo com a Igreja?
Valentini: Dilma ao chegar aqui viu o retrato do papa Francisco e falou: ‘Agora temos um papa que nos apoia”. Ela também viu o retrato do papa emérito Bento XVI. Nós tivemos no Brasil aquela circunstância dos protestos populares de junho e para Francisco foi um desafio vir ao Brasil logo depois. Ele esconjurou o temor de que iríamos para o caos e mostrou que existe uma juventude que está disposta a colaborar, a construir algo. Construiu-se um ambiente de respeito ao papa que vai muito além das fronteiras da Igreja.
 
Valor: Mas Dilma está certa em achar que Francisco a apoia e Bento XVI não o fazia?
Valentini: Não há porque fazer esta comparação e Dilma não a fez. Mas Francisco motivou a Igreja para ser mais aberta, a dialogar com setores que estão fora.

Francisco, Papa. Reações (VII) — Dom Demétrio Valentini.

Por Dom Demétrio Valentini, ordinário de Jales, SP

Chega ao fim a grande expectativa. Na pessoa do Cardeal Jorge Mario Bergoglio temos o novo Papa, que escolheu o nome de Francisco.

Sua eleição pegou todo mundo de surpresa. Por mais que as especulações tivessem desenhado diversos cenários para o desfecho do conclave, ninguém apostava no Cardeal Bergoglio. Quando muito, alguns ponderavam que ele poderia, isto sim, influenciar eleitores, levando-os a se inclinarem para um lado ou para outro. Mas ninguém imaginava que os votos convergissem, tão rápido, para ele mesmo.

10 de abril de 2012: Dom Demétrio Valentini discursa em loja maçônica na cidade de Jales, SP.
10 de abril de 2012: Dom Demétrio Valentini discursa em loja maçônica na cidade de Jales, SP.

O conclave teve a mesma duração do anterior, quando foi eleito o Cardeal Ratzinger, dois dias de votações.  Mas com uma diferença muito significativa: da outra vez, o Cardeal Ratzinger era franco favorito. Desde vez, a proeza de Bergoglio foi muito mais expressiva. E denota um apoio massivo e rápido, que os cardeais lhe deram.

Na busca de entender o que aconteceu, e de projetar o que vai acontecer, ficamos atentos a todos os acenos, alguns mais, outros menos evidentes.

O nome, por exemplo, que ele assumiu, revela uma clara identificação com um leque de valores evangélicos e eclesiais testemunhados por São Francisco de Assis. Entre os quais está, sem dúvida, a simplicidade de vida, que caracteriza a personalidade do novo Papa, que ele vivencia não só de maneira espontânea, mas também assumida, como ele fez questão de enfatizar com a escolha deste nome.

Outra insistência, em suas breves palavras de apresentação como Papa diante da multidão na Praça São Pedro, foi a maneira como ele se referiu ao Papa Bento XVI, chamando-o de “bispo emérito de Roma”. E depois, ao se referir à função do conclave, afirmou que ele tinha a missão de encontrar um “bispo para Roma”.

Esta insistência em vincular a missão do Papa com sua condição de “Bispo de Roma” é muito significativa. Ela aponta para uma prática da “colegialidade episcopal”, em que cada bispo está vinculado a uma “Igreja Particular”, sendo que a Igreja no mundo resulta da comunhão de todas as Igrejas Locais, de onde emerge a importância especial da Igreja de Roma, como símbolo da comunhão fraterna entre todas as Igrejas.

Em todo o caso, esta insistência revela um claro posicionamento eclesial, que sinaliza para a retomada da renovação empreendida pelo Concílio Vaticano II.

Outra observação pode ser feita, conferindo sua idade, e o fato já ter sido candidato a Papa no outro conclave. Os cardeais estão ainda apostando em membros da “velha guarda”. Os novos, talvez mais vistosos, e mais capacitados, não estão ainda recebendo esta incumbência.

Isto parece sugerir que existe uma conta a pagar, que vem da geração anterior, e que podemos identificar com o desafio de retomar as generosas propostas de reforma eclesial, sugeridas pelo Concílio.

Tudo indica, portanto, que a eleição do Papa Francisco avaliza um ambiente mais aberto e mais receptivo à retomada do Concílio, nas formas que esta iniciativa poderá comportar.

Outra atitude surpreendente do Papa Francisco foi na hora de dar a famosa bênção “Urbi et Orbi”, isto é, “para a cidade e para o mundo”: antes de ele dar esta bênção ao povo, ele mesmo pediu que o povo invocasse sobre o Papa a bênção de Deus!

Não deixa de ser uma visão de Igreja impregnada dos ensinamentos do Concílio, que nos falam da Igreja como “Povo de Deus”, onde todos somos corresponsáveis pela missão.

Em todo o caso, temos pela primeira vez um Papa da América Latina, pela primeira vez um papa jesuíta, e a primeira vez que um papa escolhe o nome de Francisco.

Pelo visto, teremos mais novidades pela frente. Se ele pediu que o povo o abençoasse, vamos dizer ao Papa Francisco: vá em frente, e conte com a gente!

Leia também: 

Francisco, Papa. Reações (VI) – Padre Paulo Ricardo.

Francisco, Papa. Reações (V) – Superior da FSSPX na América do Sul.

Francisco, Papa. Reações (IV) – Dom João Braz de Aviz.

Francisco, Papa. Reações (III) – Comunicado da Casa Geral da FSSPX.

Francisco, Papa. Reações (II) – Coletiva de três cardeais brasileiros que participaram do conclave.

Francisco, Papa. Reações (I – Leonardo Boff).

* * *

O blog está em recesso até a Semana Santa. A moderação dos comentários pode demorar mais do que o habitual —   no momento, há 87 comentários aguardando liberação. Notícias urgentes podem ser postadas a qualquer momento.

Foto da semana.

O famoso bispo socialista Dom Demétrio Valentini, ordinário de Jales, SP, proferiu uma palestra na terça-feira, dia 10 de abril, na Loja Maçônica Coronel Balthazar, em comemoração ao seu 53º aniversário. Segundo o Jornal da Jales, para Dom Demétrio “ambas as instituições, que tiveram grandes diferenças no passado, estão maduras o suficiente que possam prosperar proveitoso diálogo. D. Demétrio lembrou que, aos 71 anos, ainda tem mais quatro de atividade como bispo, período que poderia ser aproveitado para a aproximação de Igreja e Maçonaria. […]  Como tem bom diálogo com a Maçonaria jalesense, o bispo entende que poderia partir daqui os canais que pudessem repercutir em nível de Brasil. Segundo ele, há mais ou menos 10 anos, já houve, de maneira discreta, as primeiras tratativas neste sentido. O interlocutor com a Maçonaria, em nome da cúpula da Igreja Católica, foi  o cardeal D. Ivo Lorscheider, já falecido”. [ndr. na realidade, D. Ivo não foi cardeal, mas sim o seu primo, D. Aloísio]

Nosso agradecimento a um leitor da cidade de Jales pela informação.

Queimando a língua.

Na verdade, além deste duplo valor do voto nesta eleição, ele tem uma terceira tarefa: reprovar de vez o intento de instrumentalizar a religião para fins eleitorais. Este também é um expediente que precisa ser extirpado do processo eleitoral brasileiro. É urgente rasgar as máscaras de muitos fariseus, que utilizam causas e posições religiosas para fins eleitorais, pretendendo-se detentores de poderes sagrados para manipular a consciência dos eleitores. Está mais do que na hora de abolir de vez este procedimento que já está ultrapassado há séculos”

Palavras de Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, em artigo publicado três dias antes do discurso do Papa Bento XVI aos bispos do regional Nordeste V.

Íntegra da carta de Dom Bergonzini aos Bispos: “Diante desses fatos, sou obrigado a enviar uma reclamação ao Papa Bento XVI…”

Caríssimos irmãos,

Como é de conhecimento de todos, em 01.07.2010, iniciei uma campanha contra os candidatos favoráveis ao aborto, de todos os partidos, a qualquer cargo. O PT – Partido dos Trabalhadores – é o principal articulador dessa ação no Brasil e, também, do “casamento” de homossexuais. Desde 1991, vem tentando implantar o aborto, com o projeto de lei n. 1.135/91, dos então deputados do PT Sandra Starling e Eduardo Jorge. Os Congressos do PT aprovaram a liberação do aborto como programa do partido. O projeto de lei 1935/91 foi derrotado na Comissão de Seguridade e Saúde por 33 a 0 e na Comissão de Constituição e Justiça, dor 57 a 4., na Câmara Federal. O deputado do PT, José Genoino, demonstrando o ferrenho propósito de implantar o aborto, requereu a aprovação do projeto de lei 1935/91 diretamente pelo plenário, onde a bancada de deputados da “base aliada” do governo tem a maioria e pode ser aprovado a qualquer momento. Projeto de Lei n.º 1.151/95, sobre o casamento civil entre homossexuais, foi apresentado por Marta Suplicy em 26 de outubro de 1995, quando ela ocupava a cadeira de deputada federal pelo PT. Iara Bernardes, então deputada federal do PT, apresentou o projeto de lei 122/ 2006, que impede as pessoas e os religiosos de emitirem opinião sobre homossexuais, sob pena de prisão.

O meu comportamento é baseado em minha consciência e no Evangelho. E visa a discussão de valores com a sociedade. Seja qual for o resultado das eleições, filósofos, sociólogos, antropólogos, religiosos e a população já começaram a debater o que chamam de “agenda de valores”. O relativismo na sociedade e na Igreja Católica, sempre lembrado pelo Papa Bento XVI, também tem sido questionado: o meu sim é sim e o meu não é não. Não estou me esquecendo dos problemas dos pobres. Para isso, no Brasil, há leis especiais que devem ser cumpridas por qualquer governante. Sem contar a ajuda voluntária dos católicos realizada em todas as paróquias, pelas várias pastorais.

Ocorre que, no dia 07.10.2010, tive uma grande surpresa. Dom Demétrio Valentini, da Diocese de Jales, publicou uma matéria de meia página, no jornal Diário de Guarulhos, editado em minha diocese, com uma acusação de crime eleitoral. Um bispo acusando outro de crime, pela imprensa. É algo muito grave e inadmissível. Anteriormente, recebi uma carta anônima com velada ameaça à minha vida, que já está nas mãos da polícia.

Imaginava ter sido um destempero momentâneo do bispo de Jales. Enviei-lhe uma carta, com cópia ao presidente da CNBB-Regional Sul-1, Dom Nelson Westrupp, reclamando do fato e apontando a suspeita de o bispo de Jales estar atuando partidariamente.

A confirmação da atuação partidária de Dom Demétrio Valentini veio na revista Isto É, pg. 40, edição 2135, de 13.10.2010. Nessa revista está escrito: ” A exemplo do pastor Manoel Ferreira, dom Valentim é amigo de Lula, tem exercido papel fundamental no diálogo com os católicos.” Além disso, Dom Valentini insiste em que “esta situação precisa ser esclarecida e denunciada” dando a entender que existe qualquer interesse além do Evangelho.

Há igrejas evangélicas no Brasil, cujos pastores são a favor do aborto ou tem interesses políticos, que estão se posicionando partidariamente a favor da candidatura do PT.

Por essas circunstâncias, sou forçado a concluir que: a) a matéria publicada no jornal de Guarulhos teve a mão do Partido dos Trabalhadores e visou me amedrontar; b) a matéria visou, também, assustar os fiéis de minha diocese; c) em âmbito nacional, visou assustar os Bispos e a comunidade cristã e d) parece que há Bispos da Igreja Católica, no Brasil, que estão trocando o Evangelho do Senhor pela política partidária e por amizades pessoais.

O histórico do aborto, desde 1974, pode ser visto no link http://www.youtube.com/watch ?v=4cJZZzWysN4

Dom Aldo Pagotto lembra que situação semelhante à brasileira, com a destruição da moral e da ética, para implantação do comunismo na Itália, somente não aconteceu por conta da atuação do Papa. Dom Aldo historiou os fatos no vídeo postado no link http://www.youtube.com/watch?v=j2q2DI9RsUo

Como lembrou Dom Aldo, na época o Papa disse “Não podemos nos calar.” Nós, agora no Brasil, também não podemos nos calar. Vamos agir e orientar o povo para que não se deixe enganar pelos oportunismos de última hora.

Diante desses fatos, sou obrigado a enviar uma reclamação ao Papa Bento XVI, imediatamente, com toda a documentação, pedindo-lhe que tome as providências que julgar cabíveis e necessárias, para reorientar a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, inclusive me orientar, se eu estiver agindo em desconformidade com o Evangelho.

Quero deixar claro que nunca indiquei apoio a qualquer candidato, como agora não o faço. Estou sendo coerente com meu artigo “Daí a César o que é de César”, publicado em 01/07/2010.

Estou comunicando, também, estes fatos todos os irmãos Bispos e Cardeais do Brasil, e a imprensa, através de replicação deste email. A carta a Dom Demétrio Valentim será publicada no site www.diocesedeguarulhos.org.br.

Não tenho intenção de polemizar, mas simplesmente de deixar clara a minha posição como Bispo, em defesa da Igreja, dos mandamentos de Deus.

Rogo a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora de Aparecida, Padroeira do Brasil, que proteja a Igreja Católica e nos proteja a todos.

Guarulhos, 12 de outubro de 2010, dia da Mãe Aparecida.

Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Diocesano de Guarulhos

Sinagoga de Satanás se manifesta em favor da abundância de violações à Lei de Deus no Brasil.

Fonte: Carta Maior

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras. Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT.
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional.
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia.
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão.
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana- Maranhão.
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia /MT
Jether Ramalho, líder ecumênico, Rio de Janeiro.
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular. Ceará
Chico César. Cantador popular. Paraíba/são paulo
Revdo Roberto Zwetch, Igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo.
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre.
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano.
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins.
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó / SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora.
Pe. John Caruana, Rondônia.
Pe. Julio Gotardo, São Paulo.
Toninho Kalunga, São Paulo,
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS.
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC.
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília.
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó.
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário.
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus.
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia.
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE.
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN.
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
107. Ida Vicenzia Dias Maciel
108. Marcelo Tibaes
109. Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
110. Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP.
104 . Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
106. Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ – Secretario do CEBI RJ
107. Sílvia Pompéia.
108. Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
109. Dora Seibel – Pedagoga, caxias do sul.
110. Mosara Barbosa de Melo
111. Maria de Fátima Pimentel Lins
112. Prof. Renato Thiel, UCB-DF
114 . Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
115 Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
116. Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
117. Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
118. Irene Maria G.F. da Silva Telles
119. Manfredo Araújo de Oliveira
120. Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
121. Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
122. Adriano Carvalho.
123. Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/Pr.
124. Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
125. Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
126. Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
127. M. Candida R. Diaz Bordenave
128. Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
129. Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
130. Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
131. Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
132. Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
133. Targelia de Souza Albuquerque
134. Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
135. Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo.
136. Alessandro Molon, parlamentar, Rio de janeiro.
137. Adjair Alves (Professor – UPE)
138. Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
139. Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
140. Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
141. Carlos Cardoso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA.
142. Isabel Tooda
143. Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco,
144. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
145. Aristóteles Rodrigues – Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
146. Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
147. Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
148. Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
149. Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
150. Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
151. Nercina Gonçalves
152. Hélio Rios, pastor presbiteriano
153. João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
154. Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
155. Maria Tereza Sartorio, educadora, ES
156. Maria José Sartorio, saúde, ES
157. Nilda Lucia Sartorio, secretaria de ação social, Espírito santo
158. Ângela Maria Fernandes -Curitiba 159. Lúcia Adélia Fernandes
160. Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
161. Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
162. Otávio Velho, antropólogo
163. Iraci Poleti,educadora
164.Antonio Canuto
165. Maria Luisa de Carvalho Armando
166. Susana Albornoz
167. Maria Helena Arrochellas
168. Francisco Guimarães
169. Eleny Guimarães

Luta fratricida na CNBB (IV): “Quem está a favor da vida? Não são os que gritam contra o aborto e, sim, os que implementam políticas sociais que acabam beneficiando e trazendo mais dignidade para a vida das pessoas”.

Reveladora entrevista de Dom Demétrio Valentini, cuja íntegra pode ser vista em IHU:

“Penso que a credibilidade da CNBB está sendo colocada em xeque. A CNBB, tradicionalmente, sempre marcou presença na realidade brasileira como uma entidade responsável que colaborou para a implantação da democracia no Brasil, ciente, claramente, da sua responsabilidade própria. Agora, corre o risco de ser mal interpretada por equívocos acontecidos por manobras em andamento. Existe uma espécie de falácia que precisa ser desmontada e esclarecida. Essa falácia consiste, em primeiro lugar, em invocar o nome da CNBB sobre posições que não são dela. Foram impressos milhares de folhetos com a mensagem: “CNBB proíbe católicos de votarem em Dilma, do PT”. Isso não é verdade. Foi feito um estratagema para vincular opiniões pessoais de alguns bispos à imagem da CNBB. O equívoco maior se deu no Regional Sul I da CNBB: a presidência recomendou que todos lessem e levassem em consideração uma manifestação de duas comissões diocesanas, onde se manifestava, claramente, posições preconceituosas contra Dilma e o PT. A solicitação de que esse documento deveria ser levado em conta comprometeu o posicionamento do Regional. Com isso, se criou a ambiguidade e o equivoco de que todo o Regional estava de acordo com esse posicionamento, o que não é verdade. Isso influenciou o resultado das eleições.

Outra falácia mais séria e difícil de ser compreendida foi o fato de lançar a condição de abortistas a todos aqueles que propõem políticas sociais que levem em conta a situação do aborto para melhorar a legislação e as providências para favorecer a vida e evitar situações de aborto. Foi montada uma acusação, a qual foi vinculada o voto dizendo que quem é católico não pode votar em quem é abortista. Quem disse que determinada pessoa é abortista? O próprio acusador se vê no direito de estabelecer alguém como abortista, sem levar em conta as ponderações que ele faz.

[…] Enviei um apelo à CNBB. Estou aguardando um pronunciamento da presidência da CNBB. Fiz questão de ressaltar a Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, que se fazia necessária uma clara tomada de decisão da presidência, esclarecendo que ela não tem posição partidária, não tem restrições a nenhum dos dois candidatos, de modo que se torna urgente enfatizar a posição de neutralidade em termos de opções partidárias e eleitorais. Espero que esse pronunciamento seja feito ainda hoje (6-10-2010) e coloque com muita evidência que a posição da presidência do Regional Sul I da CNBB foi fruto de um equívoco, que, me parece, deveria ser esclarecido pelos próprios autores que elaboraram a declaração.

[…] Quem está a favor da vida? Não são os que gritam contra o aborto e, sim, os que implementam políticas sociais que acabam beneficiando e trazendo mais dignidade para a vida das pessoas”.

Luta fratricida na CNBB (I): PT e Dom Demétrio Valentini denunciam “crime eleitoral” de ala ultra-conservadora da Igreja.

Excerto de matéria publicada no site do  Partido dos Trabalhadores

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Integrantes de ala ultra-conservadora da Igreja Católica distribuíram panfleto na saída de missas e fizeram proselitismo contra a candidata Dilma Rousseff, no dia da eleição.

O bispo de Jales, Demétrio Valentini, denunciou que integrantes da Regional Sul da CNBB, entre eles o bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga articularam trama para induzir os fiéis a acreditar que o panfleto expressava posição da CNBB, o que foi negado pela direção da entidade. “A nossa instituição foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos”, denunciou o bispo de Jales. Prática constitui crime eleitoral punível com detenção de seis meses a um ano.

[…] O bispo de Jales, Demétrio Valentini, denunciou que integrantes da Regional Sul, contando com a conivência de alguns bispos, articularam uma trama para induzir os fiéis paulistas a acreditarem que a CNBB nacional tinha imposto um veto aos candidatos do PT nessas eleições, o que é negado pela direção da entidade. “Estamos constrangidos, pois a nossa instituição foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos”, disse Valentini ao Valor.

A Regional Sul 1, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, recomendou que às paróquias que distribuíssem o “Apelo aos Brasileiros”, que acusa o PT de ser parceiro do “imperialismo demográfico representado por fundações norteamericanas” e de “apoiar o aborto”.

Apesar do desmentido da CNBB nacional, o documento foi distribuído em diversas igrejas de São Paulo, causando, segundo a opinião de diversos analistas e da maioria dos meios de comunicação um considerável prejuízo à candidata.