Tenso clima entre presidente e membros da Academia para a Vida.

Mons. Rino Fisichella

Religión en Libertad traz um artigo de Sandro Magister sobre a próxima reunião da Pontifícia Academia para a Vida, nos dias 11, 12 e 13 deste mês. O site espanhol prevê um clima tormentoso, dada a indisposição de muitos membros da Academia com relação a seu presidente, o arcebispo Dom Rino Fisichella. Entre os mais destacados opositores de Fisichella está o sacerdote belga Dr. Michel Schooyans.

Os leitores de OBLATVS haverão de se recordar do malfado artigo de Fisichella no L’Osservatore Romano sobre o caso do aborto dos gêmeos em Recife. Mons. Schooyans escreveu na ocasião um artigo em que desmontava os argumentos chinfrins de Fisichella e defendia o arcebispo brasileiro Dom José Cardoso Sobrinho.

Dos 46 membros da Academia, 27 firmaram uma carta a Dom Rino Fisichella pedindo-lhe que se retratasse, pedido rechaçado por Fisichella em carta-resposta. Diante da recusa os signatários se dirigiram à Congregação para a Doutrina da Fé e dela receberam a confirmação de que o artigo havia sido aprovado pelo Secretário de Estado. E como não receberam deste último garantias de esclarecimento, alguns deles levaram a questão ao Papa.

Pouco depois, o Papa mandou publicar o esclarecimento em que as teses de Fisichella-Bertone são condenadas, não obstante a imagem pública de ambos tenha sido diplomaticamente protegida.

Estarão agora cara a cara Fisichella e seus colegas acadêmicos, muitos dos quais o desejam fora da Academia.

Fonte: Oblatvs

Caso Fisichella: Esclarecimento da Congregação para Doutrina da Fé acerca do aborto provocado.

Esclarecimento da Congregação para Doutrina da Fé

Sobre o aborto provocado.

Recentemente foram recebidas pela Santa Sé diversas cartas, inclusive da parte de altas personalidades da vida política e eclesial, que informaram sobre a confusão criada em vários países, sobretudo na América Latina, após a manipulação e instrumentalização de um artigo de Sua Excelência Monsenhor Rino Fisichella, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, sobre a triste história da “menina brasileira”.

Em tal artigo, publicado no “L’Osservatore Romano” de 15 de março de 2009, era proposta a doutrina da Igreja, também tendo em conta a situação dramática da supracitada menina, que – como se pôde notar mais tarde – foi acompanhada com toda sensibilidade pastoral, em particular pelo então Arcebispo de Olinda e Recife, Sua Excelência Monsenhor José Cardoso Sobrinho. A respeito, a Congregação para a Doutrina da Fé reitera que a doutrina da Igreja sobre o aborto provocado não mudou nem poderia mudar.

Tal doutrina foi exposta nos números 2270-2273 do Catecismo da Igreja Católica nestes termos:

“A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida. «Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi: antes que saísses do seio da tua mãe, Eu te consagrei» (Jr 1, 5). «Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da terra» (Sl 139, 15). A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável. O aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral: «Não matarás o embrião por meio do aborto, nem farás que morra o recém-nascido» (Didaché, 2, 2). «Deus […], Senhor da vida, confiou aos homens, para que estes desempenhassem dum modo digno dos mesmos homens, o nobre encargo de conservar a vida. Esta deve, pois, ser salvaguardada, com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (Concilio Vaticano II, Gaudium et spes, 51). A colaboração formal num aborto constitui falta grave. A Igreja pune com a pena canônica da excomunhão este delito contra a vida humana. «Quem procurar o aborto, seguindo-se o efeito («effectu secuto») incorre em excomunhão latae sententiae (Cic, can. 1398), isto é, «pelo fato mesmo de se cometer o delito» (Cic, can. 1314)  e nas condições previstas pelo Direito (cfr. Cic, cann. 1323-1324). A Igreja não pretende, deste modo, restringir o campo da misericórdia. Simplesmente, manifesta a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente que foi morto, aos seus pais e a toda a sociedade. O inalienável direito à vida, por parte de todo o indivíduo humano inocente, é um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação: «Os direitos inalienáveis da pessoa deverão ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política. Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, nem mesmo representam uma concessão da sociedade e do Estado. Pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa, em razão do ato criador que lhe deu origem. Entre estes direitos fundamentais  deve aplicar-se o direito à vida e à integridade física de todo ser humano, desde a concepção até à morte»… «Desde o momento em que uma lei positiva priva determinada categoria de seres humanos da proteção que a legislação civil deve conceder-lhes, o Estado acaba por negar a igualdade de todos perante a lei. Quando o Estado não põe a sua força ao serviço dos direitos de todos os cidadãos, em particular dos mais fracos, encontram-se ameaçados os próprios fundamentos dum «Estado de direito» […]. Como consequência do respeito e da protecção que devem ser garantidos ao nascituro, desde o momento da sua concepção, a lei deve prever sanções penais apropriadas para toda a violação deliberada dos seus direitos » ” (Congregazione per la Dottrina della Fede, Istruzione Donum vitae, III).

Na encíclica Evangelium Vitae, o Papa João Paulo II reafirmou esta doutrina com a autoridade de Supremo Pastor da Igreja: “com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus Sucessores, em comunhão com os Bispos — que de várias e repetidas formas condenaram o aborto e que, na consulta referida anteriormente, apesar de dispersos pelo mundo, afirmaram unânime consenso sobre esta doutrina — declaro que o aborto directo, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente. Tal doutrina está fundada sobre a lei natural e sobre a Palavra de Deus escrita, é transmitida pela Tradição da Igreja e ensinada pelo Magistério ordinário e universal.” (n. 62).

No que diz respeito ao aborto provocado em determinadas situações difíceis e complexas, vale o ensinamento claro e preciso do Papa João Paulo II: “É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um carácter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, teme-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (Encíclica Evangelium Vitae, n. 58)

Quanto à problemática de determinados tratamentos médicos a fim de preservar a saúde da mãe, é necessário distinguir bem entre dois casos diversos: de um lado, uma ação que diretamente provoca a morte do feto, por vezes impropriamente chamado aborto “terapêutico”, que não nunca pode ser lícito enquanto é o assassinato direto de um ser humano inocente; de outro lado uma intervenção em si não abortiva que pode ter, como consequência colateral, a morte do filho: “Se, por exemplo, a salvação da vida da futura mãe, independentemente de seu estado de gravidez, requerer urgentemente um ato cirúrgico ou outra aplicação terapêutica que teria como conseqüência acessória, de nenhum modo desejada nem intencionada, mas inevitável, a morte do feto, um tal ato não pode ser dito um direto atentado à vida inocente. Nestas condições, a operação pode ser considerada lícita, como outras intervenções médicas similares, sempre que se trata de um bem de alto valor, isto é, a vida, e não seja possível restituí-la após o nascimento da criança, nem para utilizar outro remédio eficaz “(Pio XII, Discorso al “Fronte della Famiglia” e all’Associazione Famiglie numerose, 27 novembre 1951).

Quanto à responsabilidade dos profissionais de saúde, é preciso lembrar as palavras do Papa João Paulo II: “A sua profissão pede-lhes que sejam guardiães e servidores da vida humana. No atual contexto cultural e social, em que a ciência e a arte médica correm o risco de extraviar-se da sua dimensão ética originária, podem ser às vezes fortemente tentados a transformarem-se em fautores de manipulação da vida, ou mesmo até em agentes de morte. Perante tal tentação, a sua responsabilidade é hoje muito maior e encontra a sua inspiração mais profunda e o apoio mais forte precisamente na intrínseca e imprescindível dimensão ética da profissão clínica, como já reconhecia o antigo e sempre atual juramento de Hipócrates, segundo o qual é pedido a cada médico que se comprometa no respeito absoluto da vida humana e da sua sacralidade (Encíclica Evangelium Vitae, n. 89)

(©L’Osservatore Romano – 11 de julho de 2009)

Fonte: Papa Ratzinger Blog

Segredo Vaticano, mas não muito – Os acadêmicos pró-vida recusam seu presidente.

Após nomear novo arcebispo de Recife Dom Fernando Saburido, que declarou deixar facilmente “de lado a política canônica” por ser “mais pastoral” que seu predecessor, esperamos verdadeiramente que Sua Santidade, o Papa Bento XVI, tome as medidas necessárias para corrigir a lastimável série de afrontas à moral católica perpetrada pela própria Cúria Romana. De outra maneira, a aceitação da renúncia de Dom José num momento tão crítico (quando motivos menos importantes são suficientes para prolongar o governo de outros bispos que ultrapassam seus 75 anos), somada à nomeação de um bispo que fez rejubilar a corja do clero pernambucano,  só poderia soar como uma chancela do próprio Papa a todos os desmandos desta que poderá se tornar a maior chaga de seu pontificado.

Abaixo publicamos importante artigo de Sandro Magister (tradução e comentários do blog Oblatvs):

Segredo Vaticano, mas não muito – Os acadêmicos pró-vida recusam seu presidente

Sobre os desenvolvimentos da controvérsia acesa pelo artigo do arcebispo Rino Fisichella sobre o caso da menina brasileira levada a abortar os gêmeos que trazia no ventre, http://www.chiesa deu informações no serviço disponibilizado na rede em 3 de julho: “O caso de Recife. Roma falou, mas o caso não está encerrado”.

Aos fatos públicos ali apresentados, acrescentem-se importantes movimentos nos bastidores.

O artigo de Fisichella – publicado em 15 de março na primeira página do “L’Osservatore Romano” – impressionou não somente pelo conteúdo e pela modalidade da publicação, mas porque o seu autor é presidente da pontifícia academia para a vida.

E então, 27 dos 46 membros desta academia escreveram em 4 de abril passado uma carta coletiva a Fisichella, pedindo-lhe que corrigisse as posições “erradas” expressas por ele no artigo.

Em 21 de abril, Fisichella responde-lhes por escrito, rejeitando o pedido.

Em 1º de maio, 21 dos signatários da carta precedente se dirigem, pois, ao cardeal William Levada, prefeito da congregação para a doutrina da fé, pedindo à congregação um pronunciamento esclarecedor sobre a doutrina da Igreja em matéria de aborto.

A carta foi entregue em 4 de maio, mas não recebeu resposta. Os autores souberam por um funcionário da congregação que a carta foi encaminhada ao Secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, “uma vez que o artigo de Fisichella fora escrito a seu pedido”.

Dois membros da pontifícia academia para a vida transmitiram então diretamente ao papa um dossiê sobre o acontecido.

Em 8 de junho Bento XVI teria discutido o caso com Bertone e teria ordenado que fosse publicada uma declaração que reafirmasse a doutrina da Igreja em matéria de aborto.

Mas tal texto ainda não viu a luz do dia. Há quem se oponha a que seja publicado no “L’Osservatore Romano”. E há quem desejaria que fosse transmitido por via reservada somente a um restrito número de destinatários: os bispos e os acadêmicos mais diretamente envolvidos na controvérsia.

[Comentário de Pe. Clécio]

Finalmente ficamos sabendo a pedido e sob autoridade de quem foi escrito o vergonhoso artigo de Fisichella. Os acadêmicos se moveram e levaram o caso a Levada que transmitiu “mateus” a quem o pariu. Como Bertone fez pouco do pedido, apresentaram o caso ao Papa, que decidiu: uma declaração que reafirmasse a doutrina da Igreja.

Desnecessário dizer que tal declaração seria favorável a Dom José Cardoso Sobrinho e desmascararia a posição falsamente “pastoral” de Rino/Bertone. Cadê o texto?

Magister afirma que há quem se oponha a que saia no “L’Osservatore”. Por que razão o incógnito supõe que o jornal do Papa não seja adequado para publicar uma declaração que reafirme a doutrina da Igreja? Para não ferir sensibilidades prelatícias? Para não avechar o presidente da academia para a vida?

Lançar às feras um pobre arcebispo latinoamericano “sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior” pode!

Fonte: Settimo Cielo

Tradução: OBLATVS

Curtas da semana.

Dom Fellay na Congregação para a Doutrina da Fé.

Dom Bernard Fellay(ReL) Na última sexta-feira voltou a circular em Roma os rumores sobre um possível acordo entre o Vaticano e a Fraternidade de São Pio X, fundada em 1970 pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre (1905-1991). Tudo surgiu ao se saber da presença do superior da congregação, monsenhor Bernard Fellay, na Cidade Eterna, que na sexta-feira teria uma audiência na Congregação para a Doutrina da Fé.

Súplica ao Santo Padre: caminhar para além das afirmações retóricas.

Mons. Gherardini Brunero‹‹ Para o bem da Igreja – e mais especificamente para a atuação da “salus animarum” que é a primeira e “suprema lex” – depois de décadas de livre criatividade exegética, teológica, litúrgica, historiográfica e “pastoral” em nome do Concílio Ecumênico Vaticano II, parece-me urgente que se faça um pouco de clareza, respondendo oficialmente à pergunta sobre a continuidade do mesmo – não declamada, mas demonstrada – com os outros Concílios e sua fidelidade à Tradição desde sempre em vigor na Igreja. […] Parece, de fato, difícil, se não impossível, colocar as mãos na esperada hermenêutica da continuidade, a menos que se proceda a uma análise cuidadosa e científica de cada um dos documentos, deles conjutamente e de todos os seus argumentos, suas fontes imediatas e remotas, e se continua em vez de falar apenas repetindo o conteúdo ou apresentando-o como uma novidade absoluta. Esse pensamento há tempos nasceu em minha mente – que ouso ora apresentar à Sua Santidade – de uma grande e Livro de Mons. Gherardini possivelmente definitiva purificação sobre o último Concílio em todos os seus aspectos e conteúdo. Parece, de fato, lógico e adequado que todos os aspectos e conteúdos sejam estudados em si e em conjunto com todos os outros, com os olhos fixos em todas as fontes, e sob o ângulo específico do Magistério eclesiástico precedente, solene e ordinário. A partir desse amplo e irrepreensível trabalho científico, comparado com os resultados seguros da atenção crítica ao secular Magistério da Igreja, será então possível elaborar um argumento para uma avaliação segura e objetiva do Concílio Vaticano II […] Mas se a conclusão científica do exame levar à hermenêutica da continuidade como a única devida e possível, será portanto necessário provar – para além de toda afirmação retórica – que a continuidade é real, e tal se manifesta apenas na identidade dogmática de fundo. […] [Se] não resultar cientificamente provado, seria necessário dizê-lo com serenidade e franqueza, em resposta à exigência de clareza sentida e esperada por quase meio século. ›› Do recém lançado livro de Monsenhor Brunero Gherardini, Concilio Ecumenico Vaticano II. Un discorso da fare, editado pela Casa Mariana Editrice di Frigento, fundada e dirigida pelos Franciscanos da Imaculada, com prefácio de Dom Mario Oliveri, bispo de Albenga e Imperia, e apresentação de Dom Albert Malcom Ranjith, secretário da Congregação para o Culto Divino.

Acordo secreto.

(Rorate-Caeli) Giacomo Galeazzi faz a resenha da nova biografia de Paulo VI escrita por Andrea Tornielli para o La Stampa e menciona que aquilo que muitos consideravam uma teoria da conspiração era verdade: sem dúvida, houve um acordo secreto, conduzido pelo Cardinal Tisserand, entre a União Soviética e a Santa Sé (sob João XXIII) em 1962 – um acordo que Paulo VI também respeitou, conforme Galeazzi diz:  ‹‹ Em uma nota de 15 de novembro de 1965, Montini, de fato, menciona explicitamente que dentre “os compromissos do Concílio” existe também aquele “de não mencionar o comunismo (1962)”.  A indicação da data do final da frase escrita por Paulo VI refere-se ao acordo secreto, relacionado por Tisserand, entre Roma e Moscou ›› .  E isso explicaria porque o Concílio Vaticano Segundo, que discutiu todo tipo de questões, relevantes e irrelevantes da mesma forma, ignorou a ameaça mais desafiadora de seu tempo: o comunismo.

Desempregado.

Padre Fioraso(Messa in Latino) ‹‹ Uma visitação canônica enviada pela Santa Sé decidiu pela substituição do abade de Santa Croce in Gerusalemme, Padre Simon Fioraso. O vigário de Roma, o Cardeal Agostino Vallini, nomeará em breve um padre da diocese como pároco enquanto a comunidade dos cistercienses não tiver na capital forças suficientes para garantir a cura da paróquia anexa ao Mosteiro. Assim confirmou à Agi Monsenhor Marco Fibbi, diretor do departamento de comunicações Sociais da diocese de Roma ›› .  Conforme o blog Messa in Latino, os motivos para o afastamento do pároco são os abusos na liturgia e na condução da paróquia.

Uma a cada cinco é extraordinária.

(Kreuz.net) No ano de 1966 ocorreram aproximadamente 900 ingressos nos seminários franceses. Em 2007 foram menos de 150, conforme informou a organização francesa ‘Paix Liturgique’ em um comunicado de imprensa de 28 de maio. Atualmente, 756 seminaristas estudam na França. Ao final do Concílio Vaticano II eram mais de 4.500. ‘Paix Liturgique’ ressalta também que hoje em dia na França surge uma nova categoria de seminaristas – aquela dos seminários tradicionalistas. Atualmente, existem no país 160 seminaristas tradicionalistas. Assim, eles já perfazem um quinto da soma total dos candidatos ao sacerdócio. A essa altura, deve-se levar em consideração – diz a ‘Paix Liturgique’ – que a Missa será celebrada regularmente no Rito Antigo em pouco menos de uma a cada cem paróquias francesas* : “Assim, temos que reconhecer a influência “extraordinária” que o Rito Antigo exerce sobre as vocações”. Nesse ínterim, o bispo de Toulon, Mons. Dominique Marie Jean Rey (56), decretou que todos os seus seminaristas devem aprender a celebração do Rito Antigo. Mons. Rey é membro da comunidade carismática ‘Emmanuel’ fundada na França.  * Nota de Tradução: Segundo o Serviço de Informações do Vaticano (Departamento Central de Estatísticas), na França existem 16.553 paróquias para uma população de 61.350.000, dos quais 46.427.000 (75,5 por cento) são católicos.

Progressistas e neo-conservadores, está tudo em casa.

(Kreuz.net). O Professor de Teologia Dogmática de Regensburgo, Wolfgang Beinert (76), emérito em 1998, publicou um livro contra a Fraternidade São Pio X chamado “Der Vatikan und die Pius-Brüder: Anatomie einer Krise“ [O Vaticano e a Fraternidade São Pio X: Anatomia de uma crise]. A obra inclui contribuições de notórios neo-conservadores e liberais inimigos da Tradição católica, dentre eles o Professor de Teologia Dogmática de Tubinga já aposentado, Pe. Peter Hünermann, o Bispo Kurt Koch de Basel, Bispo Gerhard Ludwig Müller de Regensburgo ou o Diretor da “Agência Católica de Notícias” da Alemanha, Ludwig Ring-Eifel.

Fundo do poço.

(Kath) Na Suécia os nascituros podem ser abortados quando a mãe não concorda com o sexo da criança, conforme decisão do Serviço Nacional de Saúde em Estocolmo. Uma mãe com duas filhas de Eskilstuna (ao sul da Suécia) fez dois abortos porque não queria uma terceira filha. Ao ficar grávida novamente ela pediu aos médicos que lhe informassem o sexo da criança. Estes pediram conselho ao Serviço Público. Resposta: os abortos motivados por insatisfação com o sexo não deveriam ser negados. Caso contrário se violaria a legislação em vigor, que permite o aborto até a 18ª semana. Segundo informe do jornal sueco, no momento, existe um turismo de aborto entre a Noruega e a Suécia: o fato de que na Noruega o aborto somente é permitido até a décima segunda semana, assim que ficam sabendo o sexo da criança, as gestantes viajam cada vez mais para o país vizinho. Entre elas estariam especialmente mulheres de outras culturas. “Quando uma mulher já tem três ou quatro meninas e vem da Turquia a pressão é grande para ter um menino” cita um abortista no jornal.

Arquidiocese de Olinda pode levar Dom Fisichella ao Tribunal Eclesiástico.

(Oblatvs) A Arquidiocese de Olinda e Recife distribuiu entre oficiais da Cúria Romana um memorando detalhando as medidas tomadas pela mesma na defesa da menina de 9 anos vítima de estupro. O objetivo do memorando é chegar a uma solução “cristã e amigável” para o impasse criado pelo artigo do Presidente da Pontifícia Academia para a Vida publicado no L’Osservatore Romano. Segundo Monsenhor Ignácio Barreiro, é a coisa certa a ser feita antes de buscar a solução no tribunal. […] O memorando de seis páginas é assinado pelo advogado da arquidiocese pernambucana e foi distribuído para centenas de oficiais da cúria. Ele desmonta a versão apresentada pelo artigo de Dom Fisichella e que repercutiu no mundo inteiro, em razão do autor e do jornal.[…] Dom Cardoso Sobrinho disse recentemente que o L’Osservatore se recusa a publicar sua versão dos fatos. O jornal já havia cometido uma injustiça contra Dom José e agora comete a segunda. Diante dos poderosos bispos americanos a atitude do corajoso editor do jornal foi bem outra.

Curtas da semana.

O onipotência pastoral: Direito a veto e até a sugestão de sermão. [Atualização: 29/04/09, às 13:58]

(Estadão) A missa de 1.º de Maio na Catedral da Sé, às 9 horas de sexta-feira, que deveria reunir trabalhadores e empresários em torno do altar, conforme o cardeal arcebispo d. Odilo Scherer prometeu no ano passado, será uma celebração classista, voltada só para os trabalhadores, porque a Pastoral Operária, da Arquidiocese de São Paulo, resistiu à mudança.  […] Além de empresários, ele queria convidar funcionários públicos e empregados de outra categorias. “Esta não é a nossa visão, porque para nós o 1.º de Maio sempre será o Dia do Trabalhador, dia de luto e de lutas”, advertiu o metalúrgico aposentado Waldemar Rossi, militante da Pastoral Operária e um dos articuladores da manifestação. […] Rossi sugeriu a d. Pedro Luiz, em nome da pastoral, que denuncie o “assalto ao dinheiro público para salvar empresas que se dizem em crise”, defenda os direitos dos trabalhadores, aponte a precarização do trabalho (contratos temporários, bicos), fale do achatamento de salários e a pressão dos poderosos contra o movimento social. D. Pedro Luiz informou que vai aproveitar essas sugestões na homilia, ao lado mensagens bíblicas e de uma referência a São José Operário, cuja festa a Igreja comemora no dia 1.º de maio.  […] Responsável pela pastoral social na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Pedro Luiz informou que a nota sobre o 1.º de Maio, que a Assembleia Geral de Itaici vai divulgar, seguiu a mesma linha da Pastoral Operária de SP. A começar pelo título – Dia do Trabalhador, em vez de Dia do Trabalho. O texto, aprovado ontem, mas ainda não divulgado, fala da crise econômica mundial e seus reflexos na vida dos brasileiros.

Nova cruzada de Rosários pela consagração da Rússia e propagação da devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Dom Fellay e Bento XVIDom Bernard Fellay anuncia em sua importante última Carta aos amigos e benfeitores uma nova cruzada de rosários (já adiantada neste blog em 13 de abril). Alguns excertos: “Sim, do mesmo modo que nos surpreendemos pela publicação do decreto do dia 21 de janeiro, assim também pela violência da reação dos progressistas e da esquerda em geral contra nós. É verdade que encontraram a desejada oportunidade nas pouco felizes declarações de Dom Willamson e através de uma injusta amalgama, puderam maltratar nossa Fraternidade como um bode expiatório. Na realidade fomos um simples instrumento na luta muito mais importante: a da Igreja, que com razão leva o título de “militante”, contra os espíritos perversos que infestam os ares como diz São Paulo. […] Através do que aconteceu nestes últimos meses é preciso reconhecer um momento mais intenso desta luta. E é muito claro que aquele que está na mira é o Vigário de Cristo, no seu empenho de iniciar uma certa restauração da Igreja. Teme-se por uma aproximação da Cabeça da Igreja e o nosso movimento, teme-se uma perda dos resultados do Vaticano II, e se põem tudo em movimento para neutralizá-la. O que pensa o Papa realmente a este respeito? Onde ele se situa? Os judeus e os progressistas lhe exigem que escolha: ou eles ou nós… […] Tanto eles como nós estamos obrigados ao juramento antimodernista e submetidos às outras condenações da Igreja. Por isso não aceitamos abordar o Concílio Vaticano II a não ser sob a luz destas declarações solenes (profissões de fé e juramento antimodernista) feitas diante de Deus e da Igreja. E se aparece uma incompatibilidade, então necessariamente o errado são as novidades.[…] Num caminho tão difícil, diante de oposições tão violentas, lhes pedimos queridos fiéis recorrer à oração mais uma vez. Achamos que é o momento indicado para lança uma ofensiva de maior envergadura, profundamente enraizada na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, na que Ela mesma promete um resultado feliz, pois que anunciou que ao final o seu Imaculado Coração triunfará. Nós lhe pedimos este triunfo através dos meios que Ela mesma pediu: a consagração, pelo Pastor Supremo e todos os bispos do mundo católico, da Rússia ao seu Coração Imaculado, e a propagação da devoção ao Seu Coração Doloroso e Imaculado”.

“Mas… que festa? A liturgia é um drama”.

Dom Nicola Bux

“Creio que este sentido do sagrado poderá ser recuperado quando compreendermos que a Missa não é nunca um espetáculo, um entretenimento ou uma propriedade de cada sacerdote, mas sim um verdadeiro e próprio drama. Frequentemente, enchemos a boca para dizer a palavra “festa”, mas… que festa essa? Na Missa recordamos o sacrifício de Cristo, esta é a verdade. Cristo se imolou por nós e logo se usa a palavra festa… É correto falar de festa somente depois de termos compreendido e aceitado o conceito de que Cristo deu a vida por nós. Só então é lícito falar de festa, mas nunca antes. […] Uma boa Liturgia deve ter o seu centro na cruz. Contudo, ao ser colocada freqüentemente de um lado ou em lugares pouco visíveis, esta perdeu o seu significado verdadeiro e autêntico. Parece muito mais um objeto secundário do que um centro de adoração. Às vezes, tenho a sensação de que uma cruz no centro do altar produz tédio, quase incômodo. Para sermos duros: a maioria das vezes, ninguém olha para ela. Para voltar a dar à Liturgia o sentido do sagrado, é necessária uma devoção. Basta de Missas celebradas como acontecimentos mundanos e entretenimento”. Palavras de Monsenhor Nicola Bux à Pontifex.

Nova encíclica a ser publicada em 29 de junho.

“Creio que prevejo que será 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo, a data definitiva”, afirmou o Cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, sobre a publicação da nova encíclica social “Caritas in veritate”, que recordará as encíclicas Populorum Progressio, de Paulo VI, e Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II.

Dom José Cardoso Sobrinho recebe Prêmio Cardeal Von Galen.

Prêmio a Dom José.“Num auditório superlotado por cerca de 1.200 pessoas, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, recebeu em Recife o Prêmio Cardeal Von Galen, concedido pela instituição internacional Human Life International (HLI). “Foi uma surpresa muito grande para mim”, comentou o prelado. D. José ressaltou que o prêmio não é pessoal, dele, mas da Igreja Católica. Ele acrescentou “apenas ter seguido os princípios da Igreja e do Direito Canônico.” O egrégio prelado recebeu inúmeras manifestações de simpatia e apoio. E até a solidariedade de pessoas de países longínquos como Austrália e Suécia, segundo informou o site da Abril. O arcebispo esclareceu que se tivesse guardado silêncio diante do crime, teria sido cúmplice, “quase conivente”. “Cumpri meu dever”, resumiu. Na cerimônia participaram monsenhor Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, representado ao Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International, e o próprio Raymond de Souza.” Fonte: Valores Inegociáveis.

Cardeal Walter Kasper, FSSPX e Vaticano II: não há saída.

(kreuz.net) Áustria. O Presidente do Conselho Pontifício para a Unidade, Cardeal Walter Kasper, duvida de uma reconciliação com a Fraternidade de São Pio X. Ele disse isso durante uma conferência de imprensa em Viena. O levantamento das excomunhões não seria nenhuma reabilitação, mas sim simplesmente uma retomada do diálogo. Ao mesmo tempo, o Cardeal Kasper falou que o ecumenismo com os protestantes não era “nenhuma opção, mas sim uma obrigação sagrada”. Para essa finalidade, a Igreja estaria “condenada a crescer junto”. Secretum Meum Mihi acrescenta: “A Fraternidade São Pio X teria de afirmar as decisões do Concílio Vaticano Segundo e do catecismo Católico: ‘não há saída’, disse Kasper.  Kasper disse que a comunidade deve dar passos em direção ao Vaticano. O objetivo é, no que seja possível, trazê-los de novo para dentro da Igreja e não arriscar uma separação permanente. O Cardeal acusou a Fraternidade São Pio X de um “entendimento tradicional rígido”. Fontes importantes indicam a próxima substituição de Kasper na chefia do Conselho para a Unidade dos Cristãos. O nome mais cotado é de Dom Ludwig Mueller of Regensburg, membro da Congregação para Doutrina da Fé, e que não agrada muito aos protestantes por ter desprezado seu último Sínodo Regional. Dele também partiu a exigência de que a FSSPX cancelasse suas ordenações, o que motivou a transferência das mesmas do seminário alemão para Ecône.

“O ódio à língua latina é inato nos corações dos inimigos de Roma”, Dom Prosper Gueranger.

Também Secretum Meum Mihi nos informa sobre o caso do Pe. Jean Claude Cheval, pároco de Saint Jean de Brébeuf, Courseulles-sur-mer, França, que havia sido destituído em setembro de 2008 de seu cargo pelo senhor bispo Mons. Pierre Pican por celebrar uma vez ao mês a Santa Missa no Novus Ordo em latim. Pe. Jean recorreu ao Tribunal da Signatura Apóstolica em Roma e na última sexta-feira santa foi reinstalado em seu cargo. O bispo apelou da decisão.

Papa-móvel barrado em Israel.

(Le Figaro)  Shin Beth, o serviço de segurança israelense, se opôs ao uso do Papa-móvel na visita de Bento XVI a Nazaré, no próximo mês de maio, por motivos de segurança. “Todos os lugares que o Papa deve visitar foram coordenados entre o Vaticano e as autoridades de segurança israelenses, bem como os lugares onde se vai utilizar o papa-móvel. Certos lugares são mais sensíveis que outros”, informou um responsável pela segurança. Bento XVI visitará a Jordânia de 8 a 11 de maio e Israel entre os dias 11 e 15. O Papa celebrará pela primeira vez uma missa a céu aberto na Terra Santa, no dia 14, em Nazaré. Seus predecessores Paulo VI e João Paulo II em suas viagens à Terra Santa  sempre celebraram a missa em igrejas e santuários.

Pesaj em basílica Argentina. Organização: B’Nai B’rith.

(AICA) No último 13 de abril, B’nai B’rith celebrou a Pesaj (páscoa judaica) com cristãos de distintas denominações na basílica de São Francisco, em Buenos Aires, com a colaboração da Fundação Judaica e o patrocínio da Confraternidade Argentina Judaico-Cristã. A celebração, no marco do diálogo interreligioso, começou com a projeção de um audiovisual apresentando as tarefas que realiza B’nai B’rith – loja maçônica exclusiva para judeus – argentina desde 1930. O presidente de B’nai B’rith Argentina, o arquiteto Boris Kalkicki, agradeceu a hospitalidade expressa por frei Bunader e enfatizou que o público presente era “testemunho de um ato único e impensável em nossa cidade, em nosso país e no orbe há até muito poucos anos”.

Gripe Suína: O comparecimento às Missas está suspenso na cidade do México.

Nossa Senhora de Guadalupe.‹‹ Acontecimentos dramáticos no México: As celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem – Missa dominical pela televisão – Início de correntes de oração à Nossa Senhora de Guadalupe

México (trechos da matéria publicada na kath.net). A Arquidiocese da Cidade do México reagiu com uma medida preventiva drástica à disseminação dramática da gripe suína mortal: as celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem. No domingo, os fiéis foram admoestados a assistir as missas através da televisão. No sábado, o Ministério da Saúde do México decidiu fechar as escolas públicas em três estados mexicanos até o dia 6 de maio. Além disso, um alerta foi emitido para que não haja visita a museus, bibliotecas, cinemas, restaurantes e locais de adoração com grande afluxo de pessoas. O Arcebispo da Cidade do México, Cardeal Rivera, conclamou a todos os mexicanos a formarem uma corrente de orações e pedir a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, Patrona do continente americano, a fim de superar rapidamente a atual situação de crise. “Protegei-nos com o teu manto”, conforme se diz na oração mariana, “livrai-nos dessa enfermidade”.  – Oração para vencer a gripe suína: Santa Maria de Guadalupe, a ti rogamos proteção e amparo, para que em breve vençamos essa epidemia que afligiu o nosso país, pois tu nos amas com um afeto especial. Com o teu cuidado maternal velas sobre nós e com a tua intercessão maternal estás sempre disponível para nós››.  Nossa nota: já é possível notar os modernistas se aproveitando da epidemia para impôr aos católicas suas práticas.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera está internado.

O Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Antonio Canizares Llovera (64), está internado na Clínica Gemelli, e segundo informações da Agência de Notícias “EFE” ele sofre de uma trombose.

Pe. Thomas J. Euteneuer: Artigo de membro do Vaticano necessita de pronto esclarecimento.

Rev. Thomas J. EuteneuerNão é nenhum segredo que os militantes pró-vida, ao longo dos anos, não tem podido contar com o apoio de muitos membros do clero em questões referentes à defesa da vida, mas, até agora, temos conseguido apoio de vários órgãos do Vaticano para uma clara, consistente e correta defesa da vida. Uma declaração feita há duas semanas por um alto membro da Santa Sé sobre um aborto no Brasil, contudo, causou espanto em muita gente, e está causando uma grande preocupação pelo seu impacto na forma como a Igreja poderá defender a vida por todo o mundo. Solicito vossas orações para que a Santa Sé esclareça e corrija esta situação o quanto antes, para que não haja mais danos.

O incidente em questão envolve — inacreditavelmente — o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Arcebispo Rino Fisichella, que deu uma declaração, em 15 de março, criticando um bispo no Brasil que acertadamente declarou estarem excomungados os médicos que fizeram um aborto em uma menina de 9 anos que estava grávida devido a um estupro. A menina estava grávida de gêmeos e desta forma foram abortados dois bebês. Apesar de sua pouca idade, ela não estava em sério perigo (de acordo com o hospital), e tampouco seus bebês. Mesmo se ela estivesse em perigo, o aborto teria sido imoral porque a morte direta de um inocente jamais é permitida. Mesmo sem explicitar que a Igreja condena inequivocamente o incestuoso ato cometido contra a pequena menina, contudo, a questão da excomunhão dos que fizeram o aborto permanece por si mesma e merece aplauso, e não críticas feitas por outros prelados. Infelizmente, o Arcebispo Fisichella não foi o único bispo a criticar publicamente a decisão do bispo brasileiro em aplicar a Lei da Igreja.

A inocente menina, desta forma, tornou-se o centro de uma tempestade criada pela indústria do aborto, que instrumentalizou sua vitimização para promover o aborto no Brasil, onde ele é atualmente ilegal. Infelizmente, a intervenção do Arcebispo Fisichella deixou a impressão de ser uma declaração semi-doutrinal, coube como uma luva nas mãos dos abortistas por parecer dar permissão para o aborto em situações-limites similares. O Arcebispo Fisichella não estava dando desculpas para o aborto em si em tais casos, mas devido a uma infeliz escolha de palavras em seu artigo, como era de se esperar, no mesmo dia em que o Arcebispo Fisichella publicou sua declaração, a Associated Press assim entitulou seu próprio artigo: “Prelado do Vaticano defende aborto para menina de 9 anos”. O mundo observa e escuta o que vem do Vaticano por causa da enorme autoridade moral e espiritual da Santa Sé; e, da mesma forma, por causa da responsabilidade quando são feitas declarações em nome da Igreja Católica.

Eu aplaudo a maior parte do que foi feito neste caso pela diocese local no Brasil, e rezo para que todos os bispos tomem isto como um exemplo da forma certa de tratar com uma situação pastoral muito dificultosa. Os créditos devem ir para o Arcebispo José Cardoso Sobrinho e vários outros padres desta diocese por terem providenciado um generoso cuidado pastoral para a família durante o terrivel problema. Na verdade, quando a menina foi transferida para um hospital distante 230 km de sua paróquia, seu pároco viajava tal distância todos os dias para visitá-la e para assegurar à família que a Igreja providenciaria todo o cuidado possível para as três crianças vulneráveis.

A grande ironia em tudo isto é que, enquanto obtemos pouco ou nenhum apoio por parte de altos membros da Igreja para corrigir bispos que sejam negligentes em sua missão de guardar a fé e seu rebanho, neste caso o bispo fez exatamente o que era certo sobre a questão da excomunhão, e ele foi por isto criticado por um alto membro do Vaticano.

A mera aparência de uma concessão do Vaticano neste assunto veio no pior momento possível na atual situação cultural e política na América Latina. Este continente católico é um alvo especial das agressivas forças da cultura da morte; desta forma, a última coisa que precisamos é que a Igreja mostre-se fraca ou dividida sobre nossos ensinamentos ou nossa resolução em lutar contra os promotores da morte. A Igreja Católica e sua divina autoridade é em muitos lugares o único escudo que os não-nascidos têm para manter longe os abortistas e seus instrumentos de morte. Oremos para que o Vaticano retifique seu erro e que fortifique este escudo sem demora. Os não-nascidos do Brasil assim como os de outra parte do mundo contam conosco!

Rev. Thomas J. Euteneuer,
Presidente da Human Life International

Fonte: Blog Contra o Aborto

Seja o vosso falar sim, sim, não, não.

Estamos convictos de que a divulgação desta penalidade medicinal (a excomunhão) fará bem a muitos católicos, levando-os a evitar este pecado gravíssimo. O silêncio da Igreja seria muito prejudicial, sobretudo ao constatar-se que no mundo inteiro estão acontecendo cinqüenta milhões de abortos cada ano e só no Brasil um milhão de vidas inocentes são ceifadas. O silêncio pode ser interpretado como conivência ou cumplicidade. Se algum médico tem “consciência perplexa” antes de praticar um aborto (o que nos parece extremamente improvável) ele – se é católico e deseja observar a lei de Deus – deve consultar um diretor espiritual. […] O artigo é, em outras palavras, uma direta afronta à defesa pela vida das três crianças feita veementemente por Dom José Cardoso Sobrinho e demonstra quanto o autor não tem bases e informações necessárias para falar sobre o assunto, por total desconhecimento dos detalhes do fato. O texto pode ser interpretado como uma apologia ao aborto, contrariando o Magistério da Igreja. […] O autor arvorou-se do direito de falar sobre o que não conhecia, e o que é pior, sequer deu-se ao trabalho de conversar anteriormente com o seu irmão no episcopado e, por esta atitude imprudente, está causando verdadeiro tumulto junto aos fiéis católicos do Brasil que estão acreditando ter Dom José Cardoso Sobrinho sido precipitado em seus pronunciamentos. Ao invés de consultar o seu irmão no episcopado, preferiu acreditar na nossa imprensa declaradamente anticlerical.

Da Declaração da Arquidiocese de Olinda e Recife em resposta ao artigo “Dalla parte della bambina brasiliana” publicado no L´OSSERVATORE ROMANO no dia 15 de março.

Curtas da semana.

Em comunhão com a ininterrupta Tradição eclesial.

Bento XVI“A missão tem as suas raízes, de modo especial, numa boa formação desenvolvida em comunhão com a ininterrupta Tradição eclesial, sem pausa nem tentações da descontinuidade. Neste sentido, é importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecumênico Vaticano II, interpretado à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Urgente também aparece a recuperação daquela consciência que impele os sacerdotes a serem presentes, identificáveis e reconhecíveis seja pelo critério da fé, seja pelas virtudes pessoais e também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, sempre no coração da Missão da Igreja. Como Igreja e como sacerdotes anunciamos Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado, Soberano do tempo e da história, na alegre certeza que tal verdade coincide com as expectativas mais profundas do coração humano. No mistério da Encarnação do Verbo, no fato de que Deus se fez homem como nós, está tanto o conteúdo e o método do anúncio cristão. A missão tem aqui o seu verdadeiro centro propulsor: em Jesus Cristo, precisamente. A centralidade de Cristo traz consigo a justa valorização do sacerdócio ministerial, sem o qual não haveria Eucaristia, tanto menos a missão e a própria Igreja. Assim, é necessário vigiar a fim de que as ‘novas estruturas’ ou organizações pastorais não sejam concebidas para um tempo no qual se deve “fazer menos” do ministério ordenado, partindo de uma errônea interpretação da justa promoção dos leigos, porque em tal caso se colocaria os pressupostos para uma posterior diluição do sacerdócio ministerial e as eventuais “soluções” alegadas viriam dramaticamente a coincidir com as verdadeiras causas da problemática contemporânea relacionada ao ministério”. Palavras do Papa em audiência aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero, hoje, dia 16 de março, pela manhã, que seguem a mesma linha das pronunciadas à Congregação para o Culto Divino no dia 13 e ressaltam o plano de governo de Bento XVI exposto em seus esclarecimentos na carta aos bispos sobre o levantamento das excomunhões dos bispos da FSSPX.

Ano sacerdotal.

Rádio Vaticano – Na manhã desta segunda feira Bento XVI recebeu em audiência os participantes na assembleia plenária da Congregação para o Clero. Nesta ocasião o Papa anunciou ter convocado um “ano sacerdotal” especial , de 19 de Junho 2009 a 19 de Junho de 2010. Ocorrem de factos os 150 anos da morte do Santo Cura d’Ars, João Maria Vianney, verdadeiro exemplo de Pastor ao serviço do rebanho de Cristo. O Santo Padre disse que tocará à Congregação para o Clero de acordo com os bispos diocesanos e com os superiores dos Institutos religiosos promover e coordenar as várias iniciativas espirituais e pastorais que parecerão úteis para fazer perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea”.

O Sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados.

“Todo sacerdote é pois chamado a administrar a misericórdia Divina no sacramento da Penitência, através da qual perdoa em nome de Cristo os pecados e ajuda o penitente a percorrer o caminho exigente da santidade com consciência reta e informada. Para poder cumprir tal ministério indispensável todo presbítero deve alimentar a própria vida espiritual e procurar uma permanente atualização teológica e pastoral. Enfim, a consciência do crente se purifica sempre mais graças a uma devota e consciente participação na Santa Missa, que é o sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados. Toda vez que o sacerdote celebra a Eucaristia, na Oração eucarística recorda que o Sangue de Cristo é derramado para o perdão de nossos pecados, para os quais, na participação sacramental no memorial do Sacrifício da Cruz, se realiza o encontro pleno da misericórdia do Pai cada um de nós”. Da Mensagem do Santo Padre, o Papa Bento XVI, ao Eminentíssimo Cardeal James Francis Stafford, da Penitenciária Apostólica, em 12 de março de 2009.

Não à cumplicidade.

Dom José Cardoso Sobrinho“Na Igreja há a possibilidade de aplicação de penalidades automáticas, dentre esses crimes está o do aborto. Em outras palavras, não fui eu que excomunguei ninguém, eu só lembrei desta lei da Igreja, que está em vigor desde o primeiro século da nossa Santa Igreja. Mas eu tenho a impressão que essa difusão (do episódio) irá produzir bons efeitos, sobretudo naqueles que são católicos. Porque estamos vivendo um período de silêncio que pode ser até interpretado como cumplicidade. Todo ano há, em Israel, uma solenidade para relembrar aqueles judeus mortos na Segunda Guerra Mundial, que foram 6 milhões de judeus. Todo ano se relembra o holocausto e o papa sempre manda representantes da Igreja Católica. Mas há um silêncio total sobre outro holocausto que acontece todos os anos. São 50 milhões de abortos todos os anos, 1 milhão no Brasil. Por isso, temos que relembrar a todos que acima das leis humanas existem as leis de Deus. A lei dos homens no Brasil diz que se pode praticar o aborto em determinadas circunstâncias, como o estupro e ameaça à vida de mãe. A lei de Deus diz que jamais é lícito eliminar uma vida inocente mesmo que para salvar outra vida. […] Eu sou dos que pretendem conservar as leis de Deus. Por exemplo, quem não aceita o culto à Nossa Senhora não aceita as leis de Deus. Não adianta andar com a bíblia embaixo do braço, ler a bíblia todo o dia… É um gesto até bonito esse, mas não adianta de nada se não aceitar o culto a Nossa Senhora, pois está lá em Lucas, capítulo 1, como Deus veio ao mundo. […] Quando eu cheguei aqui, o Iter (Instituto Teológico de Recife) estava funcionando havia muitos anos. Dizia-se, abertamente, abre aspas, havia mais ou menos 50 homossexuais declarados. Isso não era um ambiente próprio para formar os futuros sacerdotes. Antes mesmo de eu chegar aqui, a Santa Sé mandou um visitador para examinar a situação. Depois da minha chegada, eu sabendo dessa situação, retirei os alunos da arquidiocese e reabri o seminário de Olinda apenas para a formação de sacerdotes”. Palavras de Dom José Cardoso Sobrinho à revista Época

Sim à cumplicidade.

Anti-clericalismo na França - A ilustração da capa desta semana da revista satírica Charlie Hebdo mostra os bispos Fellay e Williamson juntos com o Arcebispo brasileiro de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho - Fonte: Cathcon‹‹ A mãe desta menina pensou talvez que valia mais salvar uma vida que de correr o risco de perder três… Talvez os próprios médicos lhe tivessem dito que um pequeno útero de nove anos não se dilata indefinidamente… Eu não sei. O que sei é que nesta tragédia o senhor acrescentou dor à dor e provocou sofrimento e escândalo em muitas pessoas pelo mundo. Numa situação tão dramática, creio firmemente que nós, bispos, pastores na Igreja, temos primeiro de manifestar a bondade do Cristo Jesus, a único verdadeiro Bom Pastor››. Da carta aberta de Mons. Gérard Daucourt, bispo de Nanterre, França, ao bispo José Cardoso Sobrinho.

À direita,  anti-clericalismo na França – A ilustração da capa desta semana da revista satírica Charlie Hebdo mostra os bispos Fellay e Williamson juntos com o Arcebispo brasileiro de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho – Fonte: Cathcon

‹‹ [Ela] deveria ter sido defendida, abraçada, acariciada com doçura para fazê-la sentir que estamos todos com ela; todos, sem excepção. Antes de pensar na excomunhão, era necessário e urgente salvaguardar a sua vida inocente e recolocá-la num nível de humanidade, da qual nós homens de Igreja devemos ser anunciadores e mestres”.  “Assim não foi feito e, infelizmente, a credibilidade do nosso ensinamento sofre com isso, pois aparece aos olhos de muitos como insensível, incompreensível e sem misericórdia. É verdade, «Cármen» trazia consigo outras vidas inocentes como a sua – não obstante serem frutos da violência – e foram ceifadas; isso, todavia, não basta para fazer um julgamento que pesa como uma guilhotina”. “O respeito devido ao profissionalismo do médico é uma regra que deve envolver todos e não pode consentir chegar a um julgamento negativo sem antes considerar o conflito criado no seu íntimo. O médico traz consigo a sua história e a sua experiência; uma escolha como esta de ter de salvar uma vida, sabendo que coloca em sério risco outra, jamais é vivida com facilidade” ›› . Assim declarou Dom Rino Fisichella, presidente da Pontifícia Academia para a mort… ops, vida.

O Jornal “Igreja Nova” denuncia um “desmonte implacável” do trabalho de Dom Hélder Câmara.

Da posse em 15 de julho de 1985 a memória do jornal conta (lamenta), entre outras excelentes obras de Dom José Cardoso Sobrinho: Outubro de 1988 – Suspende a missa da TV Globo, celebrada pelos padres da arquidiocese; Julho de 1989 – Proíbe a lavagem da calçada da Igreja do Carmo, uma tradição dos umbandistas, ameaçando chamar a polícia. Agosto – Fecha o ITER (Instituto de Teologia do Recife), Fecha o SERENE II (Seminário Regional do Nordeste II); Dezembro – Destitui a Comissão de Justiça e Paz da arquidiocese, criada por D. Hélder; Setembro de 1990 – 57 padres assinam e publicam documento repudiando o autoritarismo do Arcebispo; Julho de 2004 – Alguma coisa grave aconteceu no Seminário Arquidiocesano de Olinda, de onde foram expulsos 19 seminaristas do Curso de Teologia (última etapa antes da ordenação). A lista completa das façanhas de Dom José pode ser encontrada aqui.

A começar pelos bispos

Kreuz.net – Alemanha. Em um esclarecimento feito na quinta-feira, o Cardeal Joachim Meisner, de Colônia, exige um pedido de desculpas por parte daqueles que odeiam o Papa. O cardeal referiu-se à recente carta pontifícia, em que Bento XVI esclareceu que havia sofrido golpes de hostilidade. Ademais, Cardeal Meisner disse: “Quem perscrutar a sua alma com honestidade e reconhecer que também deu motivo a essa declaração, deve pedir perdão ao Santo Padre.”

Crianças e Circo Gay

Kreuz.net – Áustria. O pároco de Linz, Gert Smetanig, usa truques de mágica para encher sua igreja, disse ele ao jornal regional ‘Oberösterreichische Nachrichten’. Na missa pelas famílias a igreja está sempre cheia com seiscentas pessoas. No dia de São Valentim ele teria até abençoado sodomitas. O Pe. Smetanig afixou um texto de oposição contra o Mons. Gerhard Wagner no quadro de avisos. “O bispo me telefonou e me disse que alguém tinha reclamado sobre isso.” Aparentemente, o telefonema não mudou nada. Em entrevista o padre deu um pitaco sobre o casamento de padres: “É possível ter esposa e filhos e ser pastor de almas.”

Papa não entrará no principal museu do Holocausto em Israel

Diz John Allen Jr.: Numa ação que pode posteriormente agravar as tensões Judeus/Católicos, um enviado Vaticano anunciou que o Papa Bento XVI não entrará no principal museu do Holocausto de Israel durante sua viagem de 8 a 15 de maio à Terra Santa, embora ele pare num memorial anexo ao lugar.

É bom recordar isso.
Cardeal Cañizares‹‹ Às vezes se mudou pelo simples gosto de mudar com relação a um passado percebido como todo negativo e superado. Às vezes se concebeu a reforma como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da Tradição. Daí todos os problema suscitados pelos tradicionalistas ligados ao rito de 1962. […] Mais que outra coisa, diria que foi uma reforma que foi aplicada e principalmente vivida como uma mudança absoluta, como se se devesse criar um abismo entre o pré e o pós Concílio, num contexto em que ‘preconciliar’ era usado como um insulto. É necessário recordar, de fato — e a alguns talvez não lhes agrada fazê-lo — que o assim chamado Missa de São Pio V não aboliu todos os ritos precedentes. Fora, de fato, ‘preservados’ aqueles ritos que tinham pelo menos dois séculos de história. E o rito moçárabe — junto, por exemplo, do rito próprio da ordem dominicana — estava entre estes. Deste modo, depois do Concílio de Trento não houve uma absoluta uniformidade na Liturgia da Igreja latina. […] Como é sabido, a atual disciplina da Igreja dispõe que, por norma, a Comunhão seja distribuída na boca dos fiéis. Há, logo, um indulto que permite, a pedido dos episcopados, distribuir a Comunhão também sobre a palma da mão. É bom recordar isso›› Da entrevista do Cardeal Antonio Cañizares Llovera, prefeito para o Culto Divino, a 30giorni.
É surpreendente.
Cardeal Georges Cottier‹‹ É surpreendente portanto que Monsenhor Fellay anuncie novas ordenações ao sacerdócio depois da remoção de sua excomunhão. […] O assunto central, i.e., a negação da validade do Concílio Vaticano Segundo, é extremamente difícil. A comunhão Católica implica a aceitação deste Concílio que é tão importante para a vida da Igreja. […] Desde o Concílio Vaticano Segundo existiram abusos em ambas as direções, conservadoras e progressistas; mas uma Igreja progressista nunca veio à existência. […] No momento há o paradoxo de que é mais fácil para nós falar pacificamente com os Protestantes, que estão mais longes da Igreja Católica e que frequentemente sentem nostalgia sobre a unidade, do que com os tradicionalistas, que permaneceram militantes e agressivos (em Paris eles chegaram até o ponto de ocupar uma igreja pela força) ›› Palavras do teólogo aposentado de João Paulo II, Cardeal Georges Cottier.

Curtas da Semana.

A guerra encarnizada na Cúria. Artigo do Padre Barthe circula em Roma.

Leia a nota do Padre Claude Barthe em portuguêsO blog La Cigüeña de la Torre, o primeiro a noticiar o levantamento das excomunhões, recebeu de algum Cardeal — que para evitar atritos, como ocorrido com o Cardeal Re, ele chama de Ottaviani — um escrito de autoria do Pe. Claude Barthe que estaria circulando na Cúria Romana intitulado: “A ‘não aceitação do Concílio’ pela Fraternidade São Pio X: uma cortina de fumaça”. Leia aqui a íntegra em português. O mesmo padre dará a conferência “As oposições romanas ao Papa hoje” no Centre Saint-Paul, do IBP, em Paris, no próximo dia 10.

Missa latino-gregoriana na Catedral do Papa.

Franciscanos da ImaculadaTomamos conhecimento pelo diário ‘L’Avvenire’ que os Franciscains de l’Immaculée Conception (Franciscanos da Imaculada Conceição) receberam a autorização de celebrar em São João de Latrão duas missas semanais na forma extraordinária do rito romano, e isso depois da festa da páscoa. A comunidade dos Franciscanos, que foi reconhecida pela Igreja em 1998, vê nestas duas missas celebradas na semana um sinal de encorajamento. Estas celebrações se darão num espírito verdadeiramente católico de fidelidade ao Papa e à tradição litúrgica. Latrão, situado numa extremidade da Via Merulana (na outra extremidade se encontra Santa Maria Maior) é um território do Vaticano ao centro do qual se ergue a basílica de São João, considerada como a ‘mãe de todos as igrejas’.  Latrão, que era a residência dos papas a partir da época de Constantino, é erigida uma das quatro igrejas patriarcais;  o santuário é também  um dos sete lugares de peregrinação de Roma”. O Cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma, é o Arcipreste da Basílica. Entretanto, antes mesmo de sua nomeação em junho de 2008, seu predecessor, Cardeal Camillo Ruini, abria as portas de Latrão, em fevereiro daquele mesmo ano, para que as ordenações diaconais do IBP. É evidente, portanto, que este é um desejo expresso do Santo Padre comunicado a quem quer que seja o responsável pela Basílica. A comunidade dos Franciscanos da Imaculada recobrou o gosto pelo Rito de São Pio V através do Pe. Jehan de Belleville, OSB, que saiu do mosteiro de Sainte-Madeleine du Barroux por conta da política bi-ritualista do atual abade para fundar os Beneditinos da Imaculada. O rito tradicional vai cada vez mais tomando esta ordem fundada em 1970; seu ramo feminino em Cornwall, Inglaterra, após começar a usar os livros litúrgicos de 1962 em meados do ano passado, estão em vias de adotá-lo definitivamente.

Rorate-Caeli também nos informa sobre a missa a ser celebrada em 21 de abril pelo eminentíssimo Cardeal Antonio Cañizares Llovera, prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, em comemoração ao aniversário da cidade de Roma.

Uma van pela vida.

vanprovidaJá faz muitos que afixei nas janelas laterais e traseira do meu carro particular – uma van – fotos e textos sobre o aborto. Cada vez mais encontro pessoas que param diante da minha van, que olham as fotos e ficam horrorizadas, que lêem as informações e que vão embora pensativas. Frequentemente conversas interessantes resultam desse encontro.Na maioria dos casos experimento aprovação, às vezes, oposição e discussões difíceis. A fotos colocadas na minha van já até salvaram uma vida humana. Certa vez, uma mulher se dirigiu a mim na cidade interiorana de Montabaur, em Rheinland-Pfalz, no estacionamento de uma loja de móveis, e me perguntou se eu tinha um projeto sobre o aborto: “O senhor sabe, né”, disse ela, “meu filho, um professor, lida precisamente com o tema do aborto. Lá as informações com foto seriam bem apropriadas.” Eu tinha no veículo o folheto “Vida ou Morte” da Ação de Médicos Europeus e o entreguei para a senhora. Meses mais tarde fui abordado por uma senhora em um estande de informações em Koblenz: “Com licença, por acaso não foi o senhor que esteve há alguns meses atrás com o seu carro em Montabaur e me deu um folheto colorido com informações sobre o aborto? “Respondi que eu poderia ter estado lá caso ela fosse a mãe de um filho que naquela época falava sobre o aborto na escola. “Mas agora veja só o senhor” – disse ela: “O meu filho levou esse folheto para a escola. Uma mocinha revelou que estava grávida e que estava pensando em fazer um aborto. O meu filho lhe entregou esse folheto. A criança não foi abortada. As fotos tinham convencido a jovem mãe.” Só por causa desse episódio eu nunca mais retirarei as fotos do meu veículo: as fotos falam mais do que mil palavras! Eu gostaria de acrescentar que as fotos e legendas no meu carro funcionam mesmo na estrada. As pessoas dirigem de vagar. Elas se deixam até ultrapassar para então dar uma segunda olhada no meu ‘automóvel maluco’. As pessoas viram o pescoço para ler os textos mais uma vez ao passarem de carro. Só o bom Deus sabe como muitas pessoas passaram a refletir através desse pequeno apostolado”. Relato de Günter Annen. Original e mais fotos aqui. Tradução livre de T.M. Freixinho.

Os ortodoxos e o levantamento das excomunhões.

Pe. Alexandre Siniakov“Só podemos nos alegrar pelos passos que se deram para chegar à plena comunhão entre o Papa Bento XVI e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X”. Estas palavras do padre Alexandre Siniakov, responsável pelas relações com as outras igrejas do patriarcado ortodoxo russo na França, refletem a opinião majoritária entre os cristãos ortodoxos acerca da decisão do Papa de revogar as excomunhões dos bispos lefebvrianos. Ao mesmo tempo, o Padre Siniakov se mostra “surpreso pela falta de solidariedade que alguns católicos demonstraram em relação à decisão tomada pelo Papa”. […] “Nos parece que o Papa não quer romper com a tradição anterior ao Concílio Vaticano II’, opina o padre Siniakov, que recorda o cisma que sofreu a Igreja Ortodoxa Russa após um concílio nos anos 1666-1667, devido à imposição de reformas litúrgicas. Algumas reformas, nas palavras do sacerdote ortodoxo, “muito menos importantes que as que se levaram a cabo depois do Vaticano II”. Do blog Missa Tridentina em Portugal.

Dom Williamson re-excomungado em Los Angeles.

Cardeal Mahony e membros de outras religiões.Declaração do Cardeal Roger Mahony, arcebispo de Los Angeles, e dos  membros da American Jewish Committee: “Na arquidiocese de Los Angeles está proibido que Williansom entre em qualquer igreja Católica, escola ou em qualquer instalação, até que ele e seu grupo complete plena e inequivocamente as diretrizes Vaticanas sobre o Holocausto. Mais tarde neste ano, eu, Cardeal Mahony, visitarei Israel e apresentarei meus respeitos às vítimas do Holocausto no Yad Vashem Memorial em Jesuralém”.

Na própria Cúria.

Mons. Ignacio Barreiro“Agora lhe explico que está acontecendo: creio que as imprudentes e inaceitáveis declarações feitas por Monsenhor Williamson, que por amor à precisão defino reducionistas e não negacionistas, são hoje instrumentalizadas e que esta obra vem em duas direções. O ataque provém de quem, em setores progressitas, não quer e recusa o acordo com a Fraternidade São Pio X e estes setores estão já seja no exterior da Igreja, tanto como no interior da Igreja e na própria Cúria”, disse Mons. Ignacio Barreiro, presidente da Vida Humana Internacional.

Agora é a vez dos leigos.

“Toda a comunidade Alta Gracia está indignada pela grave atitute de Ángel Liendo Funes”, expressou à AJN a delegada de INADI (Instituto Nacional contra la Discriminación, la Xenofobia y el Racismo) de Córdoba (Argentina), após intimidar que “ratifique ou retifique seus dizeres anti-semistas que foram publicados no diário desta cidade”. Funes havia declarado publicamente sua defesa ao bispo negador do Holocausto a quem qualificou como “um símbolo vivo da verdadeira Igreja perseguida”. Íntegra da matéria aqui.

Protestarão os judeus pelo Papa visitar os palestinos?

Kreuz.net – Terra Santa. O Papa Bento XVI visitará também um campo de refugiados palestino durante sua visita à Terra Santa, em maio, conforme informou a Agência ‘ADNkronos’. Apesar do clamor contra a Igreja que existe naquele país, o Papa entrará no Memorial ao Holocausto Yad Vashem em Jerusalém. Estão planejadas ainda encontros com um mufti de Jerusalém, com rabinos israelitas e com o Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

Contra a ousadia dos promotores da comunhão aos amasiados.

“Aprendemos no catecismo da infância que, para receber dignamente a Eucaristia, é necessário encontrar-se na graça de Deus, ou seja, não ter consciência de nenhum pecado grave. Quem teve a fragilidade de cometer uma falta Dom José grave, deve primeiro converter-se, isto é, mudar de comportamento e depois aproximar-se humildemente do sacramento da confissão para receber a absolvição. Então poderá receber digna e frutuosamente a comunhão eucarística. Nossa Santa Igreja continua a expor esta doutrina através dos séculos. […] Infelizmente, hoje em dia circulam teorias falsas afirmando que podem receber a comunhão eucarística pessoas que vivem habitualmente em situação de pecado, p. ex., casais que vivem em situação matrimonial irregular, ou seja, na assim chamada “segunda união”. […] A insistência do Santo Padre, por meio de declarações oficiais e solenes, demonstra a atualidade e a importância pastoral deste problema. Quem tivesse a ousadia de defender a doutrina contrária afirmando que os que estão em situação de pecado e, especificamente aqueles que vivem “em segunda união matrimonial” podem receber a eucaristia, tal pessoa evidentemente estaria discordando do Vigário de Cristo na terra e colocando-se em grave situação de pecado, por estar induzindo outros a comungar sacrilegamente. […] Podemos então logicamente concluir que nossa vida eucarística é o termômetro de toda a nossa vida espiritual: se quisermos saber qual o atual nível de nossa vida espiritual, é suficiente examinar nossa devoção eucarística”. Palavras do Arcebispo José Cardoso Sobrinho publicadas no site da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Sorte dele não ser Alemão.

Pois para Dom José o aborto “é homicídio contra uma vida inocente. Estamos falando sobre um holocausto silencioso, que mata um milhão de inocentes no Brasil e cinqüenta milhões no mundo todos os anos, um holocausto pior que aquele de seis milhões de judeus, que nós lamentamos todo ano”. Vale a pena conferir o posicionamento do Arcebispo sobre o caso do aborto cometido em uma menina de 9 anos.

Mais um absurdo vindo da Austrália.

Nos traz Rorate-Caeli: o bispo da diocese de Maitland-Newcastle, na Austrália, pretendia conferir o sacramento da crisma numa cerimônia conjunta onde o líder Anglicano da região também administraria seu inválido sacramento da crisma. A Congregação da Doutrina da Fé teve de intervir para evitar o desvario.

Reunião episcopal em hotel 5 estrelas.

conferenciabispos1À esquerda, foto da piscina do hotel onde foi realizada a Assembléia Geral dos Bispos Alemães em Hamburgo; Cathcon comenta: “o pessoal da Conferência Episcopal encontra os hóspedes conferenciabisposdo hotel no caminho para a sauna. De tempos em tempos, um vigoroso fã olha sobre o parapeito e olha surpreso para a conferência de imprensa lá embaixo. Normalmente, encontros de bispos são feitos em instituições Católicas. Na protestante Hamburgo, não há local para encontros católicos que seja grande suficiente”. Hamburgo é a única cidade de Alemanha?

 Eles lamentam, coitadinhos.

“Levantamento das excomunhões dos bispos ordenados por Mons. Lefebvre. Os bispos e os abades territoriais discutiram as dificuldades provocadas pelo levantamento das excomunhões dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. As numerosas reações registadas mostram que numerosas pessoas  dentro e fora da Igreja estão profundamente inquietas por esta diligência, particularmente por causa da negação da Shoah pelo bispo Richard Williamson. O Papa Bento XVI exigiu uma retratação pública e sem ambigüidade, mas esta ainda não se deu. A Conferência dos Bispos recorda que o levantamento das excomunhões não significa de modo algum a reabilitação ou a reintegração na comunidade da Igreja católica, mas apenas abre o caminho à reconciliação. Os quatro bispos estão ainda suspensos. Não podem, por conseguinte, exercer o seu ministério episcopal e sacerdotal. O Vaticano sublinhou repetidamente que o reconhecimento pleno e total do Concílio Vaticano II e os ensinamentos dos papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI era uma condição sine qua non para o reconhecimento futuro da Fraternidade São Pio X. como para estes papas, a vida da Igreja antes e depois do Concílio deve ser vista como uma renovação na continuidade e não como uma ruptura. Os bispos reportaram ao Núncio Apostólico da Suíça, Mons. Francesco Canallini, sua perplexidade e as preocupações dos fiéis. O levantamento  das excomunhões dos quatro bispos foi manifestamente preparado com muito pouco cuidado e houve enormes lacunas por parte da Cúria na informação aos bispos, fiéis e opinião pública. Os bispos e o núncio lamentam estes erros. Os acontecimentos das últimas semanas provocaram uma nova polarização. Os bispos convidam os fiéis a uma peregrinação a Einsiedeln, na segunda-feira 1o. de junho, para pedir a Deus a unidade da Igreja”. Comunicado da Conferência Episcopal Suiça em sua assembléia ordinária ocorrida entre 2 e 4 de março.

Meia comunhão? 

Pe. João Batista“Agora, desejaria dar minha modesta contribuição para esclarecer a controvérsia, que tem afligido a muitos, sobre se a Fraternidade São Pio X está em comunhão ou não com a Santa Sé. Examine-se primeiro o problema  sob o aspecto lógico e, em seguida, veja-se sua conseqüência teológica. O princípio da exclusão do meio nos ajuda a resolver a questão: entre o estar em comunhão e o não estar em comunhão não há meio. Ora, Roma diz que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X tem certa comunhão que se espera venha a ser uma plena comunhão. O fato é que se afirma a comunhão. O que importa é o substantivo. O adjetivo é secundário. Homem inteligente ou homem burro. O que conta é que homem e, como tal, deve ser tratado. Como se sabe, gramaticalmente falando, a realidade se encontra no substantivo, naquilo que a coisa é, e não no adjetivo que apenas lhe indica um atributo. No caso, afirma-se a comunhão, a qual não pode ser discutida, pois não existe ‘meia comunhão’.  Com efeito, entre o pensar e não pensar não existe “meio pensar”, embora existam o pensamento medíocre e a teologia capenga. O adjetivo, para ser justo, tem de ser condizente com a realidade indicada pelo substantivo seja em seu ser ou em seu agir. Disto se infere quão infeliz e imprecisa a expressão cunhada pela nova eclesiologia ‘em plena comunhão'”. De mais um excelente artigo do Pe. João Batista A. Ferraz Costa, A teologia e a lógica.