Fontes seguras indicam que Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, será o novo arcebispo de Porto Alegre.
Steiner e Pedro Casaldáliga.
O franciscano, primeiro sucessor de Dom Pedro Casaldáliga na prelazia de São Felix do Araguaia e primo de Dom Paulo Evaristo Arns, teve seu caminho para a capital gaúcha aplainado por Dom Lorenzo Baldisseri, antigo núncio apostólico no Brasil, atual secretário da Congregação para os Bispos e primeiro cardeal criado por Francisco (informalmente, como foi amplamente divulgado, no fim do conclave deste ano — o que deverá ser oficializado já no próximo consistório). Por ocasião da transferência de Baldisseri para a Cidade Eterna, expressamos o sentimento geral dos católicos ao dizer que o Brasil perdia um exímio… pianista. Todavia, desde o outro lado do Atlântico, ele continua dando as cartas por aqui.
Após longos anos com Dom Dadeus Gringis, confirmados os rumores, Porto Alegre terá à sua frente um dos piores bispos do Brasil, sempre ocupando as primeiras colocações do Ranking Fratres in Unum de Ruindade Episcopal.
Por sua vez, a CNBB perderá um secretário que se destacou pela capacidade de tergiversar sobre os valores inegociáveis dos quais falava Bento XVI, a ponto de receber com sorrisos os cismáticos chineses que perseguem cruelmente a Igreja e de ser acusado de fazer acordos políticos com personagens inenarráveis, como Marta Suplicy. São inúmeros os feitos de Dom Leonardo, por isso não cabe elencá-los todos. A carta vazada ontem pela arquidiocese de São Paulo talvez seja um de seus últimos atos na pantomima que é atualmente a nossa Conferência Episcopal.
Triste! Mas nós, fiéis, temos o episcopado que merecemos. Um motivo a mais para rezarmos e fazermos penitência.
Trata-se, ainda, de um rumor. Forte, mas rumor. Esperamos, claro, estar redondamente enganados. Tratando-se do Vaticano e de nomeações, literalmente, tudo pode acontecer!
Um minuto de silêncio e uma Ave Maria por Porto Alegre.
[Atualização: 17 de julho de 2013, às 15:55 – A arquidiocese retirou do ar a matéria a respeito da carta. No entanto, o link com o arquivo em PDF que citamos acima continua ativo. Uma imagem das páginas já foi gravada por Fratres in Unum.]
Em conversa com a CNBB, ministro disse que a carta do Papa divulgada durante a campanha de Dilma é um “episódio isolado” e relevado pela presidenta
IG – Escalado pela presidenta (sic) Dilma Rousseff para desfazer qualquer mal intendido com a Igreja Católica, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, negou que haja um desconforto da Igreja Católica com o governo.
Hoje (13), ao participar do lançamento da Campanha da Fraternidade, o ministro tratou de desfazer a ideia de que houve descaso do Planalto em relação à renúncia de Bento 16 e que a relação do governo da presidenta Dilma com o Papa não seria das melhores devido ao posicionamento de Bento 16 em relação ao aborto, divulgado em plena campanha, em 2010.
“A minha presença aqui hoje, além de dignificar a nossa posição, é também um gesto de solidariedade nossa com a igreja nesse momento”, disse Carvalho.
O anúncio da renúncia do Papa foi feito pelo Vaticano na última segunda-feira (11) e desde então, a única manifestação do governo brasileiro foi uma rápida menção feita pelo ministro de Relações Exteriores Antônio Patriota.
Carvalho conversou reservadamente com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner sobre o assunto hoje, para desfazer qualquer mal entendido.
“Não houve desconforto. Dom Leonardo fez questão de me chamar, momentos antes desse lançamento, para dizer que de maneira alguma houve nenhum desconforto da CNBB frente à ausência de uma nota do governo do Brasil”, disse o ministro ao sair da reunião [ndr: a impressão que se tem é de um secretário-geral da CNBB correndo para aplacar o governo por conta de declarações de outros bispos].
Segundo o ministro a avaliação do governo foi a de que não caberia qualquer manifestação oficial em relação ao um gesto considerado de “foro íntimo” do Papa Bento 16. “Nós não vimos que tínhamos que falar”, disse o ministro. Não há nenhuma desconsideração, nenhuma demora”, rebateu.
“É uma posição de respeito de não querer fazer qualquer tipo de especulação a respeito de um evento que é de foro muito íntimo do Papa e também da economia interna da Igreja”, explicou Carvalho ao deixar a sede da CNBB, em Brasília.
A proximidade de Gilberto Carvalho com a Igreja Católica é grande e a presidenta Dilma Rousseff não teria nome melhor para desfazer possíveis desentendimentos. Carvalho pertence à ala chamada no PT de “igrejeira”. Ele estudou Teologia por três anos no Studium Theologicum de Curitiba e militou na Pastoral Operária Nacional, movimento ligado à Igreja Católica, entidade da qual foi secretário-geral entre 1985 e 1986. Carvalho foi também coordenador do Movimento Fé e Política, entre 2001 e 2003.
Além de desfazer os rumores de problemas do Planalto com a Igreja, a presença de Carvalho ao lado dos bispos serviu para demonstrar que não há, por parte da presidenta Dilma Rousseff, mágoas em relação à atitude de Bento 16 de divulgar em 2010 uma carta convocando os católicos e se posicionarem politicamente contra o aborto.
A divulgação da carta ocorreu em um momento da campanha de Dilma na qual a questão de legalização do aborto no Brasil era alvo de grande discussão. “É um episódio isolado e nem se sabe se quando o papa fez aquilo ele tinha em mente a campanha eleitoral. Nós relevamos completamente esse episódio”, disse o ministro.
Segundo Carvalho, a prova de Dilma tem boa relação com os bispos se dá pelo tratamento determinado por ela, assim que tomou posse. “Assim que tomou posse, ela determinou que nós fizéssemos o mesmo tipo de parceria que nós tínhamos no governo Lula com as igrejas, recebeu a direção da CNBB e tem mantido um intenso contato seja com a CNBB, seja com a Santa Sé, através de nossa embaixada”, disse o ministro.
Por Pontifícias Obras Missionárias – O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, provocou os membros da Pontifícia Obra da Propagação da Fé a se esforçarem pelo discipulado missionário.
Ele deu início na manhã desta sexta-feira, 14, às atividades da 5ª Assembleia da Obra que reúne membros de todos os estados do país. Com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações (Mt 28, 19)” ele foi enfático quanto à mensagem do Evangelho.
“Precisamos ser discípulos-missionários para o mundo. Essa iniciativa é necessária e urgente por que somos anunciadores e nossa tarefa é ir por todo o mundo e anunciar a Boa Nova a toda criatura, conforme nos pede a Palavra de Deus”, exortou dom Leonardo. O prelado aprofundou sua reflexão em quatro pontos: espiritualidade, missionariedade, jovialidade e Deus que habita em luz inacessível (1 Tm 6, 16).
Antes de dar início às reflexões, dom Leonardo convocou os jovens a serem menos objetivos quanto às definições daquilo que queremos compreender. “Temos a tendência de definir as coisas com muita objetividade. É uma maneira que a maioria das pessoas adota e passa a ver o mundo. Somos motivados por aquilo que impacta, mas devemos também observar de outra forma, como exemplo, ler o mesmo livro várias vezes” [ndr: ?????] , sublinhou.
De acordo com o secretário da CNBB, “precisamos estar mais abertos, ouvir mais e se deixar encontrar pelo outro. Falar de espírito é pensar num modo de espera, ou seja, não ir direto ao ponto”. Ele disse aos participantes da Assembleia que a espiritualidade (cuidar do espírito) “não é uma ciência de dominação, não é estudo do espírito, mas um modo próprio de existir”. E afirmou que é importante por que “é o espírito que cuida de nós”.
Dom Leonardo demonstrou algumas formas de deixar o espírito cuidar. “Devemos ter abertura da nossa parte, pois é o espírito de Deus que vem ao nosso encontro. Quando nos esquecemos disso vivemos de maneira alienada. Ao lermos a Bíblia, damos abertura ao espírito e criamos a possibilidade de mergulhar na profundidade de nossa existência”, refletiu.
Espiritualidade e Missão
A abertura é um modo de vida indispensável ao trabalho do missionário, segundo dom Leonardo. Ele disse que, “o Evangelho deve ser um horizonte e se queremos ser cristãos anunciadores, temos que nos ater a ouvir o mundo pelo espírito” e salientou que a missionariedade não é algo a ser acrescentado na vida do cristão, mas faz parte da sua vida. “A missionariedade trata-se de uma força que é dada ao missionário. Ele não é enviado por que quer ir, mas porque Deus o envia através do Evangelho e a pessoa vai pelo amor de Deus que é uma força que impulsiona para fora de nós mesmos”.
A alegria de ser discípulo-missionário é outro ponto que deve ser observado pelo missionário, comentou ainda dom Leonardo. Ele citou o Documento de Aparecida (DAp) para justificar essa questão. “Aqui está o desafio fundamental que afrontamos: mostrar a capacidade da Igreja para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e comuniquem por toda parte, transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo (n. 14)”. Completou dizendo que “o envio não é imposto e que pelo rosto do missionário se sabe se ele é enviado ou não”.
A palavra jovialidade, explicou o bispo auxiliar de Brasília, “significa ter a força de Deus”, portanto, não deve ser confundida com qualidade da força biológica, mas “uma vitalidade que vem de Deus”. Com relação a Deus que habita em luz inacessível, dom Leonardo explicou que é a capacidade do cristão de deixar-se encontrar. “Inacessível é o modo como Deus veio até nós: Deus me toca, agora posso tocá-lo; Deus ama, agora posso amá-lo; Deus me deseja, agora posso deseja-lo. Falamos de inacessibilidade por que eu que fui tocado por ele”.
Dom Leonardo aprofundou esse último tema de sua orientação espiritual destacando que a inacessibilidade de Deus é próprio do Cristianismo, por que ele nos ama antes, se faz próximo de nós através da pequenez, do sofrimento, da cruz e se deixa tocar. “Deus é tão grande que mesmo suspenso numa cruz ele não enxerga mais o horizonte, mas continua a amar o Pai e entrega seu espírito a Deus”. O missionário, completou o bispo, “deve ser envolvido por esse mesmo amor e se doar completamente pela Missão”, completou.
O lendário personagem Rolando Lero parece ter sido o grande inspirador da vocação episcopal de Dom Steiner, o paladino da não-objetividade que foi também o primeiro sucessor de Dom Casaldáliga em São Felix do Araguaia:
Vice-ministro para Assuntos Religiosos da China, Jiang Jianyong, é sorridentemente recebido pelo secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner em julho de 2011..
A realidade é que a Conferência Episcopal do Brasil se preocupa e trabalha com afinco para a auto-demolição da Igreja Católica em nosso país. Ainda mais com um Secretário que se destaca pela timidez na apresentação das posições da Igreja, pela vergonha de ser “católico demais”, pelo bom mocismo, pelo politicamente correto, enfim, pela sanha insaciável de envergonhar os fiéis, de humilhar a Igreja e de se mancomunar com os seus inimigos. Um homem que, se não caiu de paraquedas na Igreja Católica em vez de ir arruinar uma ONG ou partido político qualquer, foi nela infiltrado maquiavelicamente pelos filhos das trevas. Realmente, há coisas muito mais essenciais com o que se preocupar. Uma delas seria livrar a Igreja do Brasil deste infeliz bispo. Talvez mandando-o para a China, onde chegaria com sorrisos e tapinhas nas costas e poderia, mui democraticamente, trabalhar em prol dos excluídos…
* * *
Expressão “Deus seja louvado” lembra que dinheiro está a serviço das pessoas, diz CNBB
Folha de São Paulo – O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Leonardo Ulrich Steiner, afirmou nesta terça-feira (13) que há “coisas muito mais essenciais” para se preocupar do que a retirada da expressão “Deus seja louvado” das notas de real, pedida em uma ação protocolada ontem pelo Ministério Público Federal.
Para ele, a existência da expressão nas frases “poderia lembrar que o próprio dinheiro deve estar a serviço das pessoas, especialmente dos pobres, na partilha e na solidariedade”.
O pedido de retirada da frase, feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo à Justiça Federal, diz que a expressão nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.
O religioso, no entanto, contestou trecho da ação que afirma que a existência da frase nas notas “constrange a liberdade de religião de todos os cidadãos que não cultuam Deus”.
“Não vejo que constrange, mas pode incomodar aos que afirmam não crer. As pessoas que vivem a sua fé, em suas diversas expressões, certamente não se sentem constrangidas pois vivem da grandeza da transcendência”, afirmou à Folha.
[Atualização: 14 de novembro de 2012, às 11:54 – Mais detalhes da manifestação de Dom Steiner segundo a CNBB – via Canção Nova: “Creio que deveríamos nos preocupar com coisas muito mais importantes e essenciais. Provavelmente muitas pessoas dar-se-ão conta da frase somente agora, depois dessa ação. Não vejo que ela constrange, mas pode incomodar aos que afirmam não crer. As pessoas que expressam a sua fé nessas expressões certamente não se sentem constrangidas, pois vivem da grandeza da transcedência, de que a fé não é em primeiro lugar um culto a Deus, mas uma relação. Se a frase lembra uma relação, poderia lembrar que o próprio dinheiro deve estar a serviço das pessoas, especialmente dos pobres, na partilha e na solidariedade. Se assim for, que Deus seja louvado”, afirmou. Dom Leonardo disse ainda que a melhor ação que CNBB pode desenvolver neste caso será discutir e refletir sobre o estado laico e laicismo. “Todos nós aceitamos o estado laico, mas temos muita dificuldade de entender esse verdadeiro laicismo”, destacou.