“Vejo com clareza que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas… E é necessário começar de baixo”.
Um pouco adiante, o Papa Francisco ajuntou:
“Como estamos a tratar o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organizativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de suportar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos”.
Pois é, durante a presente pandemia, a Igreja Católica (falamos aqui de seu lado humano) foi tudo, menos um hospital de campanha; foi uma excelente funcionária do Estado, mas nada de Mãe e Pastora; zelosíssima com seus dízimos e ofertas, mas omissa em servir as almas; especialista em higiene, como uma ONG sanitária, mas não uma Igreja em sentido evangélico, pois resolveu encerrar-se em sua própria assepsia.
Fieis mortos sem sacramentos, pecadores não atendidos no fórum da confissão, filhos morrendo de fome eucarística, enquanto a esmagadora maioria de seus pastores os esnobam, escudando-se por trás de decretos governamentais e em dados alarmantes.
“Hospital de campanha”? Não, mas uma hierarquia da Igreja em campanha, em campanha política aberta, descarada, ostensiva, com o respaldo da mídia e deste Papa, cujo telefonema oportunista ao cardeal de São Paulo foi realizado justamente para ser instrumentalizado pela mídia e pelo governador de São Paulo, em seu afã ditatorial de manter os cidadãos num confinamento que não deu certo, como os próprios números demonstram.
A cúpula da Igreja Católica no Brasil age como uma instituição partidária e, assim como toda a esquerda, tomou como questão de honra o golpe de estado branco, parlamentar ou judiciário, usando a quebradeira econômica como motivo para a destruição do país e a inviabilização do governo legitimamente escolhido pelo povo.
Não há nada de “pastoral” neste lockdown eclesiástico. O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, homem de cúpula do PT, contrariando a decisão da Assembleia Legislativa do seu Estado, que considerou as atividades religiosas como essenciais, resolveu que, em sua arquidiocese, as Igrejas permanecerão fechadas. Ele também recebeu um telefonema “pastoral” do Santo Padre. E ainda tem coragem de dizer que a Igreja tem uma “presença samaritana”, “cuidadora”, na sociedade. Nada de se admirar se nos lembrarmos que, quando secretário geral da CNBB, o mesmo Steiner afirmou à Folha de São Paulo que “mais importante que a porcentagem de católicos no Brasil é quantas pessoas realmente buscam a justiça e vivem o amor até as últimas consequências”…
Enquanto isso, as Igrejas estão vazias e os católicos abandonados, como ovelhas sem pastor. Concretizam-se aquelas tristes palavras do Profeta Jeremias, em Lamentações (I,1-2):
A recente nomeação da reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professora Anna Maria Marques Cintra, causou diversas reações na comunidade acadêmica dessa instituição de ensino superior: estranheza, contrariedade e aprovação. Aparentemente, o motivo foi a escolha, pelo grão-chanceler da universidade, não do primeiro nome da lista tríplice que lhe foi apresentada, mas do terceiro. Reações até certo ponto compreensíveis.
Talvez algumas reações tenham decorrido de interpretação equivocada do processo de escolha do reitor e do vice-reitor da PUC de São Paulo. Conforme o Estatuto da PUC-SP, compete ao Conselho Superior da Universidade (Consun) “organizar, através de consulta direta à comunidade, por meio de processo eletivo, a lista tríplice de nomes de professores para escolha e nomeação do Reitor e respectivo Vice-Reitor, nos termos deste Estatuto, encaminhando-a ao Grão-Chanceler” (artigo 21, XXII).
E prevê ainda o mesmo Estatuto que ao grão-chanceler compete “escolher e nomear o Reitor e o Vice-Reitor dentre os professores de uma lista tríplice organizada e encaminhada pelo Consun” (artigo 43, II). Portanto, não se trata de escolha direta do reitor e do vice pela comunidade universitária. Se assim fosse, não haveria sentido na apresentação de uma lista tríplice pelo Consun e estaria prevista a eleição direta, pura e simples, do reitor e do vice pela comunidade universitária. Não é isso, todavia, o que consta no estatuto.
É verdade que a escolha do reitor recaiu, tradicionalmente, sobre o nome mais votado, pelas razões que a autoridade competente julgou convincentes – eu mesmo, na escolha precedente, procedi dessa forma. Mas se, desta vez, se seguiu outra ordem, é porque essa possibilidade sempre esteve implicada na própria apresentação da lista tríplice pelo Consun ao grão-chanceler.
Toda essa questão leva a refletir algo mais sobre as universidades católicas, que estão ligadas à Igreja e são regidas, quanto à sua natureza e à sua missão, pela Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae (Do Coração da Igreja, 1991), do papa João Paulo II. Elas têm sua origem “do coração da Igreja” e expressam, da maneira que lhes é própria, a missão da Igreja na busca e na explicitação do verdadeiro saber (sapientia) e do bem da humanidade. No que se refere ao ordenamento acadêmico, elas seguem a legislação civil do país onde se encontram; mas quanto à sua identidade, à sua orientação e aos seus objetivos específicos, estão sujeitas às normas da Igreja.
Uma universidade católica, como qualquer outra, é uma comunidade de estudiosos, dos vários campos do saber humano; também ela se dedica à pesquisa, ao ensino e às várias formas de serviço à sociedade, compatíveis com sua identidade e sua missão. Enquanto “católica” e, em nosso caso, também “pontifícia”, ela está ligada à Igreja, segue as suas diretrizes e deve realizar as suas atividades de maneira coerente com os ideais, princípios e comportamentos católicos – nem se poderia esperar que fosse diversamente, ou até o contrário disso.
No entanto, não equivale isso a dizer que todos os que frequentam uma universidade católica devam ser confessionalmente católicos. A própria PUC-SP acolhe muitos estudantes que não professam a fé católica. E são todos bem-vindos, a liberdade de consciência é plenamente respeitada e o credo católico não é imposto a ninguém. É certo, porém, que a própria universidade tem a missão de apresentar e honrar a sua identidade diante de todos os que a frequentam e integram a comunidade acadêmica.
A liberdade de pensamento, de ensino e de manifestação das ideias, consagrada pelas Constituições dos países democráticos, assegura esse direito às instituições confessionais e não confessionais. Regimes totalitários, geralmente, são intolerantes em relação a universidades “confessionais”, ou que não se alinhem plenamente ao pensamento único e oficial, impedindo até mesmo a sua existência e a sua livre atuação.
Poderia parecer que as universidades católicas, e outras de tipo confessional, existem tão somente para a vantagem das próprias instituições que as mantêm, mas isso é outro equívoco. Elas são, antes de mais nada, instituições de educação, de ensino, de formação de pessoas e de fomento da cultura dos povos, à luz de suas próprias percepções e interpretações da realidade. E não deve ser visto como um dano para a sociedade que haja instituições com diversos tipos de diretrizes na educação e na formação dos cidadãos. O conjunto da cultura e do convívio social fica enriquecido com uma sadia pluralidade educacional. Contrariamente, se tudo tendesse ao pensamento oficial e único, haveria o risco de uma cultura monótona e com horizontes sempre mais estreitos. Isso não representaria um benefício para a convivência plural e democrática.
A universidade católica tem uma contribuição específica a dar para a formação cultural; e essa contribuição decorre da visão cristã sobre o homem e o mundo, que tem desdobramentos, entre outros aspectos, na filosofia em geral, na antropologia, na ética, na educação, na psicologia, na economia, na política e também na técnica. Esses princípios cristãos oferecem uma forma própria de interpretação sobre o homem, a sociedade, as relações sociais e a História; e também, sobre a natureza e a interação do homem com o ambiente da vida.
Mais uma vez, entendo que a universidade católica não tem a finalidade de impor as expressões próprias de uma “cultura cristã” às pessoas e ao convívio social, mas de oferecê-las como contribuição, que procede da sua própria autoconsciência, para o enriquecimento da cultura e da vida social.
A universidade católica é, por excelência, um espaço de diálogo cultural, onde ela tem muito a oferecer, ex corde Ecclesiae, a partir do âmago de sua identidade, de sua mensagem e da experiência secular da Igreja.
A Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) esteve em evidência na imprensa nos últimos dias, em função da recente nomeação da professora Anna Maria Marques Cintra como reitora da instituição. Quero, pois, esclarecer o papel e a preocupação da Igreja Católica, presente na gestão de uma universidade.
Antes, porém, reitero que a nomeação está de acordo com a norma da universidade. Escolhi a reitora entre os candidatos da lista tríplice organizada e encaminhada a mim pelo Conselho Superior da Universidade, como estabelece o estatuto da PUC-SP.
Há quem considere que a PUC-SP cumpriria melhor o seu papel sendo uma universidade laica, desvinculada da Igreja. Isso, porém, não seria coerente com a natureza de nossa universidade católica que, além de tudo, também é “pontifícia”.
Não cabem equívocos, nesse sentido, e não dissimulo meu empenho para evidenciar e fortalecer na PUC-SP a sua identidade católica.
Assim fazendo, não busco simplesmente que ela esteja alinhada com os valores cristãos, mas que dê sua contribuição específica, como instituição católica, à sociedade paulista e brasileira.
Uma universidade católica não existe apenas para defender a Igreja. O seu fim primário é o serviço à verdade e ao bem do homem. E para nós, católicos, esse afã não coloca em risco a nossa fé: na visão cristã, é plenamente harmônica a relação entre fé e razão.
“Religião do logos, o cristianismo não relega a fé para o âmbito do irracional, mas atribui a origem e o sentido da realidade à única razão criadora”, afirma Bento 16.
A unidade entre fé e razão é um elemento essencial do pensamento cristão, que não está fechado em si mesmo. A fé, ao contrário de ser limite, é luz, que amplia a visão e as perspectivas para uma análise serena e positiva dos acontecimentos sociais e para uma compreensão mais profunda do mundo e do fenômeno humano.
Para um pesquisador cristão, a coerência com a sua fé não o faz sobrepor ao seu trabalho critérios alheios à ciência; sua própria fé leva-o ao amor à verdade e ao respeito pela dignidade da pessoa humana.
Num contexto relativista, como o atual, uma universidade católica contribui para mostrar que há valores inegociáveis, como a busca da verdade, o valor da vida humana em todas as suas etapas e a dignidade da mulher.
A universidade católica, diz ainda o papa, está chamada “a não limitar a aprendizagem à funcionalidade de um êxito econômico, mas a ampliar a sua ação em vista de projetos em que o dom da inteligência investiga e desenvolve as dádivas do mundo criado, superando uma visão apenas produtivista e utilitarista da existência”.
Essa especial missão não a faz ser superior às outras universidades, mas deve levá-la a uma atitude de serviço, de diálogo e de abertura às outras instituições educativas, num autêntico espírito universitário.
Reconheço que, no meio acadêmico contemporâneo, a maneira cristã de ver o mundo e o ser humano não é compartilhada por todos. No entanto, isso não desqualifica a sua contribuição para a pluralidade da cultura; antes, explicita ainda mais a sua relevância para a construção de uma sociedade aberta, na qual possa haver um confronto entre dados de fato e valores.
Karl Popper observa que uma sociedade aberta necessita de valores, que ela própria não está em condições de produzir para si mas, muitas vezes, vai buscar no cristianismo.
Por isso, mesmo, num mundo que parece esquecer-se de Deus, uma universidade católica tem uma importante função social, também como contribuição para o pluralismo e a liberdade de pensamento. E isso não parece irrelevante para o convívio democrático!
CARDEAL DOM ODILO PEDRO SCHERER, 63, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), é arcebispo de São Paulo.
De novo, em pauta a questão do aborto. Estamos num ano eleitoral, os partidos vão costurando suas alianças e, como não podia deixar de ser, na pauta dos ajustes também entram questões polêmicas, em discussão há mais tempo pela opinião pública e também no Congresso Nacional.
Há quem gostaria que certos temas delicados não estivessem nos grandes debates político-eleitorais, talvez para não exigir uma tomada de posição clara perante os eleitores; prefere-se, então, qualificá-las como “questões religiosas”, das quais o Estado laico não se deveria ocupar, nem gastar tempo com elas na discussão política… Não penso assim. Decisões sobre a vida e a morte de outros seres humanos, sobre o modelo de casamento, família e educação, sobre justiça social e princípios éticos básicos para o convívio social são questões do mais alto interesse e relevância política. Dizer que são “temas religiosos” significa desqualificar a sua discussão pública, relegando-os à esfera da vida privada, ou ao ativismo de grupos voltados mais para interesses particulares do que para o bem comum. Tirar da pauta política esses temas também poderia sugerir que pessoas sem religião não precisam estar vinculadas a valores e convicções éticas, o que é falso e até ofensivo.
O onipotência pastoral: Direito a veto e até a sugestão de sermão. [Atualização: 29/04/09, às 13:58]
(Estadão) A missa de 1.º de Maio na Catedral da Sé, às 9 horas de sexta-feira, que deveria reunir trabalhadores e empresários em torno do altar, conforme o cardeal arcebispo d. Odilo Scherer prometeu no ano passado, será uma celebração classista, voltada só para os trabalhadores, porque a Pastoral Operária, da Arquidiocese de São Paulo, resistiu à mudança. […] Além de empresários, ele queria convidar funcionários públicos e empregados de outra categorias. “Esta não é a nossa visão, porque para nós o 1.º de Maio sempre será o Dia do Trabalhador, dia de luto e de lutas”, advertiu o metalúrgico aposentado Waldemar Rossi, militante da Pastoral Operária e um dos articuladores da manifestação. […] Rossi sugeriu a d. Pedro Luiz, em nome da pastoral, que denuncie o “assalto ao dinheiro público para salvar empresas que se dizem em crise”, defenda os direitos dos trabalhadores, aponte a precarização do trabalho (contratos temporários, bicos), fale do achatamento de salários e a pressão dos poderosos contra o movimento social. D. Pedro Luiz informou que vai aproveitar essas sugestões na homilia, ao lado mensagens bíblicas e de uma referência a São José Operário, cuja festa a Igreja comemora no dia 1.º de maio. […] Responsável pela pastoral social na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Pedro Luiz informou que a nota sobre o 1.º de Maio, que a Assembleia Geral de Itaici vai divulgar, seguiu a mesma linha da Pastoral Operária de SP. A começar pelo título – Dia do Trabalhador, em vez de Dia do Trabalho. O texto, aprovado ontem, mas ainda não divulgado, fala da crise econômica mundial e seus reflexos na vida dos brasileiros.
Nova cruzada de Rosários pela consagração da Rússia e propagação da devoção ao Imaculado Coração de Maria.
Dom Bernard Fellay anuncia em sua importante última Carta aos amigos e benfeitoresuma nova cruzada de rosários (já adiantada neste blog em 13 de abril). Alguns excertos: “Sim, do mesmo modo que nos surpreendemos pela publicação do decreto do dia 21 de janeiro, assim também pela violência da reação dos progressistas e da esquerda em geral contra nós. É verdade que encontraram a desejada oportunidade nas pouco felizes declarações de Dom Willamson e através de uma injusta amalgama, puderam maltratar nossa Fraternidade como um bode expiatório. Na realidade fomos um simples instrumento na luta muito mais importante: a da Igreja, que com razão leva o título de “militante”, contra os espíritos perversos que infestam os ares como diz São Paulo. […] Através do que aconteceu nestes últimos meses é preciso reconhecer um momento mais intenso desta luta. E é muito claro que aquele que está na mira é o Vigário de Cristo, no seu empenho de iniciar uma certa restauração da Igreja. Teme-se por uma aproximação da Cabeça da Igreja e o nosso movimento, teme-se uma perda dos resultados do Vaticano II, e se põem tudo em movimento para neutralizá-la. O que pensa o Papa realmente a este respeito? Onde ele se situa? Os judeus e os progressistas lhe exigem que escolha: ou eles ou nós… […] Tanto eles como nós estamos obrigados ao juramento antimodernista e submetidos às outras condenações da Igreja. Por isso não aceitamos abordar o Concílio Vaticano II a não ser sob a luz destas declarações solenes (profissões de fé e juramento antimodernista) feitas diante de Deus e da Igreja. E se aparece uma incompatibilidade, então necessariamente o errado são as novidades.[…] Num caminho tão difícil, diante de oposições tão violentas, lhes pedimos queridos fiéis recorrer à oração mais uma vez. Achamos que é o momento indicado para lança uma ofensiva de maior envergadura, profundamente enraizada na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, na que Ela mesma promete um resultado feliz, pois que anunciou que ao final o seu Imaculado Coração triunfará. Nós lhe pedimos este triunfo através dos meios que Ela mesma pediu: a consagração, pelo Pastor Supremo e todos os bispos do mundo católico, da Rússia ao seu Coração Imaculado, e a propagação da devoção ao Seu Coração Doloroso e Imaculado”.
“Mas… que festa? A liturgia é um drama”.
“Creio que este sentido do sagrado poderá ser recuperado quando compreendermos que a Missa não é nunca um espetáculo, um entretenimento ou uma propriedade de cada sacerdote, mas sim um verdadeiro e próprio drama. Frequentemente, enchemos a boca para dizer a palavra “festa”, mas… que festa essa? Na Missa recordamos o sacrifício de Cristo, esta é a verdade. Cristo se imolou por nós e logo se usa a palavra festa… É correto falar de festa somente depois de termos compreendido e aceitado o conceito de que Cristo deu a vida por nós. Só então é lícito falar de festa, mas nunca antes. […] Uma boa Liturgia deve ter o seu centro na cruz. Contudo, ao ser colocada freqüentemente de um lado ou em lugares pouco visíveis, esta perdeu o seu significado verdadeiro e autêntico. Parece muito mais um objeto secundário do que um centro de adoração. Às vezes, tenho a sensação de que uma cruz no centro do altar produz tédio, quase incômodo. Para sermos duros: a maioria das vezes, ninguém olha para ela. Para voltar a dar à Liturgia o sentido do sagrado, é necessária uma devoção. Basta de Missas celebradas como acontecimentos mundanos e entretenimento”. Palavras de Monsenhor Nicola Bux à Pontifex.
Nova encíclica a ser publicada em 29 de junho.
“Creio que prevejo que será 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo, a data definitiva”, afirmou o Cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, sobre a publicação da nova encíclica social “Caritas in veritate”, que recordará as encíclicas Populorum Progressio, de Paulo VI, e Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II.
Dom José Cardoso Sobrinho recebe Prêmio Cardeal Von Galen.
“Num auditório superlotado por cerca de 1.200 pessoas, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, recebeu em Recife o Prêmio Cardeal Von Galen, concedido pela instituição internacional Human Life International (HLI). “Foi uma surpresa muito grande para mim”, comentou o prelado. D. José ressaltou que o prêmio não é pessoal, dele, mas da Igreja Católica. Ele acrescentou “apenas ter seguido os princípios da Igreja e do Direito Canônico.” O egrégio prelado recebeu inúmeras manifestações de simpatia e apoio. E até a solidariedade de pessoas de países longínquos como Austrália e Suécia, segundo informou o site da Abril. O arcebispo esclareceu que se tivesse guardado silêncio diante do crime, teria sido cúmplice, “quase conivente”. “Cumpri meu dever”, resumiu. Na cerimônia participaram monsenhor Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, representado ao Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International, e o próprio Raymond de Souza.” Fonte: Valores Inegociáveis.
Cardeal Walter Kasper, FSSPX e Vaticano II: não há saída.
(kreuz.net) Áustria. O Presidente do Conselho Pontifício para a Unidade, Cardeal Walter Kasper, duvida de uma reconciliação com a Fraternidade de São Pio X. Ele disse isso durante uma conferência de imprensa em Viena. O levantamento das excomunhões não seria nenhuma reabilitação, mas sim simplesmente uma retomada do diálogo. Ao mesmo tempo, o Cardeal Kasper falou que o ecumenismo com os protestantes não era “nenhuma opção, mas sim uma obrigação sagrada”. Para essa finalidade, a Igreja estaria “condenada a crescer junto”. Secretum Meum Mihi acrescenta: “A Fraternidade São Pio X teria de afirmar as decisões do Concílio Vaticano Segundo e do catecismo Católico: ‘não há saída’, disse Kasper. Kasper disse que a comunidade deve dar passos em direção ao Vaticano. O objetivo é, no que seja possível, trazê-los de novo para dentro da Igreja e não arriscar uma separação permanente. O Cardeal acusou a Fraternidade São Pio X de um “entendimento tradicional rígido”. Fontes importantes indicam a próxima substituição de Kasper na chefia do Conselho para a Unidade dos Cristãos. O nome mais cotado é de Dom Ludwig Mueller of Regensburg, membro da Congregação para Doutrina da Fé, e que não agrada muito aos protestantes por ter desprezado seu último Sínodo Regional. Dele também partiu a exigência de que a FSSPX cancelasse suas ordenações, o que motivou a transferência das mesmas do seminário alemão para Ecône.
“O ódio à língua latina é inato nos corações dos inimigos de Roma”, Dom Prosper Gueranger.
Também Secretum Meum Mihi nos informa sobre o caso do Pe. Jean Claude Cheval, pároco de Saint Jean de Brébeuf, Courseulles-sur-mer, França, que havia sido destituído em setembro de 2008 de seu cargo pelo senhor bispo Mons. Pierre Pican por celebrar uma vez ao mês a Santa Missa no Novus Ordo em latim. Pe. Jean recorreu ao Tribunal da Signatura Apóstolica em Roma e na última sexta-feira santa foi reinstalado em seu cargo. O bispo apelou da decisão.
Papa-móvel barrado em Israel.
(Le Figaro) Shin Beth, o serviço de segurança israelense, se opôs ao uso do Papa-móvel na visita de Bento XVI a Nazaré, no próximo mês de maio, por motivos de segurança. “Todos os lugares que o Papa deve visitar foram coordenados entre o Vaticano e as autoridades de segurança israelenses, bem como os lugares onde se vai utilizar o papa-móvel. Certos lugares são mais sensíveis que outros”, informou um responsável pela segurança. Bento XVI visitará a Jordânia de 8 a 11 de maio e Israel entre os dias 11 e 15. O Papa celebrará pela primeira vez uma missa a céu aberto na Terra Santa, no dia 14, em Nazaré. Seus predecessores Paulo VI e João Paulo II em suas viagens à Terra Santa sempre celebraram a missa em igrejas e santuários.
Pesaj em basílica Argentina. Organização: B’Nai B’rith.
(AICA) No último 13 de abril, B’nai B’rith celebrou a Pesaj (páscoa judaica) com cristãos de distintas denominações na basílica de São Francisco, em Buenos Aires, com a colaboração da Fundação Judaica e o patrocínio da Confraternidade Argentina Judaico-Cristã. A celebração, no marco do diálogo interreligioso, começou com a projeção de um audiovisual apresentando as tarefas que realiza B’nai B’rith – loja maçônica exclusiva para judeus – argentina desde 1930. O presidente de B’nai B’rith Argentina, o arquiteto Boris Kalkicki, agradeceu a hospitalidade expressa por frei Bunader e enfatizou que o público presente era “testemunho de um ato único e impensável em nossa cidade, em nosso país e no orbe há até muito poucos anos”.
Gripe Suína: O comparecimento às Missas está suspenso na cidade do México.
‹‹ Acontecimentos dramáticos no México: As celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem – Missa dominical pela televisão – Início de correntes de oração à Nossa Senhora de Guadalupe
México (trechos da matéria publicada na kath.net). A Arquidiocese da Cidade do México reagiu com uma medida preventiva drástica à disseminação dramática da gripe suína mortal: as celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem. No domingo, os fiéis foram admoestados a assistir as missas através da televisão. No sábado, o Ministério da Saúde do México decidiu fechar as escolas públicas em três estados mexicanos até o dia 6 de maio. Além disso, um alerta foi emitido para que não haja visita a museus, bibliotecas, cinemas, restaurantes e locais de adoração com grande afluxo de pessoas. O Arcebispo da Cidade do México, Cardeal Rivera, conclamou a todos os mexicanos a formarem uma corrente de orações e pedir a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, Patrona do continente americano, a fim de superar rapidamente a atual situação de crise. “Protegei-nos com o teu manto”, conforme se diz na oração mariana, “livrai-nos dessa enfermidade”. – Oração para vencer a gripe suína: Santa Maria de Guadalupe, a ti rogamos proteção e amparo, para que em breve vençamos essa epidemia que afligiu o nosso país, pois tu nos amas com um afeto especial. Com o teu cuidado maternal velas sobre nós e com a tua intercessão maternal estás sempre disponível para nós››. Nossa nota: já é possível notar os modernistas se aproveitando da epidemia para impôr aos católicas suas práticas.
Cardeal Antonio Cañizares Llovera está internado.
O Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Antonio Canizares Llovera (64), está internado na Clínica Gemelli, e segundo informações da Agência de Notícias “EFE” ele sofre de uma trombose.