Curtas da semana.

Ecclesia Dei puxa orelha do Cardeal Gaudencio Rosales.

Cardeal Gaudencio RosalesO chefe da comissão do Vaticano Ecclesia Dei censurou o Arcebispo de Manila (Filipinas), o Cardeal Gaudencio Rosales, por colocar condições “indevidamente restritivas” ao uso da Missa Tridentina, dizendo que estavam “em direta contradição” aos desejos do Papa Bento XVI. “Vossas ‘diretrizes Arquidiocesanas’ são simplesmente inaceitáveis como estão e vos peço que as reconsidere”, disse o presidente da Ecclesia Dei, Cardeal Darío Castrillón Hoyos, numa carta de 6 de março e vista por The Tablet nesta semana. Ela dizia que “diretrizes permitindo apenas uma Missa mensal numa capela da Catedral Metropolitana” estavam em confronto com as normas estabelecidas no motu proprio “Summorum Pontificum”, publicado pelo Papa em 2007 para o freqüente uso da Missa Tridentina. O Cardeal Castrillón disse que o decreto papal era “parte da lei universal da Igreja” e não poderia ser limitado pela “lei particular” de um bispo diocesano. A Arquidiocese de Manila cuida de mais de 2,8 milhões de católicos. “Simplesmente não há razões legitimas para que esta Missa [Tridentina] não possa e não deva ser celebrada em qualquer igreja ou capela de vossa arquidiocese”, disse o Cardeal Castrillón em sua carta ao Arcebispo de Manila. Ele insistiu para que o Cardeal Rosales promova ativamente a implementação do motu proprio ao “ajudar padres que desejem aprender a celebrar” o antigo rito da Missa, que, segundo ele, exigia apenas que o padre fosse “razoavelmente competente em latim” e que houvesse fiéis que desejassem assistir sua celebração. A Arquidiocese de Manila publicou as diretrizes para Missa Tridentina em seu website no ano passado. Mas elas foram rapidamente removidas quando promotores do rito antigo protestaram a Roma. Fonte: Rorate-Caeli.

Brasileiros recebem ordens menores no Instituto do Bom Pastor.

Abbé Renato Coelho, Abbé Timothée Olender, Abbé Stéphane Morin et Abbé Luiz Fernando Pasquotto

No último dia 28 de março, vários seminaristas do Instituto do Bom Pastor ascenderam às ordens menores pelas mãos de Dom Antoine Forgeot; dentre eles, congratulamo-nos com os brasileiros Renato Coelho e Luiz Fernando Pasquotto, admitidos à ordem de porteiro e leitor, e Christian-Jean de Oliveira e Daniel Pinheiro, ordenados ao acolitato e exorcistato.

Mais fotos no site do Seminário do IBP. Outras informações sobre as ordens menores aqui.

O que pode acontecer a alguém que ousa denunciar o avanço da agenda gay

O escritor protestante e ativista pró-vida Julio Severo, famoso por seu trabalho contra o avanço da agenda gay na sociedade, acaba de deixar o país com sua esposa grávida e dois filhos pequenos.  Julio vem sendo perseguido por diversos grupos gays. Além disso, em 2006, o Ministério Público Federal recebeu uma queixa de homofobia da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, devido a seus artigos contundentes postados em seu blog pessoal http://juliosevero.blogspot.com. Atualmente o escritor trava uma árdua batalha para que o projeto de lei PLC 122/2006, que torna crime qualquer comentário desfavorável à prática homossexual, mesmo que do ponto de vista religioso, não seja aprovado. O destino do escritor é ignorado até mesmo por seus amigos mais íntimos. Quando foi a última vez que você, caro leitor, ouviu uma homilia contra a sodomia em sua paróquia?

Nem tudo que reluz é ouro.

Dom Rino FisichellaNos informa Francisco José Fernández de la Cigoña: “no último dia 28, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida celebrou missa segundo a forma extraordinária na abadia de San Paolo alle Tre Fontane.Tentativa de lavar sua cara ante os tradicionalistas depois do infelicíssimo artigo no L’Osservatore Romano? Não sei. Para mim segue com a cara suja. […] Fisichella tem que desautorizar publicamente seu artigo. Porque fez muito dano”.

Quam bonum est et quam jucundum, habitare fratres in unum: Semana Santa em Fátima.

“Está confirmadíssimo. As cerimónias da Semana Santa realizar-se-ão em Fátima, na capela da Fraternidade São Pio X. O sacerdote celebrante não é da FSSPX, é um sacerdote diocesano em “plena comunhão” com a sé apostólica. Portanto, não há nenhum impedimento para que os mais legalistas e escrupulosos assistam ao santo Sacrifício da Missa nesses dias”. Mais informações no blog Tradição Católica.

A pobreza do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.

“Enquanto nós, como católicos, reflectimos deste modo no significado da pobreza, estamos também atentos, caros amigos budistas, à vossa experiência espiritual. Desejamos agradecer-vos pelo vosso brilhante testemunho de desapego e de contentamento com o que se tem.. Entre vós, monges, monjas e muitos leigos devotos abraçam a pobreza “por escolha”, que nutre spiritualmente o coraçäo humano, enriquecendo de modo essencial a vida com uma perspectiva mais profunda sobre o significato da existência e mantendo o empenho de promover a boa vontade de toda a comunidade humana. Permiti-nos renovar as nossas cordiais saudações e desejar a todos vós uma feliz festa de Vesakh / Hanamatsuri.” Da mensagem do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso aos budistas por ocasião da festa de Vesakh / Hanamatsuri.

Novo arcebispo de Westminster: Dom Vincent Nichols.

Novo arcebispo de WestminsterA Santa Sé tornou pública em 03 de abril a indicação do Arcebispo de Birmingham, Dom Vincent Nichols, para a Sé primaz da Inglaterra e Gales, Westminster, sucedendo o tenebroso Cardeal Cormac Murphy O’Connor. Relata Damian Thompson: “O arcebispo Birmingham, de 63 anos, é uma personalidade forte que antigamente foi visto como liberal. Mas nos últimos anos, seus dons pastorais ganharam-lhe amigos entre Católicos de todas as correntes […] Seus registros sobre a liturgia latina tradicional são variáveis. Que eu saiba, ele nunca celebrou a missa na Forma Extraordinária, e não fez muita provisão dela. Por outro lado, acho que posso confiar que ele não restringirá sua celebração na catedral de Westminster da forma com o atual Cardeal fez”. A posição do futuro Cardeal sobre Summorum Pontificum pode ser encontrada aqui.

Ufa! Legionários ‘aliviados’. Os santos não precisam disso.

“Embora notícias de um inquérito do Vaticano raramente tragam conforto a seu alvo, várias fontes próximas aos Legionários de Cristo, tanto nos Estados Unidos como em Roma, dizem que a reação dominante dentro da aguerrida ordem religiosa ao anúncio de uma visitação apostólica ordenada pelo Vaticano foi de alívio. “Coletivamente, nós estamos contentes por isso estar acontecendo”, disse um padre Legionário a NCR. “Nossa visão é: o mais rápido, melhor”. Encarando crescentes pedidos tanto para uma revisão maior da ordem ou sua absoluta supressão, disseram estas as fontes, pelo menos alguns Legionários veêm uma investigação independente do Vaticano como a única “saída estratégica” de seu recente desastre, permitindo à ordem potencialmente ir adiante, apesar de ser forçada a admitir sérios comportamentos impróprios de seu fundador, e apesar de uma longa história de negação destes comportamentos”. Leia a íntegra da coluna de John Allen Jr. Já um dos maiores críticos dos Legionários, o arcebispo de Baltimore Edwin F. O’Brien, em entrevista  ao National Catholic Reporter, ao ser questionado se a supressão dos Legionários de Cristo estaria também em discussão, respondeu pensar que “tudo deva estar em discussão”.”Eles precisam olhar para a estrutura que Maciel criou. Existia uma boa quantidade de segredos em sua própria vida, e há segredos na estrutura que ele critou. Seria útil saber por que existe tal segredo”. Embora o objetivo da visitação apostólica seja a correção de pontos preservando o que há de bom na ordem, O’Brien teme que “possa existir algo endêmico na coisa toda que não permitirá que isso ocorra”. “Penso que isso que comece com Maciel, com o culto de personalidade em torno dele, o segredo. Os santos não precisam disso”.

O sacerdócio é para valentes.

Dom Galarreta‹‹ Na Espanha, dizem que quando se aponta para a lua, o tolo fica olhando para o dedo. “Ali está a lua”, e o tolo olha para o dedo. O dedo está ali? Sim, mas está apontando para outra coisa! E o que está sendo apontado [através da perseguição midiática após o caso Williamson], na minha opinião, é exatamente o temor que eles têm do avanço da Tradição – da causa da Tradição e da verdadeira Fé – no seio da Igreja oficial. O medo desesperado e a raiva que lhes dão por ver que podemos discutir o Concílio Vaticano II e as doutrinas pós-conciliares saídas do Concílio Vaticano II, ou seja, o modernismo e o liberalismo. Para eles isso é intocável. Isso sim é uma causa proporcional ao ataque violento, mediático, político, etc., de que fomos objeto. […] Parece-me que uma boa aplicação de tudo o que temos passado, para vocês, queridos seminaristas, é esta: é bom que agora que vocês têm tempo e calma para se prepararem, saberem o que está acontecendo. Isto é um primeiro aviso do que está para vir. Quanto mais vamos avançando, tanto mais nos vão perseguir. Em outras palavras, vocês devem saber que o sacerdócio católico, hoje em dia, é para valentes … é para valentes… e não valem nada as meias medidas. E que, portanto, vocês devem aproveitar esses preciosos anos de formação que terão››. Do sermão de Dom Alfonso de Galarreta, em 15 de março, gentilmente enviado por nosso leitor Adilson.

Um buquê de Rosários pela Missa – Campanha do site MissaTridentina.com.br

Link para o original.“Todos nós sabemos que a implementação da Forma Extraordinária do Rito Romano nas paróquias brasileiras têm enfrentado não poucas dificuldades. A nós, que desejamos ver a Missa Tridentina rendendo excelentes frutos espirituais pelo Brasil, não nos resta outra saída senão a de nos apegarmos ao Santo Rosário, ou ao menos ao Santo Terço, rezado diariamente. Atendamos a este pedido feito por Nossa Senhora em Fátima. Fiéis a Ela, alcançaremos a graça de estar conformes ao Vigário de Cristo, o Papa Bento XVI, em seu desejo de que a Forma Extraordinária do Rito Romano se faça presente por toda parte. […] Oficialmente, a Campanha terá início no Domingo de Páscoa (12/04/2009) e se estenderá até a festa do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (01/07/2009)”. Mais detalhes sobre as formas de participar disponíveis em MissaTridentina.com.br. A iniciativa prevê ainda o envio dos resultados do buquê à Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil. Portanto, mãos ao rosário!

BruxelasIgreja ocupada. Com aval do pároco.

(kreuz.net) Bélgica. A Igreja do Início em Bruxelas foi novamente ocupada por moradores ilegais. O sítio ‘Cathcon.blogspot.com’ publicou fotos da igreja. As missas serão celebradas na sacristia. Os ilegais estão na igreja com a autorização do pároco. Tradução: T.M. Freixinho

Pe. Thomas J. Euteneuer: Artigo de membro do Vaticano necessita de pronto esclarecimento.

Rev. Thomas J. EuteneuerNão é nenhum segredo que os militantes pró-vida, ao longo dos anos, não tem podido contar com o apoio de muitos membros do clero em questões referentes à defesa da vida, mas, até agora, temos conseguido apoio de vários órgãos do Vaticano para uma clara, consistente e correta defesa da vida. Uma declaração feita há duas semanas por um alto membro da Santa Sé sobre um aborto no Brasil, contudo, causou espanto em muita gente, e está causando uma grande preocupação pelo seu impacto na forma como a Igreja poderá defender a vida por todo o mundo. Solicito vossas orações para que a Santa Sé esclareça e corrija esta situação o quanto antes, para que não haja mais danos.

O incidente em questão envolve — inacreditavelmente — o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Arcebispo Rino Fisichella, que deu uma declaração, em 15 de março, criticando um bispo no Brasil que acertadamente declarou estarem excomungados os médicos que fizeram um aborto em uma menina de 9 anos que estava grávida devido a um estupro. A menina estava grávida de gêmeos e desta forma foram abortados dois bebês. Apesar de sua pouca idade, ela não estava em sério perigo (de acordo com o hospital), e tampouco seus bebês. Mesmo se ela estivesse em perigo, o aborto teria sido imoral porque a morte direta de um inocente jamais é permitida. Mesmo sem explicitar que a Igreja condena inequivocamente o incestuoso ato cometido contra a pequena menina, contudo, a questão da excomunhão dos que fizeram o aborto permanece por si mesma e merece aplauso, e não críticas feitas por outros prelados. Infelizmente, o Arcebispo Fisichella não foi o único bispo a criticar publicamente a decisão do bispo brasileiro em aplicar a Lei da Igreja.

A inocente menina, desta forma, tornou-se o centro de uma tempestade criada pela indústria do aborto, que instrumentalizou sua vitimização para promover o aborto no Brasil, onde ele é atualmente ilegal. Infelizmente, a intervenção do Arcebispo Fisichella deixou a impressão de ser uma declaração semi-doutrinal, coube como uma luva nas mãos dos abortistas por parecer dar permissão para o aborto em situações-limites similares. O Arcebispo Fisichella não estava dando desculpas para o aborto em si em tais casos, mas devido a uma infeliz escolha de palavras em seu artigo, como era de se esperar, no mesmo dia em que o Arcebispo Fisichella publicou sua declaração, a Associated Press assim entitulou seu próprio artigo: “Prelado do Vaticano defende aborto para menina de 9 anos”. O mundo observa e escuta o que vem do Vaticano por causa da enorme autoridade moral e espiritual da Santa Sé; e, da mesma forma, por causa da responsabilidade quando são feitas declarações em nome da Igreja Católica.

Eu aplaudo a maior parte do que foi feito neste caso pela diocese local no Brasil, e rezo para que todos os bispos tomem isto como um exemplo da forma certa de tratar com uma situação pastoral muito dificultosa. Os créditos devem ir para o Arcebispo José Cardoso Sobrinho e vários outros padres desta diocese por terem providenciado um generoso cuidado pastoral para a família durante o terrivel problema. Na verdade, quando a menina foi transferida para um hospital distante 230 km de sua paróquia, seu pároco viajava tal distância todos os dias para visitá-la e para assegurar à família que a Igreja providenciaria todo o cuidado possível para as três crianças vulneráveis.

A grande ironia em tudo isto é que, enquanto obtemos pouco ou nenhum apoio por parte de altos membros da Igreja para corrigir bispos que sejam negligentes em sua missão de guardar a fé e seu rebanho, neste caso o bispo fez exatamente o que era certo sobre a questão da excomunhão, e ele foi por isto criticado por um alto membro do Vaticano.

A mera aparência de uma concessão do Vaticano neste assunto veio no pior momento possível na atual situação cultural e política na América Latina. Este continente católico é um alvo especial das agressivas forças da cultura da morte; desta forma, a última coisa que precisamos é que a Igreja mostre-se fraca ou dividida sobre nossos ensinamentos ou nossa resolução em lutar contra os promotores da morte. A Igreja Católica e sua divina autoridade é em muitos lugares o único escudo que os não-nascidos têm para manter longe os abortistas e seus instrumentos de morte. Oremos para que o Vaticano retifique seu erro e que fortifique este escudo sem demora. Os não-nascidos do Brasil assim como os de outra parte do mundo contam conosco!

Rev. Thomas J. Euteneuer,
Presidente da Human Life International

Fonte: Blog Contra o Aborto

Seja o vosso falar sim, sim, não, não.

Estamos convictos de que a divulgação desta penalidade medicinal (a excomunhão) fará bem a muitos católicos, levando-os a evitar este pecado gravíssimo. O silêncio da Igreja seria muito prejudicial, sobretudo ao constatar-se que no mundo inteiro estão acontecendo cinqüenta milhões de abortos cada ano e só no Brasil um milhão de vidas inocentes são ceifadas. O silêncio pode ser interpretado como conivência ou cumplicidade. Se algum médico tem “consciência perplexa” antes de praticar um aborto (o que nos parece extremamente improvável) ele – se é católico e deseja observar a lei de Deus – deve consultar um diretor espiritual. […] O artigo é, em outras palavras, uma direta afronta à defesa pela vida das três crianças feita veementemente por Dom José Cardoso Sobrinho e demonstra quanto o autor não tem bases e informações necessárias para falar sobre o assunto, por total desconhecimento dos detalhes do fato. O texto pode ser interpretado como uma apologia ao aborto, contrariando o Magistério da Igreja. […] O autor arvorou-se do direito de falar sobre o que não conhecia, e o que é pior, sequer deu-se ao trabalho de conversar anteriormente com o seu irmão no episcopado e, por esta atitude imprudente, está causando verdadeiro tumulto junto aos fiéis católicos do Brasil que estão acreditando ter Dom José Cardoso Sobrinho sido precipitado em seus pronunciamentos. Ao invés de consultar o seu irmão no episcopado, preferiu acreditar na nossa imprensa declaradamente anticlerical.

Da Declaração da Arquidiocese de Olinda e Recife em resposta ao artigo “Dalla parte della bambina brasiliana” publicado no L´OSSERVATORE ROMANO no dia 15 de março.

Curtas da semana.

Em comunhão com a ininterrupta Tradição eclesial.

Bento XVI“A missão tem as suas raízes, de modo especial, numa boa formação desenvolvida em comunhão com a ininterrupta Tradição eclesial, sem pausa nem tentações da descontinuidade. Neste sentido, é importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecumênico Vaticano II, interpretado à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Urgente também aparece a recuperação daquela consciência que impele os sacerdotes a serem presentes, identificáveis e reconhecíveis seja pelo critério da fé, seja pelas virtudes pessoais e também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, sempre no coração da Missão da Igreja. Como Igreja e como sacerdotes anunciamos Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado, Soberano do tempo e da história, na alegre certeza que tal verdade coincide com as expectativas mais profundas do coração humano. No mistério da Encarnação do Verbo, no fato de que Deus se fez homem como nós, está tanto o conteúdo e o método do anúncio cristão. A missão tem aqui o seu verdadeiro centro propulsor: em Jesus Cristo, precisamente. A centralidade de Cristo traz consigo a justa valorização do sacerdócio ministerial, sem o qual não haveria Eucaristia, tanto menos a missão e a própria Igreja. Assim, é necessário vigiar a fim de que as ‘novas estruturas’ ou organizações pastorais não sejam concebidas para um tempo no qual se deve “fazer menos” do ministério ordenado, partindo de uma errônea interpretação da justa promoção dos leigos, porque em tal caso se colocaria os pressupostos para uma posterior diluição do sacerdócio ministerial e as eventuais “soluções” alegadas viriam dramaticamente a coincidir com as verdadeiras causas da problemática contemporânea relacionada ao ministério”. Palavras do Papa em audiência aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero, hoje, dia 16 de março, pela manhã, que seguem a mesma linha das pronunciadas à Congregação para o Culto Divino no dia 13 e ressaltam o plano de governo de Bento XVI exposto em seus esclarecimentos na carta aos bispos sobre o levantamento das excomunhões dos bispos da FSSPX.

Ano sacerdotal.

Rádio Vaticano – Na manhã desta segunda feira Bento XVI recebeu em audiência os participantes na assembleia plenária da Congregação para o Clero. Nesta ocasião o Papa anunciou ter convocado um “ano sacerdotal” especial , de 19 de Junho 2009 a 19 de Junho de 2010. Ocorrem de factos os 150 anos da morte do Santo Cura d’Ars, João Maria Vianney, verdadeiro exemplo de Pastor ao serviço do rebanho de Cristo. O Santo Padre disse que tocará à Congregação para o Clero de acordo com os bispos diocesanos e com os superiores dos Institutos religiosos promover e coordenar as várias iniciativas espirituais e pastorais que parecerão úteis para fazer perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea”.

O Sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados.

“Todo sacerdote é pois chamado a administrar a misericórdia Divina no sacramento da Penitência, através da qual perdoa em nome de Cristo os pecados e ajuda o penitente a percorrer o caminho exigente da santidade com consciência reta e informada. Para poder cumprir tal ministério indispensável todo presbítero deve alimentar a própria vida espiritual e procurar uma permanente atualização teológica e pastoral. Enfim, a consciência do crente se purifica sempre mais graças a uma devota e consciente participação na Santa Missa, que é o sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados. Toda vez que o sacerdote celebra a Eucaristia, na Oração eucarística recorda que o Sangue de Cristo é derramado para o perdão de nossos pecados, para os quais, na participação sacramental no memorial do Sacrifício da Cruz, se realiza o encontro pleno da misericórdia do Pai cada um de nós”. Da Mensagem do Santo Padre, o Papa Bento XVI, ao Eminentíssimo Cardeal James Francis Stafford, da Penitenciária Apostólica, em 12 de março de 2009.

Não à cumplicidade.

Dom José Cardoso Sobrinho“Na Igreja há a possibilidade de aplicação de penalidades automáticas, dentre esses crimes está o do aborto. Em outras palavras, não fui eu que excomunguei ninguém, eu só lembrei desta lei da Igreja, que está em vigor desde o primeiro século da nossa Santa Igreja. Mas eu tenho a impressão que essa difusão (do episódio) irá produzir bons efeitos, sobretudo naqueles que são católicos. Porque estamos vivendo um período de silêncio que pode ser até interpretado como cumplicidade. Todo ano há, em Israel, uma solenidade para relembrar aqueles judeus mortos na Segunda Guerra Mundial, que foram 6 milhões de judeus. Todo ano se relembra o holocausto e o papa sempre manda representantes da Igreja Católica. Mas há um silêncio total sobre outro holocausto que acontece todos os anos. São 50 milhões de abortos todos os anos, 1 milhão no Brasil. Por isso, temos que relembrar a todos que acima das leis humanas existem as leis de Deus. A lei dos homens no Brasil diz que se pode praticar o aborto em determinadas circunstâncias, como o estupro e ameaça à vida de mãe. A lei de Deus diz que jamais é lícito eliminar uma vida inocente mesmo que para salvar outra vida. […] Eu sou dos que pretendem conservar as leis de Deus. Por exemplo, quem não aceita o culto à Nossa Senhora não aceita as leis de Deus. Não adianta andar com a bíblia embaixo do braço, ler a bíblia todo o dia… É um gesto até bonito esse, mas não adianta de nada se não aceitar o culto a Nossa Senhora, pois está lá em Lucas, capítulo 1, como Deus veio ao mundo. […] Quando eu cheguei aqui, o Iter (Instituto Teológico de Recife) estava funcionando havia muitos anos. Dizia-se, abertamente, abre aspas, havia mais ou menos 50 homossexuais declarados. Isso não era um ambiente próprio para formar os futuros sacerdotes. Antes mesmo de eu chegar aqui, a Santa Sé mandou um visitador para examinar a situação. Depois da minha chegada, eu sabendo dessa situação, retirei os alunos da arquidiocese e reabri o seminário de Olinda apenas para a formação de sacerdotes”. Palavras de Dom José Cardoso Sobrinho à revista Época

Sim à cumplicidade.

Anti-clericalismo na França - A ilustração da capa desta semana da revista satírica Charlie Hebdo mostra os bispos Fellay e Williamson juntos com o Arcebispo brasileiro de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho - Fonte: Cathcon‹‹ A mãe desta menina pensou talvez que valia mais salvar uma vida que de correr o risco de perder três… Talvez os próprios médicos lhe tivessem dito que um pequeno útero de nove anos não se dilata indefinidamente… Eu não sei. O que sei é que nesta tragédia o senhor acrescentou dor à dor e provocou sofrimento e escândalo em muitas pessoas pelo mundo. Numa situação tão dramática, creio firmemente que nós, bispos, pastores na Igreja, temos primeiro de manifestar a bondade do Cristo Jesus, a único verdadeiro Bom Pastor››. Da carta aberta de Mons. Gérard Daucourt, bispo de Nanterre, França, ao bispo José Cardoso Sobrinho.

À direita,  anti-clericalismo na França – A ilustração da capa desta semana da revista satírica Charlie Hebdo mostra os bispos Fellay e Williamson juntos com o Arcebispo brasileiro de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho – Fonte: Cathcon

‹‹ [Ela] deveria ter sido defendida, abraçada, acariciada com doçura para fazê-la sentir que estamos todos com ela; todos, sem excepção. Antes de pensar na excomunhão, era necessário e urgente salvaguardar a sua vida inocente e recolocá-la num nível de humanidade, da qual nós homens de Igreja devemos ser anunciadores e mestres”.  “Assim não foi feito e, infelizmente, a credibilidade do nosso ensinamento sofre com isso, pois aparece aos olhos de muitos como insensível, incompreensível e sem misericórdia. É verdade, «Cármen» trazia consigo outras vidas inocentes como a sua – não obstante serem frutos da violência – e foram ceifadas; isso, todavia, não basta para fazer um julgamento que pesa como uma guilhotina”. “O respeito devido ao profissionalismo do médico é uma regra que deve envolver todos e não pode consentir chegar a um julgamento negativo sem antes considerar o conflito criado no seu íntimo. O médico traz consigo a sua história e a sua experiência; uma escolha como esta de ter de salvar uma vida, sabendo que coloca em sério risco outra, jamais é vivida com facilidade” ›› . Assim declarou Dom Rino Fisichella, presidente da Pontifícia Academia para a mort… ops, vida.

O Jornal “Igreja Nova” denuncia um “desmonte implacável” do trabalho de Dom Hélder Câmara.

Da posse em 15 de julho de 1985 a memória do jornal conta (lamenta), entre outras excelentes obras de Dom José Cardoso Sobrinho: Outubro de 1988 – Suspende a missa da TV Globo, celebrada pelos padres da arquidiocese; Julho de 1989 – Proíbe a lavagem da calçada da Igreja do Carmo, uma tradição dos umbandistas, ameaçando chamar a polícia. Agosto – Fecha o ITER (Instituto de Teologia do Recife), Fecha o SERENE II (Seminário Regional do Nordeste II); Dezembro – Destitui a Comissão de Justiça e Paz da arquidiocese, criada por D. Hélder; Setembro de 1990 – 57 padres assinam e publicam documento repudiando o autoritarismo do Arcebispo; Julho de 2004 – Alguma coisa grave aconteceu no Seminário Arquidiocesano de Olinda, de onde foram expulsos 19 seminaristas do Curso de Teologia (última etapa antes da ordenação). A lista completa das façanhas de Dom José pode ser encontrada aqui.

A começar pelos bispos

Kreuz.net – Alemanha. Em um esclarecimento feito na quinta-feira, o Cardeal Joachim Meisner, de Colônia, exige um pedido de desculpas por parte daqueles que odeiam o Papa. O cardeal referiu-se à recente carta pontifícia, em que Bento XVI esclareceu que havia sofrido golpes de hostilidade. Ademais, Cardeal Meisner disse: “Quem perscrutar a sua alma com honestidade e reconhecer que também deu motivo a essa declaração, deve pedir perdão ao Santo Padre.”

Crianças e Circo Gay

Kreuz.net – Áustria. O pároco de Linz, Gert Smetanig, usa truques de mágica para encher sua igreja, disse ele ao jornal regional ‘Oberösterreichische Nachrichten’. Na missa pelas famílias a igreja está sempre cheia com seiscentas pessoas. No dia de São Valentim ele teria até abençoado sodomitas. O Pe. Smetanig afixou um texto de oposição contra o Mons. Gerhard Wagner no quadro de avisos. “O bispo me telefonou e me disse que alguém tinha reclamado sobre isso.” Aparentemente, o telefonema não mudou nada. Em entrevista o padre deu um pitaco sobre o casamento de padres: “É possível ter esposa e filhos e ser pastor de almas.”

Papa não entrará no principal museu do Holocausto em Israel

Diz John Allen Jr.: Numa ação que pode posteriormente agravar as tensões Judeus/Católicos, um enviado Vaticano anunciou que o Papa Bento XVI não entrará no principal museu do Holocausto de Israel durante sua viagem de 8 a 15 de maio à Terra Santa, embora ele pare num memorial anexo ao lugar.

É bom recordar isso.
Cardeal Cañizares‹‹ Às vezes se mudou pelo simples gosto de mudar com relação a um passado percebido como todo negativo e superado. Às vezes se concebeu a reforma como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da Tradição. Daí todos os problema suscitados pelos tradicionalistas ligados ao rito de 1962. […] Mais que outra coisa, diria que foi uma reforma que foi aplicada e principalmente vivida como uma mudança absoluta, como se se devesse criar um abismo entre o pré e o pós Concílio, num contexto em que ‘preconciliar’ era usado como um insulto. É necessário recordar, de fato — e a alguns talvez não lhes agrada fazê-lo — que o assim chamado Missa de São Pio V não aboliu todos os ritos precedentes. Fora, de fato, ‘preservados’ aqueles ritos que tinham pelo menos dois séculos de história. E o rito moçárabe — junto, por exemplo, do rito próprio da ordem dominicana — estava entre estes. Deste modo, depois do Concílio de Trento não houve uma absoluta uniformidade na Liturgia da Igreja latina. […] Como é sabido, a atual disciplina da Igreja dispõe que, por norma, a Comunhão seja distribuída na boca dos fiéis. Há, logo, um indulto que permite, a pedido dos episcopados, distribuir a Comunhão também sobre a palma da mão. É bom recordar isso›› Da entrevista do Cardeal Antonio Cañizares Llovera, prefeito para o Culto Divino, a 30giorni.
É surpreendente.
Cardeal Georges Cottier‹‹ É surpreendente portanto que Monsenhor Fellay anuncie novas ordenações ao sacerdócio depois da remoção de sua excomunhão. […] O assunto central, i.e., a negação da validade do Concílio Vaticano Segundo, é extremamente difícil. A comunhão Católica implica a aceitação deste Concílio que é tão importante para a vida da Igreja. […] Desde o Concílio Vaticano Segundo existiram abusos em ambas as direções, conservadoras e progressistas; mas uma Igreja progressista nunca veio à existência. […] No momento há o paradoxo de que é mais fácil para nós falar pacificamente com os Protestantes, que estão mais longes da Igreja Católica e que frequentemente sentem nostalgia sobre a unidade, do que com os tradicionalistas, que permaneceram militantes e agressivos (em Paris eles chegaram até o ponto de ocupar uma igreja pela força) ›› Palavras do teólogo aposentado de João Paulo II, Cardeal Georges Cottier.