Olá, me chamo Pedro e venho, através desta carta, expor publicamente a minha indignação em relação a alguns fatos que vivenciei. Por amar a Santa Mãe Igreja e me comprometer com a mesma, tenho o dever de expor os dados abaixo, apenas com o intuito de que providências sejam tomadas. Escrevo esse texto, pois as possibilidades de resolver diretamente com a comunidade católica local não existem ou são mínimas.
Como já é de conhecimento de muitos, a Arquidiocese a qual pertenço (Belo Horizonte) não é exemplo para nenhuma outra no Brasil. Não obstante, ela ultrapassou todos os limites. Alguns casos famosos tomaram as redes sociais em um passado não muito distante, como por exemplo o “Episódio Frei Cláudio´´, “Nome social na PUC- MG´´, dentre outros. Não obstante, as coisas por aqui recentemente passaram ainda mais dos limites do tolerável. Ouso dizer que se estivessemos em outros e saudosos tempos, estaríamos sob intervenção da Sé Apostólica ou, na ausência desta, haveria uma correção fraterna direta dos leigos sobre seu clero.
Resolvi então me atentar a esse fato e tentar entender o que essa “pastoral” poderia oferecer aos membros da Arquidiocese de Belo Horizonte. Nessa busca me deparo com este cartaz:
Percebam a “realização” e o “Apoio”: .Pastoral da diversidade sexual (São Judas). .Grupo de Pesquisa Diversidade Afetivo-sexual e Teologia (do Programa de Pós-graduação em Teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE). .Centro Loyola de Belo Horizonte. .Filhos de Maria Imaculada (Pavonianos). .Santuário Arquidiocesano São Judas.
Resolvi ainda ir ao evento a fim de entender com mais clareza do que se tratava. Irei colocar aqui algumas imagens na qual vocês mesmos poderão tirar as próprias conclusões:
E quem apresentava tudo isso era o Padre Marcus, já bem conhecido na arquidiocese, vigário paroquial do Santuário São Judas.
O que nos é ensinado através dessas iniciativas não tem NADA a ver com o que verdadeiramente é a Doutrina da Igreja Católica Romana! E tudo isso tudo ocorreu, e continua ocorrendo, como vou mostrar a seguir, dentro da própria Arquidiocese de Belo Horizonte. É um absurdo que isso continue ocorrendo bem debaixo dos olhos de Dom Walmor e seus bispos auxiliares e ainda com participação fervorosa de Dom Joaquim Giovani Mol.
Mas os absurdos não param por aí: neste final de semana (02), fui participar do seguinte evento, amplamente divulgado pela arquidiocese por email:
Reparem no panfleto que o evento se deu na PUC Minas e teve ampla divulgação por parte da própria Arquidiocese de Belo Horizonte. Me espantei ao chegar ao evento e me deparar com a composição da mesa:
Da esquerda para Direita: Um casal que estava representando um trabalho feito com “Casais em nova União” ( ECENU), Dom Joaquim Giovani Mol, indivíduo cujo nome não registrei, Isabella Tymburibá Elian (da pastoral da diversidade sexual do Santuário São Judas Tadeu), Margareth e Pe. Aureo Nogueira de Freitas.
Como podem ver foi um evento de grande relevância, marcado pela presença de nosso bispo auxiliar e representantes da Arquidiocese que coordenam as ditas pastorais. Fica aqui o registro de uma fala de Dom Mol:
“Eu fico pensando assim na família com suas diversas configurações, fiquei imaginando um fórum sobre família e suas diversas configurações. Mas que coisa antiga! As configurações, que são diversas, da família, não são de hoje – só que agora estamos nos permitindo, de olhos abertos, para tentar registrar e nos deixarmos tocar por essa diversidade. Isso é Graça!
Contudo, olhos abertos querem exercer uma outra função, que é a de exteriorizar, colocar para fora e revelar (…) as realidades que vivemos. (…) Peço para que todos deste fórum mantenham os olhos abertos. Precisamos ter isso.
Não vamos brigar por causa das realidades; não vamos fazer condenação, mas iremos interagir. Inteirar.´´
“Temos que estar aqui com o coração aberto e mente aberta, sem restrições para reconhecer todos os tipos de família.´´
Agora uma do Padre Aureo:
“Queria fazer só um comentário rápido (…) (sobre) o assunto, (que é) quando a pessoa coloca com relação ao catecismo da igreja que deixa explicitamente essa questão… da homoafetivi(dade)… dos homossexuais, (e que ele) aceita mas não aprova as ações, a.. as relações homossexuais. É… eu penso que isso aqui a gente tem que ter um cuidado muito grande porque as pessoas acham que a fonte primeira da nossa fé é o catecismo, e não é. A fonte primeira da nossa fé é o Evangelho, a Sagrada Escritura. O Catecismo é importante como tentativa de síntese da nossa fé e o aspecto mais importante ali não é o moral, é a vivência cristã. A moral, ela… nós sabemos que ela com o tempo evolui. Hoje nós temos a maioria das mulheres com a calça comprida, antigamente nós sabemos que mulher usar calça comprida era um escândalo, um absurdo. O Catecismo da Igreja Católica já chegou a justificar a escravidão do negro, dizendo que o negro não tinha alma, portanto ele podia ser escravizado. Então a gente também tem que compreender as hermenêuticas também com crítica a Sagrada Escritura, que ilumina nossa fé e evolui nesse sentido também para não contribuir com essa violência (…) que existe com essas pessoas que são concretas, são reais. (…) Sempre há drama porque a experiência mostra uma coisa e a fé diz outra´´
“A experiência cristã (…) se dá a partir de um encontro com Jesus Cristo, e não com a moral, e não com a norma.´´
Isabella, da pastoral da diversidade, nos apresentou e falou mais sobre o seu trabalho no qual participa juntamente ao Padre Aureo…
Porém, muito de vez em quanto acontece que publiquemos algo que provoca uma resposta quase imediata dos envolvidos. É o que ocorreu com a notícia de que a arquidiocese de Belo Horizonte, a segunda [sic] mais importante do Brasil, assumiu a ideologia de gênero em suas diretrizes pastorais. Falamos de uma ideologia qualificada pelo Papa como “expressão de uma frustração que busca eliminar a diferença sexual” e algo “terrível” que se usa para perverter as crianças.
No dia seguinte à publicação da notícia, a arquidiocese brasileira nos enviou uma nota em que se negava nossa informação e nos ofereceria uma série de links com textos do arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, acerca precisamente da ideologia de gênero. Apesar de termos publicado imagens com o texto das diretrizes pastorais da arquidiocese que justificam nossa manchete, decidimos incluir na notícia a nota da arquidiocese para que a mesma exercesse seu direito de resposta. E fizemos mais. A saber, enviamos uma série de perguntas ao arcebispo para que esclareça o que considerar oportuno. Esperamos sua resposta.
Pois bem, um bom amigo brasileiro me informou sobre Mauro Lopes. Pelo jeito, é um antigo militante do Partido Comunista do Brasil (PCB) e depois “cristão engajado com a Igreja Libertadora”. Escreve na revista de esquerda Carta Capital. Não vive no Rio, mas em São Paulo. Tem como diretor espiritual o padre Beto Mayer.
Se em InfoCatólica, por dizer exatamente o mesmo que o Papa Francisco sobre a ideologia de gênero, somos ultraconservadores, quem são os garotos de Religión Digital para ter um correspondente com semelhante curriculum vitae? Ultra-hereges?
O Globo | VATICANO – O Papa Francisco criticou escolas que ensinam liberdade de gênero em uma reunião a portas fechadas com bispos na Polônia durante sua recente viagem ao país. Uma transcrição da reunião foi divulgada hoje pelo Vaticano.
“Hoje, as escolas ensinam para as crianças – para as crianças! – que qualquer um pode escolher seu gênero”, disse o líder da igreja.
Sem especificar, o Papa culpou livros didáticos fornecidos por “pessoas e instituições que doam dinheiro”. Francisco culpa o ensino da liberdade de gênero, que chamou de “colonização ideológica” apoiada por “países muito influentes”, sem entretanto dizer quais.
“Um dos casos dessa colonização é – digo claramente com todas as letras – o gênero”, disse o papa aos bispos poloneses.
O líder da Igreja afirmou também que discutiu o assunto com o Papa Bento XVI, que renunciou ao cargo em 2013.
“Conversando com o Papa Bento, que está bem e com a mente clara, ele me disse: ‘Santidade, isso é a época do pecado contra Deus, O Criador, ele é inteligente! Deus fez o homem e a mulher, Deus fez o mundo deste jeito, deste jeito, deste jeito e nós estamos fazendo o contrário”.
A reunião ocorreu na visita de semana passada do Pontíficie ao país europeu, que recebeu a Jornada Mundial da Juventude. O evento serve para aproximar jovens católicos de todo o mundo e a Igreja.
Nesta terça-feira, visando ampliar a participação das mulheres na Igreja Católica, o Papa Francisco criou uma comissão para estudar o diaconato de mulheres, informou o boletim diário do Vaticano. O arcebispo Luis Francisco Ladaria Ferrer foi indicado para presidir o grupo, que será composto por outros seis homens e seis mulheres de instituições acadêmicas.
Devem ter ficado sabendo da palestra que proferiu S. E. Rev.ma D. Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André, na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, acerca do perigo representado pela Ideologia de Gênero.
Um grupo de fanáticos tentou impedir a realização da palestra, com apitos, batuques e gritos de “o Estado é laico” e “a Câmara não é lugar [para abordagem do tema]”, mas a presença de católicos era massiva e entusiasmada; apoiaram D. Pedro, ouvindo-o respeitosamente e aplaudindo seus comentários em favor da família e da ordem divina estabelecida pela lei natural.
Foram admiráveis sua calma e clareza ao expor os argumentos da fé contra esta Ideologia nefasta. Um pastor que transmite segurança ao rebanho e não treme diante dos lobos!
Judith Butler, uma das mais radicais feministas estará no Brasil entre 4 e 9 de setembro, para disseminar mais intensamente a ideologia de gênero, em eventos promovidos por universidades federais e patrocinados pelo poder público.
A Agenda de Gênero avança no Brasil, em grande proporção. Uma rede de OnGs e demais instituições já atuam há vários anos, inoculando na sociedade o conteúdo de subversão da mais radical e inumana ideologia. O “feminismo de gênero”, termo cunhado por Christina Hoff Sommers, vai sendo disseminado por meio de simpósios, encontros, mesas redondas, trabalhos acadêmicos em profusão, propagandeados pelos meios de comunicação, de todas as formas, em apologia às mais estranhas experiências de anarquismo sexual, visando a subversão da identidade do ser humano como pessoa. O efeito de tal ideologia visa a dissolução de todas as formas de limites ao desejo humano, e a corrosão de todas as instituições: a começar pela família, e tudo mais, daí seu propósito devastador. Judith Butler advoga que as práticas institucionais “não devem tornar-se normas restritivas para uma política radical”. Por isso o corpo humano, destituído de sua identidade natural, passa a ser instrumentalizado por uma ideologia declaradamente subversiva e pervertida, que o utiliza como laboratório do anarquismo que propõe para o corpo social.
Uma amostra de tal conteúdo será apresentada em dois eventos, no Brasil, realizados com a presença de Judith Butler, autora do livro “O problema do gênero: o feminismo e a subversão da identidade”, uma das mais ativistas feministas a difundir, por meio de muitas OnGs, a ideologia de gênero. Sua obra – como explica Oscar Alzamora Revoredo – é utilizada “já há vários anos como livro de texto em diversos programas de estudos femininos de prestigiosas universidades norte-americanas, onde a perspectiva de gênero está conhecendo uma ampla promoção. O Núcleo de Estudos de Gênero Pagu anuncia em seu site o I Seminário Queer, nos dias 9 e 10 de setembro, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, apresentando Butler como filósofa e “uma das principais referências sobre o tema no mundo”. Pouco antes, entre 4 e 7 de setembro, Butler também participará em Salvador (BA), do evento “II Desfazendo Gênero – Ativismos das Dissidências Sexuais e de Gênero“, promovido por várias universidades federais e patrocinado pelo Governo do Estado da Bahia, Ministério da Educação, OAB Bahia, CNPQ, Secretaria de Política das Mulheres e outros parceiros do setor público. Richard Miskolci explica que a proposta do evento é “tomar nossa cultura como objeto de reflexão, o que – em uma perspectiva queer – não pode ser feito sem a subversão das identidades sexuais. A superação das fronteiras sexuais e de gênero aponta para a criação de uma nova forma de cidadania não-heterocentrada e além do binarismo de gênero atualmente imposto”.
A Agenda de Gênero está mais avançada do que podemos imaginar. Além da incessante propaganda nos meios de comunicação, de todas as formas (em artigos, filmes, novelas, documentários, em programas de auditório, telejornais, etc.), há a ação integrada de OnGs e órgãos do poder público, aparelhados para tais fins, com objetivos de reengenharia social traçados pelas fundações internacionais e agências da ONU, entre outras instâncias de fora. Por isso, a imprensa pauta, todos os dias, nas edições dos noticiários, para que as informações e notícias sejam cada vez mais canalizadas para, lentamente, a população ir aceitando a agenda, que é imposta por tais forças de poder e controle social. Não é a toa que a abordagem dada às notícias acabam sempre privilegiando o enfoque ideológico de desconstrução da realidade, da autoridade, da tradição, da moral objetiva, da lei natural, etc. Nesse sentido, temas, por exemplo, que até pouco tempo seriam escandalosos (como a inserção de gays no serviço militar) se tornam corriqueiros na grande mídia e no cotidiano dos espaços de formação de opinião na sociedade. Daí os questionamentos proliferam por toda a parte, como defende Butler, questionando “os valores do militarismo”, “da própria conjugalidade” e tudo mais, como “objetivo final de qualquer movimento de minorias de sexo e gênero – que verdadeiramente pensa analiticamente sobre as estruturas sociais existentes e insiste em produzir novas”.
Parte dessa agenda está não apenas a desconstrução da família e da cultura, mas também da religião, chamando de fundamentalista qualquer um que defenda os princípios e valores da família, da maternidade, da sacralidade do matrimônio, da fidelidade conjugal, da heterossexualidade, etc. Chega inclusive a defender um concepção de religião apenas como fenômeno sociológico, como afirma a “teóloga feminista de gênero” Elizabeth Schussler Fiorenza: “Os textos bíblicos não são revelação de inspiração verbal nem princípios doutrinais, mas formulações histórica”. E “analogamente, a teoria feminista insiste no fato que todos os textos são fruto de uma cultura e de uma história patriarcal androcêntrica”. Descontruindo a família, a educação, a cultura e a religião, as feministas de gênero descontroem a própria realidade humana, no afã de uma utopia irreal e surreal. Jorge Scala lembra ainda que as feministas de gênero “reivindicam uma autonomia absoluta para ‘construir’ qualquer ‘tipo de família’ que ocorra à sua imaginação ou capricho”. Por isso a ideologia de gênero leva ao escapismo da realidade, fazendo do corpo expressão de todas as fantasias e caprichos, vulnerabilizando, portanto, a pessoa humana a graus de violência inimagináveis. Basta ver com que facilidade muitos se deixam seduzir pela falácia de tal fantasia e aceitam expor seus corpos a toda sorte de experiências sexuais, sem moralidade alguma para vivenciar as mais extremas formas de prazer, com as práticas do homossexualismo, amor livre, incesto, pedofilia, zoofilia e tantas outras perversões sexuais. E tudo isso vivido não apenas na privacidade, mas com exposição pública.
A ideologia de gênero, pelos seus efeitos corrosivos, é expressão sombria da “cultura da morte”, denunciada por São João Paulo II, há 20 anos, na Evangelium Vitae. É certo que ela fracassará, como toda ideologia que se volta contra a realidade do ser humano. Mas até soçobrar terá feito suas vítimas, muitas delas já perecem em seus danos, daí que é preciso, enquanto cristãos, estarmos mais vigilantes e atuantes, no combate a esta ideologia, para não sermos vítimas de sua armadilha e perigo. Urge portanto reagirmos e afirmarmos a cultura da vida, em contraposição a esta avalanche de devastação, que Judith Butler vem disseminar, mais intensamente em nosso País.
Hermes Rodrigues Nery é Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, especialista em Bioética (pela PUC-RJ).
Fratres in Unum entrevista Andreia Medrado, pró-vida engajada, que nos fala sobre a Ideologia de Gênero e a atuação da militância católica paulista que culminou, no último dia 25, com a eliminação dessa nefasta tese do Plano Municipal de Educação.
Primeiramente, obrigado por nos atender, professora Andreia. Poderia se apresentar brevemente a nossos leitores, falando também de sua trajetória no movimento pro-vida?
Andreia Medrado e o vereador de São Paulo Ricardo Nunes.
Sou católica e professora. Tenho estado mais ativamente ligada ao movimento pró-vida desde 2013, quando o PLC 03/2013 estava em tramitação. O Projeto, na prática, legalizaria o aborto até o nono mês. A partir de então fui apresentada aos estudos sobre o tema e pude ver que todas as ações relacionadas ao aborto, eutanásia, ideologia de gênero eram um pacote de estratégias para a completa instauração da cultura da morte no mundo.
Em que consiste a ideologia de gênero e como ela vem buscando se impor mundo afora, em particular no Brasil?
A ideologia de gênero consiste em uma quebra da realidade, por assim dizer. Tal ideologia promove um desprezo pela biologia do ser humano alegando que não se nasce homem ou mulher, mas que isso é construído social e culturalmente. Seu maior intento, no entanto, é a destruição total e sistemática da família. Uma vez que se extermina a identidade do ser humano e o papel do homem e da mulher, extingue-se, consequentemente, o conceito de família. Em outras palavras, a identidade de gênero é uma construção ideológica de que não há homem ou mulher mas que se é algo. É a “coisificação” do ser humano.
É uma ideologia que nasce apoiada na filosofia marxista de lutas de classes, onde a primeira opressão de uma classe por outra surge com a do sexofeminino pelo masculino. A partir dos anos 70, as feministas adotam esse discurso e passam a querer a extinção das barreiras sexuais (homens/mulheres – adultos/crianças). Só nos anos 90 que a ideóloga Judith Butler introduz o tema no âmbito político-filosófico. Ajudou a aparelhar a Organização das Nações Unidas com ongs feministas.
Quem são os grandes interessados na implantação dessa ideologia e por que tamanho empenho que, aliás, é pouquíssimo compartilhado pela sociedade civil?
Os grandes interessados na implantação dessa ideologia são as grandes fundações internacionais, especialmente a Fundação Ford, que foi a responsável principal pelo aparelhamento da ONU, durante as conferências internacionais de 94 e 95 (Cairo e Pequim). Numa estratégia de controle comportamental e governo hegemônico mundial, essas fundações gastam rios de dinheiro com reengenharia social. É uma tentativa de dominaras leis, o consenso e destruir o direito natural.
Não conformados com a eliminação da questão de gênero no Plano Nacional de Educação, seus promotores manobraram para ressuscitar essa ideologia nos planos estaduais e municipais. Como o Poder Legislativo de estados e municípios tem se posicionado?
O que temos percebido durante as visitas aos parlamentares é que muitos deles não sabiam sequer definir “gênero”, e julgavam como mais uma palavra que significasse alguma medida contra a discriminação ou mesmo um sinônimo para “sexo”. Quando explicamos, pautados em argumentos e principalmente nos próprios ideólogos de gênero, percebemos que, automaticamente, eles entendem e se posicionam contrários a tal ideologia.
Aqui em São Paulo, os vereadores entenderam bem o conceito de gênero, perceberam seu perigo e o quão nefasto e monstruoso ele é. E o resultado das votações em todo o Brasil confirma que isso não se deu só aqui; uma rápida busca nos municípios que já votaram seus Planos Municipais de Educação mostra que 98% deles rejeitaram a ideologia de gênero. Isto nos diz muito a respeito da postura de nossos parlamentares e nos diz, mais ainda, de que a Verdade é, de fato, a força que move o mundo. Bastou dizer a verdadeira intenção dessa macabra ideologia e os olhos se abriram.
Claro que tivemos alguns discordantes, mas vê-se bem a militância na causa. Três casos em específico nos chamaram à atenção: o vereador Toninho Vespoli (Psol), a vereadora Juliana Cardoso (PT) e o vereador Netinho de Paula (PCdoB). O vereador Netinho de Paula, que se diz um defensor e grande representante da periferia paulista, ignorou a voz dos diversos moradores da Zona Sul que se pronunciaram contra o gênero (moradores, inclusive, que o ajudaram a se eleger). A vereadora Juliana Cardoso e o vereador Toninho Vespoli passaram as duas votações alegando que eram católicos e católicos de uma “igreja inclusiva”, como a que é “promovida pelo Papa Francisco”. A vereadora chegou a mostrar um slide no qual o Sumo Pontífice aparecia segurando uma bandeira do orgulho lgbt (o que todos sabemos ser uma montagem). Juliana terminou seu discurso citando Zé Vicente, famoso compositor da teologia da libertação, deixando claro, portanto, a quem serve e de onde ela veio. No que depender dos católicos de verdade, esses vereadores jamais serão reeleitos.
Ontem, então, ocorreu a votação do Plano Municipal de Educação da cidade de São Paulo. Como transcorreu a votação e o embate entre os defensores da cultura da vida e os da cultura da morte?
Por questões regimentais, alguns PLs (Projeto de Lei) requerem mais de uma votação para que haja o que eles chamam de tempo necessário para a discussão, o debate do tema. Foi o caso do PL 415/2015, o PME – Plano Municipal de Educação. Então, tivemos ontem a segunda e definitiva votação do Plano.
Pouco antes das 9h já chegavam famílias de toda a cidade. Vinham com camisetas brancas e bandeiras em favor da vida e da família. Logo chegaram também os militantes lgbt.
Até o momento da votação, as pessoas permaneceram diante do trio elétrico, enquanto se apresentavam bandas católicas, Padres, Vereadores e Deputados federais alertando o povo contra o perigo da ideologia de gênero e pela necessidade de combate à cultura da morte.
Às 15h, o presidente da Câmara Antônio Donato deu início à votação. O vereador Eliseu Gabriel havia proposto um substitutivo. Contudo, o executivo enviou seu próprio substitutivo que foi votado pelos vereadores. Alguns vereadores propuseram emendas, mas estas foram derrubadas em bloco e por 44 votos a 4, a família paulistana ficou livre da ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação.
No fim, venceu a verdade.
Como você avalia a atuação dos membros da Igreja nessa batalha? Quem estava presente e quem deveria estar, mas se omitiu?
Militância católica em peso na votação do PME de São Paulo.
A Igreja volta a debelar o erro! É incrível como o clero se posicionou diante dessa ideologia alertando os fiéis, falando sobre o tema! Mais de dez bispos no Brasil inteiro se manifestaram contra a ideologia de gênero, e a partir daí, o trabalho foi o de formar as pessoas.
Tanto a Arquidiocese de São Paulo quanto a do Rio de Janeiro (entre algumas outras dioceses) têm-se mobilizado para a promoção de seminários sobre a ideologia de gênero. Esses seminários têm o propósito de formar pais, professores e catequistas sobre o tema que ainda parece um pouco confuso para algumas pessoas. E graças às dioceses e aos bispos que tão bem entenderam o perigo que correm nossas famílias, as pessoas têm buscado aprender sobre o assunto. Sem o apoio de nossos bispos, não teríamos conseguido nada disso.
Em cada votação que olharmos, veremos a presença da Igreja. Acredito que Cuiabá, Brasília e São Paulo são as que mais podemos notar isso, entretanto, basta ver o quanto os católicos principalmente têm falado sobre o assunto. Os Bispos e os Padres me lembraram Padre Antônio Vieira, nesses últimos meses: pregando a verdade e denunciando o erro! É revigorante ver isso, de novo! Relembro aqui o discurso de Dom José González Alonso, bispo diocesano de Cajazeiras, PB, que de maneira firme, denunciou a ideologia na Câmara dos vereadores em Cajazeiras.
Não me lembro já ter visto tantos movimentos da Igreja juntos como nessas votações: IPCO, Novas Comunidades, RCC, Carmelitas, Legionários, Verbo Encarnado, Aliança de Misericórdia, Opus Dei, Administração Apostólica, Padres Diocesanos, Apostolado da Oração. Foi, de fato, um novo sopro sobre a Igreja e as pessoas puderam perceber que há uma luta gigantesca a ser lutada, e só poderemos vencê-la se estivermos juntos!
Mas há algo que quero ressaltar: é importante que saibamos que os vereadores e deputados muitas vezes não saibam realmente do que se trata ou quais os perigos essas políticas ideológicas trazem. Eles só poderão nos ajudar se formos até eles. Muitas vezes, esses parlamentares só terão acesso à verdade através de nós. E para isso é preciso que estudemos, que busquemos a verdade acima de tudo. Que não tenhamos medo de perder o que temos em troca da verdade! A verdade, meus irmãos, é a força que move o mundo! Que isso não nos engrandeça, de modo algum, mas que aumente em nós a consciência de nossa responsabilidade em propagar uma cultura da vida. E só se instaura uma cultura da vida se exterminarmos, definitivamente, a cultura da morte vigente.
Nesta terça-feira, 25, ocorrerá a 2ª e final votação na Câmara Municipal de São Paulo sobre a questão de gênero.
Brasilia, 24 de Agosto de 2015 (ZENIT.org) Thácio Siqueira – Nesta terça-feira, 25, ocorrerá a 2ª e final votação na Câmara Municipal de São Paulo sobre a questão de gênero. Nesta entrevista à ZENIT, o Prof. Hermes Rodrigues Nery, Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família fala sobre a importância da sociedade estar mobilizada em favor da vida e da família.
***
ZENIT: O que esperar da 2ª votação na Câmara Municipal de São Paulo sobre a questão de gênero, nesta terça-feira, dia 25?
Prof. Hermes: Ganhamos com expressiva vitória (42×2) na primeira votação, dia 11 de agosto, e penso que teremos um bom resultado, nesse sentido, rechaçando de vez a inclusão da ideologia de gênero, devido ao trabalho feito de mobilização junto aos vereadores e também a pressão inclusive nas ruas. Penso que esta mobilização se faz necessária, em todos os municípios e estados, porque a ideologia de gênero foi banida do Plano Nacional de Educação, no primeiro semestre de 2014, de maneira que qualquer tentativa em nível municipal e estadual é inconstitucional, porque as legislações locais não podem contradizer o que já foi decidido em âmbito nacional.
ZENIT: De onde vem toda essa ideologia de gênero, quem as promove?
Prof. Hermes: Na verdade, esse processo de desmonte das instituições é de longa data. Cabe lembrar, por exemplo, que os últimos escritos de Marx focaram nessa questão. E tiveram um efeito muito mais devastador do que O Capital. Ele havia percebido e começado a desenvolver a ideia de que a verdadeira revolução seria aquela que destruísse a família, que ele via como uma instituição opressora, idealizando assim uma volta ao matriarcado, que ele supunha que fosse uma sociedade libertária e que seria possível chegar a esta nova utopia. Outros autores posteriormente tomaram essas ideias da fase final da vida de Marx e aprofundaram em análises, partindo de premissas filosóficas equivocadas, teorizando sobre o assunto, para justificar o que Marx havia proposto como realmente revolucionário, estudos esses, como os de Max Horkheimer, Karl Korsch, os da Escola de Frankfurt, e tantos outros, teorizando sobre as mais perversas ideologias do séc. XX [e agora, de modo mais intenso com a ideologia de gênero], que o feminismo radical se apropriou para acentuar o processo e movimento de modificação da estrutura social, que só seria possível com uma profunda revolução cultural e antropológica, teorias essas colocada agora em prática, com força política, de modo mais acelerado, principalmente depois das conferências internacionais promovidas pela ONU, nos anos 90, para impor a agenda de destruição da cultura ocidental, com a destruição do próprio conceito de natureza humana, do direito natural, do sentido de autoridade, com “projetos de reengenharia social”, que a partir destas conferências, como explica o Dr. Jorge Scala, “se põe em marcha na tentativa de construir uma nova sociedade com bases totalmente diferentes das que conhecemos, tratando de neutralizar e anular lenta e discretamente toda visão transcendente do homem para substitui-la por um novo sistema de valores”.
ZENIT: É uma ideologia que se volta contra a realidade natural da pessoa humana…
Prof. Hermes: Para esses autores e ideólogos [a maior parte de influência marxista], “a ideia de libertação”, como ressaltou Joseph Ratzinger, “também se fundiu fortemente com a ideologia feminista. A mulher é considerada o ser oprimido por excelência; por essa razão a libertação da mulher é o núcleo de toda atividade de libertação. Aqui se ultrapassou, por assim dizer, a teologia da libertação política com uma antropológica. Não se pensa apenas na libertação dos vínculos próprios ao papel da mulher, mas na libertação da condição biológica do ser humano. Distingue-se então o fenômeno biológico da sexualidade das suas expressões históricas, às que se chama gênero, mas a revolução que se quer provocar contra toda a forma histórica da sexualidade conduz a uma revolução que também é contra as condições biológicas; já não pode haver dados naturais”. Trata-se de uma revolução tão profunda e tão global, “uma revolta contra a própria condição de criatura”, que não aceita mais nenhuma autoridade e nenhuma ordem, uma revolta anárquica, luciferina contra a condição humana, “o Homem deve ser o criador de si mesmo – uma nova edição, moderna, da velha tentativa de ser Deus, de ser como Deus”, por isso, marxismo, socialismo, comunismo, feminismo, e tantas outras ideologias sem Deus estão na raiz dessa revolta contra a família, uma “revolta metafísica”, contra os fundamentos do ser humano, “contra a sua condição e contra a criação inteira. É metafísica por contestar os fins do homem e da criação”, com reconheceu Camus, em seu livro L´Homme Revoltè.
ZENIT: Uma revolta, portanto, contra a família.
Prof. Hermes: Se a família era o âmbito natural de transmissão da autoridade [daí a sua credibilidade, validade e perdurabilidade como instituição] e dos valores humanos e cristãos, era preciso então destruir a família tradicional, e instituir um novo paradigma [com novos modelos de família], impondo a “perspectiva de gênero” como destaca Scala, com “uma visão anti-natural de sexualidade autoconstruída, a serviço do prazer”, com as ilusões dessa “sexualidade autoconstruída”, e exigindo dos governos alinhados com essa agenda [os governos e partidos de esquerda, aqui no Brasil, principalmente o do PT] ,”como ponto-chave da nova sociedade” que pretendem impor a ideologia de gênero nas escolas, e “o reconhecimento social e jurídico da homossexualidade, o pseudodireito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por parte desses casais” e por aí afora. Por isso se faz necessário toda esta mobilização em favor da família, constituída por homem e mulher, na sacralidade do matrimônio.
ZENIT: Esse também é mais um desafio no âmbito Legislação e Vida”?
Prof. Hermes: Sim. Somados a tantos outros grupos, atuando em várias frentes, também no campo legislativo é preciso estarmos atentos, levando informações aos tomadores de decisão, e buscando deliberações em favor da dignidade da pessoa humana. A lei que favorece, por exemplo, esta abominável ideologia de gênero, é lei que viola o próprio direito, se volta contra a dignidade da pessoa humana, é lei iníqua, que não favorece a vida, pelo contrário, a dificulta e até a aniquila, pois como afirma S. Tomás de Aquino, “se a vida é regulada de maneira contrária à natureza do direito, esse modo de proceder tornará a vida ainda mais difícil de viver”. Por isso, defendemos a legislação em consonância com o direito natural, na defesa da vida e da família.
Por Tommaso Scandroglio – La Nuova Bussola Quotidiana | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com: Na Holanda existe agora a multi-parentalidade gay ou as famílias homossexuais polivalentes. É disso que se trata e tomem cuidado para não se perderem entre os laços de “parentesco”.
Jaco e Sjoerd são um par de homens homossexuais “casados” um com o outro. Eles também têm um outro parceiro homossexual, Sean, que tem relações sexuais com ambos. Jaco e Sjoerd gostariam de se casar com Sean, mas, infelizmente, segundo eles dizem, tanto a poligamia heterossexual como homossexual ainda é proibida na Holanda: “Jaco e eu somos casados há oito anos. Infelizmente, não podemos casar com Sean, caso contrário, já o teríamos feito em um piscar de olhos”. Mas, prosseguindo, Daantje e Dewi são um par de lésbicas. Elas também são “casadas”. Os cinco se conhecem há anos. O par de lésbicas resolveu ter um filho através de uma sexta pessoa. Agora eles querem que esta criança seja educada por todos os cinco homossexuais. Assim, eles se dirigiram até o cartório para assinar um contrato regular de educação multigenitorial gay: “Cinco pais com direitos e deveres iguais, divididos em duas famílias: estas são as condições do contrato que todos nós assinamos e apresentamos ao escrivão”.
Mas, para os Países Baixos, este tipo de contrato não é juridicamente legal. No entanto, dado que cinco cabeças gay pensam melhor que uma só hetero, especialmente quando se trata de política igualitária, as duas “famílias” encontraram uma brecha. Na Holanda existe a possibilidade de que a mãe biológica nomeie para substituir o pai biológico ou cônjuge (também gay), um outro genitor legal. E assim Jaco foi nomeado genitor legal, em vez de Dewi. “Queríamos fazer de modo a ter certeza de que haveria um genitor legal em ambas as famílias, porque dividiremos também a educação”, disse essa última.
Esse caso holandês, que parece ter sido retirado do teatro do absurdo, é realmente muito ilustrativo porque abre os nossos olhos para a verdadeira revolução que a ideologia de gênero desencadeou tanto na antropologia como na estrutura familiar. Por trás de tudo se esconde uma lógica tão demente quanto férrea, que, se aceita, não fará outra coisa senão legitimar a multi-homo-parentalidade.
Primeiro: por que restringir o casamento a duas pessoas, se o ponto cardeal é o afeto? Três amigos não poderiam se querer bem o suficiente para querer se casar? Em segundo lugar, se dois gay — prossegue o argumento – podem buscar terceiros para ter uma criança, por que ela teria que ficar necessariamente restrita a uma só família?
Terceiro, se “família” é também aquela feita por um casal gay, porque a família não pode ser ainda composta por cinco gays?
Em quarto lugar, se uma criança pode vir ao mundo com a participação de quatro ou cinco pessoas, incluindo aí mães e pais biológicos, as mulheres que alugam o útero e outras que “doam” o DNA mitocondrial, por que tal criança não poderia ser educada por mais pessoas? Quanto mais pessoas o melhor, certo? Repetimos: se parte de você as premissas, deverá também aceitar as conclusões.
Estas quatro questões provocativas podem fundir-se em uma única reflexão. O caso ocorrido na Holanda encontra o seu coração pulsante em uma só palavra: “desejo”. O desejo, por sua própria natureza, se expande ao infinito. Se você deixá-lo correr à rédea livre, pode ter certeza de que ele jamais retornará ao seu ponto de partida, mas o levará para longe, muito longe.
E, de fato, essa história de genitores elevada à enésima potência tem um dinâmica centrífuga e no centro desta homo-lavanderia está o desejo. Um homem quer ter um relacionamento sexual com outro homem. Os dois querem “se casar”. Este par de “cônjuges” conhece um terceiro e tem em mente expandir a “família”. Os três conheçem um casal de lésbicas e querem ampliar ainda mais a “família”. O casal de lésbicas quer também se “casar” e, em seguida, querem um bebê. Todos os cinco desejam apaixonadamente ver crescer o bebê. E não tem ninguém para freá-los em suas intenções, porque agora se acredita que esses desejos são sacrossantos. Alguém do lado oposto diz que o certo seria proibir todas essas coisas, pois esses tipos de desejos não deveriam ser incentivados. Liberal sim, mas até um certo ponto. Um ponto bem plantado nas profundezas da loucura.
Por Hermes Rodrigues Nery | FratresInUnum.com– Quando chegamos à frente da Câmara Municipal de São Paulo, no começo da tarde de 11 de agosto, dois caminhões de som estavam, um ao lado do outro, separado por gradis. Um formado por militantes pró-vida e pró-família, o outro por ativistas LGBT e feministas de gênero, incluindo membros da Pastoral da Juventude.
Na frente dos caminhões, os grupos ostentavam bandeiras e faixas. Era evidente a maioria à frente do caminhão pró-família exibindo uma grande faixa: “Somos família”, apoiados pelo vereador Ricardo Nunes. O slogan muito representativo quando explicita “família”, no singular. É fato que “a família não é uma invenção humana, mas uma instituição exigida pela própria natureza”, conforme explica o Dr. Jorge Scala, especialista no assunto, afirmando que “a pretensão de substituir a família baseada no casamento heterossexual e indissolúvel como elemento fundante da sociedade historicamente já fracassou e voltará a falhar porque essa família é o húmus antropológico adequado para o desenvolvimento da personalidade de cada ser humano”.
Por isso, a expressiva vitória no legislativo municipal paulista, de 42 x 2 a favor da família [a próxima votação será dia 25 de agosto], confirma que o povo rechaça toda e qualquer ideologia totalitária, por justamente estar contrária à ordem natural e objetiva da criação, e cada um pressente o perigo de tal ideologia, por se voltar contra a verdade da lei de Deus e do que é o ser humano, bem como contra a liberdade e tudo o que dá dignidade à pessoa humana.
Judith Butler, em “Gender Troube: Feminism and the Subversion of Identity”, ressalta que “o conceito de gênero está imbricado no discurso social, político e legal contemporâneo. Foi integrado ao discurso social, político e legal contemporâneo. O significado da palavra gênero evoluiu para um significado que se diferencia da palavra sexo para expressar a realidade de que os papéis e a condição dos homens e das mulheres são estruturados socialmente e estão sujeitos à mudança”. Aí está o equívoco, que faz a perspectiva de gênero ser enganosa, pois na verdade, ao não reconhecer a validade da ordem natural e objetiva, não reconhece também os limites da natureza, e daí justifica a lógica que torna ilimitado o poder do mais forte sobre os mais fracos, uma lógica de darwinismo social radical e de violência generalizada.
Incluir a ideologia de gênero nas instâncias legislativas visa intensificar o processo já em curso de desmonte de todas as instituições humanas, a começar pela família, primeira e principal de todas. A conseqüencia mais evidente de uma ideologia imanentista, que se volta contra a ordem natural e objetiva do ser humano, é a da violência social. Por isso que estar nas ruas hoje, em defesa da família, é evitar tal violência, em defesa da humanidade.
É certo que a batalha apenas está começando e que não será fácil, que fará muitas vítimas, especialmente entre os incautos. Mas continuaremos, em todos os meios, em conjunto com todos os grupos pró-vida e pró-família, a defender a família, constituída por homem e mulher, “santuário da vida”.
Hermes Rodrigues Nery é Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
São Paulo, terça-feira, 11 de agosto de 2015 – Votação do Plano Municipal de Educação. Grupos se reúnem diante da Câmara Municipal com posições discrepantes em relação à inclusão da Ideologia de Gênero no plano:
Isto é Igreja Católica: multidão de fiéis, majoritariamente jovens, fiel à doutrina católica e, consequentemente, contrária à Ideologia de Gênero, ouve discurso do Padre Paulo Ricardo e do Prof. Felipe Aquino. Sem receber nenhum tostão de quem quer que seja. Parabéns a esses abnegados guerreiros!