“A coluna dorsal, o ponto de referência, de todos aqueles que apoiam a Tradição da Igreja”.

“É preciso reconhecer também que a Fraternidade não é apenas uma comunidade de 560 ou 570 padres, algumas religiosas e religiosos e até mesmo algumas escolas. Ela tem uma influência difusa e – talvez seja insolente dizer, mas creio que ela é, de certa maneira, a coluna dorsal, o ponto de referência, de todos aqueles que apoiam a Tradição da Igreja.

Se esse ponto de referência fosse desacreditado de alguma maneira, significaria uma tremenda desmoralização de todas as forças restauradoras e conservadoras na Igreja. Isso seria uma grande catástrofe, não tanto para a Fraternidade, mas para a Igreja. Eu veria isso como um grande prejuízo.”

Padre Franz Schmidberger, Superior do Distrito Alemão da FSSPX, em entrevista ao sítio Pius.info (18 de setembro de 2012), sobre a possibilidade de imposição de novas sanções canônicas caso a Fraternidade não tenha sua situação canônica regularizada.

A última versão do Preâmbulo doutrinal vem do Papa pessoalmente.

Por Kreuz.net | Tradução: T. M. Freixinho, Fratres in Unum.com –  Em uma vídeo-entrevista para o sítio ‘pius.info’, o Padre Franz Schmidberger – superior do Distrito Alemão da Fraternidade São Pio X – resume as condições apresentadas pela Fraternidade para a “regularização” junto ao Vaticano.

Não haverá uma segunda Fraternidade

A Fraternidade deseja continuar expondo os erros do Concílio Vaticano II “no pelourinho”. Ela quer utilizar exclusivamente os livros litúrgicos antigos e exige uma promessa do Vaticano, no sentido de que futuramente os bispos da Fraternidade sejam nomeados dentre suas próprias fileiras.

Consulta ao Papa

Padre Schmidberger esclarece que a última versão do preâmbulo doutrinal – que o Vaticano entregou à Fraternidade em 13 de junho – incorporava um texto proposto por Dom Bernard Fellay.

Porém, complementos essenciais teriam sido acrescentados, “que representam um problema para nós”.

Assim, a Fraternidade informou-se junto ao Papa se a versão procedia dele ou de seus colaboradores.

Em sua resposta, o Papa assegurou que as novas sugestões seriam dele mesmo.

“Assim realmente não dá”

As novas exigências incluem – segundo o padre Schmidberger – o reconhecimento da legitimidade da Missa Nova e o reconhecimento do Concílio Vaticano Segundo.

A Fraternidade poderia discutir apenas em nuances uma ou outra formulação.

Todavia, ela precisaria basicamente estar preparada para enxergar o Concílio Pastoral em uma série ininterrupta com os concílios dogmáticos.

Comentário do padre Schmidberger: “Assim, realmente, não dá. Ocorreram rupturas que não podem ser negadas”.

Condição Anormal

Ele enfatiza que o Vaticano precisaria renunciar a essas exigências se quiser normalizar as relações com a Fraternidade.

A condição atual da Fraternidade seria “anormal”.

Entretanto, essa condição — que clama por uma normalização – não seria culpa da Fraternidade.

As conversações com Roma teriam mostrado que a Fraternidade busca a normalização e que esta depende do Papa.

[Ndr: no mesmo vídeo, Padre Schmidberger afirma acreditar que o Papa não aplicará novas penalidades sobre a FSSPX caso não se chegue um entendimento].

Política Pessoal Zigue-zague

Padre Schmidberger descreve o polêmico Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Arcebispo Gerhard Ludwig Müller, como “não muito simpático” à Fraternidade.

Ele teria assumido uma “atitude quase hostil” em relação à Fraternidade.

O Superior Distrital considera o novo Vice-Presidente da Comissão ‘Ecclesia Dei’, Arcebispo Augustine Di Noia, uma “compensação” pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Por que Dom Müller não precisa assinar um preâmbulo doutrinal?

Padre Schmidberger critica o “ensinamento heterodoxo” do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Este substitui o ensinamento da transubstanciação por uma teoria de transfinalização, segundo a qual o pão e o vinho na missa receberiam apenas uma nova qualidade.

Ele não teria também uma “noção muito clara” sobre a Virgindade de Maria.

O Papa promove essas pessoas

O novo secretário para o Culto Divino e uma capela por ele idealizada em sua diocese de origem.
O novo secretário para o Culto Divino e uma capela por ele idealizada em sua diocese de origem.

Finalmente, o padre Schmidberger critica a nomeação do Arcebispo Arthur Roche para o cargo de Secretário da Congregação para o Culto Divino.

Dom Roche seria um crítico contundente do Motu Proprio ‘Summorum Pontificum’. Ele teria feito tudo em sua diocese de Leeds, na Inglaterra, para impedir a Missa Antiga.

O belo trabalho da FSSPX-Alemanha com Padres diocesanos.

(FSSPX – Alemanha – Tradução: Fratres in Unum.com) Na quarta-feira depois da Quarta-Feira de Cinzas, treze  reverendíssimos padres se encontraram em Zaitzkofen. O seminário convidou os seus padres amigos a esse encontro fraterno.

Seminário de Zaitzkofen, Alemanha.
Seminário de Zaitzkofen, Alemanha.

O padre Laroche fez uma palestra sobre “A diferença de fenômenos místicos e patológicos no cuidado pastoral”.

À tarde, o padre Schmidberger deu uma palestra do padre François Knittel, que este havia feito durante o congresso do Courrier de Rome em Paris, no dia 8 de janeiro.

Em seguida, discutiram ainda em uma bela atmosfera fraternal sobre a situação atual da Igreja e da sociedade, antes que os reverendos senhores empreendessem a viagem de volta a seus lares.

Ecce quam bonum et quam jucundum habitare fratres in unum – Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.

O Distrito alemão emite uma Carta circular aos padres amigos. Existe uma circular semelhante na França (“Lettre a nos amis prêtres”), América e outros distritos.

O cuidado com os padres nas dioceses constitui uma grande preocupação da Fraternidade São Pio X! Assim, sobretudo, a ação em nível nacional de 2006 apresentou um grande efeito (Aktion alte Messe).

Naquela época, DVDs foram enviados a 16.100 padres, que receberam um tutorial para aprender a “Missa Tradicional”. Essa ação teve uma grande ressonância.

Padre Franz Schmidberger: “Estou farto”.

Padre Franz Schmidberger
Padre Franz Schmidberger

(kreuz.net, Stuttgart) “O Papa não é culpado de maneira alguma, conseqüentemente, ele também não pode se desculpar”, esclareceu o Superior Distrital alemão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Padre Franz Schmidberger, perante o jornal regional ‘Leipziger Volkszeitung’.

O sacerdote falou sobre o tema dos abusos homossexuais de menores, transformado em tabu pelos círculos anticatólicos e de esquerda durante décadas.

Para muitos, os abusos homossexuais são uma oportunidade bem-vinda para rebaixar o Papado e para desacreditar o Papa justamente na Alemanha, afirma o Padre Schmidberger.

Hipócritas Humanistas

O sacerdote criticou a Conselheira da Associação eclesiofóbica “União Humanista” e Ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger (FDP):

“Hoje em dia aqueles que ontem reivindicavam a impunidade para o relacionamento sexual com crianças gritam o mais alto que podem.”

Nesse sentido podemos incluir também a “União Humanista”, que conta dentre seus membros com a participação da Senhora Ministra da Justiça Leutheusser-Schnarrenberger. Em alemão existe uma palavra para isso: Hipocrisia. Estou farto.

O padre Schmidberger defende-se contra uma suspeita geral criminosa contra os sacerdotes:

“Sejamos cautelosos ao nos decidirmos por esse estiramento público do pecado e da culpa. Talvez  uma ou outra  acusação também se comprove falsa através de um exame mais detalhado.“

O prazer sexual implica a obrigação para com a criança

O padre Schmidberger vê como cúmplice as formações defeituosas da sociedade:

“Quem constantemente fica com a cara colada em textos pornográficos, põe os olhos em cenas impuras na televisão e imagens sujas na Internet, dificilmente, compreenderá que o prazer sexual está vinculado à obrigação.”

O superior distrital menciona que o instinto de alimentação foi dado ao homem para preservar o indivíduo – e que o instinto sexual para a reprodução do gênero humano:

“Dissociar as pessoas desse objetivo, como faz o espírito do tempo hedonista, constitui um abuso e subversão da ordem divina.”

Os libertinos católicos de esquerda sentem o cheiro do ar matinal

O Padre Schmidberger afirma que os grupos anticatólicos separatistas e sacerdotes apóstatas se utilizam dos debates sobre abusos para fazer valer seus próprios interesses: “Na verdade, os católicos de esquerda estão sentindo o cheiro do ar matinal.”

Para essas pessoas é algo significativo que elas exijam mudanças estruturais, ao invés da conversão do coração.”

Benefício do Celibato

Quanto ao celibato, o superior distrital falou que o celibato sacerdotal trouxe frutos extraordinários ao longo dos séculos:

“As perseguições à Igreja sob os comunistas e o Terceiro Reich mostram quão abençoado é o celibato:

Pastores protestantes eram susceptíveis a chantagens devido as suas famílias, já os religiosos católicos eram livres nesse aspecto.”

Apoio em vez de encontros carnavalescos

O padre Schmidberger espera o apoio da Conferência dos Bispos Alemães para os sacerdotes pressionados.

“Os bispos precisam fortalecer os sacerdotes na Fé e proibir imediatamente os encontros carnavalescos frívolos nas igrejas.”

Também o sacramento da Penitência precisa receber novamente o seu lugar na vida cristã e na vida da Igreja.

“O sacramento da Penitência é a medida eficaz contra o pecado e as inclinações pecaminosas.”

Schmidberger: “A Igreja entrou em águas mais tranqüilas”.

O Padre Franz Schmidberger nasceu em 19 de outubro de 1946 em Riedlingen. Depois de ter estudado matemática na Universidade de Munique, em 1972 entrou no seminário da Fraternidade São Pio X em Ecône. Ali, em 1975, foi ordenado sacerdote pelo arcebispo Marcel Lefebvre. Em 1979, Schmidberger se tornou superior do Distrito alemão da Fraternidad e, em 1982, em Superior Geral da Fraternidade. De 1994 a 2003, esteve ativo na liderança da Fraternidade. Em 2003, foi nomeado reitor do seminário de Zaitzkofen. Em 2006 foi eleito novamente como Superior do Distrito alemão.

* * *

Reverendo, qual é sua avaliação do estado atual das discussões teológicas entre os representantes da Fraternidade São Pio X e da Santa Sé?

Com base nas informações disponíveis, mas bem escassas, as discussões teológicas para esclarecimento começaram bem. Pela primeira vez somos capazes de expor sem pressa à autoridade competente nossas reservas sobre as declarações do Concílio Vaticano II e sobre os desenvolvimentos pós-conciliares. Estas discussões certamente continuarão por um tempo longo, talvez anos. Mas talvez nossos interlocutores serão capazes de determinar rapidamente que não é possível negar que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X seja católica, ainda que possa haver pontos de desacordo. Isso representaria um enorme progresso. A natureza muito discreta das discussões é absolutamente necessária para o êxito, nada bom causa um tumulto e nada positivo provem de um tumulto.

Recentemente, em uma vídeo entrevista, o bispo Richard Williamson se referiu às discussões. Porém, ele se expressou negativamente e estava evidentemente pouco convencido de que cheguem a um acordo. O que pensa de seus comentários? Representam a posição oficial da Fraternidade?

A opinião do bispo Williamson sobre as discussões em Roma é lamentável, porque certamente não representa a posição da Fraternidade. Por outro lado, ao mesmo tempo, é necessário claramente advertir contra um exagerado otimismo a respeito das discussões. Monsenhor Fellay disse que seria um milagre se elas se concluírem verdadeiramente com êxito.

Segundo o senhor, quão realista é um acordo entre a Santa Sé e a Fraternidade São Pio X? Em 1988, como superior geral, o senhor já esteve envolvido em discussões similares. A situação mudou desde então?

Um acordo entre a Santa Sé e a Fraternidade só poderia significar uma coisa: que Roma aceita a voz do Magistério pré-conciliar. A Fraternidade nunca desenvolveu uma posição própria, mas, pelo contrário, se fez porta-voz dos Papas, sobretudo daqueles desde a Revolução Francesa até o Concílio Vaticano II. Desde 1988, a situação mudou na medida em que Roma agora leva a sério nossas objeções e está em busca de respostas.

Em sua opinião, quais são principalmente os argumentos que necessitam de esclarecimentos e de discussões de natureza teológica ou magisterial? Há argumentos que poderia descrever como “batatas quentes”?

A questão da nova liturgia é, sem dúvida, um ponto de discussão, mas também o ecumenismo, o papel das outras religiões e a relação da Igreja com o mundo. Como “batatas quentes” definiria, sobretudo, a questão da liberdade religiosa e também a questão da doutrina.

Há um ano, Bento XVI levantou a excomunhão dos quatro bispos de sua Fraternidade. Esta decisão do Santo Padre teve um efeito positivo no trabalho da Fraternidade?

A revogação do decreto de excomunhão eliminou obstáculos e nos trouxe mais fiéis. Por outro lado, contudo, o tumulto da imprensa levantou algumas barreiras. Creio, não obstante, que esta valente decisão tomada pelo Papa afetou positivamente não só a Fraternidade e seu trabalho, mas, na realidade, toda a Igreja.

Como o senhor avalia o estado de ânimo de seus priorados e capelas? Que pensam os fiéis e os sacerdotes das discussões com a Santa Sé?

Pelo que posso dizer, o estado de ânimo em nossos priorados e capelas é geralmente muito bom, e em geral, nossos membros recebem bem as discussões com a Santa Sé. Contudo, nenhum de nós é vítima de ilusões.

Em abril de 2005, com o Cardeal Joseph Ratzinger, foi elevado ao trono de Pedro um príncipe da Igreja que representou um sinal de esperança para muitos católicos “tradicionais”. Até hoje, Bento XVI governou a Igreja por quase cinco anos. Como avalia estes primeiros cinco anos de pontificado?

A Igreja entrou em águas mais tranqüilas com Bento XVI. A reabilitação do Santo Sacrifício da Missa na forma tradicional, a revogação do decreto de excomunhão e as discussões doutrinais com a Santa Sé são atos muito positivos deste pontificado. Por outro lado, lamentamos a visita à sinagoga romana, e sobretudo, a declaração do Papa de que nós e os judeus oramos ao mesmo Deus.

Nós, cristãos, rendemos culto à Santíssima Trindade e adoramos a Nosso Senhor Jesus Cristo como Filho de Deus, consubstancial ao Pai. Os judeus de hoje, diferentemente, não aceitam nenhuma destas verdades fundamentais de nossa santa religião. Sendo que não existe outro Deus fora da Santíssima Trindade, nem outro Senhor senão Jesus Cristo, nós não damos culto ao mesmo Deus que os judeus.

As coisas eram diferentes com os justos do Antigo Testamento. Eles estavam abertos à verdade da Trindade e à Filiação Divina do Messias prometido. O Papa se afastou de forma alarmante daquelas palavras do primeiro Papa, São Pedro: “Em nenhum outro [fora de Jesus Cristo] há salvação” (At. 4, 12). Isso se aplica a todos, também aos judeus e muçulmanos.

Fonte: Kathnews

Tradução a partir de versão de La Buhardilla de Jerónimo

“Obrigado, Santo Padre, obrigado”.

(Kreuz.net) “Obrigado, Santo Padre, obrigado”, esclareceu o  Superior do distrito alemão da Fraternidade São Pio X em uma alocução em vídeo veiculada hoje por ocasião do aniversário de um ano do levantamento do Decreto de Excomunhão contra os quatro bispos da Fraternidade.

O passo do Papa é um testemunho de “grande coragem apostólica” e, além disso, um “marco de tendência”.

Através do “indigno espetáculo da mídia” com relação à afirmação de um dos quatro bispos, a atitude teológica, eclesiológica e pastoral do Papa não foi corretamente apreciada, mas até mesmo obscurecida: “Lamentamos isso profundamente”.

Em seguida, o Padre Schmidberger cita duas passagens da Carta do Papa aos bispos do mundo inteiro, em março de 2009.

Daí se pode encontrar informações sobre a motivação de Bento XVI:

“No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus. Não a um deus qualquer, mas àquele Deus que falou no Sinai; àquele Deus cujo rosto reconhecemos no amor levado até ao extremo (cf. Jo 13, 1) em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado.”

E: “Podemos ficar totalmente indiferente a uma comunidade onde existem 491 padres, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 universidades, 117 irmãos e 164 irmãs?”

“Penso, por exemplo, nos 491 sacerdotes: não podemos conhecer toda a trama das suas motivações; mas penso que não se teriam decidido pelo sacerdócio, se, a par de diversos elementos vesgos e combalidos, não tivesse havido o amor por Cristo e a vontade de anunciá-Lo e, com Ele, o Deus vivo.”

Pela primeira vez a Fraternidade pode apresentar as suas objeções.

O superior distrital menciona as discussões teológicas entre os representantes da Santa Sé e da Fraternidade.

O diálogo teve seu início em uma atmosfera “muito boa, direcionada ao esclarecimento das divergências”:

Pela primeira vez a Fraternidade teve a possibilidade de apresentar às autoridades competentes as suas objeções contra determinadas afirmações do Concílio Vaticano Segundo e o desenvolvimento pós-conciliar “com tranqüilidade e de maneira argumentativa”.

Somente assim as discussões poderiam levar ao êxito.

Trata-se da recuperação do Corpo místico de Cristo, da Santa Igreja, “que hoje sangra de milhares de chagas”, da salvação eterna de incontáveis pessoas e da Honra do Deus trino:

“A Igreja precisa novamente dar testemunho vivo do verdadeiro Deus uno e trino, de nosso Senhor Jesus Cristo como único Salvador do gênero humano e de nossa Igreja, como a única instituição de salvação fundada por Ele”:

“Queremos frear a ditadura do relativismo e da descristianização da Sociedade.”

Um Instrumento da Nova Evangelização.

O Padre Schmidberger menciona o clamor múltiplo do Papa João Paulo II por uma Nova Evangelização de todo o mundo.

Durante os últimos quarenta anos a Fraternidade criou, em mais de sessenta países do mundo – “apesar de uma inegável resistência da parte de forças destrutivas na Igreja e na Sociedade” – uma infra-estrutura, que pôde prestar uma “contribuição importante a um tal empreendimento”: “e isso não obstante todos os erros, fraquezas e faltas também existentes entre nós.”

O Padre Schmidberger menciona ainda que trinta comunidades religiosas estão ao lado da Fraternidade.

A conclusão do superior distrital: “Caso uma parte dos bispos entenda por bem apoiar o nosso trabalho e caso os fiéis se multipliquem mais e nos auxiliem de maneira mais enérgica do que antes, então, a Igreja poderá ser renovada de cima a baixo e uma cristandade será construída, como a Igreja sempre o desejou.”

A Europa precisa se tornar cristã novamente: “Deixem-nos restituir à Alemanha o Reino de Cristo Rei e sua Esposa Imaculada, a única Igreja, santa, católica e apostólica.”

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

Pe. Franz Schmidberger: “queremos viver juntos pacificamente”.

Apresentamos os pontos mais importantes da entrevista do Superior do Distrito Alemão da Fraternidade São Pio X, publicada em Rorate-Caeli:

Padre Franz Schmidberger

KNA: Em conexão ao escândalo Williansom, o Papa Bento XVI acusou a SSPX de arrogância e insistiu para que se abstivessem de provações. Mas o oposto aconteceu. Como vocês podem ajudar a colocar as peças juntas novamente?

Schmidberger: Naturalmente, todo homem tem suas fraquezas e coisas infelizes foram ditas. Mas queremos viver juntos pacificamente. Escrevi uma carta pessoal privada ao presidente da conferência dos bispos, o Arcebispo Zollitsch, mas os bipos não estão desejosos de se engajar em discussões. Eles rejeitam qualquer diálogo conosco. Por que pedem que nós obedeçamos o direito canônico à letra enquanto ao mesmo tempo afirmam que nós estamos fora da Igreja?

KNA: Em 2005 houve uma conversa em Castel Gandolfo na qual, além do Papa, o Cardeal da cúria Dario Castrillon Hoyos, o bispo tradicionalista Bernard FEllau e você tomaram parte. O que ficou combinado na época?

Schmidberger: Discutimos a inteira situação com a Sociedade e concordamos com o caminho que agora estamos seguindo. O Motu Proprio de 2007 e o levantamento das pseudo-excomunhões eram os primeiros passos. Agora vem o diálogo teológico. Após teremos que encontrar uma estrutura canônica para a Sociedade com seus 500 padres. Estamos satisfeitos com a solução que Roma está considerando.

KNA: Qual é?

Schmidberger: Na direção de uma prelazia pessoal.

KNA: Parecido com o Opus Dei?

Schmidberger: De certa forma.

“O Arcebispo precisa se retratar”.

De acordo com o Direito Canônico, o Arcebispo Zollitsch de Freiburg corre o risco de se tornar um herege. Por Padre Franz Schmidberger.

(kreuz.net, Stuttgart) No sábado de Aleluia, o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Robert Zollitsch negou o caráter expiatório da Paixão e Morte de Cristo no programa “Horizonte”. Deus teria apenas se solidarizado com os homens através da Paixão de seu Filho, a fim de apoiá-los no sofrimento e na morte. Possivelmente, Jesus teria também carregado os pecados dos homens sobre si. Porém, ele não os teria expiado, mas apenas suportado, para estar mais próximo das pessoas a partir de um sentido de vínculo em comum.

Recentemente, o Padre Schmidberger celebrou uma Missa em Gießen, na diocese de Mainz

Falso, certamente herético. Temos aqui uma negação do sacrifício expiatório como reparação legal em relação ao Pai. Essa negação deve ser avaliada claramente como heresia de acordo com o Magistério da Igreja!

Ao dizer tal coisa, o Arcebispo é instado a retirar publicamente a sua afirmação falsa.

A passagem decisiva na entrevista é a seguinte:

Transmissão de Hesse: também o senhor não mais diria que Deus efetivamente deu o seu próprio Filho porque as pessoas eram pecadoras. O senhor não diria mais a coisa dessa maneira?
Mons. Zollitsch: Não, ele deu o seu próprio Filho em solidariedade conosco até nessa última necessidade de morte para mostrar “o quanto vocês valem para mim”. “Vou com vocês, estou totalmente com vocês em cada situação”.

Com isso o Presidente da Conferência Episcopal Alemã e Arcebispo de Freiburg, Robert Zollitsch, negou um dogma de Fé da Igreja. Caso ele não retire essa negação corre o risco de se tornar um herege segundo o Direito Canônico. O Magistério da Igreja é claro a esse respeito:

A causa do mérito, no entanto, é o seu muito amado Filho único, nosso Senhor Jesus Cristo, que mereceu a justificação para nós, “quando éramos inimigos” [Rom 5,10], “devido ao imenso amor com o qual ele nos amou” [Ef 2,4], através de sua santa Paixão no madeiro da cruz [Can. 10] e Deus Pai fez reparação por nós (Concílio de Trento, DH 1529).

No Decreto “Lamentabili” de Pio X condena-se como modernismo a seguinte afirmação: “O ensinamento da morte expiatória de Cristo não é um ensinamento dos Evangelhos, mas apenas paulino” (DH 3438).

O Testemunho das Sagradas Escrituras é inesgotável. Eis aqui apenas uma seleção:

Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.” (Rom 5,10).

Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (I Pd. 2,24).

Fomos curados graças às suas chagas” (Is 53,6).

Este é o meu sangue, que foi derramado por muitos para o perdão dos pecados” (Mt 26,28).

Resumindo, diga-se que o Arcebispo Zollitsch transforma um sacrifício expiatório da redenção em um “sacrifício de solidariedade”: Cristo sofre devido a um sentimento de comunidade, como um terapeuta acompanhante em nossas necessidades, porém, não porque exista a necessidade de salvação a partir do pecado.

Assim, pedimos a retratação imediata do Arcebispo de Freiburg e Presidente da Conferência Episcopal Alemã.  Essa declaração deve ser descrita como heresia e traz um grande dano ao Magistério da Igreja Católica, porque sai da boca de um bispo em exercício. Esperamos que o esclarecimento dessa frase ocorra publicamente nos próximos dias.

O autor é o Superior do Distrito alemão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

Padre Franz Schmidberger, Superior do Distrito Alemão da FSSPX: Reconciliação “dentro de um prazo previsível”.

Link para o originalCom o declínio pós-conciliar, a Igreja está sob ameaça de desaparecer em muitos países. Apesar disso, ela não retoma o caminho bem-sucedido da missão.

A Fraternidade espera confiantemente ter um lugar totalmente oficial na Igreja “dentro de um prazo previsto”, disse o superior distrital alemão, Padre Franz Schmidberger, em conversa com o diário alemão ‘Welt’.

O Padre Schmidberger é muito grato ao Papa por ele ter vindo ao encontro da Fraternidade com o Motu Proprio ‘Summorum Pontificum’ e o levantamento das excomunhões.

Esses gestos demonstram que ele compreende os anseios da Fraternidade: “Antes de chegarmos a uma solução canônica para a nossa comunidade, conversaríamos de bom grado com Roma sobre as questões teológicas que levaram à controvérsia.”

Padre Schmidberger não gostaria de celebrar “algum acordo” prematuramente, deixando as questões de conteúdo em aberto: Isso somente causaria uma nova controvérsia e se tornaria algo explosivo no futuro”.

Crise em vez de primavera conciliar

 

Recentemente, o Padre Schmidberger celebrou uma Missa em Gießen, na diocese de Mainz
Recentemente, o Padre Schmidberger celebrou uma Missa em Gießen, na diocese de Mainz

O Vaticano II não trouxe uma “nova primavera” para a Igreja, mas sim uma crise.

 
O Padre está preocupado com a sobrevivência da Igreja em muitos países”.

 

A Fraternidade não nega o Vaticano II “como um todo”.

 

Contudo, algumas afirmações necessitariam de um esclarecimento explícito sobre a auto-compreensão da Igreja e de seu relacionamento com as outras religiões.

 

O Padre Schmidberger está descontente com as muitas ambigüidades e formulações comprometedoras do Concílio: “Um Concílio deveria proporcionar clareza e não ser uma ocasião de confusão”.

 

Todavia, o Padre Schmidberger não vê a crítica da Fraternidade a alguns textos do Concílio como um obstáculo para a reconciliação com o Vaticano.

 

O Vaticano II não se entende a si mesmo como dogmático, mas sim “deliberadamente, em um grau inferior, como um simples Concílio Pastoral”.

 

Com relação a assuntos não dogmáticos, existe certa liberdade de pensamento na Igreja.

 

Diálogo inter-religioso e Ecumenismo

 

No que tange o documento ‘Nostra aetate’ sobre o relacionamento da Igreja com outras religiões, o Padre Schmidberger diz que esse relacionamento também teria sido reconhecido – com reservas – pelo Fundador da Fraternidade Sacerdotal, Arcebispo Marcel Lefebvre († 1991).

“Na verdade, gostaríamos de evitar a impressão de que com o Vaticano II todas as diferenças entre o cristianismo e outras religiões se tornaram desprovidas de significado.”

 

Fundamentalmente a Fraternidade favorece o diálogo com outras religiões. Todavia, o conceito de “diálogo” se tornou uma contradição na Igreja pós-conciliar. Ao mesmo tempo, Cristo incumbiu a sua Igreja com a missão:

 

“Nós cristãos de todas as confissões acreditamos que Jesus de Nazaré, prometido ao povo judeu e nascido do mesmo, é o Messias do mundo inteiro”.

 

Quanto ao ecumenismo, o Padre Schmidberger disse que a questão da verdade não deveria eliminada:

 

“Neste caso seria de se esperar um sucesso muito em breve com os ortodoxos, os quais permanecem os mais próximos em termos de fé.”

 

Tradução: T.M. Freixinho