TSE rejeita acordo entre Canção Nova e PT para veiculação de direito de resposta a sermão-bomba de Pe. José Augusto.

(Conjur) O Tribunal Superior Eleitoral manteve, nessa sexta-feira (29/10), decisão da ministra Nancy Andrighi que julgou prejudicado [ndr: rejeitou] direito de resposta feito pela coligação que apoia a candidata do PT à presidência, Dilma Roussef. O pedido foi feito contra a TV Canção Nova, que transmitiu, no dia 5 de outubro, homilia em que o padre José Augusto dizia aos fiéis que não votassem na candidata no segundo turno.

A ministra Andrighi julgou prejudicado o pedido de homologação do acordo e, em consequência, o tempo firmado entre a fundação e a coligação para veicular o direito de resposta. Segundo ela afirmou na decisão, mantida hoje pelos demais ministros do TSE, “as partes se anteciparam à apreciação da matéria pelo Poder Judiciário” ao firmar o acordo.

A ministra Nancy Andrighi acrescentou que a própria coligação da candidata petista reconheceu “ter havido resposta institucional por parte da (emissora), que atende, em parte, o pleito (de direito de resposta)”. Segundo ela, a coligação não esclareceu em que medida o pleito foi atendido e o que ainda justificaria o direito de resposta no tempo combinado.

“As representantes (coligação e candidata) reconheceram expressamente que não houve a intenção de ofender e que ocorreu a retratação”, disse. Para ela, se a coligação entende que ainda há dano a ser reparado, isso poderá ser feito na propaganda eleitoral gratuita da coligação e da candidata petista, onde poderão ser divulgados “os esclarecimentos adicionais que entenderem necessários para refutar, de vez, as ofensas veiculadas”.

Após apresentar o pedido de direito de resposta no TSE, a coligação firmou acordo com Fundação João Paulo II, mantenedora da TV Canção Nova, que alegou não ter tido intenção de ofender a candidata e se comprometeu a dar 8 minutos de direito de resposta na programação da emissora. A coligação alegou que toda a homilia, que durou 15 minutos, seria ofensiva à candidata e ao PT. Com informações da Assessoria de Imprensa do TSE.

Canção Nova: o apressado come cru.

Do blog Vida Sim, Aborto Não!:

Juiz autoriza discurso de Pe. José Augusto contra aborto e PT

Créditos: Emerson Oliveira - blog: http://sentircomaigreja.blogspot.com
Créditos: Emerson Oliveira - blog: http://sentircomaigreja.blogspot.com

Direito de resposta rejeitado! Essa foi a decisão do juiz Teófilo Rodrigues Caetano Neto, do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), referente ao pedido de direito de resposta do PT do Distrito Federal feito, por meio de duas liminares, após a campanha da candidata Weslian Roriz colocar no programa eleitoral de rádio, que foi ao ar dia 12, discurso do padre José Augusto, da TV Canção Nova, no qual ele pede aos fiéis que se mobilizem e não votem em Dilma, pois seu partido é a favor do aborto.

O PT do Distrito Federal argumentou que a declaração feita pelo padre José Augusto é “inverídica, caluniosa, injuriosa ou difamatória, ou tendente a criar, artificiosamente, na opinião pública, estado mental emocional aterrorizador”. No entanto, para o juiz Caetano Neto, o discurso do padre “configura simples manifestação do pensamento político”.

Também o desembargador federal, Moreira Alves, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) negou, na quarta-feira, 13, três liminares apresentadas pela coligação “Novo Caminho” e pelo PT, na qual pediram direito de resposta no programa eleitoral de Weslian Roriz por apresentar o vídeo do Pe. José Augusto.

E pensar que a Canção Nova, mais que depressa, moveu-se para articular com a equipe da Dilma a melhor forma de conceder um direito de resposta à candidata por causa da mesma fala do Pe. José Augusto… É muito triste. Mas, enfim, relatos de censura semelhante já recebi aos montes. Deus, no entanto, é maior, minha gente! Coragem.

O “alto clero” na corte da comendadora Dilma.

Por Padre João Batista de Almeida Prado Ferraz Costa

Um dos jargões mais batidos da esquerda católica foi sempre acusar a Igreja de antes do VII [Vaticano II] de ter sido aliada dos poderosos, defensora das classes privilegiadas, distante dos pobres e omissa na luta pela dignidade dos oprimidos. Dizem até que a Igreja demorou a abandonar o discurso legitimista na esperança de um dia ver restaurados os tronos e as cortes européias onde o alto clero vivia, ao lado da nobreza palaciana, de forma parasitária.

Essa é a caricatura que eu mesmo tive várias vezes a oportunidade de ouvir da boca dos demagogos da esquerda festiva ligados à Igreja pós-conciliar. Lembro-me de uma abade premonstratense  que teve a petulância de assacar essa acusação contra mons. Lefèbvre, o santo bispo que passou a maior parte da sua vida tão sacrificada como missionário entre os pobres deserdados do continente africano.

Que tenha havido clérigos áulicos, ninguém nega. Que tenha havido  homens da Igreja oportunistas e maquiavélicos querendo estar sempre de bem com os poderosos é fato histórico. Mas daí a dizer que essa seja a nota predominante e característica da Igreja de antes do VII vai uma grande diferença.

Quem lê os sermões do padre Vieira, articulador maior da restauração do trono português em 1640 e amigo próximo do rei dom João IV, logo se admira da liberdade e franqueza do notável pregador em denunciar mazelas e injustiças da parte dos grandes. Quem lê os Discursos sobre a História Universal de Bossuet também logo se convence da retidão do célebre prelado do Antigo Regime. Aqui poderíamos multiplicar os exemplos, sem falar da coragem dos papas de antes do Vaticano II em combater o perigo comunista que ameaçava todo Ocidente, sem medo de represália, sem nenhuma tentação de um acordo indigno com o inimigo. Isso só ocorreu durante o malfadado VII.

Mas agora vemos um clero oportunista e velhaco vendendo-se para a Dona Dilma. Ignomínia maior é impossível imaginar.  Agora vemos religiosos prepotentes punindo o padre José Augusto, um sacerdote humilde e nobilíssimo, por ter alertado os católicos quanto à gravidade do momento político que vivemos.

Realmente, causa nojo ver o sr. Gabriel Chalita, pseudo-intelectual católico que não passa de um mascate da auto-ajuda pentecostal, defendendo o PT; na verdade, querendo engabelar os pobres carismáticos com a idéia de que é boato o fato incontestável de que o referido partido é anticristão por prever em seu programa a legalização do aborto e da união civil entre homossexuais. E tudo isso sob a égide da cúpula da Canção Nova e da CNBB.

Estou convencido de que a Canção Nova hoje adota os mesmos métodos da Rede Globo e do falecido Roberto Marinho no tempo da ditadura militar.

Esses homens, sim, áulicos e impostores. Meu Deus! Que falta nos faz um Dom Gastão Liberal Pinto! Um prelado digno sob todos os aspectos que por muito menos não se curvou diante do ditador Getúlio Vargas que queria tripudiar sobre a terra dos bandeirantes!

Esses homens, sim, são uns venais, porque, em troca de uns favores do governo Lula, renegam princípios sagrados. Não tolerei ver aquele bispo que, para formular uma pergunta à comendadora Dilma sobre o que previa o seu projeto de governo para as crianças, teceu primeiro rasgados elogios ao governo Lula pelo que teria feito em favor da infância. O governo Lula distribui camisinha nas escolas e esses homens têm coragem de prestigiá-lo!

Como estamos longe do tempo em que um padre do interior de São Paulo recusou-se a receber o imperador Pedro II no átrio da igreja por haver o monarca sido conivente com a injustiça cometida contra Dom Vital e Dom Macedo Costa, os heróicos bispos que combateram a  maçonaria. Indagando do motivo da atitude do sacerdote, o imperador admirou-se da sua altivez e dirigiu-se à sacristia para saudá-lo.

Hoje, tudo ao contrário. Salvo raras e honrosas exceções, parece que no Brasil muitos bispos reencarnam aqueles inquisidores que condenaram Joana D’ Arc por estarem vendidos ao inimigo da pátria. Agora estão vendidos para a Venezuela, para Cuba, quem sabe, para as Farcs! Suprema humilhação!

Tudo porque querem ter em Brasília uma corte. Querem ser áulicos da Dona Dilma Rousseff, a quem vão talvez condecorar com a comenda da Ordem de Dom Helder Câmara, o bispo vermelho, se é que não vão obrigar a própria Santa Sé a conferir-lhe uma honraria pontifícia.

Realmente, só falta o circo pegar fogo. Só falta chover enxofre sobre a Sodoma da América do Sul.

Uma Canção não muito Nova. Em defesa do Pe. José Augusto.

Por Padre Marcelo Tenório

No dia 5 de outubro, Padre José Augusto pregou violentamente contra o Partido dos Trabalhadores e a tibieza da comunidade Canção Nova.
Padre José Augusto pregou violentamente contra o Partido dos Trabalhadores e a tibieza da comunidade Canção Nova.

Acabei de assistir ao vídeo da Missa rezada pelo Reverendíssimo Padre José Augusto, na Canção Nova, após ler a nota escrita pelo Sr. Wellington Silva Jardim, mais conhecido por Eto, Presidente desta “entidade”. A nota deste senhor merece muita atenção. Vale a pena reler. Aqui está:

“A Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação vem a público para reafirmar que não apóia, não subsidia e não possui vínculos com partidos e candidatos.

É necessário ressaltar que não autorizamos, bem como não aprovamos manifestações isoladas de apresentadores, colaboradores e engajados.

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Vídeo e texto do sermão de Padre José Augusto censurado pela Canção Nova. “Eu vos digo: se eles se calarem, as pedras gritarão” (Lc 19,40)

ATENÇÃO LEITORES: hoje, às 20:30, será transmitido o programa do Professor Felipe Aquino na TV Canção Nova. Sugerimos que enviem suas mensagens para escoladafe@cancaonova.com questionando a censura da Canção Nova e do próprio Felipe Aquino ao sermão do Padre José Augusto. As notícias selecionadas para o programa de hoje simplesmente não tocam no assunto.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

Fonte: Apostolado Fora da Igreja Não há Salvação

Transcrição

Mais uma vez Jesus, ele continua dizendo para Maria e para Marta, que estava muito agitada, que a irmã dela Maria escolheu a melhor parte. E a melhor parte é estar com Jesus. Eu acho interessante que essa palavra, ela vem cair assim num momento em que eu me encontro agitado.

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Dilma e sua coligação pedem direito de resposta contra TV Canção Nova.

Dezembro de 2008: Dilma Rousseff profere leitura das Sagradas Escrituras em missa na comunidade Canção Nova.
Dezembro de 2008: Dilma Rousseff profere leitura das Sagradas Escrituras em missa na comunidade Canção Nova.

(Blog Radar Político) Por meio de representação direcionada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a coligação “Para o Brasil seguir mudando” e sua candidata à Presidência da República, Dilma Roussef, solicitaram direito de resposta contra a TV Canção Nova, no tempo de 15 minutos, em horário matutino. Isso porque na manhã da terça-feira, dia 5, a emissora teria exibido, ao vivo, a realização de uma homilia na qual um padre pediu aos fiéis que não votem na candidata Dilma no segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo a representação, em toda a homilia transmitida pela TV Canção Nova, o religioso emitiu opiniões ofensivas à candidata e ao Partido dos Trabalhadores, com afirmações falsas de caráter difamatório e injurioso. “Dentre outras afirmações falsas e ofensivas, de cunho difamatório e calunioso, o referido padre afirma que o PT é a favor da interrupção de gestações indesejadas”, esclarece.

Sustenta que a emissora não se limitou a emitir opinião contrária à coligação e à candidata, mas fez graves ofensas à honra e à reputação, “a ensejar a concessão de direito de resposta”. Entre as supostas acusações estão a de que: o país piorará se o PT e sua candidata ganharem as eleições; o partido defende a prática de aborto; a candidata e o PT pretendem aprovar leis que cerceiem as liberdades de imprensa e religiosa; ambos pretendem aprovar a celebração de casamento entre homossexuais; eles têm a intenção de transformar a nação brasileira em nação comunista com terrorista.

Em todas elas, conforme a representação, o religioso afirma que poderia ser morto ou preso em virtude de suas afirmações, “em clara sugestão caluniosa de que o PT poderia praticar algum crime contra a sua integridade física”.

Fundamentação

A coligação e sua candidata destacam que o artigo 45, da Lei 9504/97, em seus incisos III e IV, estabelece que, a partir de 1º de julho do ano da eleição, é expressamente vedado às emissoras de televisão veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes, bem como dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação.

“É cediço que as emissoras de rádio e televisão devem conferir tratamento equânime às candidaturas, com vistas a respeitar o equilíbrio do pleito eleitoral e o princípio da paridade de armas”, dizem, ressaltando que a veiculação da referida homilia privilegiou a candidatura adversária. “Por esta razão, a Lei das Eleições, em seu artigo 45, incisos III e IV, proíbe que as emissoras de televisão, por concessão pública, confiram tratamento desfavorável a determinado candidato, partido ou coligação”, completaram.

Ao sustentarem que a TV Canção Nova difundiu afirmações difamatórias e caluniosas em relação aos representantes “conferindo-lhe tratamento desfavorável em relação a outra candidatura, em evidente desequilíbrio do pleito eleitoral”, solicitam a concessão do direito de resposta, assegurado aos ofendidos pela da Lei das Eleições (artigo 58, caput, parágrafo 1º, inciso II).

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)