“Oxalá fosse verdade tanta beleza”.

Da página no Facebook do Reverendíssimo Padre Rafael Navaz Ortiz, superior do Distrito Latino-americano do Instituto do Bom Pastor:

Mons. Nicola Bux chama a Mons. Fellay:

“Na plena comunhão eclesial, com a grande família que constitui a Igreja Católica, a vossa voz não será asfixiada, o vosso comprometimento não será negligenciável nem negligenciado, mas poderá dar, com o de tanto outros, frutos abundantes que de outra forma permaneceriam desperdiçados.

Oxalá fosse verdade tanta beleza:

Não é que eu ignore a boa vontade de Mons. Nicola Bux, mas a realidade tem sido outra e está mostrando o contrário pelo tratamento dado ao Instituto do Bom Pastor (IBP) por parte dos bispos do Chile, em especial de Santiago e seus arredores… que não toleram o IBP com sua especificidade recebida da Santa Sé e consagrada na aprovação de seus estatutos; se nega a ele inclusive sua existência canônica. É o desprezo e o desdém, o abandono e a dispersão como formas modernas de perseguição eclesiástica dessaa parte da “grande família católica”, “obras são amores (desamores, neste caso) e não boas razões”. É o “grande pecado” de celebrar exclusivamente o rito antigo e o compromisso estatutário de colaborar com o Papa, enquanto seja possível, numa visão do Concílio Vaticano II à luz da Tradição.

Rezemos!

Créditos ao leitor Eduardo Gregoriano.

Entrevista com Padre Navas (parte II): A restauração da liturgia prepara o caminho para a restauração da Tradição.

Fratres in Unum: Qual o papel dos institutos dedicados ao rito gregoriano neste período de restauração da liturgia pelo Papa Bento XVI?

Padre Navas: Servir a Deus e às almas através de sua fidelidade à vontade do Santo Padre, manifestada tanto no Motu Proprio como na expressão dos diversos carismas que estão na origem de cada uma destas comunidades, afirmados com a aprovação de seus estatutos por parte de Roma.
Se pode dizer que são a ponta de lança nas mãos do Santo Padre para incentivar e colaborar com os bispos, na ótica da hermenêutica da continuidade, a colocar em prática os diversos decretos originados da Santa Sé com relação a este tema.

Ademais, estes novos Institutos são vistos como uma ajuda valiosa para remediar a hemorragia de vocações e para, na medida do possível, conter a ‘apostasia silenciosa’ de que nos falava o Papa João Paulo II.

Permita-me adicionar uma hipótese: o que você denomina justamente ‘restauração da liturgia‘, atualmente muitos não a identificam como a restauração (desejada ou não) da Tradição; mas, se é que se deve dar algum dia tal restauração, ela, a ‘restauração da liturgia‘, certamente é o fundamento que lhe prepara o caminho necessário; Talvez seja esta a origem remota de tantas dificuldades, ao simples olhar incompreensíveis, que se apresentam, na prática, para os ‘institutos dedicados ao rito gregoriano neste período de restauração da liturgia pelo Papa Bento XVI‘. Deus verá.

Fratres in Unum: Em que consiste precisamente a missão de criticar de maneira construtiva o Concílio Vaticano II? O objeto de críticas são os textos do Concílio ou apenas o seu ‘espírito’?

Padre Navas: Este aspecto da missão encarregada ao IBP também poderia  servir a tergiversações, visando querer impedir a existência do Instituto… apresentando-o como se ele pretendesse criar nas dioceses uma instância de controvérsia pública que poderia escandalizar a mais de um. A realidade é bem diferente: se trata mais, a outro nível, de orientar o debate que já existe, em direção a uma instância de reflexão teológica séria sobre alguns textos, cujas interpretações se tem usado para favorecer uma visão de ruptura e de descontinuidade com a Tradição doutrinária própria da Igreja que a teologia clássica e o Papa condenam, seja como a chamada ‘nova teologia‘ (cfr. Humani Generis de Pio XII) ou como o chamado espírito do Concílio (cfr. Alocução do Papa Bento XVI à Cúria Romana no Natal de 2005). Os textos que no dizer do Papa tem criado dificuldades à ‘recepção autêntica do Concílio‘ e suas possíveis interpretações se devem analisar entre teólogos, evitando todo espírito de polêmica pública de maneira que finalmente determine o sentido verdadeiro dos mesmos por parte do único que tem autoridade para fazê-lo: o Papa. Esta missão é uma ajuda e um serviço à Unidade da Igreja pedido pelo Papa e viria a ser como uma extensão do que por outra parte é dado e garantido aos simples fiéis pelo próprio Código de Direito Canônico (cfr. canon 212 nº 3)… e com maior razão se trata de sacerdotes e teólogos inteirados no tema. Desta maneira, o Santo Padre busca desativar uma das fontes de conflito que tem afetado nas últimas décadas, queira ou não, a normal convivência eclesiástica.

Cardeal Ratzinger e bispos do Chile - 13 de julho de 1988
Cardeal Ratzinger e bispos do Chile, julho de 1988

Trata-se, portanto, da forma e do fundo: a forma, abrindo uma instância a nível teológico, evitando todo espírito de polêmica; e do fundo, reconhecendo a Suprema instância, garantia da Verdade, na autoridade magisterial de Pedro, que sempre é o mesmo. Recordemos, sobre este tema do Concílio, o discurso do Cardeal Ratzinger aos bispos do Chile, em 13 de julho de 1988: “A verdade é que o mesmo Concílio não definiu nenhum dogma e, de modo consciente, desejou expressar-se num nível mais modesto, meramente como Concílio Pastoral…“.

Dito isso, permita-me concluir com uma citação a respeito deste ponto do Padre Guillaume de Tanoüarn: ‘temos recebido o direito (e o dever) de expressar uma ‘crítica construtiva do Vaticano II’ e das reformas que saíram em conseqüência, dentre as quais, a reforma litúrgica. Não temos ocultado nunca que temos críticas respeitosas que enunciar quanto à teologia da nova forma do rito, as mesmas que formularam em seu tempo os Cardeais Ottaviani e Bacci, em seu Breve Exame Crítico. Certamente que através da encíclica Ecclesia de Eucharistia, como também no documento Redemptionis Sacramentum, o magistério empreende uma reavaliação de largo alcance da obra litúrgica do Vaticano II. Pensamos que nossa própria ‘crítica construtiva’ se inscreve neste grande movimento eclesial. A apresentamos com humildade, mas também com um grande desejo de verdade. Se é certo que a barca de Pedro faz água por todas as partes, não poderá endireitar-se senão na medida em que encontrar a estrela polar de sua Tradição‘.

Fratres in Unum: Como é o relacionamento do IBP com os institutos tradicionais presentes na América Latina, especialmente a Fraternidade São Pedro e a Administração Apostólica São João Maria Vianney?


Padre Navas
: O único contato que tive foi com um representante da Fraternidade de São Pedro que encontrei em Guadalajara durante o primeiro semestre deste ano. Nossas relações foram muito cordiais e esclarecedoras dentro da caridade fraterna, coincidindo nos aspectos fundamentais da situação atual.
Com a Administração Apostólica São João Maria Vianney pessoalmente não tive nenhum contato. Na França há uns dois anos houve uma visita do Superior ao IBP.

Fratres in Unum: Quais os projetos do IBP na América Latina?

Padre Navas
: Sobrenaturalmente existem muitos projetos, mas é forçoso reconhecer que o tratamento que nos é dado não tem sido, digamos, o mais favorável. Como nos recorda o Pe. Laguérie, em sua recente intervenção, estamos num período em que a Divina Providência nos exige, em exercício do dom da fortaleza, nos centrarmos mais no sutinere… (manter-se): ‘plus dans le « sustinere» plus que l’ « aggredi .

Suas palavras exatas são: ‘Procuremos simplesmente estar ao pé da obra para esses tempos inelutáveis, na qualidade mais que na quantidade, no« sustinere» mais que no « aggredi », na fidelidade ativa mais que na satisfação passiva. Que estes anos de trabalhos e plantios não nos sejam reprovados quando vier a hora da colheita‘.

No natural, continuar enviando vocações ao seminário e ajudando a vários sacerdotes que se aproximam de nós visando aprender a celebrar na forma extraordinária do rito. Existem outros projetos importantes que por ora me exigem discrição ao me referir a eles. Está tudo nas mãos de Deus. Recorde que apenas temos dois anos de existência e na América Latina menos.

Por outro lado, na medida do possível, seguiremos insistindo junto às autoridades, mas sobretudo pela oração, para que se nos permita fazer o bem para o qual fomos criados como Instituto de Direito Pontifício. Dom Bosco dizia: ‘fazei o bem e que cantem os passarinhos’. Deus quer que, com sua graça, suscitemos um grande concerto de passarinhos.

Fratres in Unum: Por fim, o IBP tem planos de retornar no futuro ao Brasil?

Padre Navas: Creio que tarde ou cedo teremos que voltar. O faremos quando se derem as condições necessárias por parte da hierarquia e na medida em que possamos dispor de sacerdotes, já que no seminário se estão formando vários seminaristas brasileiros; esperamos e confiamos às suas orações e às de nossos amáveis leitores por sua fidelidade à vocação do IBP.

Espero que esta entrevista contribua em algo para a paz de e entre os fiéis, dissipando os motivos de confusões existentes. Encomendo todas estas intenções, uma vez mais, às suas orações; recebam minha benção sacerdotal em J., M. e J.

Atenção: leia 1ª parte da entrevista aqui.

Entrevista com Padre Navas (parte I): “a questão litúrgica que o Papa quer solucionar não se reduz ao mero aspecto estético ou cultural”

Nosso blog tem a grata satisfação de apresentar a nossos leitores a primeira parte de uma entrevista que nos foi concedida pelo Reverendíssimo Padre Rafael Navas Ortiz, Superior do Distrito Latino-Americano do Instituto do Bom Pastor.

Agradecemos de antemão a solicitude e a paciência do reverendíssimo Pe. Navas em nos atender.

—————————————————————————-

Padre Navas     Padre Navas rezando missa no Oratório Santa Terezinha do Menino Jesus, em Santiago, Chile.
Missa no Oratório Santa Terezinha do Menino Jesus, Santiago, Chile.

Fratres in Unum: O senhor estudou em qual seminário e foi ordenado quando?

Padre Navas: Em Êcone e fui ordenado em 29 de junho de 1984 (naquele ano, festa do Sagrado Coração de Jesus) por Monsenhor Lefebvre.

Fratres in Unum: Por que deixou a Fraternidade São Pio X?

Padre Navas: Em poucas palavras: me inquietei muito ao conhecer as novas determinações de dar-se uma jurisdição, não dada pelo Papa, criando tribunais “canônicos” com a pretensão de ditar verdadeiras sentenças vinculantes (“Nossas sentenças substituem as sentenças da Rota Romana”, afirmou Mons. Tissier); ao apresentar minhas inquietações de consciência ao Presidente da Comissão Canônica que criou tal “jurisdição”, chamada de “suplência”, foi-me dada como única alternativa “buscar um bispo benévolo”.

Fratres in Unum: Hoje o senhor é Superior do Distrito da América Latina do IBP. Como conheceu os padres fundadores do Instituto e como se deu sua entrada no instituto?

Padre Navas: Alguns na França e outros coincidimos na época do seminário. Havendo sido regularizado, se não me recordo mal, no ano de 2000 pelo Sr. Cardeal Jorge Medina que pessoalmente iniciou imediatamente um processo de incardinação em Santiago que se dilatou por vários anos sem conclusão; o qual resultou providencial já que para a criação do IBP não só coincidia com meus antigos e conhecidos irmãos no Sacerdócio (cujas dificuldades seguia muito de perto pela internet), mas que estando regularizado canonicamente estava disponível para ajudar na obra querida e encarregada pelo Papa ao Novo Instituto de Direito Pontifício em que fui muito rapidamente incardinado pelo Superior Geral. Obrigado, Santo Padre!

Fratres in Unum: Com relação ao “ultimato” dado pela Santa Sé à Fraternidade São Pio X, especialmente a seu Superior, Mons. Fellay. O que o senhor constata como motivo principal para que a regularização canônica da FSSPX ainda não se tenha dado?

Padre Navas: “Ultimato” me parece ser uma forma de dizer… ao que parece, as coisas avançam e o resultado dos intercâmbios de cartas parecem positivos. Oremos para que, pelo Bem da Igreja, se supere todos os obstáculos.

Fratres in Unum: O motu proprio Summorum Pontificum completa, neste domingo, 14, um ano em vigor e, não sem dificuldades, a missa na forma extraordinária do rito romano espalha-se pelo mundo todo. Que análise o senhor faz deste primeiro ano?

Padre Navas: Em relação ao que existia anteriormente, me parece que se está avançando na difusão da forma extraordinária, embora ainda reste muito por fazer nesse sentido. Muitos católicos têm podido acessar a riqueza da tradição litúrgica que põe o acento no sobrenatural transcendente que tem como centro, inclusive arquitetônico, Nosso Senhor Jesus Cristo transubstanciado na Hóstia Consagrada, favorecendo o culto de adoração eucarística e a expressão do sentido propiciatório; recuperar estas realidades tem sido uma constante preocupação do Papa inclusive desde sua época de Cardeal Ratzinger.

É de se desejar que a liberdade de direito reconhecida no Motu Proprio chegue a ser logo, em todas as dioceses, aceita e colocada em prática como o Papa deseja. Oremos para que assim seja.

Fratres in Unum: O Papa hoje visita a França, país onde se desenvolve de maneira especial o problema litúrgico. O Padre Laguerie, em seu último artigo, diz que a unidade da Igreja no futuro dependerá da maneira com que os bispos tratarem os institutos que preservam a missa tradicional hoje. O que se pode dizer da reação do episcopado ao motu proprio?

Padre Navas: Certamente, a necessidade da hermenêutica da continuidade remarcada no ensinamento do Papa requer que não somente se expresse na doutrina, mas também no culto, como o Papa afirma no mesmo Motu Proprio — “Lex orandi, Lex credendi” – citando o conhecido princípio do Papa São Zeferino. É assim que a questão litúrgica que o Papa quer solucionar não se reduz ao mero aspecto estético ou cultural – que existe – mas que, como os bispos da França e mais outros reconhecem publicamente, conota fundamentalmente uma dimensão teológica. De maneira, pois, que o rechaço sistemático (explícito ou implícito) em acolher ou simplesmente em permitir o exercício do carisma dos institutos a que você se refere, queira ou não, constitui um obstáculo colocado na reintegração à unidade católica não somente dos grupos cismáticos ortodoxos (muito fiéis à sua tradição litúrgica), se não que ao mesmo tempo dá fundamento às reticências dos chamados grupos tradicionalistas em relação à convivência canônica que hoje lhes é oferecida pelo Santo Padre.

Da eficaz e entusiasta acolhida destes grupos por parte da autoridade locais depende o êxito da ação pastoral desdobrada pelo Papa visando a unidade da Igreja. O não fazê-lo representa objetivamente – sem querer julgar as intenções – também uma grave falta de caridade ante Deus e a Igreja.

Precisamente hoje, 12 de setembro de 2008, em sua viagem à França, o Santo Padre referindo-se ao que ele denomina “uma exigência normal da fé e da pastoral para um bispo” neste assunto declarou: “este motu proprio é sensivelmente um ato de tolerância, com um objetivo pastoral, para pessoas que foram formadas nesta liturgia, que a amam, a conhecem, e querem viver com esta liturgia”.“É um pequeno grupo, pois supõe uma formação em latim, uma formação numa certa cultura. Mas me parece uma exigência normal da fé e da pastoral para um bispo de nossa Igreja ter amor e tolerância por estas pessoas e lhes permitir viver com esta liturgia”, reconheceu o Papa.

Ante confusiones que confunden y que buscan confundir – Padre Navas

Prezados leitores do blog Fratres in Unum,

Recebemos do Reverendíssimo Padre Rafael Navas Ortiz o seguinte comunicado, que, por motivos de justiça e a seu pedido, publicamos. Evidentemente, nosso blog está aberto a qualquer autoridade eclesiástica que procure pronunciar-se dentro dos ditames da caridade. E estará ainda mais a clérigos dignos de nossa admiração como o Padre Navas, que — ao contrário do que se espalhou no Brasil — sempre se manifesta de maneira consciente e ponderada.

————————————————————————————-

Ante confusiones que confunden y que buscan confundir

Padre Rafael Navas Ortiz

Me pregunto: ¿De dónde salieron algunos de los errores, ciertamente involuntarios, en el ‘testimonio’ del P. Renato?

1º Nunca existió, como pretende el mencionado ‘testimonio‘, un ‘plan‘ concertado o ‘acuerdo previo’ entre el P. Navas, Superior del IBP para Latinoamérica y el Profesor Orlando Fedeli con relación a la supuesta finalidad específica (ahora ‘testimoniada‘), de abrir el preseminario en Brasil para ‘Preparar os alunos do Professor Orlando para ingressarem no seminário do IBP em Courtalain, França‘.’ que según dice  dice el P. Renato existió ‘conforme um acordo prévio com o Padre Navas do Chile, então superior do Instituto na América Latina e antigo amigo do professor para que amesma funcionasse como o descrito acima. ‘
De hecho, el origen de la mayoría de los candidatos quepasaron por el preseminario, no pertenecía al grupo de los alumnos delProfesor y mucho menos lo es la gran cantidad de solicitudes de ingresoque se recibieron y aún se reciben.

Más aún: mis visitas personales, con cierta frecuencia, a los amigos de Montfort en Brasil ya otros lugares de Latinoamérica, no se originaron con la creacíón del IBP; mal podía ser, el apoyo recibido, una condición previa ya que el apoyo ya existía previamente, sin existir pacto previo alguno. Por lo tanto, la realidad es lo contrario de lo ‘testimoniado’ ahora, en medio de la confusión.

Con la erección del IBP y ante la posibilidad de abrir en Brasil, se aclaró desde el principio, que las relaciones de la Montfort con el IBP serían de una total independencia institucional… los alumnos del Profesor que quisieran frecuentar y ayudar al IBP o que posiblemente tuvieran vocación, lo harían simplemente, como todos los demás, en su calidad de fieles católicos y no como miembros pertenecientes a una asociación cultural. Se creó una sociedadj urídica de laicos (‘Nuestra Señora del Buen Consejo‘) como instrumento para promover, recibir y canalizar la ayuda material y legal que se requiriera para funcionar.

2º Nunca recibí instrucciones del P. Laguérie en el sentido de impedir al Profesor Fedeli dar clases en el preseminario… después de llegar las primeras vocaciones de Latinoamérica al Seminario en Courtalain, se vio que era necesario, prioritario y aconsejable reforzar en los aspirantes,  junto con las bases del Catecismo, el conocimiento del Francés y del Latín; lo que me hizo pedir que estas materias cuya intensidad me pareció insuficiente, fueran reforzadas, lo cual disminuiría el tiempo dado a otras materias… Debido a algunas quejas de seminaristas sobre la fatiga por sobre exigencia de actividades, pedí que el ritmo de vida y por tanto el horario, fuera modificado de manera que los pre seminaristas pudieran descansar y tomar el sueño las 8 horas reglamentarias, para evitar el cansancio físico que ya se estaba notando en algunos, sin hacerles obligatoria a los seminaristas la asistencia, fuera de la Sede del IBP, a conferencias y reuniones en horas de la noche y los domingos o la asistencia en la madrugada a la Santa Misa fuera del horario ya que en las tardes había la Misa en la Capilla del preseminario. Lamentablemente esto se quiso entender, a pesar de la explicación delos motivos, como si fuera la exclusión de toda clase por parte del Profesor y como prohibición de contacto alguno con Montfort. Esta idea fue la que indignó (de esto  aún no da testimonio) profundamente al P. Renato al punto de renegar del IBP, por una supuesta fidelidad al Profesor Fedeli, pidiéndo me, en forma poco pacífica, comunicar al P. Laguerie su separación del IBP por esta causa; además de que  ya estando en camino para encontrar al Sr. Arzobispo, a última hora, manifestó, por teléfono, que NO iría a la cita con el Arzobispo de  Sao Paulo (quien supuestamente, con anterioridad, le había anunciado por teléfono, al P. Renato, que daría una parroquia personal al IBP) y añadió que él – P. Renato – sólo iría a pedir una Parroquia personal para él y no para el IBP. Ignoro si habían otras motivaciones diferentes a la ya mencionada para causar semejante actitud del Padre Renato creando se así un clima suspicacia permanente ante las decisiones tomadas, imaginando ver, en ellas, intenciones inexistentes, generándose así las condiciones para llegar, en medio de ‘toda essa confusão’, a la situación a la que se llegó.

Así fue dada la renuncia, por los motivos que manifestó en aquel entonces y aún no ‘testimoniados’ ahora, del P. Renato al IBP…  Como es lógico, fue en ese momento y no después que él comenzó el así llamado ‘exodo’ (enel ‘testimonio‘: ‘… Aqui inicia-se o ‘êxodo’ de padres (???) e seminaristas…’ ) del único sacerdote que habitaba en la Sede del IBP y que al mismo tiempo estaba contra del IBP; mal se puede testimoniar ahora culpando al Padre Laguérie del su éxodo (‘… que lá moravam, entre eles eu, que enfim nos demos conta da encrenca na qual havíamos nos metido.’)  para dedicarse, al parecer, exclusivamente a la ‘capellanía‘ de aquellos contra quienes hoy da ‘testimonio‘.

3º El P. Renato nunca fue superior del IBP para Brasil, así lo ‘testimonié‘ (por decirlo dealguna manrera más en armonía con el tono del ‘testimonio’) a su debido tiempo y en varias ocasiones… Tanpoco se de donde salió ese ‘testomonio‘  de comenzar a llamarlo Superior del Brasil cuando enrealidad ni llegó a ser miembro del IBP, sólo aspirante a incardinarse y encargado de la Casa en Sao Paulo.

4º  Para terminar como termina el referido ‘testimonio‘ que confunde, cuyo autor también un poco confuso y al parecer bien confundido, ciertamente no es ajeno a ‘toda essa confusão‘ :

Gostaria de terminar esses esclarecimentos recordando a todos que toda essa confusão deve ser ‘creditada’ nas contas…’ y manifiesta así la confusão que confunde del mal llamado ‘Superior del Brasil‘ quien sinceramente testimonia, antes de despedirse, de lo que bien podría ser finalmente un testimonio contra su ‘testimonio‘: ‘… permitindo que o ‘oportunismo’ prevalecesse sobre a franqueza e a sinceridade.’

Pidiéndo, a Nuestra Señora, para todos la misericordia; que sin resentimiento contra nadie, estemos seguros que Dios sacará un gran provecho de semejante confusión… con la certeza de que finalmente los confundidos serán los enemigos de la Iglesia y el Papa triunfará.

En unión de oraciones,

P. Rafael Navas Ortiz