Esculhambando a Ordem de São Gregório Magno.

Fratres in Unum.com – A Pontifícia Ordem de São Gregório Magno foi estabelecida para condecorar “cavalheiros de lealdade provada à Santa Sé que, por razões de nobreza de nascimento e renome de seus feitos”, se fizeram mereceredores de um reconhecimento público de estima por parte da Santa Sé.

Bem, isso era o que dizia o decreto de instituição da Ordem, lá nos longínquos 1831… Em tempos de “primavera da Igreja”, nem ela passou  incólume ao aggiornamento.

No último mês de maio, Dom Bernard Longley, arcebispo de Birmingham, Inglaterra, condecorou com a Ordem de São Gregório Magno o guru Mohinder Sing Ahluwalia, líder da seita sikh daquela região, por seu “dedicado trabalho pelas relações católicas-sikh e seu comprometimento entusiasmado no trabalho para a paz entre os povos de todas os credos“.

A entrega do título hoje em dia se dá, normalmente, por indicação dos bispos diocesanos — daí o nível dos indicados — e a anuência da Santa Sé. Também já haviam sido condecorados, para citarmos alguns poucos exemplos, o ateu e comunista Oscar Niemeyer, o rabino Walter Jacob e o socialista e abortista deputado austríaco Renate Brauner (por indicação do Cardeal Schönborn).

Não é difícil imaginar o que o Papa Gregório XVI, criador da Ordem e autor da célebre Encíclica Mirari Vos, pensaria a respeito.

Dois meses depois, no Brasil, com toda pompa e circunstância, o Professor Felipe Aquino receberia a mesma honraria. Segundo a redação da Canção Nova, o título é dado “raramente a homens não católicos”. Ah, tá…

Vergonha! Artigo sobre homilia do Pe. José Augusto é retirado do site do Professor Felipe Aquino!

Agora, quem desautoriza tacitamente e expõe seu oportunismo é o site da editora Cleofas (http://www.cleofas.com.br), do condecorado defensor da vida Professor Felipe Aquino.

Em sua página principal ainda é possível ver o anúncio:

No entanto, ao se clicar no link temos:

A prática de apagar repentinamente o conteúdo de seus sites quando consideram oportuno já é costumeira para os membros da Canção Nova. Contudo, o último de quem se poderia imaginar semelhante atitude seria o Professor Felipe Aquino, que, juntamente com o Padre Paulo Ricardo, sempre condenou abertamente em seus programas o socialismo e a agenda internacional que pretende impor o aborto e outras imoralidades em todo o mundo.

Por isso, conclamamos a nossos leitores a enviar suas mensagens ao Professor Felipe Aquino e ao Padre Paulo Ricardo; ao primeiro, protestando contra a sub-repticia retirada do artigo do ar; ao segundo, pedindo que se posicione claramente sobre os acontecimentos dos últimos dias envolvendo a comunidade Canção Nova e seus interesses políticos.

Aos que conseguiram alguma notoridade através da TV Canção Nova impera tomar posição. A omissão num caso tão grave e a consequente responsabilidade para com milhões de telespectadores ser-lhes-ão imputadas pelo Supremo Juiz, com o qual não há alianças políticas espúrias.

[Atualização – 6 de outubro de 2010, às 9:43] Envie também seu apoio ao Padre José Augusto: padrejoseaugusto@cancaonova.com

Felipe Aquino é contra a pena de morte; Lutero também era.

Felipe AquinoSegundo o senhor Felipe Aquino, a ‹‹Igreja, na prática, é contra a pena de morte ›› ; justifica-se o douto Professor: ‹‹ como S. Tomás de Aquino a aceitava, em casos raros, na Idade Média, a Igreja não fechou a porta definitivamente para a possibilidade dela ser usada em um caso extremo ›› . Por fim, conclui que hoje tornou-se ‹‹ claro que a Igreja Católica é contra a pena de morte ›› .

Contudo, o Magistério da Igreja (e não apenas Santo Tomás), ao longo de sua história, pronunciou-se de maneira contundente a respeito.

Com efeito, a Bula Exsurge Domine, do Papa São Leão X , ao condenar os erros de heresiarca Martinho Lutero (portanto, não apenas na Idade Média), listou a seguinte proposição que, entre outros erros, ‹‹ são ou heréticos, falsos, escandalosos, ou ofensivos ao ouvidos piedosos, assim como sedutores das mentes simples, originando-se de falsos intérpretes da fé que em sua orgulhosa curiosidade almejam a glória do mundo, e contrários ao ensinamento dos Apóstolos, desejam ser mais sábios do que poderiam ser ›› :

Lutero‹‹ É contra o desejo do Espírito Santo que heréticos sejam queimados. ››

Dos ‹‹ falsos intérpretes da fé que em sua orgulhosa curiosidade [se não em teoria, na prática] almejam a glória do mundo e desejam [se não em teoria, na prática] ser mais sábios do que poderiam ser ›› , afima o Santo Padre que ‹‹ É nossa esperança, tanta quanto podemos ter, que ele passe por uma mudança interior tomando o caminho da brandura que lhe propusemos, volte e se afaste de seus erros ›› . Na prática e na teoria, pois diz o ditado: Quem não vive como crê, crerá como vive.

[Atualização – 20 de janeiro de 2008, às 11:44] O Professor Felipe Aquino enviou-nos o seguinte comentário:

Felipe Aquino – 20 jan 09 às 11:22

O Vaticano reitera rejeição à pena de morte após execução de Saddam Hussein
VATICANO, 2006-12-30 (ACI).- A Santa Sé reagiu ao anúncio da aplicação da pena capital ao ex-presidente do Iraque, Saddam Hussein, mediante um comunicado do Diretor da Sala de Imprensa, Pe. Federico Lombardi, S.J., que reiterou a posição da Igreja contra a pena de morte e auspiciou o início de um tempo de reconciliação e paz para o país. ?
“Uma execução capital é sempre uma notícia trágica, motivo de tristeza, inclusive quando este foi culpado de graves delitos”, diz a nota do Pe. Lombardi.
“A posição da Igreja católica, contrária à pena de morte, foi várias vezes reiterada”.
“A morte do culpado não é o caminho para reconstruir a Justiça e reconciliar à sociedade. Existe, pelo contrário, o perigo de que isto alimente o desejo de vingança e se semeie nova violência”, adiciona.
“Neste tempo escuro da vida do povo iraquiano não pode senão auspiciar-se que todos os responsáveis façam verdadeiramente todo esforço para que nesta situação dramática se abram finalmente caminhos de reconciliação e de paz”; conclui.
Hussein morreu na sábado em Bagdá pouco antes das 6h. -hora local-, executado na forca, conforme informou a televisão iraquianao.
O ex-ditador de 69 anos foi conduzido ao lugar da execução com um Corã entre as mãos algemadas e a cena foi filmada e fotografada.
A execução se realizou antes do esperado pela imprensa para antecipar-se à Festa do Cordeiro muçulmano, na qual se realiza a peregrinação anual a Meca; já que a atual lei iraquiana proibe que se execute a um muçulmano durante uma festividade islâmica.

Professor, com todo respeito, desde quando um pronunciamento da Sala de Imprensa da Santa Sé é ato magisterial? E mesmo que o senhor nos cite pronunciamentos de João Paulo II, que autoridade é empenhada num discurso que contraria o ensinamento constante na Igreja, desde Nosso Senhor Jesus Cristo até os dias de hoje?

Professor, leiamos o vosso site:

No artigo ‹‹ A Igreja recebeu o dom da infalibilidade ›› é dito:

Condições necessárias para que uma definição do Papa tenha caráter de dogma, sentença infalível:

1. É necessário que ele fale “ex-cathedra”, isto é, de maneira decisiva, como Pastor e Mestre dos cristãos, e não apenas de modo particular. Ele não é obrigado a consultar algum Concílio e ninguém, embora possa fazê-lo, e quase sempre o faz.

2. A matéria a ser definida se refira apenas à fé e à moral; isto é, se relacione com a crença e o comportamento dos cristãos.

3. Que o Sumo Pontífice queira proferir uma sentença definitória e definitiva, irrevogável, imutável, sobre o assunto em questão.

E logo em seguida são citadas diversas ‹‹ Proclamações dogmáticas dos Papas ››, dentre elas a seguinte:

‹‹ Em 1520, através da Bula “Exsurge Domine”, o Papa Leão X condenou 41 proposições de Lutero como heréticas ››

Professor, com humildade, reveja seu posicionamento. Não há nada de vexatório em corrigir-se e, especialmente, deixar de transmitir um falso ensinamento travestido de posição ‹‹ clara ›› da Igreja Católica.

[Atualização: 26 de janeiro de 2009, às 10:13] Indicamos link do blog do Professor Felipe Aquino em que somos citados: “O Vaticano reitera rejeição à pena de morte”