Reflexões da Sagrada Escritura: Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.

“Mariae, de qua natus est Jesus, qui vocatur Christus”.
“Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo” (S. Mateus, I, 16).

Por Padre Élcio Murucci | FratresInUnum.com

Em 1954, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, Cardeal e Arcebispo Metropolitano de São Paulo, escreveu uma Carta Pastoral, verdadeira exaltação a Maria Santíssima. Dela daremos aqui aos caríssimos leitores apenas alguns trechos:

Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, rogai por nós!
Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, rogai por nós!

“Os filhos bem-nascidos e espiritualmente bem formados exultam sempre em conhecer a vida da criatura abençoada que lhes deu o ser e o materno leite e amor de mãe. Se assim é na ordem natural, mormente na ordem sobrenatural ou na ordem da vida da graça.

“Aquela que é Mater Divinae Gratiae tem todo o direito ao mais sublime amor e ao mais acendrado culto por parte de todos os verdadeiros cristãos, regenerados pelo divino sangue do Salvador dos homens. Pois este sangue redentor, Cristo o recebeu do seio  Imaculado e sempre virgem de Maria: Mariae, de qua natus est Jesus, qui vocatur Christus. A salvação moral e espiritual da cristandade descansará perenemente na proteção superna de Nossa Mãe do Céu, tal qual em seus braços maternais descansava o próprio Salvador, Jesus, o Cristo Filho de Deus Vivo.

A devoção a Nossa Senhora é a salvaguarda da fidelidade religiosa do nosso povo; e, para cada um de nós, o penhor da conquista do Paraíso. Para sermos verdadeiros e bons brasileiros, havemos de ser fiéis devotos da Mãe de Deus e Nossa. Em seus braços veio Jesus para nós; em seus braços iremos nós para Jesus.

“Foi no meado do Mês do Rosário, outubro de 1717, que, no Vale Mariano do Rio Paraíba, nas águas do porto de Itaguaçu, da paróquia de Guaratinguetá, deu-se o evento milagroso da Imagem Aparecida de Nossa Senhora da Conceição.

“O então vigário de Guaratinguetá, Padre José Alves de Vilela, deixou registrado no Livro de Tombo dessa sua privilegiada paróquia, um interessantíssimo relato de como a Imagem fora colhida pelas redes abençoadas do feliz pescador João Alves, que tinha por companheiros Domingos Martins Garcia e Filipe Pedroso. É de justiça ressaltar a benemerência desse sacerdote virtuoso e culto que, durante os primeiros trinta anos, cuidou zelosamente da devoção a Nossa Senhora Aparecida.

“Por iniciativa sua, com outros devotos, erigiu primitiva ermida, por ele mesmo, posteriormente transplantada e transformada em capela digna deste nome, cito no próprio local em que, cem anos mais tarde, construir-se-ia a majestosa igreja que é agora Basílica Nacional. (a antiga).

“Era em Itaguaçu que em todos os sábados, reunia-se a gente da vizinhança a cantar o terço, o ofício litúrgico popular e outros louvores a Nossa Senhora. Oxalá que tão belo exemplo de piedade de nossos antepassados não seja nunca jamais esquecido na tradição das famílias católicas de nossa Pátria!

Falando do PRIMEIRO CONGRESSO DA PADROEIRA diz Dom Mota:

“É o Brasil católico ajoelhado aos pés da Imaculada Conceição, é a alma brasileira que, em protestos de fé, cimenta e consolida os sentimentos que trouxemos do berço da nossa Pátria. Quer em romarias, mais ou menos organizadas, quer em grupos de famílias ou em visitas isoladas, sempre características do filial amor que devotamos à Mãe Santíssima, quantos saem daqui levando para a vida novas energias; quantos se regeneram no batismo da penitência; quantos abençoam a feliz inspiração que os trouxe um dia aos pés de Maria Santíssima!

“Aparecida é no Brasil a terra predileta de Nossa Senhora. É o Santuário em que ela se compraz de derramar as suas bênçãos, consolando e acariciando, a uns fortalecendo-lhes a fé e a coragem cristã, a outros inspirando nobres e salutares resoluções, quantas vezes restituindo-lhes a saúde do corpo, sempre a saúde da alma aos bem intencionados e sinceramente arrependidos”.

“Ainda as almas simples, as desse povo religioso e bom, que não sabe falar, mas sabe rezar, sentiam, como por instinto, que a Senhora Aparecida quer e deve reinar nos corações, nos lares, na família e na sociedade, em todos os recantos da Pátria estremecida, como Senhora absoluta de tudo quanto somos e de tudo quanto é nosso.

“Este Santuário é água que satisfaz ao paladar do humilde e pequenino, e ao dos sábios; tanto atrai a devoção do caboclo do sertão, como a do gênio de Tomás de Aquino. Aqui na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, reza-se pela paz do Brasil grandioso e unido.

“Que Nossa Senhora Aparecida, doravante, e para sempre, Rainha incontestada, e Soberana do Brasil, conserve-nos a todos a unidade da fé na unidade inquebrantável da Pátria!”

“Aquiescendo paternalmente à patriótica e piedosa súplica do colendo Episcopado Nacional, houve por bem Sua Santidade, o Papa Pio XI, por MOTU PROPRIO de 16 de julho de 1930, oficialmente proclamar a Beatíssima e Imaculada Virgem Maria, sob o título de APARECIDA – PRECÍPUA PADROEIRA DE TODO O BRASIL, junto de Deus.

“Eis as formais palavras da referida proclamação: (traduzindo do latim):

“Por “motu próprio” e por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de APARECIDA PADROEIRA PRINCIPAL DE TODO O BRASIL diante de Deus. Concedemos isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e para aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus”.

…”E então, de suas dadivosas mãos, a Virgem Imaculada – onipotência suplicante como é – fará jorrar sobre nós caudais de bênçãos; bênçãos que sejam luz para o nosso espírito em trevas de sobressaltos, que sejam força para a nossa vontade trepidante e quase a capitular, que sejam tranqüilidade para a nossa consciência em desassossego, e que sejam vibrações de sadio entusiasmo para o nosso coração abafado e desiludido.

“Sensibilizados e ternissimamente agradecidos, podemos e devemos afirmar que, assim como a França foi o histórico cenário escolhido pela Virgem Imaculada para sua aparição a Catarina Labouré, a 27 de novembro de 1830, exigindo a cunhagem da Medalha, por antonomásia a MEDALHA MILAGROSA, assim como foi a Itália o palco majestoso da visão de Afonso Ratisbonne, a 20 de janeiro de 1842, na igreja de Santo André delle Fratte, em Roma, triunfando a Virgem da Medalha sobre o seu espírito de judeu acérrimo; assim também, e muito antes, fora o Brasil, em águas do Paraíba, o recesso tranqüilo e humilde, eleito por Nossa Senhora da Conceição, para o miraculoso aparecimento de sua Imagem a 17 de outubro de 1717. Imagem tão pequena em sua dimensão, quão grande, na veneração e no amor dos brasileiros.

…”Porque Maria Santíssima havia de ser Mãe de Deus por isso foi Imaculada em sua Conceição. E, depois, porque era a Mãe de Deus e Imaculada, por isso foi ressuscitada e assunta ao Céu, na integridade de sua pessoa. Em Maria, o Sol da graça infinita e da infinita justiça, refulgiu no seu zênite no mistério augusto e inefável da Maternidade Divina. Mas, na Imaculada Conceição, na gloriosa Ressurreição e na excelsa Assunção, rebrilhou o mesmo Solstício. Maria obteve vitória total sobre o pecado, pela plenitude da graça de Imaculada e Mãe de Deus: bem como obteve vitória total sobre a morte, pela plenitude da vida ressurreta e imortalizada na Glória do Paraíso.

“Pois essa Criatura super-privilegiada, OBRA PRIMA  do Criador onipotente, onisciente e onibondoso, é a PRINCIPAL E CELESTIAL  PADROEIRA DE TODO BRASIL, JUNTO DE DEUS. É a nossa Mãe do Céu! Que Nossa Senhora Aparecida console os que choram, conforte os que sofrem, encaminhe os transviados, reconcilie os inimigos, consolide as famílias, harmonize as sociedades, salve o Brasil! E assim como foi sua milagrosa Imagem recolhida nas redes dos pescadores, assim também se digne a querida Mãe e Padroeira recolher-nos a todos nas redes de sua bondade  e de seu poder, levando-nos para o Céu, levando-nos para

Jesus: AD JESUM PER MARIAM!”

A nova “Igreja” do Arcebispo de Aparecida.

Trecho da homilia de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, no último dia 30, festa de São Pedro e São Paulo. O que a esperança de se tornar Cardeal é capaz de fazer…

Recordemos a Dom Orlando algo recente, mas que sua memória seletiva faz questão de ignorar:

“Por um lado, existe uma interpretação que gostaria de definir “hermenêutica da descontinuidade e da ruptura”; não raro, ela pôde valer-se da simpatia dos mass media e também de uma parte da teologia moderna.

A hermenêutica da descontinuidade corre o risco de terminar numa ruptura entre a Igreja pré-conciliar e a Igreja pós-conciliar. Ela afirma que os textos do Concílio como tais ainda não seriam a verdadeira expressão do espírito do Concílio. […]

Precisamente porque os textos reflectiriam apenas de modo imperfeito o verdadeiro espírito do Concílio e a sua novidade, seria preciso ir corajosamente para além dos textos, deixando espaço à novidade em que se expressaria a intenção mais profunda, embora ainda indistinta, do Concílio. Em síntese: seria necessário seguir não os textos do Concílio, mas o seu espírito. Deste modo, obviamente, permanece uma vasta margem para a pergunta sobre o modo como, então, se define este espírito e, por conseguinte, se concede espaço a toda a inconstância. Assim, porém, confunde-se na origem a natureza de um Concílio como tal. Deste modo, ele é considerado como uma espécie de Constituinte, que elimina uma constituição velha e cria outra nova. Mas a Constituinte tem necessidade de um mandante e, depois, de uma confirmação por parte do mandante, ou seja, do povo ao qual a constituição deve servir. Os Padres não tinham tal mandato e ninguém lhos tinha dado; ninguém, afinal, podia dá-lo porque a constituição essencial da Igreja vem do Senhor e nos foi dada para que pudéssemos chegar à vida eterna e, partindo desta perspectiva, conseguimos iluminar também a vida no tempo e o próprio tempo.

Bento XVI, Discurso de Natal de 2005 à Cúria Romana.

Padre João Batista: “Pedimos perdão por termos causado sentimento ruim nas pessoas”, mas assegura que cumpriu “a missão do Santuário”.

Entrevista releva verdadeiro caos na mente do reitor do Santuário Nacional de Aparecida.

‘Se fosse por convicção política, não faria’, diz reitor do Santuário após pedido de desculpa em ‘caso Lula’

Reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre João Batista de Almeida explica por que pediu desculpas após críticas à missa com participação de romaria pró-Lula

Por Xandu Alves, O Vale, 24 de maio de 2018: Após a tempestade de críticas nas redes sociais à missa com participação de romaria do PT, no último domingo, o reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre João Batista de Almeida, recuou e pediu desculpas aos devotos.

A polêmica começou com errônea atribuição ao reitor de frase dita por leitor da equipe do Santuário, que pede que Nossa Senhora abençoe o ex-presidente Lula, dizendo: “Que se faça a verdadeira justiça, e que ele possa estar entre nós”.

Para ele, mesmo que a missão do Santuário seja acolher independentemente do matiz político, o clima reinante no país o levou a pedir desculpas. “Existe uma situação de intolerância muito grande entre os vários grupos políticos, religiosos, e essa intolerância está chegando a quase ódio. E achamos por bem pedir perdão pelo constrangimento, pela dor que causamos.”

João Batista negou que tenha agido por interesse político. “Me sinto tranquilo. Não fiz por convicção política, senão estaria totalmente contrário àquilo. Fiz por uma missão evangelizadora. Tenho obrigação de receber todos os romeiros”.

Ele admite que a frase sobre Lula foi o estopim, mas não só. “Se não tivesse esse ponto, teria outro. O que está posto é essa insatisfação, intransigência, essa maneira de achar que o mundo é do jeito que eu olho somente”.

Segundo João Batista, por mais que estivesse em sua atribuição, o Santuário optou por recuar e desculpar-se.

“Trabalhamos num lugar que tem como princípio acolher para evangelizar. Fiz uma reflexão [na homilia] de que somos uma comunidade e precisamos nos unir apesar das diferenças. Parece que a palavra que foi dita e a nossa função não surtiu efeito”.

Questionado sobre se as desculpas não reforçam a intolerância, o reitor discordou. “Reconhecemos que, embora cumprimos a missão do Santuário, esse nosso gesto causou sofrimento, constrangimento e insatisfação”.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

O que causou o pedido de desculpas?
Existe no país uma situação de intolerância muito grande entre os vários grupos políticos, religiosos, e essa intolerância está chegando a quase ódio. E achamos por bem pedir perdão pelo constrangimento, pela dor que causamos.

Mas que dor vocês causaram? Foi a frase que pediu a liberdade do Lula na missa, dita por um leitor do Santuário?
Se não tivesse esse ponto, teria outro. O que está posto é essa insatisfação, intransigência, essa maneira de achar que o mundo é do jeito que eu olho somente. Estamos vivendo esse momento. Por isso é que a Igreja tem que levar esperança e precisamos fazer o caminho contrário. É o que nós temos feito. Em 2017, uma escola de samba homenageou Nossa Senhora e fomos levar a imagem. Também levamos a imagem a um templo budista. Promovemos oração pela paz com representantes de todas as religiões. Tivemos Congresso Mariológico com participaram de um sheik e de um pastor, que vieram dar palestra. Precisamos promover atos e situações que levem às pessoas ao congraçamento.
Infelizmente, não fomos nós que promovemos a romaria. Nós fomos procurados e os romeiros vieram rezar naquela intenção, e aí é que apareceu a situação de intolerância. Hoje não se não convive com o outro. Ele não pensa como eu penso. Entendemos o sentimento das pessoas e elas têm razão até. Diante da situação toda do país, os governantes estão como os culpados dessa situação. Entendemos todo mundo. Não conseguimos interferir no sentimento da pessoa. Pedimos perdão pelo sentimento que você está tendo.

Nesse aspecto, o Santuário não teria sido vítima dessa intolerância?
Trabalhamos num lugar que tem como princípio acolher para evangelizar. Como evangelizar sem acolher? Na missa, fiz uma homilia de 22 minutos e no final da celebração pessoas que não são petistas vieram parabenizar pela homilia. Foi uma reflexão de que somos uma comunidade e precisamos nos unir apesar das diferenças que há entre nós. Parece que a palavra que foi dita e a nossa função não surtiu efeito nenhum. Nesse momento, as pessoas estão machucadas com os fatos e pode prejudicar em vez de ajudar.

Mas pedir perdão não reforça a divisão?
Entendemos que não. Pedimos perdão por termos causado sentimento ruim nas pessoas. Estamos reconhecendo que, embora tenhamos cumprido a missão do Santuário, não importa de onde elas vêm e o que vêm rezar, esse nosso gesto causou sofrimento, constrangimento e insatisfação em muitas pessoas. Há aqueles que concordam conosco, mas não se manifestam. Alguém tem que assumir a responsabilidade. E foi por isso que celebrei a missa. A responsabilidade é minha. Não poderia simplesmente colocar outro padre.

Ficou surpreso com a reação?
Já esperava a reação contrária. Na novena de 2016, tivemos a participação de grupo afro que entrou trazendo a imagem de Nossa Senhora e tivemos mais de 600 mil acessos e boa parte deles era criticando, achando que não deveria ser. Não foi a prece em si, mas o fato de o pessoal estar dentro da igreja. Quando acolhemos as congadas de São Benedito algumas pessoas se sentem muito mal. Fugimos da nossa rotina diária e isso causou esse constrangimento todo. É normal e a gente não pode tirar a razão das pessoas que estão sentindo isso. Não temos direito de falar quem está errado. Não podemos não cumprir a nossa missão.
Já estávamos esperando uma reação contrária. Quando anunciou a romaria e já se fez um movimento contrário. Os telefones do Santuário congestionaram com reclamações. Existe movimento para insuflar.

Acolher a romaria não foi evangélico?
Sim, mas é hora de acalmar os ânimos e dizer pela intolerância, mas não tivemos sucesso, e as pessoas não entenderam assim. Precisamos agora continuar a nossa missão com aqueles que acreditarem nela, e a maioria acredita. O Santuário sempre teve muita credibilidade diante dos peregrinos.

O Santuário poderia proibir se grupos neonazistas quisessem fazer uma romaria, por exemplo?
Não tivemos nenhum caso assim, de extremos. Toda romaria organizada que procura o Santuário a gente senta, conversa e estabelecemos normas e princípios, e é por isso que a situação não foi pior. Essa questão da prece foi uma concessão dentre tantas coisas que a romaria [do PT] pedia. Dissemos a eles que seria uma missa não só para a romaria, que já constava no calendário dominical, e que não iríamos dirigir unicamente a eles. E é o que falamos para todos que vêm aqui organizadamente. Numa situação de extremistas, tem que conversa e discutir. Estabelecer os limites da celebração. A impressão que eu tenho é que estava esperando acontecer e qualquer coisa serviria de motivo.

É uma pré-intolerância?
Ela já está posta e só precisa de uma chama. Existe uma crítica contra a CNBB, contra determinada ações contra da Igreja, como em Londrina no começo do ano [participantes de um encontro promovido pela Igreja levaram cartazes pró-Lula, causando muitas críticas], e está aí e não tem como. Há um grau de intolerância tão grande que precisa se destruir o outro. Isso acaba explodindo no coração das pessoas.

A romaria do PT teve alguma postura inadequada durante a missa?
Não percebi. Tínhamos combinado tudo isso antes. A equipe de organização segurou tudo isso. As pessoas queriam se manifestar e gritar. O que houve é próprio de romaria e as pessoas se manifestam, e isso acontece com todas as romarias grandes, com mais de 500 pessoas. Quando fala o nome é normal. Quando falei o nome e a saudação a elas, é normal [ter a reação], não poderia ignorá-las, de jeito nenhum. Boa parte das pessoas são de Igreja e de comunidade que frequentam missa, e por isso a coisa foi tranquila. E não vi nada de problema. Estávamos preparados para caso houvesse alguma coisa fora do padrão.

Qual o ensinamento que fica?
É muito cedo para tirar conclusões. Mas no momento, me sinto tranquilo diante daquilo que eu fiz. Não fiz por convicção política, senão estaria totalmente contrário àquilo. Fiz por uma missão evangelizadora, tenho obrigação de receber todos os romeiros que vêm, e fico triste porque muitas pessoas se sentiram indignadas, não posso tirar o sentimento delas e voltar e fazer a história diferente. Vamos ter que aguardar os acontecimentos. O Santuário tem metodologia de trabalho, os redentoristas há 126 anos trabalham aqui e existe um compromisso com a Igreja do Brasil, com a Igreja do mundo. Oferecemos para todos indistintamente. Todos serão acolhidos com alegria e o que vierem buscar, oferecemos.

Além das críticas nas redes sociais, houve algum outro reflexo contrário?
Não houve reflexos. Está mesmo com essa situação de insatisfação dos devotos. Eu espero que haja uma paz apesar de não poder desfazer o fato em si, mas pelo menos àqueles que têm espírito cristão que coloquem em prática o que Jesus pede: ame os seus inimigos e rezem por aqueles que vos perseguem. Amar e rezar.

O sr. foi muito criticado pela frase pedindo a liberdade de Lula, mas não foi o sr. quem a disse. Como fica essa situação?
Não adianta dizer que não foi o padre quem falou. Na verdade, não querem explicação e querem extravar o sentimento. Recebi uma ligação de uma senhora que me colocou lá embaixo. É o que ela queria dizer. Não quer saber o que aconteceu e esse é o problema, não há explicação para o fato, as pessoas não querem explicação.

 

Misericordioso, Padre João Batista reza por nós.

Chegou à redação do Fratres:

 

Com voz muito macia, ele diz que a romaria petista ligou com antecedência e que no mesmo dia houve 8 romarias totalizando 10.000 pessoas e que as próprias romarias levam suas preces prontas. A oitava prece foi desse grupo petista. “E o santuário acolheu. Aí alguém que estava aqui filmou apenas os que estavam de vermelho e colocou na Internet apenas a última e diz que foi o padre que fez a prece. E não fui eu que fiz a prece. A prece foi o grupo quem trouxe.”  Depois, ele mostra uma folha de papel com os nomes das pessoas que reclamaram por quem ele reza.

Em suma, ele dá a entender que a voz não era a dele, seria alguém do grupo. Se não era dele, qualquer pessoa pode fazer qualquer prece no microfone sem que o texto seja previamente analisado e aprovado?

Se é assim, um grupo tradicional pode compor uma prece e rezar pela conversão dos padres e bispos modernistas e pedir “Missa Tradicional Livre!” e lê-la no microfone alto e em bom som. Já que nenhum padre analisa previamente e aprova as preces feitas pelas romarias, qualquer grupo pode fazer as suas próprias preces.

Obrigado pelas orações, Padre João Batista. De nossa parte, só fazemos um questionamento: quando o senhor renunciará ou será demitido?

Lágrimas de crocodilo. Dom Orlando Brandes e Padre João Batista, renunciem já!

Por FratresInUnum.com, 24 de maio de 2018 – No último dia 20 de maio, conforme anunciado pela Senadora Gleisi Hoffman e denunciado pelo jornalista Bernardo Küster, aconteceu em Aparecida uma romaria em prol da libertação do ex-presidente Lula, recentemente condenado pela justiça.

Orlando Joao
Ironia das ironias: Dom Orlando Brandes e Padre João Batista lançaram, no início de 2018, o projeto “Eu sou o Brasil Ético”.

Anteriormente, o Santuário Nacional tinha emitido uma nota afirmando que “entende que o momento atual é propicio de reflexão e protagonismo do cidadão ao que tange às escolhas eleitorais, por isso, sob qualquer hipótese se posiciona ou se posicionará em favor de quaisquer líderes políticos, refutando toda e qualquer iniciativa que queira utilizar-se do Altar da Eucaristia para fins de promoção individual ou partidária”.

Segundo informações extra-oficiais, este posicionamento do Santuário estava em linha com as recomendações recentemente dadas pelo núncio apostólico durante a última assembleia geral da CNBB, de que a Igreja não se deve imiscuir em política, ainda menos em ano eleitoral.

Ora, contrariando as orientações do núncio e contradizendo as próprias declarações dadas anteriormente, o Pe. João Batista de Almeida, reitor do Santuário, acabou por, segundo suas próprias palavras, “utilizar-se do Altar da Eucaristia para fins de promoção individual ou partidária”, fazendo uma prece pela libertação de Lula. Como já havíamos dito, a esquerda dita católica não consegue conter sua psiconeurose socialista, após décadas de intoxicação via teologia da libertação.

A reação dos fieis pelas redes sociais foi imediata. Basta uma breve visita ao Facebook do Santuário Nacional para ver o número imenso de pessoas que execraram a apologia do ex-presidente condenado pela justiça, em plena missa de Pentecostes, diante da Imagem da Padroeira do Brasil.

A tática dos redentoristas, possivelmente alinhados com o seu arcebispo, Dom Orlando Brandes, estava sendo a de não pronunciar-se sobre o assunto, talvez na expectativa de que o mesmo “esfriasse”. Nada estranho para quem sempre se serviu das CEBs como instrumento de politização comuno-petista dos fieis católicos.

No entanto, ontem, a plataforma CitizenGo lançou uma petição pública ao núncio apostólico, com cópia ao arcebispo de Aparecida, pedindo-lhes que tomassem providências. A cada assinatura, um e-mail era imediatamente disparado para a nunciatura apostólica e para Dom Orlando Brandes. Não houve tempo para muitas assinaturas, mas o resultado foi quase imediato.

Ato seguido, o site do Santuário de Aparecida emitiu uma nota inexpressiva, em que os firmatários manifestaram, com linguagem ambígua, pesar pela “dor que causaram”, pedindo perdão a “todos que se sentiram ofendidos”. Em nenhum momento reconheceram que cometeram um erro, apenas lamentam que os outros se sentiram doídos e se ofenderam, transferindo, assim, a autoria do agravo às próprias vítimas do mesmo. É como se alguém lhe desse um tapa no rosto e lamentasse que você se sentiu estapeado.

É sabido que Dom Orlando Brandes, quando arcebispo de Londrina, foi a mente por trás do 14o Intereclesial de CEBs, ocorrido, porém, quando ele já estava transferido para Aparecida e tinha sido sucedido por Dom Gemerias Steinmetz. No fim das contas, este último foi quem sofreu as consequências. É de Dom Orlando Brandes o lema “Bíblia na mão e pé na missão”, slogan criado para insuflar as CEBs por todos os lugares em que passou.

Onde está o Núncio Apostólico nesta hora? Dom Giovanni D’Aniello, o Sr. alertou os bispos para que isto não acontecesse. E agora? Permitirá que este desacato permaneça impune? Precisaremos lembrar-lhe essas palavras de Francisco dirigidas justamente aos núncios apostólicos?

Recordai-vos que representais Pedro, rocha que sobrevive ao extravasar das ideologias, à redução da Palavra unicamente à conveniência, à submissão aos poderes deste mundo que passa. Por conseguinte, não abraceis linhas políticas ou batalhas ideológicas, porque a permanência da Igreja não se baseia no consenso dos salões ou das praças, mas sobre a fidelidade ao seu Senhor que, ao contrário das raposas e dos pássaros, não tem toca nem ninho para reclinar a sua cabeça” (Discurso aos núncios, 17/09/2016, n. 1).

Dom Orlando Brandes e Pe. João Batista de Almeida precisam ser afastados do seu cargo, precisam renunciar ao seu ofício, não são dignos pastores do rebanho de Deus, são lobos em pele de ovelha, querem usar o altar como palanque e Nossa Senhora Aparecida como instrumento de propaganda para um criminoso condenado, não é mais possível fingir-se de cego.

Não bastasse a dura realidade, há a piada pronta: em janeiro deste ano, Dom Orlando e Padre João Batista lançaram o projeto “Eu sou o Brasil ético”, em que pretendiam, em nome o Santuário Nacional, discutir “política em escola para formação de leigos e criar Pastoral Política, além de abrir salões das paróquias para candidatos; Santuário Nacional lança nova campanha por ética na política”. Para a dupla, melhor seria se lançassem a campanha “Eu sou o Brasil patético” (slogan a ser declamado na voz artificialmente impostada de Dom Orlando).

Que Nossa Senhora interceda pela nossa Igreja. Como Ela mesma nos advertiu em Fátima, “a Rússia espalhará os seus erros pela terra”, mas, “por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Missa pró-Lula no Santuário Nacional de Aparecida.

FratresInUnum.com, 21 de maio de 2018 – Eles não conseguem se conter. Apesar de ter negado apoio à “romaria pela liberdade de Lula”, rechaçando, em nota oficial, “toda e qualquer utilização do seu espaço para fins políticos ou ideológicos” e reiterando que “não está organizando ou convidando pessoas para se mobilizarem em favor deste ou daquele político”, no Santuário Nacional de Aparecida (dizem que o celebrante foi o reitor, Padre João Batista de Almeida) não conseguiram segurar a tara lulista que corre no sangue da esquerda dita católica.

Salvem o vídeo, por favor!

Santuário de Aparecida nega apoio a “Romaria pela liberdade de Lula”.

APARECIDA, 03 Mai. 18 / 06:10 pm (ACI).- Após um tweet da atual presidente do Partido dos trabalhadores (PT), Senadora Gleisi Hoffmann, convocando uma romaria de vários lugares do Brasil até o Santuário Nacional de Aparecida para pedir pela liberdade do ex-presidente Lula e pela paz no Brasil, as autoridades do Santuário emitiram uma nota oficial rechaçando “toda e qualquer utilização do seu espaço para fins políticos ou ideológicos” e reitera que “não está organizando ou convidando pessoas para se mobilizarem em favor deste ou daquele político”.

A Senadora, lançou o tweet no dia 02 de maio, e recebeu prontamente uma resposta do Santuário de Aparecida que afirmou ainda em seu comunicado: “Nossa bandeira é o Brasil. Nossa representante é Aparecida, Nossa Padroeira”.

Confira na íntegra a nota oficial do maior santuário mariano do mundo, e casa da Mãe de Deus e Nossa, a Senhora Aparecida:

Nota Oficial

Diante da manifestação pública da Senadora Gleise Roffman (sic) sobre o desejo de organizar uma Romaria ao Santuário Nacional de Aparecida no próximo dia 20 de maio, o Santuário oficialmente informa que:

– O Santuário Nacional de Aparecida é um espaço sagrado que acolhe todos os filhos e filhas de Nossa Senhora Aparecida, sem distinção;

– Da mesma forma, também é uma Casa que se coloca contra toda e qualquer utilização do seu espaço para fins políticos ou ideológicos;

– Com base nos valores éticos e cristãos, o Santuário Nacional entende que o momento atual é propicio de reflexão e protagonismo do cidadão ao que tange às escolhas eleitorais, por isso, sob qualquer hipótese se posiciona ou se posicionará em favor de quaisquer líderes políticos, refutando toda e qualquer iniciativa que queira utilizar-se do Altar da Eucaristia para fins de promoção individual ou partidária;

– A cada domingo cerca de 200 romarias passam pelo Santuário Nacional, casa da Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, e, como cristãos, as portas da Igreja devem estar abertas para os devotos quem venham a Aparecida com o objetivo de realmente encontrarem neste espaço uma experiência profunda de fé,

– O Santuário não está organizando ou convidando pessoas para se mobilizarem em favor deste ou daquele político, reafirmando seu compromisso com o projeto “Eu sou o Brasil ético”, lançado no início deste ano, com o objetivo de estimular a reflexão crítica dos fiéis;

– Por fim, o Santuário informa que nenhuma celebração deste ou em qualquer outro dia na rotina deste Santuário Mariano é realizado com fim específico que não o de evangelização dos milhares de peregrinos que por aqui passam todos os dias.

Nossa bandeira é o Brasil. Nossa representante é Aparecida, Nossa Padroeira.

Vamos rezar pelo Brasil. Nós temos essa obrigação!

Reflexões da Sagrada Escritura: Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.

“Mariae, de qua natus est Jesus, qui vocatur Christus”.
“Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo” (S. Mateus, I, 16).

Por Padre Élcio Murucci | FratresInUnum.com

Em 1954 Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, Cardeal e Arcebispo Metropolitano de São Paulo, escreveu uma Carta Pastoral, verdadeira exaltação a Maria Santíssima. Dela daremos aqui aos caríssimos leitores apenas alguns trechos:

Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, rogai por nós!
Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, rogai por nós!

“Os filhos bem-nascidos e espiritualmente bem formados exultam sempre em conhecer a vida da criatura abençoada que lhes deu o ser e o materno leite e amor de mãe. Se assim é na ordem natural, mormente na ordem sobrenatural ou na ordem da vida da graça.

“Aquela que é Mater Divinae Gratiae tem todo o direito ao mais sublime amor e ao mais acendrado culto por parte de todos os verdadeiros cristãos, regenerados pelo divino sangue do Salvador dos homens. Pois este sangue redentor, Cristo o recebeu do seio  Imaculado e sempre virgem de Maria: Mariae, de qua natus est Jesus, qui vocatur Christus. A salvação moral e espiritual da cristandade descansará perenemente na proteção superna de Nossa Mãe do Céu, tal qual em seus braços maternais descansava o próprio Salvador, Jesus, o Cristo Filho de Deus Vivo.

A devoção a Nossa Senhora é a salvaguarda da fidelidade religiosa do nosso povo; e, para cada um de nós, o penhor da conquista do Paraíso. Para sermos verdadeiros e bons brasileiros, havemos de ser fiéis devotos da Mãe de Deus e Nossa. Em seus braços veio Jesus para nós; em seus braços iremos nós para Jesus.

“Foi no meado do Mês do Rosário, outubro de 1717, que, no Vale Mariano do Rio Paraíba, nas águas do porto de Itaguaçu, da paróquia de Guaratinguetá, deu-se o evento milagroso da Imagem Aparecida de Nossa Senhora da Conceição.

“O então vigário de Guaratinguetá, Padre José Alves de Vilela, deixou registrado no Livro de Tombo dessa sua privilegiada paróquia, um interessantíssimo relato de como a Imagem fora colhida pelas redes abençoadas do feliz pescador João Alves, que tinha por companheiros Domingos Martins Garcia e Filipe Pedroso. É de justiça ressaltar a benemerência desse sacerdote virtuoso e culto que, durante os primeiros trinta anos, cuidou zelosamente da devoção a Nossa Senhora Aparecida.

“Por iniciativa sua, com outros devotos, erigiu primitiva ermida, por ele mesmo, posteriormente transplantada e transformada em capela digna deste nome, cito no próprio local em que, cem anos mais tarde, construir-se-ia a majestosa igreja que é agora Basílica Nacional. (a antiga).

“Era em Itaguaçu que em todos os sábados, reunia-se a gente da vizinhança a cantar o terço, o ofício litúrgico popular e outros louvores a Nossa Senhora. Oxalá que tão belo exemplo de piedade de nossos antepassados não seja nunca jamais esquecido na tradição das famílias católicas de nossa Pátria!

Falando do PRIMEIRO CONGRESSO DA PADROEIRA diz Dom Mota:

“É o Brasil católico ajoelhado aos pés da Imaculada Conceição, é a alma brasileira que, em protestos de fé, cimenta e consolida os sentimentos que trouxemos do berço da nossa Pátria. Quer em romarias, mais ou menos organizadas, quer em grupos de famílias ou em visitas isoladas, sempre características do filial amor que devotamos à Mãe Santíssima, quantos saem daqui levando para a vida novas energias; quantos se regeneram no batismo da penitência; quantos abençoam a feliz inspiração que os trouxe um dia aos pés de Maria Santíssima!

“Aparecida é no Brasil a terra predileta de Nossa Senhora. É o Santuário em que ela se compraz de derramar as suas bênçãos, consolando e acariciando, a uns fortalecendo-lhes a fé e a coragem cristã, a outros inspirando nobres e salutares resoluções, quantas vezes restituindo-lhes a saúde do corpo, sempre a saúde da alma aos bem intencionados e sinceramente arrependidos”.

“Ainda as almas simples, as desse povo religioso e bom, que não sabe falar, mas sabe rezar, sentiam, como por instinto, que a Senhora Aparecida quer e deve reinar nos corações, nos lares, na família e na sociedade, em todos os recantos da Pátria estremecida, como Senhora absoluta de tudo quanto somos e de tudo quanto é nosso.

“Este Santuário é água que satisfaz ao paladar do humilde e pequenino, e ao dos sábios; tanto atrai a devoção do caboclo do sertão, como a do gênio de Tomás de Aquino. Aqui na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, reza-se pela paz do Brasil grandioso e unido.

“Que Nossa Senhora Aparecida, doravante, e para sempre, Rainha incontestada, e Soberana do Brasil, conserve-nos a todos a unidade da fé na unidade inquebrantável da Pátria!”

“Aquiescendo paternalmente à patriótica e piedosa súplica do colendo Episcopado Nacional, houve por bem Sua Santidade, o Papa Pio XI, por MOTU PROPRIO de 16 de julho de 1930, oficialmente proclamar a Beatíssima e Imaculada Virgem Maria, sob o título de APARECIDA – PRECÍPUA PADROEIRA DE TODO O BRASIL, junto de Deus.

“Eis as formais palavras da referida proclamação: (traduzindo do latim):

“Por “motu próprio” e por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de APARECIDA PADROEIRA PRINCIPAL DE TODO O BRASIL diante de Deus. Concedemos isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e para aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus”.

…”E então, de suas dadivosas mãos, a Virgem Imaculada – onipotência suplicante como é – fará jorrar sobre nós caudais de bênçãos; bênçãos que sejam luz para o nosso espírito em trevas de sobressaltos, que sejam força para a nossa vontade trepidante e quase a capitular, que sejam tranqüilidade para a nossa consciência em desassossego, e que sejam vibrações de sadio entusiasmo para o nosso coração abafado e desiludido.

“Sensibilizados e ternissimamente agradecidos, podemos e devemos afirmar que, assim como a França foi o histórico cenário escolhido pela Virgem Imaculada para sua aparição a Catarina Labouré, a 27 de novembro de 1830, exigindo a cunhagem da Medalha, por antonomásia a MEDALHA MILAGROSA, assim como foi a Itália o palco majestoso da visão de Afonso Ratisbonne, a 20 de janeiro de 1842, na igreja de Santo André delle Fratte, em Roma, triunfando a Virgem da Medalha sobre o seu espírito de judeu acérrimo; assim também, e muito antes, fora o Brasil, em águas do Paraíba, o recesso tranqüilo e humilde, eleito por Nossa Senhora da Conceição, para o miraculoso aparecimento de sua Imagem a 17 de outubro de 1717. Imagem tão pequena em sua dimensão, quão grande, na veneração e no amor dos brasileiros.

…”Porque Maria Santíssima havia de ser Mãe de Deus por isso foi Imaculada em sua Conceição. E, depois, porque era a Mãe de Deus e Imaculada, por isso foi ressuscitada e assunta ao Céu, na integridade de sua pessoa. Em Maria, o Sol da graça infinita e da infinita justiça, refulgiu no seu zênite no mistério augusto e inefável da Maternidade Divina. Mas, na Imaculada Conceição, na gloriosa Ressurreição e na excelsa Assunção, rebrilhou o mesmo Solstício. Maria obteve vitória total sobre o pecado, pela plenitude da graça de Imaculada e Mãe de Deus: bem como obteve vitória total sobre a morte, pela plenitude da vida ressurreta e imortalizada na Glória do Paraíso.

“Pois essa Criatura super-privilegiada, OBRA PRIMA  do Criador onipotente, onisciente e onibondoso, é a PRINCIPAL E CELESTIAL  PADROEIRA DE TODO BRASIL, JUNTO DE DEUS. É a nossa Mãe do Céu! Que Nossa Senhora Aparecida console os que choram, conforte os que sofrem, encaminhe os transviados, reconcilie os inimigos, consolide as famílias, harmonize as sociedades, salve o Brasil! E assim como foi sua milagrosa Imagem recolhida nas redes dos pescadores, assim também se digne a querida Mãe e Padroeira recolher-nos a todos nas redes de sua bondade  e de seu poder, levando-nos para o Céu, levando-nos para

Jesus: AD JESUM PER MARIAM!”

Nossa Senhora no Carnaval. Carta de uma Católica entristecida.

Recebemos a missiva abaixo de nossa colaboradora Aline Castilho. Em 1940, Irmã Lúcia escreveu ao Cardeal Patriarca de Lisboa: “Em reparação e súplica por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas”. Se assim era na década de 40, o que pensa a Mãe de Deus das loucuras cometidas no carnaval de hoje, desgraçadamente chancelada pelos homens da Igreja? Rezemos em desagravo.

* * *

Por Aline Castilho | FratresInUnum.com

Já ganhou as manchetes de todo o Brasil a notícia de que Nossa Senhora Aparecida será usada durante os desfiles de uma escola de samba no Carnaval de São Paulo em 2017.

Estou perplexa, triste, ao pensar que nossa mãezinha está exposta a tamanha profanação, e com o consentimento de nossa Igreja. Pedem para compreendermos, argumentam, rebaixam nosso sentimento religioso, mas não há como entender.

04-10-2013_0abf56a2df7e7e91c908c3c8b28e31f2Como o mais alto símbolo da santidade no Brasil será jogado no mais baixo símbolo da vulgaridade, do pecado, da imoralidade, do sincretismo, da maior de todas as nossas vergonhas?…

Será que não percebem que o carnaval é a festa da depravação, que durante esses quatro dias milhares de pessoas morrem embriagadas, contaminam-se com doenças venéreas, roubam, matam, esquecem-se de Deus e da fé, destroem famílias e pervertem os nossos filhos?

Como colocar a Mãe de Jesus na festa máxima da usurpação da dignidade feminina, em que mulheres são expostas à cobiça como num grande açougue? Maria Santíssima não pode ocupar esse espaço! Isso agride a nossa fé, agride a nossa dignidade. E ainda colocarão uma dessas dançarinas paramentada de Nossa Senhora Aparecida!

Dizem por aí que Nosso Senhor esteve com os pecadores… Mas Ele esteve para convertê-los, para com amor lhes mostrar o seu pecado. Quando lhe perguntaram porque ele comia com os publicanos, ele respondeu que “não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9,12). Cristo sabia que eram doentes e ia lá para sará-los.

No caso, ninguém estará naqueles carros alegóricos pregando contra o pecado e exortando alguém à penitência. Ali estarão legitimando aquele acontecimento horroroso, e usando a imagem de Nossa Senhora para referendá-lo, com o pretexto de homenageá-la pelos 300 anos de sua aparição.

O problema não é o lugar, se é o sambódromo ou a cracolândia. O problema é o que se fará ali. O desfile de uma escola de samba é muito diferente de uma procissão, ainda mais da procissão santíssima de Corpus Christi. Nem toda homenagem é honrosa, ainda mais quando é feita no contexto contrário daquilo que Nossa Senhora pede, que é a conversão. Fico pensando… Se esses padres tivessem que receber uma homenagem num prostíbulo será que aceitariam como ocasião de evangelizar? Por que querem submeter Nossa Senhora a essa vergonha?

Nós, católicos, estamos ofendidos por esse grave desrespeito à nossa Mãe Santíssima, estamos entristecidos pela cegueira de alguns de nossos pastores. Falta apenas agora sabermos se esses órgãos da Igreja vão lucrar dinheiro com isso e, pior, se ainda estarão padres desfilando na avenida, talvez até com batina, dando um péssimo escândalo para os fieis que procuram se manter em santidade, sobretudo os jovens, que lutam para abandonar as drogas, o álcool, o sexo desenfreado e todo tipo de desordem.

Não sei o que vocês farão, mas eu ficarei em minha casa, unida espiritualmente aos milhares de retiros organizados por todo o Brasil, e com a minha televisão desligada, rezando o rosário para que essa vergonha passe logo e cause pouco dano à alma de nossas famílias.

Um dia, um protestante quebrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Hoje são os nossos pastores que a estão jogando novamente na lama!

Deus tenha misericórdia do Brasil!
Nossa Senhora Aparecida nos perdoe.