Homilia de domingo, 27 de outubro, na Basílica santuário de Nazaré, em Belém, proferida pelo Bispo emérito da Prelazia do Marajó (PA), Dom José Luiz Azcona Hermoso.
Sínodo Pan-Amazônico
Comunicado do Superior Geral da Fraternidade São Pio X a respeito do Sínodo da Amazônia.
Menzingen, 28 de Outubro de 2019
Na festa dos santos Simão e Judas, Apóstolos
Caros membros da Fraternidade,
O recente sínodo para a Amazônia foi teatro de cenas execráveis, onde a abominação de ritos idólatras adentrou o santuário de Deus de uma maneira nova e impensável. Por sua parte, o documento final desta tumultuosa assembléia atacou a santidade do sacerdócio católico, pressionando tanto pela abolição do celibato eclesiástico quanto pelo estabelecimento de um diaconato feminino. Verdadeiramente, as sementes de apostasia que nosso venerável Fundador, Dom Marcel Lefebvre, identificou como operando desde os primeiros dias no Concílio continuam a dar frutos com eficácia renovada.
Em nome da inculturação, os elementos pagãos estão sendo integrados cada vez mais ao culto divino e podemos ver, uma vez mais, como a liturgia que seguiu ao Concílio Vaticano II se presta perfeitamente a isso.
Diante de tal situação, convocamos a todos os membros da Fraternidade e aos terciários a uma jornada de oração e penitência reparadora, já que não podemos permanecer indiferentes diante destes ataques à santidade da Igreja, nossa mãe. Pedimos que um jejum seja observado em todas as nossas casas no Sábado, dia 9 de Novembro. Convidamos todos os fiéis a se unirem a isso e também encorajamos as crianças a oferecerem orações e sacrifícios.
No Domingo, 10 de Novembro de 2019, cada sacerdote da Fraternidade celebrará uma missa em reparação e em cada capela serão cantadas ou recitadas as Ladainhas de Todos os Santos, retiradas da liturgia das Rogações, para pedir a Deus que proteja à Sua Igreja e A preserve de todos os castigos que tais atos não podem deixar de atrair. Instamos que façam o mesmo todos os amigos sacerdotes, assim como todos os católicos que amam à Igreja.
Tal é devido à honra da Santa Igreja Católica Romana, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que não é nem idólatra nem panteísta.
Padre Davide Pagliarani
Superior Geral
Sínodo Pan-Amazônico, um balanço.
Por FratresInUnum.com, 28 de outubro de 2019 – Leonardo Boff afirmou em 2013, para o Estadão, que “Francisco não é um nome, mas todo um programa de Igreja”. De fato, desde a escolha do nome, passando pela publicação de Evangelii Gaudium e Laudato si, pela convocação e realização do Sínodo sobre a Amazônia, o Papa argentino está apenas realizando um mesmo e único programa, que está chegando ao seu desfecho.

Basílica de São Pedro, 27 de outubro de 2019: Papa Francisco na Missa de encerramento do Sínodo Pan-Amazônico.
Precisamos ler em profundidade os acontecimentos para perceber além das aparências superficiais.
Um povo perdido
A Igreja foi instituída por Deus para ser um reflexo do rosto de Jesus Cristo no mundo. Quando ela não realiza esta sua finalidade, o povo simplesmente se afasta, não corresponde mais aos estímulos da hierarquia ou, o que é mais grave, responde negativamente, como resistência e oposição.
A pergunta crucial é: para o povo, a tal “igreja amazônica” que os progressistas querem inventar é um reflexo de Jesus Cristo ou dos falsos deuses demoníacos da floresta?
A resposta parece bastante óbvia. Basta verificar as reações inflamadas em todos os continentes, as quais não puderam sequer ser ignoradas pelos meios oficiais de comunicação da Igreja, dentro e fora do Vaticano. A página do facebook do Vatican News teve de banir centenas de pessoas, dados os comentários furiosos contra os atos blasfemos perpetrados durante o Sínodo. O mesmo se deu por todas as redes sociais.
Por parte de Francisco e de sua corte, partiu-se ostensivamente para a hostilização do povo católico. Em seu discurso na última seção de trabalho sinodal, Bergoglio pediu desculpas pela petulância, depois de dizer que as críticas ao Sínodo provêm de uma elite preocupada com mesquinharias… Esta é uma inversão psicótica da realidade: ele está na função de Papa, com um séquito de cardeais, arcebispos, bispos, fundações milionárias, respaldo de acadêmicos, de políticos de esquerda, organizações internacionais, mas a elite é o… povo!
Ao pedir desculpas também pela retirada do ídolo de Pachamama, atirado no rio Tibre, Francisco demonstrou completa falta de sensibilidade para com os fiéis católicos, agredidos por aquele culto pagão dentro de suas igrejas. Pior! Na homilia da missa de encerramento do Sínodo, Francisco colocou em nível inferior os atos de piedade da religião católica, dizendo que “a ‘religião do eu’ continua, hipócrita com os seus ritos e as suas ‘orações’, esquecida do verdadeiro culto a Deus, que passa sempre pelo amor ao próximo. Até mesmo cristãos que rezam e vão à Missa ao domingo são seguidores desta ‘religião do eu’”.
Não se trata de ignorar o povo. É muito mais grave: ele agride os fiéis católicos propositalmente, insultando-os, enquanto afaga pagãos e os seus ritos satânicos. Não tenhamos dúvida: os atos violentos de Francisco contra a Igreja são calculados e propositais. Ele quer provocar os católicos autoritariamente para se impor como um tirano, um verdadeiro ditador.
Este racha entre Francisco e o povo já não é mais disfarçável. Ele perdeu realmente as ovelhas e, ao que tudo indica, não conseguirá recuperá-las.
“Novos caminhos para a Igreja”?
O lema do Sínodo era bastante eloquente: “Novos caminhos para a Igreja”. No entanto, tudo o que nós vimos foram os mesmos refrões contestatórios da década de 70, já respondidos pelo magistério, e apenas reeditados como uma grande revanche.
Até o “Pai-nosso dos mártires”, cantado pelas CEBs na década de 80, foi entoado na Igreja da Transpontina. O clima rançoso de uma Teologia da Libertação já ultrapassada e extremamente brega foi o ambiente mesmo que se respirou nos dias desse Sínodo.
Os revolucionários sinodais são tão alérgicos para conservarem as tradições católicas, mas rivalizam em zelo quando o assunto é conservar ideologias fracassadas de décadas passadas, ideologias que não deram certo, ideologias que não se reproduziam, por isso, nas gerações seguintes, ideologias que ninguém mais leva a sério!
Pela sua completa incapacidade de se reinventar e, ao mesmo tempo, de se enganar por causa da própria euforia e da confirmação mútua, eles se isolaram eclesialmente, tanto do ponto de vista do tempo quanto do espaço. Enquanto isso, o tempo vai passando e eles vão perdendo o bonde da história, convencidos de que já estão no futuro, enquanto perecem como loucos, agrilhoados a um passado que só existe em sua cabeça.
Viri probati, não. Velhos probati.
É esta perda de contato com a realidade e de enclausuramento nos velhos caminhos que já fracassaram que os fez perder a completa relevância para as novas gerações.
Nas dioceses e congregações em que prevalece a Teologia da Libertação, tudo é morte! Não há mais vocações. Assim como no Evangelho, eles repetem o milagre da figueira seca: “Jamais nasça fruto de ti”, disse Cristo (Mt 21,19).
Por outro lado, nos lugares em que se reacendeu a chama da fé tradicional, mesmo que ainda revestida de modos excessivamente sentimentalistas, as vocações voltaram a aparecer. O clero jovem não tem nada a ver com a teologia da libertação! E os bispos sabem disso, mas ficam com as mãos atadas: precisam de padres, mas os que aparecem são todos “conservadores”.
O princípio para a difusão de uma ideologia é sua “reprodução”, em outras palavras, a doutrinação através da educação. Sem isso, a ideologia morre! Esta é a única maneira de ela se propagar. Ora, com a miséria intelectual da esquerda, especialmente dos teólogos da libertação, esta “reprodução” ficou chagada, totalmente comprometida, não consegue mais atingir os jovens. Eles não conseguem quadros! Faltam-lhes militantes!
O modo mais rápido de resolver este problema e neutralizar a ação do clero jovem é ordenando “velhos probati”, já formados naquela mentalidade antiga. Obviamente, este recurso será suplementado pela readmissão de padres que abandonaram o sacerdócio para casar e amargaram décadas de revolta contra a Igreja para, agora, despejarem todo o seu veneno sobre o povo.
O problema desta estratégia dos libertadores é que, mesmo com essas medidas, eles não conseguirão superar uma barreira inexpugnável: o limite biológico, a duração das vidas humanas individuais. Eles estão morrendo, já estão idosos e senis, não têm mais tempo e, por isso, estão agindo com pressa, tendo de sacrificar, para isso, sua própria honra. Francisco é o último trem da estação!
O que lhes sobrou foi uma mera tentativa de sobrevida. E só! Eles estão sem perspectivas reais. Nenhuma preocupação com sacramentos ou com evangelização, é tudo estratégia de reprodução. Aliás, o documento final do Sínodo propõe desde já uma “abordagem universal” ao assunto.
Obstinação flagrante. O momento dos leigos.
Todos os padres que levantaram a sua voz contra Bergoglio foram excomungados. Por isso, o desespero completo da ala bergogliana é que a verdadeira reação contra ela não é oriunda do clero – amordaçado pela patrulha criada por eles para inibir qualquer crítica –, mas do povo, e não é uma prerrogativa de grupos tradicionalistas.
O Vaticano simplesmente não sabe o que fazer com os protestos clamorosos. Finge que são brados isolados, rotula-os como psicóticos, mas não tem o que fazer contra isso.
Ao mesmo tempo, Bergoglio radicaliza na mesma medida em que vai se aproximando o fim de seu pontificado. Teimoso, turrão, obstinado, ninguém o para: ele segue adiante como um trem e não recua nem um milímetro em sua agenda.
Por isso, precisamos nos persuadir de que esta é a hora dos leigos. Não podemos recuar, não podemos afinar. Há uma grande parte do clero que, apesar de não dizer nada, apoia-nos tacitamente, ao menos com o seu silêncio. Existem aqueles padres que são bajuladores e carreiristas, mas que também fazem corpo mole diante do progressismo de Francisco: elogiam-no com a boca, mas continuam com as mesmas atitudes, pois não querem se indispor com povo. Afinal de contas, o Papa está em Roma.
Agora é hora de gritarmos, de nos manifestarmos pelas redes sociais e de não nos acovardarmos em um silêncio cúmplice. Não entregaremos a nossa religião no colo do demônio. Não ficaremos inertes enquanto usam a nossa Igreja para recrutá-la nas fileiras dos maiores inimigos de Cristo.
Em certo sentido, a pressa dos progressistas é sinal de que eles são muito conscientes de que lhes resta pouco tempo.
Papado versus Francisco.
O volume das críticas contra Bergoglio é a prova de que, na consciência do católico médio, as suas ações o estão descolando do papado — em outras palavras, ele tem a potestas (o poder), mas não tem a auctoritas (a autoridade).
Desde o começo ficou muito clara a sua falta de autoridade intelectual, incomparável com a de Ratzinger. Mas, quanto mais o tempo foi passando, mais ele mesmo sepultou a sua autoridade moral, que praticamente não existe mais. O pouco que lhe resta de certo respeito é pela áurea artificialmente criada pela mídia, a qual só afeta os católicos não praticantes. No mais, já estão todos cansados deste pontificado.
Não dá mais pra esconder o caráter eminentemente demagógico de Francisco. Ele fala demais, quer brilhar, mas não convence. Até Nizan Ganaes, na Folha de São Paulo, disse que “sem emoção, cerimônia de Irmã Dulce foi mais bonita na TV. Papa Francisco chegou com a vibe de tirar a Igreja da mão da Cúria e levá-la para o povo, mas foi abduzido pela burocracia”.
O de Francisco é um pontificado em desencanto. Alguns já o sabem desde o dia mesmo da eleição, outros o descobrem com o passar do tempo, mas o número dos descontentes não para de crescer.
O ideal, realmente, é que Francisco não renuncie, para não dar legitimidade a um pontificado que a perde a cada dia. Ele precisa ir erodindo até que todo o povo perceba a farsa e não reste mais aparência alguma, para que a verdade prevaleça e, futuramente, um bom papa possa cancelar os seus atos.
Deo gratias. As máscaras caíram.
Desde a sua eleição, nós temos anunciado continuamente que Francisco faria aquilo que ele fez, mas os cleaners não cessam de alimentar aquele otimismo ingênuo que as pessoas insistem em confundir com fé no papado. Esta mentira está sendo desconstruída sucessivamente pelo próprio Francisco, o qual não faz nenhuma questão de provar a continuidade com os seus predecessores.
Por mais doloroso que seja, que ele atente contra o celibato, contra a natureza da ordenação, contra a catolicidade da liturgia, e que respalde o paganismo, a imoralidade, a transgressão de todas as tradições católicas, tudo acaba tendo um efeito salutar: é o único modo de as pessoas acordarem!
Agora, os cleaners vão se apegar ao fato de que precisamos esperar a Exortação Apostólica, que o Papa não irá aprovar nada disso, e vão cruzar os dedos, fazer pensamento positivo, mentalizar a conversão (seria um milagre, de fato!) de Bergoglio… mas, no fim, ele fará o que está desde sempre decidido a fazer. Isso é um programa! Ele não está blefando!
Em certo sentido, o clero conservador precisa aprender com Francisco. Com 82 anos de idade e apenas um pulmão, é ele pessoalmente que lidera e manda, trata os seus inimigos com despeito e tem completa intolerância com seus adversários. Nós precisamos preparar a revanche dos católicos! Os Papas anteriores sempre quiseram fazer equilíbrio de forças e exatamente por isso colocaram a Igreja neste precipício: a máfia de St. Gallen deu um golpe de Estado, derrubou Bento XVI, elegeu o seu antagonista e agora está humilhando completamente os seus inimigos.
Outra lição que precisamos aprender dos progressistas é como eles são capazes de se unir em torno de um ideal comum. Por mais divergências que eles tenham, como os demônios, eles são capazes de se abandidarem para atacar um inimigo comum. Os tradicionalistas e conservadores, ao contrário, ficam a vida inteira apegados a picuinhas internas e são incapazes de se unirem em defesa da fé, que deve ser a nossa única prioridade.
Por isso, temos de manter a nossa resistência firme, sabendo que nem um próximo pontificado com ares mais conservadores nos enganará. É necessário uma ruptura com as ideias do atual pontificado, que atentam contra a Igreja. Qualquer Papa de boa-fé terá de fazer isto, pois aqui não cabe política. Trata-se de um posicionamento a favor ou contra a Fé Católica.
O elemento principal: a graça divina
Nós estamos presenciando o embate histórico entre a fé e a idolatria pagã dentro dos muros de São Pedro – é inacreditável! E, nesta luta, não estamos abandonados às nossas próprias forças. Existe a graça divina, e ela não é neutra. Apesar de todas as políticas humanas, é Deus o principal protagonista desse combate.
Em geral, preocupamo-nos demasiadamente com a eficácia e com o tempo. Por isso, fazemos tanta política. Em outras palavras, nós pensamos que tal ou qual ação de oposição à impiedade não terá nenhum efeito, que isso pode demorar demais, enquanto Deus está provando justamente a nossa fidelidade, em troca da qual ele pode apressar a intervenção da sua graça.
Deus é eterno. Ele não precisa se apressar. Contudo, Ele é Onipotente, o que significa que esta provação da Igreja pode demorar séculos ou pode acabar em brevíssimo tempo! Não esqueçamos que os sofrimentos da Paixão de Nosso Senhor foram intensíssimos, mas a sua ressurreição aconteceu em apenas três dias.
Não curvemos as nossas cabeças diante de Baal. Sejamos firmes em nossa resistência. Não deponhamos as armas! Hoje, o que se pede a nós é menos preocupação com a eficácia e mais zelo pela glória de Deus!
Foto da semana.
O Sínodo acabou, mas continuaremos de prontidão, em ordem de batalha. Os inimigos de Cristo não terão vida fácil. Viva Cristo Rei!
Desagravai!
A abominação da desolação entronizada na Basílica de São Pedro?
Por FratresInUnum.com, 26 de outubro de 2019 – “Queria dizer uma palavra sobre as estátuas da Pachamama que foram tiradas da igreja na Transpontina, que estavam ali sem a intenções idolátricas e foram jogadas no Tibre. Antes de tudo, isto aconteceu em Roma e, como bispo da diocese, eu peço perdão às pessoas que foram ofendidas por este gesto”.

Estas foram as palavras de Francisco na tarde de ontem, na seção vespertina do Sínodo dos bispos.
Em primeiro lugar, Francisco esclareceu definitivamente a farsa: aquela carranca realmente é da Pachamama! Não é demais dizê-lo, pois não faltaram declarações de cleaners afirmando que aquela imagem jamais fora a deusa Pachamama, mas, sim, Nossa Senhora! – terrível blasfêmia. E a vergonha da corte francisquista é tão grande que a transcrição do discurso do Papa, distribuída a jornalistas pela Sala de Imprensa, omitiu a expressão Pachamama proferida por Francisco. Porém, gravações forçaram o órgão de comunicação do Vaticano a se corrigir. Bergoglio destrói toda tentativa de defendê-lo!
Ele ajunta, porém, que ali não houve nenhuma intenção de culto idolátrico, ao contrário daquilo que afirmou o teólogo alemão Paulo Suess, perito do sínodo, o qual simplesmente disse que “inclusive se tivesse sido um rito pagão, o que ocorreu era ainda um serviço de adoração. Um rito sempre tem algo à ver com a adoração e o paganismo não pode ser apartado como se não fosse nada” [vale recordar a publicação de 2014 feita por nosso blog a respeito deste senhor, e sobre como as maquinações que culminaram nesse infeliz Sínodo vêm de longa data, agenda definida desde o ínicio do pontificado bergogliano].
Na verdade, tudo não passa de um mero jogo de palavras. Em Vatican Insider, dá-se como prova do não “paganismo” dos cultos à Pachamama na Igreja de Transpontina o fato de que as celebrações foram “na verdade autorizadas e sempre presenciadas pelo pároco carmelita”. Em suma, uma apelação absurda! Como se o pároco da Transpontina, seja lá quem for, tenha autoridade para arbitrar livremente nesta situação ou como se ele fosse uma espécie de Judas Macabeu.
Fato é que a Pachamama, segundo Francisco, poderá ser introduzida na Basílica de São Pedro e escoltada pela polícia, se assim decidir o chefe de polícia responsável! Quanta honra!
É estarrecedor o descaso com que se trata a fé católica, os seus ritos e a sua Tradição, enquanto se honra maximamente um ídolo e “tradições” pagãs. Nos jardins do Vaticano, prostraram-se com rosto em terra para adorar aqueles ídolos os mesmos que abominam a comunhão de joelhos!
É a inversão revolucionária mais completa: quantos mártires deram a sua vida por não queimarem uma colher de incenso para os ídolos pagãos, enquanto agora profana aquele solo regado no seu sangue um ídolo a possivelmente ser dignificado no altar da confissão de São Pedro! Os santos mártires, segundo esta nova abordagem de Francisco, poderiam ter queimado incenso aos deuses, desde que não tivessem nenhuma intenção idólatra. Isto, vindo da boca de um Papa, soa como a máxima das traições.
Os progressistas são fanáticos em preservar a tradição dos outros enquanto destroem a própria, são tolerantes com a heterodoxia e intolerantes ao máximo com quem quer simplesmente permanecer Católico, perseguem os cristãos e se ajuntam com pagãos, comunistas e ateus! Eles não amam a Igreja, querem apenas usá-la para recrutar incautos nas agendas dos partidos de esquerda.
Precisamos desagravar!
Temos de reparar esse atentado contra Deus e a nossa santa religião. Em poucas horas acontecerá o encerramento desse Sínodo vergonhoso e se fará a publicação do documento final, preparado há meses pela REPAM, de Dom Cláudio Hummes, sob encomenda de Francisco, como confessou Dom Erwin Kräutler em seu recente livro sobre o Sínodo. Um jogo de cartas marcadas, como sempre dissemos. Uma grotesca encenação de “colegialidade” quando tudo já estava previamente definido por um grupelho de hierarcas que usam a Igreja como bem entendem.
Desagravemos!
Não fiquemos de braços cruzados nesta afronta contra Deus e contra Nossa Senhora.
Perdão, Pacha.
Informação de Rorate-Caeli: “O Papa Francisco, ‘como bispo de Roma’, acaba de pedir ‘perdão’ àqueles que se sentiram ofendidos com as estátuas jogadas no Tibre. Elas foram expostas ‘sem idolatria’ em uma igreja próxima ao Vaticano. Francisco também assegurou ao Sínodo que os ídolos pagãos serão escoltados para [a Basílica de] São Pedro no próximo domingo [encerramento do Sínodo]”.
Cardeal Müller: “O grande erro foi trazer os ídolos para dentro da Igreja, não colocá-los para fora”.
Por LifeSiteNews, WASHINGTON, DC, 24 de outubro de 2019 | Tradução: FratresInUnum.com – O Cardeal Gerhard Müller lançou uma forte declaração contra a instalação de “ídolos” em uma igreja romana para o Sínodo da Amazônia.
Em um trecho de uma entrevista nesta noite com Raymond Arroyo, em seu programa The World Over, transmitido pela EWTN, o Cardeal Müller afirmou que “trazer os ídolos para uma igreja é um pecado grave, um crime contra a lei divina”.
Müller é ex-Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Os comentários foram feitos após Arroyo mencionar o fato de que pessoas removeram os controversos ídolos pagãos da Igreja de Santa Maria del Traspontina e os jogaram no Rio Tibre, pedindo o comentário do Cardeal.
“O grande erro foi trazer os ídolos para a igreja”, respondeu o cardeal, “não retirá-los, porque segundo a Lei do próprio Deus — o primeiro mandamento –, a idolatria é um grave pecado e não se deve misturar [os ídolos] com a liturgia cristã”.
“Retirá-los”, continou Müller, “jogá-los fora, pode ser contra a lei humana, mas trazer os ídolos para dentro de uma igreja foi um pecado grave, um crime contra a Lei de Deus”.
“É uma diferença profunda”.
Assista ao diálogo:
O cardeal alemão recentemente fez alguns fortes comentários contra o paganismo que pode ser visto no Sínodo da Amazônia. Em um comentário escrito para LifeSiteNews, ele lamenta que “nem mesmo bispos percebem quando a divisa do velho paganismo foi cruzada”, e explica que a idolatria e a superstição são “pecados contra Deus, porque confundem o Criador com sua criação”.
“A adoração a Deus”, explica ele, “é a verdadeira teologia da libertação do medo, do pavor e da insegurança que nos vem do mundo material e dos homens. E só com a ajuda do Evangelho e da graça de Cristo, uma cultura pode desenvolver suas influências positivas e ser libertada do poder do mal”.
O Cardeal Müller então recordou também as palavras ditas por São Pedro: “Vós sois o Cristo, o Filho de Deus vivo”.
Hummes tem razão!
Por FratresInUnum.com, 24 de outubro de 2019 – Por incrível que pareça, o Cardeal Cláudio Hummes falou uma grande verdade! Em sua missa nas catacumbas de Santa Domitila, em que presidiu a renovação daquele vergonhoso pacto pela “Casa Comum”, citando uma fala do superior da Fraternidade São Pio X, Padre Davide Pagliarini, ele disse que o Sínodo da Amazônia é um fruto legítimo do Concílio Vaticano II e que não é possível ser a favor do Concílio e contra o Sínodo! Grande verdade!
De fato, uma doença se combate pela causa e, enquanto não tivermos a coragem de dizer as coisas tal como elas são, todas as demais medidas serão não apenas paliativas, mas cronicamente ineficazes. O doente irá padecer! E o problema é a heresia do modernismo, condenada por São Pio X, cujo ápice culminou no Concílio Vaticano II.
Bento XVI tentou encontrar uma saída em seu famoso discurso de 23 de dezembro de 2005, em que se posicionava a favor daquilo que ele definiu como “hermenêutica da renovação na continuidade”. O lado forte do seu argumento implicitamente reconhecia que os textos do Concílio não são suficientemente claros e demandam interpretação, coisa que depõe contra os próprios textos, cuja leitura deveria ser clara e não induzir a dúvidas. De outro lado, porém, o papa teólogo criava uma “eclesiologia subjetiva”, o sujeito Igreja que se vai interpretando ao longo da história em coerência íntima consigo mesmo. Bem… A consequência foi fatal: a religião pós-conciliar preferiu vomitar o pontificado de Bento e escolher o argentino Bergoglio como seu sucessor, em uma ruptura brutal, que deve ter causado um choque tão assustador no refinado pontífice alemão, que deve estar espantando até o dia de hoje.
A tal “hermenêutica da continuidade” foi apenas um arranjo retórico que não serviu para nada. Francisco e sua corte nunca se preocuparam com continuidade alguma, assumiram fanaticamente a transgressão como ídolo, não cessam de ridicularizar os fiéis católicos com os impropérios mais variados (para xingamentos, o léxico bergogliano é praticamente infinito: neopelagianos, rígidos com cara de vinagre, etc) e, exatamente por este motivo, eles são incensados por todos os inimigos da Igreja, especialmente os de João Paulo II e Bento XVI, que, depois de amargar 35 anos de ódio, agora fazem a sua revanche, valendo-se do mais hipócrita papismo como arma autoritária para amordaçar os católicos.
No entanto, o Concílio não representou apenas uma ruptura com a Igreja do passado, mas também com a Igreja do presente e do futuro. Para verificá-lo, basta ver os frutos: abusos sexuais por todos os lugares, clero incrédulo e inócuo, secularismo selvagem pela Europa com o abandono da fé de populações inteiras, proliferação de seitas protestantes em toda a América Latina, descontentamento generalizado por parte dos fiéis, abandono em massa do sacerdócio, enfim, os homens da Igreja perderam completamente a sua credibilidade.
O encantamento com o Concílio é um fenômeno do passado e pertence exclusivamente a uma geração que já está às beiras da morte, que possui Francisco como sua única esperança, e não se dá conta disso – de fato, o naturalismo anestesia de tal modo a consciência para o sobrenatural que as suas vítimas nem se lembram que têm uma alma e que terão de prestar contas a Deus! O povo nunca se enganou com o Vaticano II, tanto que, desgraçadamente, abandonou a Igreja em massa, e o clero jovem está profundamente enojado com o excesso de romantismo em relação a esse Concílio que não fez outra coisa senão desgraçar o catolicismo contemporâneo.
O retorno da solenidade na liturgia, da piedade mariana, do órgão, do latim, dos véus, da militância católica na política e de todo esse ambiente pré-conciliar que assusta os modernistas de hoje é apenas um sinal de que o futuro está muito longe do progressismo cafona dessas múmias da década de 70.
A verdadeira hermenêutica do Concílio não veio da genialidade do papa demissionário, nem daquele que lhe sucedeu. Veio da realidade, do povo mesmo, com seu sensus fidelium, pois pertence à natureza da Igreja. E, neste caso, é a Igreja que tem razão por essência. Hummes pode tê-la ocasionalmente, por acidente, e sempre contra si mesmo.
A inversão moral em ato.
Por FratresInUnum.com, 23 de outubro de 2019 – A ausência de coerência moral é própria de qualquer enganador, mas, quando a ela se soma o esforço por inverter a relação moral e culpabilizar a vítima pela agressão que lhe é infligida, estamos diante de psicopatas perigosos, dos quais se deve fugir como de predadores.

Nos últimos dias, temos sido brindados com declarações no mínimo desconcertantes de certos bispos no Brasil.
Primeiro, Dom Orlando Brandes demonizou em bloco todos os tradicionalistas, atribuindo-lhes a alcunha de “dragões” e chamando a direita toda de “violenta”, no ato mesmo em que praticava o monopólio da violência verbal em pleno altar de Aparecida e na festa da Padroeira.
Outros bispos repetiram a dose, lamentando-se de que a Igreja está sendo atacada, e o pior: desde dentro!, que os fiéis devem se precaver contra aqueles que divergem do Papa Francisco, blindando-o contra qualquer eventual crítica, como se ele e os seus aliados não estivessem exatamente fazendo algo criticável. A Igreja está sendo atacada, sim, e desde dentro, sim, mas também desde o alto: é a hierarquia que se está expondo a uma vergonha mundial, dando não apenas anistia a todos os ritos pagãos em templos católicos, mas querendo paganizar a Igreja inteira mediante a amazonização prometida nesse Sínodo.
O próprio Andrea Tornielli, vaticanista camaleônico que se adapta ao pontificado do momento, repercutiu o desespero e, nisto, foi seguido por alguns padres e bispos nas redes sociais. Com um moralismo quase casuísta, de manualistas antigos, eles chamam em questão o sétimo mandamento do decálogo em desfavor dos jovens que subtraíram as carrancas da Pachamama, enquanto eles mesmos estão continuamente respaldando a transgressão escandalosa do primeiro mandamento do mesmo decálogo, regra e princípio de todos os demais preceitos: “Não farás outros deuses diante de mim”! Feito carpideiras em velório, usam a retórica recriminatória como arma de inversão moral para amordaçarem toda a reação dos fiéis.
Felizmente, o cinismo dessa gente se tornou por demais aparente e já não é mais dissimulável, nem com a voz mansa, nem com o sorriso terno, nem com o discurso conciliador. O povo já sabe onde estão os verdadeiros agressores. Por mais que eles se queiram valer da posição hierárquica como meio de calar os leigos e eximir-se da sua reação, já não conseguirão obter sucesso. Os tempos dos abusos silenciados acabaram. As vítimas estão gritando! Primeiro, eram as vítimas de assédio e delitos congêneres; agora, são as milhares de vítimas da mutilação do Evangelho, da adulteração da fé, da paganização da Igreja.
Nós não iremos aceitar nada disso. Aliás, precisamos até agradecer que chegaram até esse ponto de escândalo, pois não há mais fingimento que possa conter o quão patente é a traição! Os leigos estão gritando e, nos últimos dias, muito mais gente acordou. Os bispos já o perceberam, percebeu-o também o Vaticano. E estão desesperados. Todas as entrevistas das autoridades nos órgãos de comunicação oficiais e oficiosos só repercutem o que chamam de “discurso de ódio”, intolerância, etc.
A tentativa de inverter o cenário — de leigos vítimas a leigos criminosos — não vai dar certo. Está muito claro, aqui, quem está do lado da Igreja e quem se serve da sua estrutura para destruí-la desde dentro.
Não nos acusem do que vocês fazem, pois não aceitaremos essa violência psicológica. Vocês foram longe demais e nós estamos aqui para dizê-lo!
Pachamama no Tibre: um gesto que fala por si.
Por FratresInUnum.com, 22 de outubro de 2019 – Toda vitória começa no campo semiótico, embora a maior parte das pessoas, por conta da miopia histórica, não consiga captar a profundidade dos símbolos.
Em 7 de setembro de 1303, tropas do rei da França, Felipe, o Belo, invadiram o palácio papal de Anagni e, com a mão coberta por uma luva de ferro, deram um tapa no rosto do Papa Bonifácio VIII, o qual caiu do trono para o chão. O episódio ficou conhecido como “Atentado de Anagni” e, mesmo tão circunscrito, foi determinante para o fim da cristandade medieval: o declínio do poder temporal do papado começou exatamente a partir daí e, de certo modo, estamos vivendo as consequências daquele ato até os dias de hoje.
Na manhã de ontem, dia 21 de outubro de 2019, dois rapazes foram à Igreja de Nossa Senhora em Transpontina, perto do Vaticano, onde estão acontecendo contínuos cultos pagãos por ocasião do Sínodo da Amazônia, e, em um ato de coragem sem precedentes, tomaram imagens da Pachamama e as jogaram no Rio Tibre. Todo o ato foi filmado pelos próprios jovens e o vídeo viralizou pelas redes sociais, provocando comemorações eufóricas por católicos de todo o globo, para desespero completo dos cúmplices desse Sínodo vergonhoso.
A reação de susto do Vaticano foi indisfarçável. Eles acionaram a polícia, com medo de “atentados” semelhantes. Seguiu-se uma verdadeira enxurrada de comentários louvando o ato nas redes sociais, inclusive nas páginas dos órgãos de comunicação do Vaticano. A patrulha bergogliana começou um inútil esforço concentrado para intimidar as comemorações populares, valendo-se de apelações moralistas e politicamente corretas, que foram solenemente ignoradas pelos fiéis, cuja produção de memes comemorativos excedeu-se em criatividade.
A insubordinação do laicato consciente à traição da hierarquia não pode mais ser ignorada. O gesto dos dois jovens repercutiu não apenas pelo respaldo do povo católico, mas sobretudo como representação de toda uma resistência ativa, engajada, batalhadora, que não cessa de se opor ao desmonte da Igreja e que vai romper todos os limites meramente institucionais, não se permitindo mais amordaçar, mas partindo para atitudes concretas.
Os dois moços personificaram a indignação de todos os fiéis e fizeram aquilo que todos queriam fazer. Assim como Nosso Senhor expulsou os vendilhões do Templo e como os Macabeus destruíram os altares da idolatria, aqueles dois jovens entraram na sua casa, na Igreja Católica, e jogaram no rio aquela “abominação da desolação”, que jamais deveria ser cultuada em um templo cristão.
A Igreja sempre destruiu as imagens dos deuses pagãos! Inclusive, no centro da Praça de São Pedro, a poucos metros dali, está um obelisco sobre o qual permanece fincada uma relíquia da Santa Cruz de Nosso Senhor, para simbolizar a vitória de Cristo sobre toda a idolatria do paganismo, e o templo de Santa Maria sobre Minerva, em que a Igreja destruiu todo o culto pagão a Afrodite e o substituiu pelo culto do Verbo Encarnado e de sua Mãe Santíssima.
Atirando aquele ídolo ao rio, os dois cristãos deram muito mais que um tapa em todo o Sínodo da Amazônia, e o festejamento do ato em todo o orbe católico dá provas disso. O livro do Apocalipse diz: “Então, um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: ‘Com tal ímpeto será precipitada a Babilônia, a grande cidade, e jamais será encontrada’” (Ap 18, 21).
Não há mais retorno. Francisco perdeu completamente o controle sobre o povo. A máscara caiu. Não conseguem mais sustentar a narrativa da tal eclesiologia do Povo de Deus: eles abandonaram o povo há muito tempo e se tornaram uma sinagoga restrita, autista, sectária, autoritária, que fala apenas para si mesma.
De agora em diante, o teatro se tornará cada dia mais flagrante, menos convincente. E os promotores dessa nova igreja, malgrado sua euforia, terão de conviver com o odium plebis, com um povo que não lhes dará descanso e não cessará de denunciar a sua impostura.