Apucarana, PR: Diocese proíbe uso de músicas profanas em casamentos.

Documento proíbe também o trabalho de promoters, assessores na organização da celebração…

CGN – A Diocese de Apucarana publicou um manual contendo normas e diretrizes para a celebração de casamentos que deverão ser aplicadas pelas paróquias dos 37 municípios abrangidos pela circunscrição eclesiástica. O documento tem gerado polêmica pelas proibições, entre elas a do uso de músicas que não sejam sacras e da entrada dos padrinhos nas cerimônias.

O chamado “manual” determina também que casamentos não podem ser realizados fora da igreja, que fotógrafos e cinegrafistas precisam se cadastrar nas paróquias, além de dispensar o trabalho de promoters, assessores e demais profissionais na organização da celebração.

O bispo da Diocese, Dom Celso Antônio Marchiori, disse em entrevista ao jornal Tribuna do Norte que as diretrizes tem por objetivo orientar a organização do matrimônio. “Não são proibições ou imposições. Não criamos nada de novo, apenas queremos destacar o mais importante na celebração, que são os noivos. Por isso, listamos essas orientações para que o casamento seja realizado como determina a liturgia”, disse.

O líder religioso criticou também a ‘espetacularização’ do casamento. “Muitos noivos perderam o significado sacramental do casamento. Ele está no mesmo patamar de sacramentos como a eucaristia”, criticou.

Reflexos

A decisão da Igreja deve afetar principalmente o setor de assessoria de eventos. Para o jornal Tribuna do Norte, a profissional Fernanda Neira, criticou a decisão religiosa. “Foi uma imposição da Igreja, não houve conversa. Acredito que a Diocese deveria ter chamado os profissionais para dialogar e procurar um meio-termo, ainda mais quando mexe com os sonhos das pessoas. Acho que quem perde é a própria Igreja”, diz.

Segundo ela, a maioria dos noivos e noivas não aprovou a lista de orientações. “Casamento é um sonho para muitas pessoas. Elas querem que seja o mais bonito possível, por se tratar de um momento especial. As exigências restringem o sonho de muitos noivos e noivas”, falou em entrevista.

Surpresos

Bruna Kelly Neves, bacharel em Direito, está noiva. Ela e o noivo, o estudante José Carlos Júnior, foram pegos de surpresa pelo manual de casamento. “Acho errado querer vetar coisas que já se tornaram tradicionais em casamentos, como a entrada dos padrinhos e também o uso de músicas não-sacras. As diretrizes, de certa forma, prejudicam o casamento, por causa do sonho que eu e muitas pessoas tinham”, criticaram ao jornal Tribuna do Norte.

Joiciléia Aparecida de Sá, que é técnica em radiologia, está noiva de Élton Vinicius Soato, que é faturista. Ela pondera. “Acho que proibir a entrada de padrinhos é razoável, porque existem pessoas que exageram e chamam dezenas de casais. Mas acho que as normas não deveriam ser tão rigorosas. Os assessores e promoters poderiam ter sido consultados, para que fossem cortados apenas os exageros”, opina.

Em algumas paróquias, as regras passaram a valer desde o último final de semana. A Igreja Católica de Apucarana ficou conhecida nacionalmente quando passou a multar as noivas que chegavam atrasadas para a cerimônia.

33 comentários sobre “Apucarana, PR: Diocese proíbe uso de músicas profanas em casamentos.

  1. Aprovo totalmente. Gostaria de ter um Bispo assim……..
    Este post me faz lembrar um casal que entrou na igreja (não lembro a cidade) fantasiado: ele de Shrek e ela de Fiona…….

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  2. Há anos grupos, coros, bandas e similares independentes faturam milhares e, quem sabe, milhões, tocando e cantando temas de filmes e novelas, tops de rádio na celebração do Sagrado Matrimônio. Tal coisa não é permitida.
    Há um documento que fala sobre os concertos nas igrejas, bem como outros sobre a música sacra. Eles servem de base.
    A culpa primeira é dos pastores indiferentes, não só dos presbíteros das igrejas e capelas, mas dos bispos. Uma noiva aí falou de “sonho”! Ora, uma celebração litúrgica, sagrada, de uma decisão que deve ser madura, adulta, pé no chão, está agora à mercê de uma “sonho de conto de princesa anti-litúrgico”?
    Aqui em Teresina-PI estamos com um esquema pronto neste sentido desde o ano passado, aguardando o que seja preciso para tornar-se documento oficial da Arquidiocese.

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  3. As pessoas precisam entender que, se as normas existem para estas cerimônias, certamente, é porque se fazem necessárias!
    Caso não aceitem as mudanças, estão livres para casar, sem a benção de Deus, em circos, boates, bordéis e etc…
    Os que discordam das mudanças estão mal acostumados com os frutos do CVII.

    Parabéns à Dom Celso Antônio Marchiori!

    OMNIA INSTAURARE IN CHRISTO

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  4. Nota 10 para este Bispo!!! já presenciei cada barbaridade…um desrespeito à presença de Deus e ao lugar sagrado.

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  5. É necessário e oportuno que o bispo diocesano zele pela liturgia dos sacramentos e corrija eventuais abusos. Não é o caso, entretanto, de equiparar a liturgia do Matrimônio ao Sacrifício da Missa. Em se fazendo comparações, é evidente que a Santa Missa mereceria ainda mais cuidado dos bispos e demais pastores.

    Desconheço o bispo em questão, mas me pergunto se tais critérios fossem aplicados a elas o que diríamos das missas celebradas hodiernamente, algumas televisadas inclusive. “Espetacularização”, celebração em lugares impróprios, músicas profanas – não é isso que se vê nas missas de famosos? E o que dizer da importância do Noivo na Santa Missa, sempre menos destacado. No que diz respeito a Ele, destacá-lo significa adorá-lo; e o que se verifica hoje são sinais cada vez mais escassos de adoração.

    E acrescento duas situações que sempre me intrigaram: alguns casos que conheço de padres mais rigorosos com a celebração de casamentos costumam ser os mais descuidados com a celebração da Santa Missa; outros casos se referem àqueles que hoje são extremamente rigorosos com as noivas, mas agiram como “noivinhas sonhadoras” quando se tratou de suas missas de ordenação. Por que seria?

    Ademais percebo que os noivos instintivamente desejam uma celebração solene e bela, e se exageram em certas medidas é, muitas vezes, porque não conhecem a natureza do matrimônio e a forma católica com que deve ser revestido. Ocorre que os excessos são apenas o sintoma de um problema que precisa ser enfrentado nas suas causas.

    E voltando à Santa Missa, quem sabe se nós padres não devêssemos imitar neles o desejo do solene e do belo?

    Louvo a atitude do bispo e estimo que se estenda sobretudo ao Santo Sacrifício da Missa.

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  6. Vejam o pensamento da moça: “Quem perde é a Igreja”.
    Desde quando, minha filha??

    Parabéns, Dom Celson Antônio Marchiori!!
    Penso que, se escrevemos aos bispos quando alguma coisa errada acontece, poderíamos escrever ao bispo de Apucarana parabenizando-o por esse gesto!
    Dom Celso, inclusive, já assistiu a Missa Tridentina em sua diocese.

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  7. Parabéns a Dom Celso Marchiori, que sua atitude de combater a banalização litúrgica na celebração dos sacramentos sirva de exemplo para “muitas” dioceses do Brasil.

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  8. Estou de pleno acordo com a Diocese de Apucarana e com o bispo diocesano que está colocando no seu devido lugar a liturgia do casamento, no qual os mais importantes são os noivos e não a “claque” que os acompanha. Tenho assistido verdadeiras aberrações nesses casamentos e, que agora, tem até um profissional do ramo que ganha alguns reais para introduzir no casamento nada que diz respeito ao Sacramento que os noivos estão prestes a receber; O MATRIMÔNIO! Que outras dioceses façam o mesmo!!!

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  9. Muito bem, se se quer casar na Igreja, que se case conforme à doutrina e a liturgia da Igreja. Não se pode consentir com o hedonismo chulo de noivas e noivos deslumbrados, que ignoram por completo o sentido sacramental da cerimônia. E digo mais: um bom casamento começa pela austeridade e sobriedade com que os noivos se encaram e encaram a vida. Os sentimentos exacerbados, os ditos sonhos, são sentimentos fugazes, que logo dão espaço à frustração, pois quem vive de sonho não sabe andar no chão. Tratar o casamento como uma experiência religiosa e, por isso, digna de todo o respeito e reverência com que devemos ter diante de Deus, é meio caminho andado para o casamento ser bem sucedido e feliz.

    Portanto, parabéns ao bispo de Apucarana, que nada mais faz – e ele tem plena consciência disso – do que zelar pela religiosidade e adequação das cerimônias matrimoniais. Não tem meio termo, é isto e pronto. E quem não gostou, reflita melhor sobre o que é o casamento religioso e se realmente é isto que pretende honestamente para a sua vida.

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  10. Meus parabéns Dom Celso Marchiori pela sábia decisão.
    Devemos parabenizar e mostrar como bom exemplo,quando um Bispo faz o seu verdadeiro papel e protege a cerimônia. Casamento é um Sacramento e deve ser solene e sem abusos.

    A noiva critica: “Acho errado querer vetar coisas que já se tornaram tradicionais em casamentos”.
    Tradicionais? Música profanas, promoters e bagunça são tradicionais?

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  11. Geovanne Moreira, vc deve estar me confundindo, n é possível! Quando os homens da Igreja fazem coisas que prestam, devem ser aplaudidos (e por mim serão!). E quando n fazem n devem (e por mim n serão!) Onde está a dificuldade de entender isso?

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  12. É claro que te entendi, Ana Maria, mas àquele recado, embora estivesse intitulado para ti, servia para outros…

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  13. O Bispo já assistiu a Missa no rito extraordinário que o Pe. José Roberto Rezende celebrou. Ele apóia e pelo visto está também preocupado com o zelo na liturgia da Santa Missa. Não é somente com o matrimônio que ele se preocupa.

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  14. De pleno acordo com o padre Clécio. Se impõe esses princípios para o casamento mas nas missas se toca e faz de tudo. Aqui se toca nas missas desde forró até a valsa. Aí vêm querendo por ordem nos casamentos? Faça-me o favor!

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  15. Não, o casamento não é um sonho, é um sacramento. Pelos comentários dos noivos percebe-se a falta de conhecimento do real significado do matrimônio. E eu pergunto: por acaso, não fizeram o tal curso de noivos?

    Abuso maior ainda é o dos promotores de eventos que – não sei de onde tiraram essa idéia – acham que deveriam ser consultados…

    Todo apoio ao Bispo!

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  16. Amigos, falou-se sobre curso de noivos, pelo menos no que eu fiz (em Curitiba) foi um dia inteiro de palestras com os mais variados “profissionais”. Pouquíssimo se falou do SACRAMENTO. Minha sorte, é que eu tinha noção disso, formação de família. Mas e os outros, menos conhecedores da fé católica, o que pensaram sobre o matrimônio?.
    Concordo plenamente com o bispo em acabar com o “auê”, então tinha que acabar com isso nas missas também. Morei em Apucarana na época em que a Irmã Custódia Cardoso “animava” as missas na Catedral. Não vou dizer que as missas eram um “auê”, eram bem celebradas, respeitosamente, mas os mais incautos, até chamavam de “missa da Irmã Custódia”.
    Faz tempo que me mudei de lá, não sei como está a Catedral hoje.

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  17. Achei excelente , afinal o momento da igreja é sagrado, é o momento em que assume ser uma só pessoa diante de Deus.
    Sonho e outras coisas, deixe para realizar na festa! a Igreja não perde em nada com isso! Fique bem claro. Quem perde são alguns cantores e organizadores! Por isso acham tão ruim…

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  18. Eu me casei no dia 13 de Maio de 2012, domingo pela manhã (porque foi mais barato!) , com uma cerimônia totalmente simples.A decoração foi feita por uma amiga, a música foi de graça porque uma amiga tocou, não teve luzes, enfeites, arrodeios nem falsas cerimônias. Teve Nosso Senhor e sua mãe Santíssima, isso bastou.Não trocaria nenhuma cerimônia pela minha.

    A cerimônialista foram duas moças evangélicas que foram ótimas e nos contaram histórias absurdas do quanto os próprios sacerdotes e os noivos, são os primeiros a não respeitar as regras.

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  19. Me casei em Recife-PE, e felizmente ainda existem bons cursos de noivos em poucas paróquias. Mas, infelizmente ainda existem cursos de noivos que deveriam se chamar: “Manual do divórcio”, porque dão toda a cartilha para o fracasso do casal. Um bom curso de noivo pode sim fazer toda a diferença, para o bem ou para o mal.

    Salve-se quem puder!

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  20. Que eu saiba, sonho eh aquele doce que se compra em supermercado.
    Catolico nao vive de sonhos, vive de realidade, em regra.
    Ninguem precisa de voces nubentes. São vocês que precisam da Igreja, como tem que ser.
    Alias, voces já se confessaram sobre as provaveis praticas sexuais realizadas antes do casamento?
    O catecismo manda que tem que ser assim antes de casar

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  21. Prezado Luis, Salve Maria. Que bom que o seu curso falou um pouco do Sacramento, pois o meu curso foi um horror, aprendi de tudo, até com fazer um aborto.Escandalizado procurei o Padre para explicações e o mesmo informou que estava tudo certo, que no nosso tempo contemporâneo, temos que ensina a prevenção. e nada dos ensinamentos da Igreja.Hoje busco ajudar na construção das famílias (Pastoral Familiar), insisto com os membros que o Curso tem que ser voltado no que ensina o Catecismo, mas não tem vez, eles apresentam profissionais e pessoas que dizem apenas formulas de seu próprio entendimento e nada da Igreja, e a Pastoral gosta. A pouco conversei com o Pároco, e o mesmo disse que tudo é da aprovação dele. Esse é o problema, os Bispos e Padres do nosso Brasil, querem apenas cumprir tabelas e se apresentar de amiguinho. Fazer-se de autoridade de Cristo, que fez o Bispo, é raro de se ver. Não e atoa que os Padres não usam Batina e nem Hábito, pois eles perderam a identidades de ministro de Cristo, e sim a identidade débil de pessoas comuns. Por isso tudo vale nos sacramentos e na liturgia, menos o ensinamento de Cristo.

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  22. É preciso dar um basta à egolatria das noivas e os sacrilégios no sacramento do matrimônio.

    Chega de espetáculos e de vendilhões (“cerimoniais”, músicos, cantores, maquiadores, alugadores de vestidos e outros exploradores de vaidades) no templo!

    Um casamento deveria ser tão discreto como uma Missa simples no domingo de manhã bem cedo ou um batizado após a mesma.

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  23. As normas estão aprovadas. Deveria ser assim em todas as dioceses do Brasil. Na cidade onde meus pais moram (Cerejeiras – RO) cerimônias de casamentos são sempre um desaforo. É 20 casais de padrinhos entrando, e uma pessoa lendo o nome de cada casal. Depois entra o noivo em trajes de cowboy. Por fim chega a noiva com vestido hiper-curto e de bota da cowgirl. Sem contar nas músicas horríveis que são executadas durante as celebrações. Ah se tivéssemos mais bispos assim!!!!!!!

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