Damasco (Agência Fides) – O vilarejo de maioria cristã de Maalula, a 60 Km a oeste de Damasco, foi novamente atacado pelas milícias rebeldes na jornada de sábado, 30 de outubro. A notícia foi confirmada seja pelo Syrian Observatory for Human Rights (organização próximo à oposição anti- Assad com base em Londres), seja pela Agência de estado síria SANA. Entre os grupos que atacaram a cidade figuram também os milicianos jihadistas do Jabhat al-Nusra.
O de sábado foi o segundo ataque sofrido nos últimos três meses pela cidade onde se encontram o mosteiro de Santa Tecla e o santuário dedicado aos santos Sérgio e Baco. Maalula se encontra na área montanhosa de Qalamun, onde nas últimas semanas se intensificaram os confrontos entre as forças armadas governamentais e as milícias rebeldes. Segundo o que foi referido por alguns residentes, a área da cidade que acabou novamente sob controle dos rebeldes compreende também o mosteiro de Santa Tecla, onde reside uma comunidade de monjas greco-ortodoxas. (GV) (Agência Fides 2/12/2013).
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Invadido por islâmicos o vilarejo de Deir Atieh: cristãos identificados e detidos
Damasco (Agência Fides) – Abrindo caminho com dois atentados suicidas, militantes de facções islâmicas invadiram a pequena cidade de Deir Atieh, ao norte de Damasco, semeando terror, morte e destruição. Como informam fontes da Fides na Igreja greco-ortodoxa, o ataque aconteceu no dia 22 de novembro. Os militantes entraram no hospital municipal e tomaram os pacientes como reféns. O museu de Deir Atieh, que acolhia milhares de obras e preciosas e peças arqueológicas, foi devastado. Mesquitas e igrejas foram atingidas e danificadas. Numerosas casas foram saqueadas e os civis capturados e usados como escudos humanos. A situação é particularmente preocupante para os cristãos. A população, cerca de 25 mil pessoas, começou a fugir. Os milicianos examinam os documentos de quem quer deixar a cidade e retêm aqueles com nomes cristãos. Para sair da aldeia, um padre greco-ortodoxo teve que dizer que era casado e apresentar-se com uma mulher: deixaram-no passar porque seu nome é árabe e não possui nenhuma descendência ou referência cristã”.
Padre F.H., que em nota enviada à Fides pede o anonimato por razões de segurança, exorta a comunidade internacional e a Santa Sé para que se mobilizem para organizar a libertação dos reféns e salvar a aldeia de Deir Atieh. Não está claro, nota a fonte da Fides, o que levou os bandos armados a invadir o vilarejo. Em Deir Atieh estavam refugiados também algumas centenas de moradores de Qara, aldeia síria nas montanhas de Qalamoun, a 90 km de Damasco. Nas últimas semanas, Qara foi atacada por combatentes islâmicos provenientes da cidade de Arzal. Dentre os refugiados de Qara que se transferiram para Deir Atieh, estão o sacerdote greco-católico padre George Luis e todos os seus paroquianos. (PA) (Agência Fides 25/11/2013)
O significado desta cidade é muito maior do que pensamos. Em termos terrenos é uma vitória dos muçulmanos, do islamismo.
O execrável Obama com sua voz empostada e olhar que foge o confronto cedeu esta “vitória”. A quem duvidar, basta procurar vídeos do Juhbat al-Nusra (a mesma que decapitou o padre Murad) e observar as roupas camufladas e os coturnos de deserto que usam: são o padrão de exército e fuzileiros navais americanos nos anos 90.
Nos resta rezar e a quem puder, se conhecer algum canal confiável, enviar alguma ajuda material.
No vídeo abaixo, é mostrado o começo do fim de Maaloula, sendo queimada pelos rebeldes.
Kyrie Eleison.
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Jairo, você poderia indicar algum canal confiável? A eparquia greco-melquita talvez?
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Repararam que já não há notícias da Síria na mídia? Os formadores de opinião estão à procura das novidades. Um conflito muito demorado parece que perde o interesse, vira rotina… Aí é que está o perigo: acostumar-se ao mal. Quando o assunto é o ataque aos cristãos então, nem menção sequer.
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É com esse tipo de gente que se quer diálogo?
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E agora? quem irá nos defender? Resposta: Chamem os chapolins ECUMÊNICOS colorados.
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Se querem notícias sobre a Síria, obrigatoriamente terão que recorrer a fontes russas e iranianas. No ocidente tudo está sendo “esquecido” ou “maquiado”. E penso que todos sabemos os motivos desse ardil da mídia ocidental. EUA, UE, Israel e Arábia Saudita financiam os tais “rebeldes”. Para todos os efeitos, são os “santinhos” da história. Mas quem os denuncia, expondo a podridão da elite ocidental? Ora, fontes russas. E quem denuncia que a Rússia é uma mafiocracia, cujo governo possui pretensões de um “império eurasiano, um mero disfarce para o socialismo, desta feita com ares de conservadorismo que maquia o gnosticismo? Algumas fontes ocidentais, inclusive algumas que se dizem conservadoras. O mundo está assim. É necessário consultar todas as fontes para entender os motivos dessas trevas.
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Onde estão o Papa e os simpatizantes do diálogo inter- religioso? Ainda acreditam que o Islã busca a paz? Alguém do clero levantará a voz contra esse genocídio?
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Um site que eu leio sempre e é da própria Siria é o SANA:
http://213.178.225.235/eng/21/2013/12/04/515933.htm
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Caro Ferretti,
Minhas fontes são dom Farès Maakaroun (eparca greco-melquita), o padre Dimitrios (pároco melquita em Taubaté) e eventualmente o blog Pro Christianis que retrata a crueza da Igreja perseguida.
Infelizmente “confiável” por mídia sistemática e formal está difícil. O que temos é relatos de parentes de fiéis, dos padres e dos bispos mesmo.
Eventualmente pode ser que se tenha algo da IRNA, da SANA e da Rádio “Voz da Rússia” como de bona fides.
Mas ainda sou mais dom Farès. Ele está para ir ao Líbano para a sagração do bispo auxillar, dom Joseph Gebara e trará fatos para contar.
Em JMJ,
Jairo.
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