Papa: Maciel falso profeta.

(Giacomo Galeazzi – La Stampa) O Padre Maciel foi um “falso profeta, que levava uma vida imoral e deformada” e “infelizmente, o  seu caso foi tratado de forma muito lenta e tardia”, mesmo que ao final as acusações contra ele tenham se demonstrado fundadas e a congregação, sob controle do Vaticano, deva enfrentar um período de mudança e reforma. Este é o duro juízo que o Papa faz do Padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, em seu livro “Luz do Mundo”, escrito com o jornalista alemão Peter Seewald, e lançado em todo o mundo a partir de amanhã. O episódio é aquela nota do Padre Maciel, acusado de abuso sexual, violência e pai reconhecido de vários filhos. Sobre sua figura recaem também outras acusações relativas à imensa fortuna que acumulou e ao poder pessoal exercido dentro da congregação – uma das mais ricas e poderosas do mundo – até o culto de personalidade. Não por acaso o Papa e o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, interviram iniciando uma Visitação Apostólica em todas as várias realidades da congregação espalhada pelo mundo. A visitação foi concluída nos últimos meses e agora os Legionários de Cristo foram colocados sob o controle do novo Cardeal Velasio de Paolis, presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé; ele e um grupo de seus colaboradores terão a tarefa de transformar congregação em uma estrutura religiosa renovada e ativa, longe da imagem e dos métodos de Maciel. Entre outras coisas no livro, o Papa enfatiza como a figura do religioso de origem mexicana era “misteriosa”, pois se trata de uma personalidade que viveu de modo imoral, mas construiu um movimento religioso com grande dinamismo. O resultado é um “efeito positivo”, embora se trata de um “falso profeta”. Mas para isso é necessária uma grande renovação que não destrua, no entanto, o entusiasmo de tantos Legionários não envolvidos com as atividades do fundador.

7 comentários sobre “Papa: Maciel falso profeta.

  1. O “Nuestro padre” Macial Maciel foi na história recente da Igreja, uma das maiores manchas e vergonhas que conheci.Li o livro dele “Cristo Minha vida” e não sei porque guardo até hoje.Incrivel que ele fala coisas certas e santas e conseguia viver uma vida dúbia, paralela com imoralidades e culto de si mesmo.É um caso típico de perversão que se caracteriza quando a pessoa sabe que não é o que pensam dele e não nega isso, pelo contrário,cria em torno de si uma imagem de bom mocismo e santidade sabendo que é um “sepulcro caiado” semelhante aos fariseus.

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  2. É realmente muito estranho, “misterioso”, como um homem tão pecador pode ter dito palavras tão corretas e criado uma congregação tão esplêndida. Prefiro nem tentar entender.

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  3. Por outro lado, olhando para a OFM e a Opus Dei de hoje, nem é possível acreditar que foram fundadas por homens santos. São paradoxos difíceis de entender…

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