Sacrilégio em Londrina e a resposta absurda do Arcebispo.

Por FratresInUnum.com, 31 de agosto de 2023 – Se os antigos diziam que “agosto é o mês do desgosto”, ao menos em 2023 os fatos justificam o dito. Como se já não bastassem todas as aberrações com as quais os católicos precisam conviver diariamente, o Arcebispo de Londrina, no funeral do Cardeal Geraldo Majela Agnelo, como foi visto e noticiado em vídeo amplamente difundido pelas redes sociais, deu a comunhão a um Sheik muçulmano.

Como vieram a elucidar posteriormente ilustres católicos londrinenses, o tal Sheik não é figura desconhecida nem que pudesse passar desapercebida. Pelo contrário, foi convidado pela arquidiocese e, como em diversos eventos anteriores, participou da celebração em lugar de destaque.

Portanto, o Arcebispo deu a Santa Comunhão ao Sheik muçulmano propositalmente, pois ele se apresentou dentre os fieis para comungar!

O que todos esperavam era uma Nota da Arquidiocese pedindo perdão pelo ocorrido, quer pelo sacrilégio, quer pelo gravíssimo escândalo causado; contudo, o que veio foi um plácido texto de autojustificação a partir de princípios descaradamente inaplicáveis ao caso.

Alegou-se que os muçulmanos adoram o mesmo Deus e que creem que Jesus é um profeta. Sem querermos entrar em querelas teológicas – aliás, muito oportunas, no caso –, não podemos senão execrar essa desculpa esfarrapada, pois ali não se tratava apenas de uma espécie de compartilhamento de princípios em comum, mas daquilo que, na Igreja, se chama de Communicatio in sacris, ou, segundo a pobre terminologia brasileira, da intercomunhão.

Os arremedos de argumento apresentados pelo Arcebispo são apenas uma choradeira vil e sórdida, que desconversa acerca do tema principal e desvia a atenção do interlocutor para que se distraia com temas colaterais.

O próprio Diretório Ecumênico em vigor, para citarmos daqui em diante a legislação que os progressistas tanto querem impôr, diz expressamente:

“A Igreja católica, em linha de princípio, admite à comunhão eucarística e aos sacramentos da penitência e da unção dos enfermos exclusivamente aqueles que estão na sua unidade de fé, de culto e de vida eclesial” (Dicastério para a promoção da unidade dos cristãos, Diretório Ecumênico, 25 de março de 1993, n. 129).

Em um documento do mesmo dicastério, do ano de 2020, dessa vez direcionado aos bispos, a Santa Sé diz:

“No entanto, a questão da administração e recepção dos sacramentos, e especialmente da Eucaristia, nas celebrações litúrgicas uns dos outros permanece um campo de tensão significativa nas nossas relações ecumênicas. Ao tratar o tema de ‘Partilhar a vida sacramental com os cristãos de outras Igrejas e Comunidades eclesiais’, o Diretório Ecumênico inspira-se em dois princípios de base apontados em Unitatis redintegratio 8, em que coexiste numa certa tensão mas que se devem sempre considerar em conjunto estar sempre unidos. O primeiro princípio é que a celebração dos sacramentos numa comunidade conduz ao ‘testemunho da unidade da Igreja’, e o segundo indica que o sacramento é uma ‘partilha dos meios de graça’ (UR 8). Neste sentido, o Diretório explicita mais sobre o segundo princípio, afirmando que a Eucaristia é alimento espiritual para os batizados, permitindo-lhes vencer o pecado e crescer rumo à plenitude da vida em Cristo. Tendo em conta o primeiro princípio do Diretório declara que ‘a comunhão eucarística está inseparavelmente ligada à plena comunhão eclesial e à sua expressão visível’ (DE 129) e, portanto, em geral, a participação nos sacramentos da Eucaristia, reconciliação e unção é limitada àqueles que estão em plena comunhão” (Dicastério para a promoção da unidade dos cristãos, O bispo e a unidade dos cristãos. Vademecum ecumênico, 5 de junho de 2020, n. 36).

As “exceções” que o documento apresenta, sempre a juízo da autoridade episcopal, são as previstas pelo Código de Direito Canônico de 1983: em artigo de morte (para cristãos arrependidos) ou em caso de hospitalidade de ortodoxos ou outros cristãos que tenham a mesma vida sacramental católica sem disporem de Igrejas que os atendem pastoralmente.

Os documentos da Igreja sequer cogitam a possibilidade de dar a comunhão a um não cristão, seja ele budista, judeu, muçulmano ou de qualquer confissão que seja, pois isso é um simples ABSURDO! Note-se que esses documentos falam sobre “ecumenismo” e não sobre “diálogo interreligioso”.

Que sentido tem dar a Santa Comunhão para quem não crê na Trindade nem na Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo?… Estamos diante do INDIZÍVEL!!!!

Agora, que um Arcebispo tenha a coragem de apresentar uma nota fajuta como essa e achar que está respondendo aos católicos, é de uma monstruosidade sem igual! Ele deveria ter vergonha e apresentar as suas demissões voluntariamente, pois não tem a fibra moral para ser, não digamos um bispo, mas nem um catequizando que pudesse ser admitido à primeira comunhão.

O Código de Direito Canônico afirma, no c. 1365:

“O réu de comunicação in sacris proibida seja punido com uma pena justa”.

Pois bem, o que o Arcebispo fez foi um delito gravíssimo! Onde está a punição? Onde está a justiça eclesiástica?

No Motu Proprio Como uma Mãe amorosa, o Papa Francisco diz que um bispo pode ser removido se, por negligência, provocou dano a outrem, inclusive de ordem espiritual (art. 1). Embora o documento fale acerca do abuso de vulneráveis, analogicamente poderia ser aplicado ao caso, por tratar-se de um delito gravíssimo e público.

Isso não foi apenas uma gafe ou um mal-entendido. Foi um crime canônico! Crime que precisa ser punido, inclusive pela manifesta contumácia do delituoso, que produziu, com sua nefasta nota, uma prova contra si mesmo e a confissão de sua própria pertinácia!

22 comentários sobre “Sacrilégio em Londrina e a resposta absurda do Arcebispo.

  1. Ótimo artigo, uma voz para nós leigos católicos !
    Ainda bem q temos irmãos, corajosos e sábios!
    Q esse Arcebispo seja punido como manda a Santa mãe Igreja, q não passe desespercebifo.
    Estamos de olho!
    Justiça seja feita !
    Eles sempre tentando passar pano no obvio!

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  2. Meu Deus!!! Não há como ver esse vídeo e não sentir uma profunda dor ao ver como é tratado Nosso Senhor…

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  3. São esses bispos que quando veem falar conosco, os padres, chegam cheios de ordens, falando em obediência, em respeito à autoridade, sucessão apostólica, amor pelo Papa e pela Igreja. Quando é pra gritar com os padres na cúria eles são ótimos, quando é pra fazer a parte deles não passam de uma sentina. Gente baixa sem qualidade teológica, sem qualidade pastoral, sem qualidade de comunicação, sem qualidade no trato com o povo, sem qualidade administrativa, chegam na secretaria de estado parecendo mendigos, fazem piadinha de duplo sentido no retiro do próprio clero. E esse insosso de núncio apostólico que não dá nenhum sinal de mudança (talvez seja da mesma laia). Quem é que olha pra um bispo católico brasileiro hoje em dia e vê um líder? onde estão os líderes, pelo amor de Deus? 90% dos membros da CNBB, se não fosse a Igreja, estariam passando fome porque não têm capacidade intelectual nem pra virar uma página de missal. Só são bons quando se trata de detonar a Igreja. Ou Deus intervém ou daqui a pouco seremos um país de ateus, se é que já não somos.

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  4. Que sacrilégio! Misericórdia de nós Senhor pois precisamos de verdadeiros pastores! Vejam o mal feito deste bispo e nao é a primeira vez, nós estamos sofrendo com ele já a algum tempo, espero que agora seja corrigido e punido.

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  5. Corretíssimos os argumentos.
    Pena que nesse e em outros casos não há nada a se fazer senão clamar por um castigo de Deus.

    Afinal, no fundo sabemos que nem o núncio, nem o dicastério pertinente, nem a congregação para a doutrina da fé farão algo, porque estão a serviço de um papa (ou antipapa) que não se importa com essas coisas.

    A desolação entrou no recinto sagrado, e a nós só resta clamar como o salmista: “levantai-vos Deus, por que pareceis dormir”?

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  6. Esses homens já não tem mais fé na presença de Jesus na Eucaristia, se é que um dia tiveram. Fazem de forma proposital e sabem que não sofreram pena canônica alguma, visto que o Núncio Apostólico não serve de nada, os leigos pouco sabem sobre o assunto e por aí vai…Neste exato momento esse bispo deve estar dando boas risadas as custas dos indignados (nós). Para bem da verdade, no fundo ele sabe que errou, mas o fez para cutucar, criar polêmica, em outras palavras: “Olha o que eu posso fazer…dei a a comunhão para um mulçumano e vocês não podem fazer nada”. É demoníaco, sujo, escandaloso, vil e baixo a ação desse senhor que já é figura carimbada num clero brasileiro que a muito já apostatou da Fé e volto a dizer, isso se algum dia tiveram fé. Muitos atos de reparação terão que ser feitos em desagravo e pedir à Deus o seu divino auxílio em horas tão sombrias.

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  7. Este ocorrido em Londrina vem a galope do outro ocorrido em Belo Horizonte, e ambos compõem um prelúdio perfeito do que vem por aí: a igreja sinodal de Jorge Bergoglio, pós-conciliar, pós-católica e pós-cristã. A “tenda alargada do senhor (minúsculo proposital)” promete acolher a todos, todas e “todes”, menos os católicos; menos os que se ajoelham diante do Corpo do Senhor.

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    1. De fato!
      Quem pode explicar essa loucura?!
      Se nega a comunhão a católicos que desejam receber Jesus na boca e de joelhos, mas se dá a comunhão a um muçulmano que blasfema contra nossa fé…vai ver foi porque ele aceitou receber a Santíssima Eucaristia recebeu de pé e na mão.

      Que Deus tenha misericórdia de seu povo!

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  8. E ainda saiu carregando a hóstia na mão. Desde que o Sheik não queira comungar de joelhos, parece que não há problema…

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  9. Não. Não foi dada a Santa comunhão. Foi entregue uma Hóstia consagrada, a um muçulmano notório, que a levou dali, para que fins não sabemos, mas na melhor das hipóteses, a título de souvenir.
    Mas esta é a nova igreja. A igreja sinodal se Bergoglio. Fosse na Santa Igreja isso simplesmente não teria acontecido, pois um não cristão não se ajoelharia perante Nosso Senhor. E se o fizesse, a comunhão seria entregue na boca dele.
    Eu permaneço na Santa Igreja.

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    1. Como os filisteus que roubaram a Arca da Alianca, este maometano nao sabe que ao levar a hostia, pode estar trazendo problemas para si e seus se o fez com mas intencoes.

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  10. Olá, amigos do Fratres In Unum, há coisas ainda mais perniciosas aqui em Londrina. Eu sou morador da cidade desde o nascimento e Batismo e posso afiançar que temos aqui videntes falsas toleradas pela Cúria Metropolitana, padres petistas aos montes, padres que dão palestras em Lojas Maçônicas, missas sertanejas, negras, circenses, Vias Sacras em honra de políticos de esquerda Et Coetera.
    Sugiro, com a devida humildade, mais pesquisas sobre o que ocorre no Norte do Paraná. Vocês vão se surpreender…
    Aprecio muito o vosso trabalho e faço minhas orações para que continuem a luta em nome da Verdadeira e Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.

    Respeitosa e humildemente,

    Fábio Siqueira Batista
    Professor de História

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  11. “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.” Jr 2:13
    Nada de novo sobre a Terra ou sob o Céu. Tomaram a Santa Igreja, o organograma, com toda sua representativadade ante o mundo civil, os Estados. Tornando-a mera entidade social. Seus valores, sua doutrina, seus templos, apenas são “simbolos, protocolos” culturais. De nada valem espiritualmente para o mundo. Abandonaram o Deus Verdadeiro, criaram mitos, lendas, entidades que justifiquem a tal fraternidade mundial. O que o culto por excelência da Santa Missa hoje? Apenas uma cerimônia que se faz para “fraternizarem” os que fazem parte a comunidade e os de fora que comparecem. Os Sacramentos??? Apenas sinais, cerimônias para animar as comunidades em torno de um evento social particular. Nada de Doutrina, de Fé, de Justiça Divina. Isso é coisa de fundamentalistas, “dragões do tradicionalimos”, etc e tal. Pois bem, aos que restam Fé ainda, como diz Nosso Senhor, é se afastar desses “fratellos universais”, afinal não há lugar para o Único e Verdadeiro Deus.

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  12. Londrina está precisando é de presença Católica Apostólica Romana. Está claro que essas pessoas que lá estão ocupando igrejas – a começar por aquela cabana de índio americano que chamam de Catedral- são hereges que não creem nos dogmas da Igreja, e se autodeclaram católicos para perverter as almas.
    Duvido que tenha havido profanação, porque para se chegar ao nível de dar o Corpo de Cristo a um infiel líder de uma religião falsa e inspirada pelo diabo, haveria de se crer na Transubstanciação, na Presença Real, no Santo Sacrifício da Missa, na Divindade de Cristo e na Santíssima Trindade. Esse arcebispo nem deve consagrar validamente. Recomendo fortemente aos católicos desse bispado que deixem terminantemente de frequentar igrejas que estejam em comunhão com esse senhor, e peçam ajuda da FSSPX, Resistência, e em última análise até mesmo dos sedevacantistas, pois creio que se equivocar, mas o fazem em larga medida por conta de arcebispos como o de Londrina, e papas como Francisco. E tenho muito mais confiança na validade das missas deles do que na de um padre ordenado segundo o novus ordo.
    Imaginem quantos padres esse homem já ordenou? Quem vai confiar que sejam padres de verdade? Amanhã serão Sagrados bispos. SERÁ MESMO que são parte do clero? Bem faz a Resistência, que não permite a chegada de nenhum padre saído da igreja moderna, sem uma ordenação sob condições. Não pelo padre que se apresenta, mas por quem veio antes dele.

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    1. Que falta de respeito com as cabanas dos índios. Era o que eles podiam fazer com o material que dispunham e a tecnologia da época. Aquela construção mais parece um cone de sorvete.

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  13. Ali era o Corpo e Sangue de Nosso Senhor? Realmente houve consagração feita por um homem que não parece crer na transubstanciação°

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  14. Um triste sacrilégio, que exige reparação.
    Rezemos para que Deus suscite pastores fiéis que tenham coragem de corrigir este tipo de crime.
    Meu Jesus, misericórdia.

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