Müller: A censura. Relatório: “Indigno, vergonhoso, completamente errado”.

O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Gerhard Mueller, se pronunciou contra a censura imposta às intervenções dos participantes do Sínodo. Um bispo: a proposta de Kasper é um remédio pior que a doença.

Por Marco Tosatti – La Stampa | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com – O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Gerhard Müller, se pronunciou contra a censura imposta às intervenções dos participantes do Sínodo. De acordo com o que foi divulgado pela AP (Associated Press), o purpurado alemão disse a uma emissora de TV católica presente em alguns momentos dos trabalhos sinodais que “todos os cristãos têm o direito de serem informados sobre as intervenções de seus bispos. “

Atualmente, no entanto, as informações sobre o Sínodo são fornecidas pelo Diretor da Sala de Imprensa, padre Federico Lombardi, assistido por um sacerdote de língua inglesa (Padre Rosica) e por outro de língua espanhola. Na conferência de imprensa se oferece um panorama geral da jornada, indicando temas, mas não as intervenções de maneira explícita, nem tampouco os autores das intervenções.
E isso é lamentável, porque certamente houve intervenções que merecem ser conhecidas com mais detalhes. Assim, como por exemplo, aquela de um bispo que criticou duramente a proposta do cardeal Kasper de dar a Eucaristia aos divorciados novamente casados​​, afirmando que se trata de “um remédio pior que a doença.”
Enquanto outro observou que o cuidado pastoral com os divorciados deve deixar claro que se trata de pessoas já casadas e que antes de 2014 já existiam Papas na Igreja e não se pode dizer que eles não eram misericordiosos. Um outro observou que, além de ficar sempre repetindo “misericórdia”, devemos evangelizar mais, que se menciona frequentemente a necessidade de formação, mas depois a ignoram pelo medo de sermos mal entendidos. Ao que o cardeal Kasper repetiu que sim, foi ele que tomou a iniciativa, mas primeiro consultou o Papa…

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Segundo o jornal La Repubblica [creditos: Rorate-Caeli], o Cardeal Muller assim qualificou o Relatório Pós-Debate em uma discussão nos circuli minores (grupos de discussão dentro do Sínodo divididos por idiomas): “Indigno, vergonhoso, completamente errado”.

11 comentários sobre “Müller: A censura. Relatório: “Indigno, vergonhoso, completamente errado”.

    1. O problema é que a coisa está tão preta, que até ele, sem desmerecê-lo, é claro, passou a ser um referencial. É notório que as críticas lhe vieram sobretudo por seu colóquio com Gustavo Gutiérrez, por exemplo. Nada impede que as pessoas mudem, com a graça, santificante e de estado, graças a Deus.
      Por outro lado, também devemos dizer, que Bento XVI, logo que eleito, recebeu Hans Kung no Vaticano, coisa que João Paulo II sempre se recusou a fazer!
      E Cristo? Falava com quem se aproximasse dele.

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  1. Esse sínodo já tinha sido escrito no ano passado pelo excomungado padre Beto e pelo padre Fábio de Melo, defensores que são do casamento civil homossexual.

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  2. Meus irmãos! Estou sinceramente buscando entender a situação na qual nos encontramos. Até o momento, pouco ou nada parece evidente, senão pelo sensacionalimo midiático, como já é de costume. O Cardeal Scherer, em entrevista à Rádio Vaticana, afirma não haver tensões no Sínodo. O mesmo se diga do Cardeal Damasceno Assis. Será que existem reais motivos para preocupação antes de o Santo Padre se pronunciar a respeito das conclusões do Sínodo?

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  3. “O Cardeal Scherer, em entrevista à Rádio Vaticana, afirma não haver tensões no Sínodo. O mesmo se diga do Cardeal Damasceno Assis”.
    É incrível a desfaçatez desses dois. Enquanto Roma pega fogo eles dançam ao som da harpa bergogliana e ainda dizem que não há fogo e nem cheiro de fumaça!

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