Motus in fine velocior?

Um renomado amigo está aterrorizado por aquilo que vê na Igreja, e teme que…  

Por Marco Tosatti, 30 de outubro de 2017 | Tradução: FratresInUnum.com –  Caros amigos, inimigos e leitores, esta manhã pensei que estaria de folga. Depois me chegou uma mensagem de um amigo renomado que, devo confessá-lo, me abalou sinceramente. Pelo seu teor e porque sei que este amigo é alguém que já viu muita coisa! Resumindo, não é alguém que se impressione com qualquer coisa. Mas, enfim…, leiam isso:

Caro Tosatti, aquilo que lhe escrevo esta vez não é uma piada. Não estou apenas emudecido, nessa altura do campeonato nada mais me assusta neste pontificado; dessa vez estou apavorado. A aceleração destes últimos dias é surpreendente, como se estivéssemos diante de um prazo urgente e não se quisesse perder tempo com diplomacias. Depois das preliminares de interpretação ambígua, passamos a algo que não precisa mais de interpretações, são declarações de guerra à fé católica, a Jesus Cristo, à Imaculada. Em primeiro lugar, as declarações de estima a Lutero (a última foi a conferência de Mons. Bruno Forte, em 30 de outubro), depois, as declarações de um dos teólogos preferidos do Papa (Andrea Grillo), que explica, sem desmentidos da Santa Sé) que a “transubstanciação não é um dogma”, depois, a ainda surpreendente e inquietante correção publicada do Papa ao Cardeal Sarah, e, enfim, a conferência sobre a reaproximação entre a Igreja e a maçonaria (12 de novembro em Siracusa, com grãos-mestres, um prelado e o bispo de Noto), cujo folheto de divulgação representa um inquietante Cristo com o compasso na mão. Certo! Depois das manifestações sobre a reaproximação com os irmãos maçons feitas pelo Cardeal Ravasi não nos deveríamos maravilhar, mas Ravasi é Ravasi, quando não fala aramaico e grego antigo é inclusive possível entendê-lo sem compreendê-lo.

Mas eu agora estou assustado sobretudo pela sequência tão próxima dos acontecimentos; como se estivéssemos próximos de um prazo (aquelas visões de Leão XIII? As profecias de La Salette? De Santa Brígida? De Nossa Senhora de Akita? De São Vicente Férrer?…). O que deveremos, então, esperar como próximo passo? Deveríamos imaginar que a próxima “reaproximação” seja com a serpente tentadora do Gênesis, à qual se pedirá desculpas “justificando” as duas “boas intenções” de levar o conhecimento a Adão e Eva? Dever-se-á repreender a São Miguel Arcanjo por a ter chutado? Ou pedir a Maria Santíssima que se desculpasse por lhe ter esmagado a cabeça? Ou mesmo pedir ao próprio Jesus que o faça por não se ter deixado tentar no deserto, abrindo-se, assim, um diálogo multicultural e pluralista, vantajoso para ambos?

Caro Tosatti, talvez não creia no que vou dizer, mas eu começa a ficar realmente com medo. Comecei a fazer novamente a oração-exorcismo a São Miguel Arcanjo, escrita por Leão XIII (rezada ao fim da Santa Missa até 1964 e depois inexplicavelmente retirada). Pergunto-me se teria as forças para reagir quando me falta a assistência da minha Santa Igreja Católica Apostólica Romana, antes, sentindo-a sempre mais estar contra os Evangelhos e a Verdade que me ensinaram. Os Cardeais e os Bispos que ainda creem na verdade de Cristo devem fazer alguma coisa logo! Temo que sejam os tempos finais, caro Tosatti.

Assina o amigo renomado, mas aterrorizado.

18 comentários sobre “Motus in fine velocior?

  1. Prezados,
    Hoje, em quase todos os jornais, já há artigos e “especiais” sobre a reforma. Todos os entrevistados são protestantes, e o único padre, José Bizon, diretor da Casa da Reconciliação (órgão da Igreja Católica dedicado ao diálogo ecumênico e inter-religioso), elogia Lutero como um homem lúcido (“http://arte.folha.uol.com.br/poder/2017/500-anos-de-reforma-protestante/diferencas-teologicas/”).
    Será que a parte católica vai ser ouvida sobre a reforma? Será que vão dizer que os católicos também forma perseguidos na Europa? que Calvino pôs fogo em pessoas? Que Lutero não era tão lúcido assim?
    Ok, ok, as indulgências… Mas dizer que Lutero queria escolas para todos e que a Igreja Católica era contra, é demais, não?
    Onde estão nossos apologistas clérigos? Por que não entram em contato com as redações para contraargumentar? Ecumenismo esse, não. Razão tem a Igreja Presbiteriana do Brasil nesse quesito: ela rejeita o ecumenismo.
    E nós vamos assim, caminhando, cada vez com menos gente ao lado, poucos e fieis padres na assistência, e calados. Estamos sofrendo muito por dentro, sabiam senhores clérigos? Voltamos nosso olhar para Roma, e aqui também nos sentimos sós.
    Numa coisa os jornais tem razão: Lutero e seu movimento são verdadeiramente os pais do liberalismo e de todos os “filhos” deste; revolução francesa, capitalismo selvagem, socialismo, comunismo, anarquismo e individualismo…
    Estou triste. Mas entrego a Deus essa tribulação. Um dia a Verdade não poderá mais ser contida. E então, haverá choro e ranger de dentes…
    Triste não ver uma reação de nosso clero contra as mentiras que vêm sendo publicadas.

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  2. Enfim começo a entender o ato tão absurdo do cardeal Scherer de se fazer presente em um lugar onde Buda era venerado….

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  3. As coincidências dos fatos com as escrituras e profecias já não parecem meras coincidências. Desde que descobri a tradição e a missa de sempre, parece que estou vendo aqueles relâmpagos no horizonte, sem poder ouvir ainda os trovões, prenunciando uma tempestade.

    “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas a nas rochas das montanhas.
    E diziam aos montes e aos rochedos: Cai sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro.
    PORQUE É VINDO O GRANDE DIA DA SUA IRA; e quem poderá subsistir? Ap. 6:15-17.

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  4. Enquanto isso, na França, a grande discussão é a retirada da cruz em uma estátua de João Paulo II, porque ofenderia o estado laico. O ataque é deliberado e vem de todas as frentes…

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  5. Eu acredito que estamos no Fim dos Tempos desde a década passada. Se não for o Fim dos Tempos então é um ensaio.
    Acho engraçado quando eu digo isso e a pessoa responde “Mas ninguém sabe quando irá acontecer”. Ninguém sabe quando irá acontecer mas os eventos que irão acontecer sabemos, e eles estão acontecendo na nossa frente.
    Eu não sei quanto a vocês mas eu vivo praticamente isolado de todas as pessoas. Eu acho que a cidade em que eu vivo (Niterói) deve ter um nível de corrupção espiritual que extrapola a de qualquer outra.

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    1. Mas em Niteroi vcs têm missa tridentina, a missa de sempre no prelado da Fraternidade São Pio X.
      Procure a Tradição da Igreja de Nosso Senhor.

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    2. Venha a Brasília, aqui existe seitas de todo tipo. Pessoas frequentam várias religiões. Me afastei, depois do conselho de um padre da renovação carismática; pois um dia uma serva de lá me disse: se você não está conseguindo resolver seus problemas na igreja, busque ajuda na universal, não tem problema. São coisas absurdas. A Igreja se transformou em lugar de resolução de problemas, mesmo de encontro com Deus. Ademais, depois de vê as aberrações como Padre Fábio, Alessandro e tantos hereges, não é de admirar que os sinais estão acontecendo.

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  6. Eu agradeço imensamente a Nossa Senhora de ter conhecido a Plinio Corrêa de Oliveira, porque aprendi dele desde 1967 a ver a realidade tal como é. Não estou por isso nem assustado, nem surpreendido de como estão as coisas. Imagino a Noé quando via que começaria logo a chover e que ter passado por louco diante das gentes não seria nada em comparação da alegria e gozo de ver a Justiça desencadear os acontecimentos. Agora não é hora de chorar…

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  7. Que estamos nos tempos finais, isso é claro, e admito isso sem um pingo de receio de ser temerário. Muitos ainda não entenderam que lidamos com uma seita diabólica, pederasta e inconseqüente no lugar de que é de direito dos verdadeiros pastores de Cristo, e esses devem acordar, e acordar logo. Temerário é justamente trocar a realidade por uma ilusão covarde e aconchegante e seguir esses homens rumo ao Inferno. Que Deus tenha piedade dos bons e castigue os maus!

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  8. *Sabemos que “Eles deram ao papa Francisco 5(outros, admitem 4) anos para “fazer a Igreja novamente” e seria um grupo informal, que teria surgido aproximadamente em 1996 e, dentre os atribuídos como supostos conspiradores se incluíriam os Cardeais da Cruz Policarpo, Martini, G Danneels, Murphy-O’Connor, Silvestrini, Husar, W Kasper e Lehmann, os quais teriam julgado que poderiam conseguir de forma positiva um “impacto significativo” num conclave se cada um desses usasse toda pericia sua rede de contatos para terem êxito nessa missão de supostamente elegerem um candidato que atendesses os interesses da corporação no quesito de revolucionar a Igreja e adaptá-la ao modernismo, e seria equivalente aos planos urdidos pelos carbonarios de 1824, orquestrado pelos chantagistas Vindice e Nubius que, de forma velada e maliciosamente urdiam seus planos contra a Igreja católica.
    Já viu isso em apenas em 6,1′ do cardeal *Theodore McCarrick sobre eventual impacto que haveria na eleição seletiva de um candidato nesse perfil, caso S Gallen?
    Um prelado que tem na vida anterior a ser eleito papa disposição para compartilhar de situações como abaixo, poderia se enquadrar nesses planos, embora presentemente estaria e muito de forma piorada, e pareceria que o comportamento acirrou-se nessa direção, possivelmente por pressões internas de supostos infiltrados da maçonaria, comunistas e protestantes.
    Mesmo aquela situação que tanto conhecemos de quando ainda cardeal Bergoglio, de se ajoelhar aos pés e baixar a cabeça para pastores de cabritos, cupinchas de Lutero, para lhe imporem as mãos – passarem-lhe bons fluidos? – e, no mínimo por esse gesto, reconhecer nesses hereges alguma missão e poder de junto ao Senhor Deus para por ele interceder – algo indescritível!
    Um dos atuais apoiadores do papa Francisco, D Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, recentemente caracteriza Martinho Lutero como “um reformador que procurava voltar às fontes bíblicas”, nada vendo de rebeldia nem atentando contra a doutrina milenar da Igreja, mas um sacerdote “bem intencionado”, tão tranquilo e conscio num video em suas exposições acerca desse heresiarca que pareceria nunca, jamais ter ouvido falar no Concilio de Trento e da Bula de Excomunhão imposta ao Illuminati Lutero via Exsuge Domine – ou então excelente ator, tantos nossos conhecidos de novelas da Rede Globo da Teleorgia ou então o ator Lula, formado nas melhores escolas e academias de teatro do mundo!
    O momento é tenso; rezemos e muito pois a situação está mesmo “motus in fine velocior” e o tempo que teriam destinado a ele nessa sinistra empreitada estaria findando – missão quase estaria cumprida, portanto, urge rapidez!
    *https://www.youtube.com/watch?v=wBqVd-uKA6Q – Cardinal McCarrick in 2013׃ Francis will ‘change’ Church in 5 years.
    https://www.youtube.com/watch?v=y9kjoXnrbAE – Pope Francis’ puppet Mass and Tango Mass.

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  9. “Desde o tempo em que for suprimido o holocausto perpétuo e quando for estabelecida a abominação da desolação, transcorrerão mil duzentos e noventa dias” (Daniel, 12, 11)
    O que significa a supressão do Holocausto Perpétuo? Fim da Eucaristia.
    Atualmente, a missa é celebrada diariamente pelo mundo afora. Mas no futuro próximo, será proibida e banida pela Nova Ordem Mundial, levada a cabo pessoalmente pelo Anticristo, auxiliado pelo Falso Profeta (antipapa), parodiando Jesus e João Batista. Lembre-se de que Satanás é o macaco de Deus (tenta imitá-lo).
    As últimas profecias (Pe. Gobbi, Vassula, dentre outros), preveem este acontecimento catastrófico:
    O FIM DA EUCARISTIA.
    Após a abolição da missa, transcorrerão 1290 anos (= 3,5 anos = 42 meses) para o fim da Grande Tribulação. Quem perserverá, será salvo!
    Segundo o maior exorcista vivo do mundo, Pe. Gabriele Amorth, “Satanás teme muitíssimo Bento XVI. Suas missas, suas bênçãos, suas palavras são como poderosos exorcismos. Todo o seu pontificado é um grande exorcismo contra Satanás. A maneira como Bento XVI vive a liturgia. Seu respeito às regras. Seu rigor. Sua postura. Tudo é extremamente eficaz contra o demÔnio. A liturgia celebrada pelo Pontífice é poderosa. Satanás é ferido cada vez que o Papa celebra a eucaristia” (livro: o último exorcista, minha batalha contra satanás, pg.179).
    Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
    Em tempo: hoje, dia 31 de outubro, é comemorado uma festa diabólica (hallween), com inúmeras missas negras, orgias e profanações a Jesus Eucarístico… assim sendo, faz-se necessário orações, jejuns e penitências em desagravo aos Corações de Jesus e de Maria.
    Então, mãos à obra!
    Deus está no comando.

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  10. A heresia e a superstição sempre andaram de braços dados. Nada mais apropriado que “comemorar”, no dia das bruxas, a carnavalesca pseudo-reforma protestante.
    O ridículo “javali da floresta”, isto é, Lutero comedor de chucrute, gnóstico bêbado, glutão, blasfemo e possesso de muitos e terríveis diabos, deve estar lá embaixo a folhear o novus ordo com Bugnini e a mexer no caldeirão sempre à espera de novos convivas vestidos de branco, liturgistas da CNBB, ecumenistas e profanadores da imagem de N. Sa Aparecida.
    Ecumenismo se faz assim: dizendo a verdade “contra toda a forma de opressão”.

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    1. Prezado PW

      Não difame assim o pobre chucrute só porque era apreciado pelo heresiarca-mor. É um alimento muito saudável e não tem culpa pelos erros dos que o apreciam.

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  11. Fui a uma missa e o Padre disse que a maçonaria não fazia mal algum. Não tinha problema de alguém pertencer à ela. Achei estranho, mas estão acontecendo tantas coisas estranhas na igreja que isso não assusta.

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  12. Eis o que Santa Teresa d’Ávila diz no primeiro capítulo do seu livro “CAMINHO DE PERFEIÇÃO”: “Nesta ocasião, tive notícias dos prejuízos e estragos que faziam os luteranos na França, e o quanto ia crescendo esta desventurada seita. Deu-me grande aflição, e, como se pudesse ou valesse alguma coisa, chorava com o Senhor, suplicando-lhe para remediar tanto mal. Parecia-me que mil vidas daria eu para salvação de uma só alma das muitas que ali se perdiam. Sendo mulher e ruim, senti-me incapaz de trabalhar como desejava para a glória de Deus. Tendo o Senhor tantos inimigos e tão poucos amigos, toda a minha ânsia era, e ainda é, que ao menos estes fossem bons. Determinei-me então a fazer este pouquinho a meu alcance, que é seguir os conselhos evangélicos com toda a perfeição possível e procurar que estas poucas irmãs aqui enclausuradas fizessem o mesmo”.”Confiava na grande bondade de Deus, que nunca falta a quem por Ele se decide a tudo deixar. Sendo elas(as irmãs do novo Carmelo de São José) tais como eu as pintava em meus desejos, entre suas virtudes, desapareceriam minhas faltas, e assim poderia de algum modo contentar ao Senhor. E, ocupadas todas em orações pelos defensores da Igreja, pregadores e letrados que a sustentam, ajudaríamos, no que estivesse ao nosso alcance, a este meu Senhor, tão atribulado por aqueles a quem fizera tanto bem. Até parece que esses traidores pretendem crucificá-Lo de novo, deixando-O sem ter onde reclinar a cabeça. Ó meu Redentor, impossível meu coração não se afligir muito! O que se passa agora com os cristãos? Serão sempre aqueles que mais Vos devem, os que mais Vos fazem sofrer? Aqueles a quem maiores benefícios fazeis, que escolheis para amigos, aqueles entre os quais andais e com os quais Vos comunicais pelos sacramentos? Não lhes bastaram os tormentos que por eles padecestes? Certamente, Senhor meu, nada faz quem agora se aparta do mundo! Se nele Vos tratam com tão pouca lealdade, que podemos nós esperar? Merecemos, porventura, que nos correspondam melhor? Acaso lhes fizemos maiores benefícios para que nos tenham amizade? Que é isto? Que esperamos ainda, nós que pela bondade do Senhor não estamos contaminados por esta sarna contagiosa? Quanto a eles(os luteranos), pertencem ao demônio. Bom castigo já ganharam por suas próprias mãos. Mereceram com seus deleites o fogo eterno. Lá se avenham! (Ao digitar estas palavras de Santa Teresa, me veio a mente o seguinte: Que teria sentido Santa Teresa, se naquela época o Papa elogiasse Lutero? Penso que, com certeza, ela morreria de dor). “Não deixa de partir-me o coração ao ver como se perdem tantas almas. Quisera eu não ver mais perdas cada dia e, ao menos, impedir em parte o mal. Ó minhas irmãs em Cristo! ajudai-me a suplicar isto ao Senhor, já que para este fim vos reuniu aqui.(no Carmelo de São José). Esta é a vossa vocação. Estes hão de ser vossos negócios. Estes, vossos desejos. Aqui se empreguem vossas lágrimas. Sejam estes os vossos pedidos e não, irmãs, súplicas por negócios do mundo. Rio-me e até me aflijo de ver certas coisas que nos encarregam de pedir a Deus. Querem que alcancemos de Sua Majestade rendas e dinheiro – e não raro são pessoas que, a meu ver, deveriam antes implorar a Deus graça para calcar tudo aos pés. São bem intencionadas, e condescendemos por ver sua confiança. Mas estou convencida de que nestas matérias nunca me ouve o Senhor.”
    “O mundo está pegando fogo. Querem, por assim dizer, de novo sentenciar a Cristo, levantam-Lhe mil testemunhos falsos. Pretendem lançar por terra a Sua Igreja.(Aí está a verdade sobre Lutero). E havemos de gastar o tempo em pedidos que, se fossem ouvidos por Deus, teríamos talvez uma alma de menos no céu? Não, irmãs, não é tempo de tratar com Deus assuntos de pouca importância! Por certo, se não fora em atenção à fraqueza humana, tão amiga de ser ajudada em tudo – e justo é fazê-lo, quando está em nossas mãos – gostaria que se entendesse: não são essas as coisas que se hão de pedir a Deus com tanto empenho”.
    Eis, agora o que disse S. João Bosco:Leiamos o que o grande São João Bosco escreveu no seu livro “COMPÊNDIO DE HISTÓRIA ECLESIÁSTICA” falando da:
    “QUINTA ÉPOCA: de 1517 até 1579:
    “Nesta época foi a Igreja tão fortemente combatida, que parecia já tivesse chegado o tempo do Anti-cristo; porém, não obstante isto, conseguiu novos triunfos. Acometeu-a um dilúvio de hereges, e muitos de seus ministros, em vez de defendê-la, se rebelam contra ela e abrem-lhe profundas feridas. Unem-se a estes os príncipes seculares que a oprimem com o ferro, com a devastação e o sangue. O demônio se esconde debaixo do manto de sociedades secretas e de uma filosofia mundana e sedutora, mas, falsa e corruptora: excita rebeliões, e suscita perseguições sanguinolentas. Deus, porém, desvanece os esforços do inferno e os faz servir para sua glória. Novas ordens religiosas, missionários incansáveis, pontífices grandes pela santidade, zelo e sabedoria, unidos todos em um só coração e em uma só alma, e fortalecidos pelo braço do Todo Poderoso, defendem heroicamente a verdade e levam a luz do Evangelho até os últimos limites da terra, conseguindo a Igreja novas conquistas e ainda mais gloriosas virtudes”.
    Lutero. – “Lutero foi o primeiro a levantar a bandeira da rebelião contra a fé católica, e foi o principal autor dos males que amarguraram a Igreja neste tempo. Com seu sistema perverso de submeter a palavra de Deus ao exame e juízo de cada um, causou mais dano à religião católica, do que todos os hereges da idade passada; de maneira que, se pode chamar este apóstata, o primeiro precursor do Anti-cristo. Nascido em Eisleben, Saxônia, e filho de um pobre mineiro, manisfestou, desde sua mais tenra idade, um gênio muito atrevido. A morte de um condiscípulo, que caiu a seu lado fulminado por um raio, induziu-o a entrar na ordem de Santo Agostinho. Por algum tempo pareceu mergulhado em profundas meditações, e agitado por escrúpulos e temores; porém, descobriu finalmente o orgulho que se abrigava em seu coração; e, declarando-se contra a autoridade do Pontífice romano, saiu do claustro e já não houve meio de dominá-lo. Oprimir aos outros com calúnias e tiranias, ridicularizar e desprezar as coisas mais augustas e santas; soberba, desregramento, ambição, petulância, cinismo grosseiro e brutal, crápula, intemperança, desonestidade, eis os dotes característicos deste corifeu do protestantismo. No ano de 1869 levantaram-lhe na Alemanha uma estátua qual insigne benfeitor da humanidade!!!”
    “No ano 1517, começou a pregar contra as indulgências, portanto, contra o Papa e progredindo na impiedade, formulou uma doutrina que, quer se considere em si mesma, quer em suas consequências lógicas e práticas, contamina tudo o que é sagrado, destrói a liberdade do homem, faz a Deus autor do pecado, e reduz o homem ao estado dos brutos. Entre suas impiedades, é bastante lembrar que, conforme ele afirmava, o homem mais virtuoso, se não acredita firmemente achar-se entre os eleitos, é condenado; e que pelo contrário, o homem mais miserável, irá diretamente ao paraíso, se acredita unicamente que há de salvar-se pelos merecimentos de Jesus Cristo. Tão abominável doutrina foi condenada logo pelo Papa Leão X; todavia Lutero mandou atirar ao fogo publicamente a bula. As Universidades católicas e todos os doutores, clamaram contra aquela impiedade e heresia; mas Lutero zombou deles e persistiu em sua revolta. Ainda que ligado por votos solenes, casou-se com Catarina de Bore, religiosa de um mosteiro de Mísnia. Teve desgraçadamente muitos sectários, que, sob o nome de protestantes, tomaram armas e devastaram todas as regiões onde lhes foi dado penetrar. Levavam escrito em seus estandartes: Antes turcos que papistas. Ao pensar algumas vezes nos grandes males que causava a nova reforma exclamava: “Só tu serás douto? Todos os que te precederam enganaram-se? Tantos séculos têm ignorado o que tu sabes? Que te acontecerá se te enganas e arrastas contigo a tantos para a condenação?” Eram estes os gritos de sua consciência que, a seu pesar, protestava contra suas impiedades; contudo não bastavam para fazê-lo voltar ao bom caminho”.
    Até aqui São João Bosco. Quero terminar com uma pergunta: Será “amigo apaixonado de Jesus”, será “um reformador de intenções corretas (não erradas): um apóstata, um precursor do Anti-cristo, um tão apaixonado inimigo da Santa Esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo?! Sabemos que São João Bosco converteu muitos protestantes… “Amigo apaixonado de Jesus”: este elogio foi feito pelo então papa Bento XVI; “Reformador de intenções não erradas”: estes elogios foram feitos pelo papa atual. Prefiro acreditar em S. João Bosco, que, sendo santo, nunca esteve contaminado por ecumenismo maldito.

    Lutero: Reformador?
    Textos e comentários extraídos do livro “A Igreja, a Reforma e a Civilização”, livro escrito pelo célebre, seguro e erudito Padre Leonel Franca, S. J.

    “Não é meu intuito humilhar aqui os protestantes. Quisera tão somente iluminá-los. Verdades que amargam são muitas vezes verdades que salvam.
    Lutero inaugura a sua missão com o gravíssimo pecado do sacrilégio e da apostasia. Jovem, era livre. Um dia, enamorado do ideal evangélico de perfeição, desejoso de seguir de perto a Cristo, estende espontaneamente a mão sobre o altar e pronuncia os votos religiosos de pobreza, obediência e castidade. Passam os anos (dois). Raia o dia do seu sacerdócio. Ainda uma vez, quando o crisma sagrado lhe ungia as mãos, o neo-levita renova a consagração do religioso. Mais tarde que faz Lutero de todas estas promessas firmadas com a santidade inviolável do juramento? Quebra a fé empenhada, rasga os seus compromissos, atira o burel do religioso às urtigas e enxovalha a candura da estola sacerdotal no lodo de um casamento duplamente sacrílego!
    O orgulho fizera o fedífrago, o orgulho cegou o doutor. Na sua autossuficiência dir-se-ia que esqueceu não só a humildade evangélica mas as reservas da modéstia mais elementar. Até ao aparecimento do seu Evangelho ninguém soubera quem era Cristo, que eram sacramentos, que era a fé, quem era Deus e a sua Igreja. Os Santos Padres, os Apóstolos, os Concílios, a Igreja toda errou! Sua doutrina é a única verdadeira. “Muito embora, escreve Lutero, a Igreja, Agostinho e os outros doutores, Pedro e Apolo e até um anjo do céu ensinem o contrário, minha doutrina é tal que só ela engrandece a graça e a glória de Deus e condena a justiça de todos os homens na sua sabedoria”. (Cf. Weimar, XL, 1 Abt., 132). Que demência de soberba!
    Mais ao vivo ainda se revela o frenesi desta inteligência decaída, nestas palavras que não têm semelhantes nos fastos do despotismo e do orgulho humano: “Quem não crê como eu, escreve Lutero, é destinado ao inferno. Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma coisa. Meu juízo é o juízo de Deus”. (Cf. Weimar, X, 2 Abt., 107). “Tenho certeza que meus dogmas vêem do céu… eles hão de prevalecer e o Papa há de cair a despeito de todas a portas do inferno, a despeito de todos os poderes dos ares, da terra e do mar” (Cf. Weimar, X, 2 Abt., 184). “Não devemos ceder aos ímpios papistas… Nossa soberba contra o Papa é necessária… Não havemos de ceder nem a todos os anjos do céu, nem a Pedro, nem a Paulo, nem a cem imperadores, nem a mil papas, nem a todo o mundo… a ninguém, “cedo nulli”. (Cf. Weimar, XV, 1Abt., 180-1). “Este Lutero nos vos parece um homem extravagante? Quanto a mim penso que ele é Deus. Senão, como teriam os seus escritos e o seu nome a potência de transformar mendigos em senhores, asnos em doutores, falsários em santos, lodo em pérolas”. (Cf. Ed. Wittemb. 1551, t. IV, pág. 378). Orgia de orgulho satânico ou caso de patologia mental?
    Não é pois de maravilhar que este homem assim enfatuado de sua ciência, depois de haver negado a infalibilidade do Papa e proclamado a liberdade de exame para legitimar os próprios excessos, se tenha arvorado em cátedra inerrante de fé, constrangendo os seus sequazes a curvarem submissos a fronte ante os arestos inapeláveis de suas decisões infalíveis. Não houve tirania mais insuportável nem arrogância mais impetuosa que a deste pregador do livre exame. Todos os seus correligionários gemem sob o peso de seu jugo de ferro. Münzer dizia: “há dois papas: o de Roma e Lutero, e esse mais duro”. Ao seu confidente Bulinger escrevia Calvino: “já não é possível suportar os arrebatamentos de Lutero; cega-o a tal extremo o amor próprio que não vê os próprios defeitos nem tolera que o contradigam”; e a Melanchton dizia Calvino: “com que impetuosidade fulmina o vosso Pericles! Singular exemplo deixamos à posteridade quando preferimos abrir mão de nossa liberdade a irritar com a menor ofensa um homem só! Dizem que é de gênio arrebatado, de movimentos impetuosos, como se esta violência não se exaltasse com lhe comprazerem os outros em tudo. Ousemos ao menos soltar um gemido livre”. (Calvini Opera, XII, 99). “Vivo na escravidão, como no antro de Cyclope”, murmura por sua vez Melanchton. (Bossuet, Hist, des variations, 1. 5, n. 15 e16). Contra Carlostadt, seu antigo mestre, que em tirar as conclusões da nova doutrina foi além do que pretendia o reformador, obteve o decreto de expulsão da Saxônia e não o readmitiu senão com a promessa de “não defender em público, por palavra ou por escrito, suas opiniões contrárias às de Lutero”. (Weimar, XVIII, 86 sgs). A Münzer, por motivo análogo, cassou a liberdade de palavra apesar do “verbum Dei non est alligatum”, que ele tantas vezes invocara contra a Igreja Católica. Assim entendia Lutero o livre exame!
    Ao ver esta prepotência com que o chefe da Reforma impunha despoticamente as suas opiniões, crê toda a gente sensata que nada mais firme, nada mais assentado e maduramente refletido que a nova doutrina. Erro. O inculcado emissário divino que modestamente se prefere a todos os doutores do céu e da terra, que blasona de inspirado do Espírito Santo, que recebeu “os seus dogmas do céu”, hesita, retrata-se, contradiz-se, assenta e destrói dogmas pelos motivos mais fúteis, muda de opinião como um ator de roupa.
    NB.: Entre os inúmeros exemplos apresentados pelo Padre Leonel Franca, cingir-me-ei apenas à alguns, para não cansar meus caríssimos leitores.
    “Quanto à origem e legitimidade de sua missão, em pouco mais de 15 anos, Lutero mudou pelo menos 14 vezes de parecer. (Cf. Döllinger, Die Reformation, III, 205 ss.)
    Em 1519 Lutero escreve: “Confesso plenamente o supremo poder da Igreja Romana; fora de Jesus Cristo, Senhor Nosso, nada no céu e na terra se lhe deve preferir”. (Cf. De Wette, I, 234). “Esta Igreja é a predileta de Deus; não pode haver razão alguma, por mais grave, que autorize a quem quer que seja a apartar-se dela e, com o cisma, separar-se da sua unidade”. (Cf. Weimar, II, 72.). Em 1520 na sua Epístola Luterana tece os mais rasgados encômios a Leão X, louva-lhe a vida intemerata superior a qualquer ataque. (De Wette, I, 498). Nesse mesmo ano já Leão X é o Anticristo, e a igreja romana “uma licenciosa espelunca de ladrôes, o mais impudente dos lupanares, o reino do pecado, da morte e do inferno” ( De Wette, I, 498).
    … Em 1523 escrevia: “Se acontecesse que um, dois, mil ou mais concílios decidissem que os eclesiásticos pudessem contrair matrimônio, preferiria, confiado na graça de Deus, perdoar a quem, por toda a vida, tivesse uma, duas ou três meretrizes, do que, consoante à decisão conciliar, tomasse mulher legítima e sem tal decisão não a pudesse tomar”. (Cf. Weimar, XII, 237).

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  13. Como o Eliseu disse acima, para quem conheceu Dr Plinio e sua obra, tudo isso está sendo uma confirmação de inúmeros ensinamentos, propagados com suor, sangue e lágrimas por ele, desde a década de 1930. A Revolução que começou com Lutero, seguiu com o Iluminismo/Revolução Francesa, e progrediu com o comunismo, desembocaria no tribalismo/satanismo, onde o mundo seria anárquico e regido por uma ‘pan’ religião.
    A reforma bergogliana – tanto na religião quanto na política (estímulo à imigração muçulmana, p ex.) o que é senão uma introdução do espírito tribal dentro do que restou da cristandade? O que ele deseja senão que cada bispo seja um pajé que faz o que bem entende no seu quadrado?
    Enfim, Dr Plinio e seus discípulos (o que inclui o Mons João e Arautos) ao escolherem para seu símbolo a Eucaristia, Maria, o Papado, e ao vestirem a Cruz de Santiago, discerniram onde se dariam as próximas batalhas decisivas da Cristandade… sacrilégios, exaltação de heresiarcas, dissolução do papado, invasão maometana…
    Quem sabe isso um dia ajude a entender as palavras de Pio XII após ler o 3º Segredo: “Feliz do Brasil”…

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