Entrevista com Thomas Murphy, porta-voz oficial da Peregrinação Internacional Summorum Pontificum a Roma, 3 de novembro de 2012.

Agradecemos ao Coetus Internationalis pro Summorum Pontificum por escolher o Fratres in Unum para divulgação exclusiva desta entrevista em português [cuja tradução é da Una Voce Natal].

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Thomas Murphy, você é o porta-voz oficial do Coetus Internationalis pro Summorum Pontificum: Qual é o objetivo dessa comissão?

O Coetus Internationalis reúne vários grupos de fiéis que estão trabalhando a seu modo em apoio ao [motu proprio] Summorum Pontificum. Unir esses grupos na caridade e trabalhar em cooperação são o nosso primeiro objetivo. O foco do Coetus Internationalis é organizar uma peregrinação a Roma no início de novembro.

Estamos usando a oportunidade do Ano da Fé e do 5 º Aniversário do “Summorum Pontificum” para convidar as associações, grupos e movimentos de fiéis de toda a Europa e do Mundo para se juntar a nós em Roma em uma expressão de apoio ao Santo Padre, e de dar graças por esta Magna Carta do Papa que libertou o rito gregoriano. Este é o nosso convite a todos os fiéis para afirmar a nossa fé católica e a nossa fidelidade ao Romano Pontífice, para expressar a nossa crença de que a liturgia latina tradicional é um instrumento perfeito da Nova Evangelização, inclusive pelo seu apelo para o jovem e por sua universalidade.

A peregrinação culminará com uma Missa Pontifical na forma extraordinária do Rito Romano às 10 horas do sábado 3 de novembro, na Basílica de São Pedro, o coração do mundo católico.

Quais são os movimentos que aderem à iniciativa?

A lista de movimentos está crescendo quase que diariamente. Temos a intenção de produzir uma lista inicial no lançamento oficial da romaria em 10 de setembro, mas alguns movimentos merecem menção especial. Falo também como secretário da Federação Internacional “Una Voce”, que deu o seu forte apoio ao Coetus Internationalis. As associações membros da nossa Federação, nos cinco continentes, especialmente a Una Voce Italia, têm participado ativamente da obra do Coetus Internationalis.

Uma excelente iniciativa nova foi o Coetus nationalis pro Summorum Pontificum (CNSP), reunindo grupos e organizações na Itália, incluindo algumas de nossas associações Una Voce. Gostaria ainda de fazer menção honrosa da experiente e reconhecida associação francesa Notre-Dame-de-Chrétienté, organizadora da peregrinação anual a Chartres, e da Foederatio Internationalis Juventutem, com atividade conhecida nas Jornadas Mundiais da Juventude, e que já confirmaram a sua adesão ao Coetus Internationalis nos últimos dias.

O apoio de todos esses grupos e movimentos é essencial se quisermos alcançar nosso objetivo de criar uma unidade de caridade e de cooperação entre os partidários do Summorum Pontificum, e, especialmente, de expressar nossos agradecimentos por Summorum Pontificum e nossa fidelidade ao Romano Pontífice durante a peregrinação a Roma em novembro. Reitero o convite a qualquer grupo que apóia Summorum Pontificum a registrar seu apoio ao Coetus Internationalis.

Você tem outros detalhes sobre o andamento de romaria, como exemplo, o nome do celebrante?

Estamos trabalhando tão ativamente quanto as férias de verão, sagradas em Roma, permitem-nos. O nome do celebrante será anunciado durante o lançamento oficial em setembro. Além da missa na Basílica de São Pedro, nós convidamos cada grupo que se junte a nós a realizar uma cerimônia ou reunião própria em Roma durante o fim de semana de Todos os Santos. Para este fim, nosso capelão, Padre Claude Barthe, autor de vários livros e artigos sobre questões litúrgicas, fará a ligação entre os grupos de peregrinos e os membros do clero que estarão em Roma nessa ocasião. Quem estiver interessado já pode contactar a nossa Secretaria por meio de cisp@mail.com ou  secretary@fiuv.org.

A romaria será oficialmente lançada em 10 de setembro, apenas oito semanas antes da missa de 03 de novembro. O tempo é curto. Vocês esperam que quantos romeiros façam a viagem a Roma?

É verdade que os prazos são curtos. No entanto, muito trabalho tem sido feito pelo Coetus Internationalis discretamente durante muitos meses. As estimativas que eu vi incluem entre 3.000 e 4.000 romeiros de todo o mundo.

Você mencionou que também é o secretário da FIUV? Que papel a FIUV tem desempenhado nesta romaria e que papel esta romaria tem nas atividades do FIUV?

Como a mais antiga organização de leigos a trabalhar para a preservação da liturgia latina tradicional, a Federação Internacional “Una Voce” esteve envolvida com isto desde o início. Nossa rede de associações e federações de 33 países nos cinco continentes enfatiza o trabalhar em cooperação e dentro de uma unidade em caridade. Era natural que a FIUV fosse um dos primeiros e mais firmes apoiadores do Coetus Internationalis.

Nossa Federação vem a Roma a cada dois anos para uma Assembléia Geral de Membros, mas estávamos ansiosos para fazer um esforço especial para celebrar o 5 º Aniversário de Summorum Pontificum, e demonstrar a nossa fidelidade ao Papa durante o Ano da Fé. A romaria em novembro será uma oportunidade ideal para fazer o que os católicos sempre fizeram, peregrinar aos túmulos dos Apóstolos, e declarar publicamente a sua fidelidade ao Papa.

Aquilo em que o Coetus Internationalis é diferente, e que deve agradar a todos que apoiam Summorum Pontificum, é o seu distanciamento de qualquer divisão. É um simples ato de amor por parte de muitas almas em muitos movimentos católicos que busca incluir a todos em nossa expressão visível da fé, de gratidão e de fidelidade. Para todos aqueles que compartilham da nossa fé católica, que compartilham da nossa gratidão por Summorum Pontificum, que compartilham da nossa fidelidade ao Santo Padre, e para todos aqueles que me ouvem, eu digo: Venham conosco a Roma!

7 comentários sobre “Entrevista com Thomas Murphy, porta-voz oficial da Peregrinação Internacional Summorum Pontificum a Roma, 3 de novembro de 2012.

  1. Creio que para eles serem totalmente justos,devem agradecer também a D.Fellay e a FSSPX pelos milhares de pedidos feitos a Bento XVI,pois se não tivesse o grande apoio deles,talvez ele não tivesse tido a coragem de liberar e equiparar a missa católica a missa mista de Paulo VI

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  2. Excelente, que Nossa Senhora conceda todas as graças necessárias a uma maravilhosa peregrinação.

    Que o Bom Deus abençoe o Coetus Internationalis, a Federação Internacional Una Voce, e também a Una Voce Brasil, que começa a caminhar em nosso país.

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  3. José Carlos Reis,

    Se Mons. Lefebvre não tivesse desobedecido João Paulo II naquele ato cismático e todos os membros da FSSPX tivessem humildade de obedecer o Santo Padre, provavelmente teríamos tido mais êxito em divulgar a Missa Tradicional dentro da Igreja e hoje a situação da Igreja estaria melhor.
    O ato de desobediência de Mons. Lefebvre só fez com que os progressistas conseguissem dar argumentos que a Missa tradicional e toda doutrina tradicional estavam fora da Igreja, enquanto jamais esteve. Esteve sempre na Igreja, mas poucos quiserem viver e rezar os sacramentos tradicionais em unidade com o Santo Padre.
    Sair da Igreja em nome de preservar a fé é um loucura. Como todo cismático ou herege, sempre há boas razões teológicas e filosóficas para defender a suposta ortodoxia católica a margem da Cátedra Petrina.
    Toda heresia e todo cisma gera um ˜bem” a Igreja por assim dizer. Como explica o tomista Sertillanges “Destas observações deduz S. Tomás o dever de gratidão para com quem assim nos tentou, sede qualquer sorte contribuíram para o nosso progresso, nalguma coisa. Directamente, sósomos devedores de verdade; indirectamente, devemos, aos que erram, o acréscimo deformação que, por intermédio deles, a providência nos proporciona. Ponderai o muito que a Igreja deve às heresias, e a filosofia aos seus grandes litígios. SemArio, Eutiques, Nestório, Pelágio, Lutero, não se teria constituído o dogma católico. Nãohouvesse Kant abalado os fundamentos do conhecimento humano, a criteriologia estava aindana infância. Se Renan não houvesse escrito sobre as origens cristãs, não possuiria o clerocatólico a formação histórica e exegética que possui.”.

    Existe uma missa católica, mas vários ritos. Entre os quais sem dúvida o Tridentino é o superior. A não aceitação da missal de Paulo VI, por mais pobre teologicamente que tenha sido elaborado não é possível para quem se diz católico.

    Abraço,
    Max

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  4. Max, o seu questionamento foi respondido no próximo post do blog: “Comissão Ecclesia Dei responde sobre sentido de Universae Ecclesiae nº 19.”

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  5. “A não aceitação da missal de Paulo VI, por mais pobre teologicamente que tenha sido elaborado não é possível para quem se diz católico”.
    Batata quente, queimou!

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