Por que Bolsonaro não respondeu à provocação dos bispos petistas?

Por FratresInUnum.com, 30 de julho de 2020 – Saiu hoje uma análise interessante da Profa. Ariane Roder, da UFRJ, cientista política, segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro resolveu não responder às críticas dos bispos petistas da CNBB por razões de “sobrevivência política”.

A análise da professora é especialmente interessante sobretudo por causa da inversão total da realidade objetiva.

Na verdade, o presidente da república não respondeu às provocações porque elas são superlativamente irrelevantes. Não possuem a mínima importância. Os bispos não têm mais apelo popular algum, tornaram-se um gueto que fala apenas para si mesmo, especialmente depois da sua resposta eclesialmente suicida à epidemia do vírus chinês.

Não é o presidente que precisa sobreviver politicamente, mas a Igreja no Brasil, especifialmente sua hierarquia, que precisa sobreviver (e em termos estritos). Apesar de não sermos militantes de nenhum movimento político, não podemos negar os dados objetivos: veja-se, por exemplo, a recepção que o presidente teve hoje no Piauí, tradicional rincão eleitoral do PT. Isso nada tem a ver com crise de popularidade…

Não existe no Brasil sequer um índice estatístico que demonstre algum crescimento da Igreja Católica. Ela está definhando enquanto as igrejas protestantes estão crescendo exponencialmente e atingirão a maioria da população na próxima década.

Ontem, o ex-senador Magno Malta fez em seu perfil do instagram um vídeo de comentário à tal carta que deveria causar profunda vergonha nos seus signatários, pressupondo que os mesmos fossem passíveis a tal sentimento. Em poucas palavras, ele simplesmente desmascarou o petismo flagrante dos bispos, mostrando que os mesmos sempre ficaram calados diante dos crimes do PT e, pior, diante de todas as blasfêmias cometidas pelos movimentos feministas e LGBTs, enquanto eles, os evangélicos, estavam defendendo o que seria a honra da Igreja Católica.

É verdade!

Adoecidos pela teologia da libertação, os bispos se tornaram defensores de todos os inimigos da Igreja, bajuladores da esquerda imoral e criminosa, amordaçaram os católicos que lutam em defesa da vida e da família em um discurso politicamente correto, enquanto a militância pela defesa da moralidade se tornou uma prerrogativa exclusiva dos pentecostais, sempre ridicularizados por eles como “obscurantistas” ou como suspeitos de uma mistura entre “religião e poder” (promiscuidade pela qual sempre primaram quando o assunto foi construir um país comuno-petista).

Enquanto os petistas amargurados da CNBB atacam o presidente da república, os pentecostais saem às ruas em demonstrações fervorosas de oração e, também por isso, conquistam o povo brasileiro e se tornam a força política mais importante, aqueles que são relevantes tomar como interlocutores.

Não é à toa que, ao ponto de nomear Renato Feder como ministro da educação (o que seria um desastre, dada a ligação dele com as fundações internacionais globalistas), foi um telefonema de Silas Malafaia que impediu o presidente de tomar esta infeliz decisão, levando-o a que nomeasse, por fim, um pastor, Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana. A indicação não foi do Pr. Silas, mas o veto, sim.

Ora, aqueles que amam a Igreja Católica precisam encontrar algum modo de acordá-la desta psicose destrutiva, deste fanatismo partidário. Sabemos que a mentalidade comunista cega as pessoas e as torna completamente impermeáveis à realidade. No entanto, sem um profundo choque de realidade, a Igreja Católica brasileira segue para o mais trágico naufrágio.

Nesta altura do campeonato, talvez o único recurso que tenhamos à disposição seja a pura e simples humilhação pública. Por amor, os católicos brasileiros precisam começar a humilhar intelectual e moralmente a CNBB, mostrar que eles estão loucos, abalar profundamente as suas crenças políticas tendenciosas, mostrar-lhes que eles estão se atirando (e nos atirando) para o precipício.

Desgraçadamente, essa arrogância institucional, esta soberba coletiva, misturada com a cegueira ideológica, fez com que a nossa Igreja se diluísse na mais completa desimportância no contexto nacional. É melhor para todos que os nossos líderes sejam humilhados agora do que termos de pagar o preço de uma humilhação histórica, da aniquilação social da Igreja Católica em nosso país.

Tudo que os comunistas tocam vira esterco. E isto está acontecendo com a nossa Igreja há décadas. Quanto tempo ainda precisaremos para refazermos humildemente o caminho de retorno?

23 comentários sobre “Por que Bolsonaro não respondeu à provocação dos bispos petistas?

  1. Comentário lúcido, objetivo, focado, percuciente. A outrora maior Nação Católica do mundo ocidental, continua sendo a Pátria da Santa Cruz, graças ao Frei Henrique que rezou a primeira Eucaristia ( que emoção encontrar a Cruz no museu da Sé de Braga ) em terras brasileiras, mas a Igreja Católica, fruto do esquisitismo esquizofrênico do colégio comuno-juvenil da CNBB, vem perdendo relevância na sociedade.

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  2. Realmente o que a Prof. Ariane diz é lamentavelmente verdadeiro. A Igreja Católica Apostólica Romana aqui no Brasil está sendo matada pelos próprios apóstolos que receberam a missão de encaminhar o rebanho!!!! Q triste!!!!!

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  3. Se eu pudesse falar a esses bispos brasileiros que assinaram esse protesto, se tivesse onde escrever para que eles lessem, eu diria o seguinte:

    Senhores bispos,
    Vocês serão marcados como a geração eclesiástica em cujo exercício a Igreja Católica afundou no Brasil.

    Não se trata apenas de uma crise mundial na Igreja, onde vocês são mais alguns dentre todos os bispos do mundo vivendo em uma crise contemporânea, porque em inúmeros países onde o secularismo avançou mais que aqui, a queda não foi tão drástica (países em todos os níveis de desenvolvimento).
    Não se trata de culpar o êxodo rural, a favelização, porque nesses novos ambientes as igrejas pentecostais tem construídos impérios.
    Não se trata de culpar pontificados que não aprovaram suas ações ou não aprovaram as mudanças que você queriam, porque conflitos entre Roma e bispados locais aconteceram também como um fenômeno mundial.
    Não se trata de um povo que mudou drasticamente e abandonou a fé e religiosidade, porque o povo brasileiro entrou pras seitas, algumas extremamente absurdas.
    Não se trata apenas de um povo que saiu porque queria modernidades e não suportou a rigidez católica, porque muitas dessas seitas são extremamente rígidas.
    Também não se trata de um povo que saiu porque queria mais rigidez, porque o espiritualismo sem o conceito de pecado também engordou com ex-católicos.
    Trata-se de vocês, da opção de vocês. Para a Igreja e para os católicos de nada serviram seus mestrados e doutorados em Roma, seus programas de comunicação caríssimos que só se comunicam internamente.
    Não é apenas uma disputa de progressistas e conservadores, onde vocês (que se dizem majoritariamente progressistas) acusam os conservadores por todos os fracassos; é a escolha de vocês em colocar a política como missão de vida. O catolicismo de vocês (progressista, conservador, ou o que for) era a segunda opção e só poderia existir em um mundo moldado pela visão política de vocês.
    Resultado, o ideal político de vocês não triunfou, e o povo mudou de religião. Não lhes sobrou nada! E vocês são tão fanáticos em sua utopia que só lamentam a derrota política, mas para o escandaloso fracasso religioso vocês dão uma desculpa entre os dentes de vez em quando.
    Por que seus sociólogos não estudaram a sociedade brasileira quando a religião católica começou a definhar?
    Por que seus comunicadores sociais não desenvolveram algo para chegar a essa população?
    Por que seus “projetólogos” futurologistas não montaram cenários do que iria acontecer?

    Vocês reclamam do crescente “extremismo” católico nas redes sociais. Sabem porque esses grupos crescem? Sem entrar em questões de fé, é porque esses grupos ficaram longe da ação de vocês, é porque o catolicismo desses grupos é extremamente devocional, marcado sim por teologias antigas (e cadê a moderna?). Tem seus problemas? Certamente que sim. Mas ficaram longe de vocês, e por isso conseguiram sobreviver. Saibam o seguinte, vão ser esses grupos o que vai restar da Igreja Católica no Brasil, serão sobreviventes à sua geração.

    Vocês tem idade, eu sou um homem relativamente jovem que por motivos de trabalho já pesquisou muitos jornais das décadas de 50, 60, 70 e 80. Ali aparece a relevância do que foi a Igreja Católica em um Brasil mais ou menos recente, mesmo sem ser uma religião oficial, mesmo com a urbanização já intensa, mesmo com liberdade religiosa (as desculpas de vocês para a queda). Praticamente em todos os jornais, de todos os direcionamentos políticos, havia matérias de capa sobre a Igreja Católica (e pasmem, não era falando mal!), em todas as capitais. Não falo isso por um saudosismo de algo que não vivi, falo porque isso é uma constatação, um retrato do que era o catolicismo no Brasil. As outras religiões (a época minoritárias) tinham algum respeito pela Igreja. Quarenta anos depois mais da metade dos que se diziam católicos não são mais, e os que sobraram não ligam para o que vocês dizem, ou por ser um catolicismo bem cultural ou porque são daquele grupo que vocês detestam e chamam de extremista. Vocês são apenas um grupo de burocratas que tem o controle sobre os bens de uma Igreja que um dia foi forte e majoritária, e é só por isso que as análises de conjuntura de vocês ainda são reportadas em algum lugar.
    Vocês são a cara do fracasso. E podem chamar isso de mensagem extremista ou de ódio, porque eu tenho consciência que não é, eu estou escrevendo calmamente, apenas com alguma tristeza porque é uma realidade muito triste. Aliás, não precisa nm ser católico para lamentar esse cenário deprimente.

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    1. Perfeito desabafo!! Faço meu cada palavra!
      Que Deus nos ilumine pois estamos num momento histórico pars santos ou condenados… não há como ficar morno.

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  4. Meu Deus, que escárnio esse clero brasileiro virou! Foi preciso um “pastor” e ex-senador sair em defesa da Igreja e esfregar a verdade no focinho desses lobos, enquanto do lado de cá os sacerdotes tão preocupados em atacar o presidente. E as paróquias continuam trancadas e/ou inacessíveis pra grande parte dos Católicos…

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  5. Excelente texto! É, sem dúvida, lamentável para um católico ver que protestantes tomam a dianteira do que por direito sempre foi prerrogativa da Igreja Católica em nosso país – noutros tempos, não teria sido um protestante, mas um Cardeal da Santa Igreja a alertar o presidente acerca de uma nomeação equivocada, só para dar um exemplo. Por outro lado, é isto um motivo de dar graças à Divina Providência, que não abandona o seu povo, mesmo quando os legítimos pastores por Ele postos à sua frente se mostram negligentes ou, pior ainda, cúmplices do erro, da blasfêmia e do pecado.
    A carta lamuriante dos ressentidos bispos, a propósito, faz-me recordar uma passagem do Evangelho em que, quando da entrada do Senhor em Jerusalém, outra lamúria se ouvia de parte de “alguns fariseus [que] O interpelaram no meio da multidão: ‘Mestre, repreende os teus discípulos’, ao que Ele respondeu: ‘Digo-vos, se estes se calarem, clamarão as pedras!'” (Lc 19,39).

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  6. Com razão é que o presidente Bolsonaro responde aos ataques do youtuber Felipe Neto e não aos pés-na-cova da CNBdoB. Felipe Neto tem mais eco e menos culpa, e precede os fariseus episcopais no Reino dos Céus.

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  7. Porque o Presidente Bolsonaro não respondeu aos bispos comunistas, primeiro , ele não é Psiquiatra; segundo, com maluco não se discute.

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  8. Como dizem: “Opinião cada um tem a sua.” A nobre cientista política deu uma visão “interessante, interessada, àqueles que a procuravam. Sobrevivência política? Onde? De quem? Uma carta que evoca “Carta ao povo de Deus”, sendo o Brasil laico e a própria CNBB “ecumênica” não condiz com o título. Parece que se equivocaram com o título e o remetente. De toda sorte, o baixo clero estariam mais preocupado com as futuras eleições afinal o que tem de “padres” galgando câmaras de vereadores, prefeituras ou meros assessores não é brincadeira. Assim, mais uma vez, a exemplo de Judas, se preocupam com os “pobres”, com o interesse na bolsa de dinheiro. E tristemente esquecem que “pobres sempre tereis convosco”. Sabemos que muitas paróquias, dioceses e até a Santa Sé, estão passando por dificuldades econômicas, e a exemplo da Seguridade Social do Estado, há muitos “assistidos” que se tornarma ” párocos, bispos e cardeais eméritos”, e são sustentados pelos dízimos. E como de onde só se tira, e não se põe acaba faltando, como sobreviver nesse retiro forçado?! O que server para nossa vida pessoal, afinal temos que gastar de acordo com que temos. O governo federal abriu as burras, Hoje nada fica às escuras, basta consultar os sites dos Poderes, de Ongs e dos municípios. O que falta é o uso correto e eficiente, o que foi dado aos estados e municípios conforme decidiu os deuses mortais do olímpo Supremo. Eleições às portas, o que não vai faltar oportucionistas usando o Santo Nome de Deus e da Igreja. Rezemos pela nossa perseverança final.

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  9. Tempos atrás, na social-comunista Arquidiocese de BH, acolhedora de sacerdotes idosos da facínora TL-PT, D Hummes pregou retiro espiritual(!) para os padres do socialista D Walmor, da equipe da CNBBesquerdista,152 ao todo e pró papa Francisco, enquanto os restantes deveriam se afastarem da CNBB por meio de um manifesto público de sua saída e o porquê!
    Dessa forma, cada bispo seria da situação pró lulopetistas e os outros dissidentes anti lulopetistas – se feito isso seria feito publicamente, promoveria-se uma assepsia na Igreja, e nem mais compareceriam às reuniões dos vermelhos!

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  10. É trágica a atual queda do Brasil no protestantismo – culpa, sem dúvida, do ‘clero’ nascido do Vaticano II -, mas acho que o próprio protestantismo está com os dias contados. É ainda ‘piedoso’ demais para as novas gerações que estão surgindo. O futuro, se Deus não intervir, pertence ao ateísmo\agnosticismo e à indiferença religiosa. Falo como educador, que convive com os jovens cotidianamente: toda religiosidade lhes repugna cada vez mais. As velhinhas ainda seguem a igreja (do Vaticano II), mas logo morrerão. As pessoas de meia idade estão tendo a desgraça espiritual de maciçamente passarem para o protestantismo, – mas um dia também morrerão. Sobrarão aqueles que agora são crianças e adolescentes, e nestes o veneno do inferno está sendo inoculado para serem muito piores que seus pais e deixarem filhos mais corrompidos ainda. Onde vamos parar?…

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  11. Essa vitória do Protestantismo (neo) pentecostal no Brasil é só aparente. Se um dia forem maioria serão uma maioria fragmentada. Os chamados evangélicos não-praticantes e “desigrejados” também está crescendo muito, e existe forte correlação entre porcentagens de evangélicos e sem religião. Não acredito que estão com essa bola toda.

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  12. Ótimo texto. Mas o tema é muito amplo e complexo. Acrescentaria se fosse possível, que a crise é de fé e moral e isso vêm de décadas, vêm de antes do CVII. As mudanças gerais da Igreja arrasaram tudo, a reforma liturgia só deu certo em pouquissimos países ( ex: polônia) mas foi um desastre. Houve um pico do progressismo no Brasil que foram os anos 70/80, porém as visitas pastorais de João Paulo II e padres conservadores (poucos, claro) somados à novidade da RCC e o auge da hoje falida Canção Nova, não deixaram a situação piorar de vez na década de 90. Hoje, pós anos 2000, com a RCC em crise, os bons morrendo e o Papa atual de linha progressista, estamos em um momento terrível. Mas, se é para comemorar algo, os frutos de Dom Marcel Lefvbre crescem a cada dia. O conservadorismo, o tradicionalismo cresce a cada dia e a próxima geração será melhor sim.

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  13. Sobrará um resto de Jacó, mas as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Igreja Católica Apostólica Romana)!

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  14. Por um lado ele certamente não deveria ter feito nada publicamente, mas deveria sim ter contatado a Santa Sé, pois as acusações dos sacerdotes são graves e um leigo não pode simplesmente não reagir diante delas, no entanto, não creio que o presidente Bolsonaro ligue para isso, pois por muito creio que ele não seja mais—infelizmente—católico.

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  15. O presidente Bolsonaro não respondeu à ala esquerdista da CNBB porque entendeu que essa ala barulhenta não representa os católicos, além de ter recebido pedido de ajuda financeira de emissoras católicas, capitaneadas por padre Eduardo Dougherty, da Rede Século 21. A emissora transmite uma série educativa, elaborada com a prefeitura de Guarulhos (de esquerda), em que o Artigo é considerado o “Companheiro” do Substantivo. Dificilmente convencerão como adeptos do Conservadorismo, programa do presidente. De notar, que demoraram muito para oferecer apoio ao mandatário, e com a condição de reciprocidade financeira, quando sabem que o governo assumiu com grande deficit nas contas públicas. O contraste com o apoio massivo dos evangélicos é flagrante. Só recentemente fizeram manifestação patriótica em Brasília com uma cruz para cada Estado. E a Século 21 divulga uma devoção das Mãos Ensanguentadas de Jesus (vai construir uma igreja com esse nome) quando “mãos ensanguentadas” é um símbolo maçônico, visível na escultura de Niemeyer no Memorial da América Latina. Então, o presidente percebe fragilidade conceitual na prática da Igreja Católica, debilitada pela infiltração do relativismo maçônico e pela teologia da libertação. Como ele poderá confiar nesse grupo como base de apoio de seu governo?

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  16. Excelente análise. Precisamos rezar sem cessar pela conversão desses padres e bispos que estão trilhando o caminho que leva a perdição e levando muitos fiéis com eles. Nossa Senhor de Angüera já vem nos alertando sobre essa situação da Igreja há muitos anos. Misericórdia Senhor!

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