Cardeal Rodé: “O Papa é muito de esquerda”.

O ex-prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, de origem eslovena, deu uma entrevista em que criticou Francisco por sua opinião sobre o capitalismo e a justiça social.

Março de 2009. Cardeal Rodé ordena seis novos para o Instituto Cristo Rei, na Itália.
Março de 2009. Cardeal Rodé ordena seis novos sacerdotes para o Instituto Cristo Rei, na Itália.

Por Andrea Tornielli | Tradução: Fratres in Unum.com –  O Cardeal Franc Rodé, que acaba de completar 80 anos e foi prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, deu uma entrevista à agência de imprensa nacional da Eslovênia na qual criticou o Papa Francisco. Nada relacionado ao Sínodo sobre a família ou a questões doutrinais. Antes, o que ele colocou em discussão foi outra doutrina, a social, que parece cada vez mais esquecida no mundo católico, conforme demonstrado por algumas páginas da “Evangelii gaudium”. De acordo com o cardeal esloveno, o Papa é “muito de esquerda”.

“Sem dúvida, disse Rodé -, o Papa é um gênio da comunicação. Comunica-se bem com o público, com a mídia, com fiéis”. “Uma grande vantagem – acrescentou – é que ele sempre se mostra simpático. Além disso, as suas opiniões sobre o capitalismo e a justiça social são excessivamente de esquerda. Vemos que o Papa é marcado pelo seu ambiente de origem. Na América do Sul existem grandes diferenças sociais e grandes debates sobre o assunto todos os dias. Mas essa gente fala muito e resolve poucos problemas.”

O artigo do jornal “Piccolo”, de Trieste, que reproduziu a informação da agência eslovena, recordou que o Cardeal (que viveu muitos anos na Argentina durante o regime de Tito), quando era arcebispo de Lubaina, dirigiu “a Igreja eslovena em direção a um claro modelo capitalista”. E, como todos sabem, a diocese de seu país, Maribor, sofreu uma derrocada financeira devido a investimentos muito arriscados.

Eslovênia: teste de DNA negativo para a paternidade do Cardeal Rodé.

Vatican Insider | Tradução: Fratres in Unum.com – O teste de paternidade realizado pelo Cardeal Franc Rodé para provar que ele não é pai do cidadão alemão, que afirmava o oposto, é negativo. A imprensa local de Ljubljana comunicou a notícia hoje.

Cardeal Rodé (à direita) no anúncio do resultado do exame.
Cardeal Rodé (à direita) no anúncio do resultado do exame.

Uma porta-voz do Instituto de Medicina Legal da Universidade de Munique, onde o teste foi realizado, confirmou que o Cardeal Franc Rodé definitivamente não é o pai da parte interessada. “Fico feliz de que os resultados sejam aqueles que eu esperava desde o início. A difamação desse tipo isola o homem em sua dor”, disse o Cardeal e arcebispo emérito de Ljubljana em uma declaração citada pela mídia.

No fim de agosto, o diário esloveno Delo publicou uma declaração de Peter S., um alemão de 42 anos, que afirmava ter nascido de uma relação entre Tanja Breda, sua mãe, e Franc Rodé, em 1969. Na época, o Cardeal Rodé era um jovem padre e professor na faculdade de teologia de Ljubljana.

O Cardeal negou veementemente essas afirmações, acrescentando que conversou com Peter S. por telefone a fim de esclarecer as alegações. Consequentemente, Franc Rodé concordou em passar por um teste de paternidade.

Cardeal esloveno que negou paternidade concorda em fazer teste.

Por Catholic Culture | Tradução: Fratres in Unum.com – O Cardeal Franc Rodé, prefeito emérito da Congregação para os Religiosos, concordou em fazer o teste de paternidade, confiante que este irá negar a alegação de que ele teria gerado uma criança no final dos anos 60.

O prelado esloveno afirmou: “Eu defenderei o meu bom nome e honra com todos os meios legais” em face da alegação feita por um homem de 42 anos de idade.

Cardeal Franc Rodé revela novos documentos para impulsionar a vida espiritual e frear “fantasias litúrgicas” entre os religiosos.

Cidade do Vaticano, 2 de fevereiro (Notimex) – O prefeito da Congregação para a Vida Consagrada do Vaticano, Franc Rodé, expressou hoje sua preocupação pela falta de oração nos conventos e pela queda no número de religiosos católicos no mundo.

O Cardeal reconheceu que o hábito de rezar entre os consagrados “apresenta hoje dificuldades” e por isso a Sé Apostólica apresentou um documento para impulsionar a vida espiritual, além de formar religiosos mais competentes em matéria litúrgica.

Em declarações à Rádio Vaticana, Rodé explicou que a intenção com este documento é frear as “fantasias litúrgicas” que “nem sempre são de bom gosto” e “não correspondem ao desejo ou vontade da Igreja, assim como ao espírito mesmo da liturgia”.

“Hoje, num mundo tão agitado como o nosso, a oração se torna certamente mais difícil. Devemos enfatizar a absoluta necessidade da oração na vida espiritual de um consagrado e de uma consagrada”, indicou.

O documento é examinado pela Congregação para o Clero em conjunto com a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

“Por um lado, existe uma certa ignorância, uma certa falta de conhecimento e de formação litúrgica em jovens religiosos e religiosas. Certos corretivos aparecem, portanto, como necessários”, apontou Rodé.

Segundo o Cardeal, está prevista a publicação de outro documento para atender a “queda enorme” no número de religiosos que afeta, sobretudo, as congregações de irmãos (como os lazaristas ou franciscanos) que, nos últimos anos, sofreram “grandes dificuldades”.

Ele considerou que um dos motivos da queda no número de vocações se deve a uma “certa falta de atenção” por parte da Igreja Católica à figura do cristão consagrado, que é um religioso celibatário sem ostentar o nível de sacerdote.

“Um irmão leigo não é, como se pensa e como o povo crê, alguém que não pôde, ou não quis, ou não podia por alguma razão, ser sacerdote. Trata-se de uma vocação que tem uma lógica em si mesma, que tem uma missão particular na Igreja”, apontou.

Fonte: Secretum Meum Mihi

Cardeal Franc Rodé: o Concílio Vaticano II despertou “a maior crise na história da Igreja”.

Em entrevista a John Allen Jr., do ultra-progressista National Catholic Reporter, o Cardeal Franc Rodé, prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, relata sua experiência ao retornar a seu país de origem, Eslovênia, após concluir seus estudos em Paris nos conturbados anos 70. Rodé é o responsável na cúria pelas ordens religiosas e atualmente supervisiona as visitações apostólicas aos Legionários de Cristo e às ordens religiosas femininas dos Estados Unidos:

Março de 2009. Cardeal Rodé ordena seis novos para o Instituto Cristo Rei, na Itália.
Março de 2009. Cardeal Franc Rodé ordena seis novos para o Instituto Cristo Rei, na Itália.

“Eu logo percebi que o que eu trouxe comigo dos meus estudos em Paris era de pouquíssimo uso”, disse. “Precisava estar próximo ao povo e respeitar as maneiras tradicionais que eles expressavam sua fé”.

Olhando para trás, Rodé acredita que o Vaticano II, enquanto planejava uma reforma moderada, despertou pelo contrário “a maior crise na história da Igreja”

“No século 16, durante a Reforma, muitos religiosos deixaram a Igreja e muitos conventos foram fechados, mas isso era geograficamente limitado mais ou menos ao norte da Europa”, disse. “Na Revolução Francesa, houve outra catástrofe, mas era limitada à França. A crise posterior ao Concílio Vaticano Segundo, entretanto, foi a primeira crise verdadeiramente global”.

“Pagamos um preço verdadeiramente alto devido a uma mentalidade secularizada, mundana”, disse.

Esse custo foi particularmente alto, acredita Rodé, na vida religiosa.

“Os dados estatísticos explicam”, disse. “Pegue o caso das freiras americanas: existiam 180.000 em 1965, e agora elas são apenas 59.000. A maioria está envelhecendo e as vocações simplesmente não existem. Podemos dizer o mesmo com relação aos Jesuítas e para a maioria das grandes congregações tradicionais”.

Thomas Fox, em sua coluna no próprio National Catholic Reporter, apresentando algumas fotos do Cardeal Rodé nas ordenações diaconais que conferiu a seis membros do Instituto Cristo Rei, afirma:

Olhando para estas fotos, se é movido a perguntar se o Cardeal Rodé, que, segundo o perfil dado por John Allen, é uma pessoa encantadora e um produto das velhas forças anti-comunistas européias, eslovenas, está, verdadeiramente, tão distante dos padrões culturais e sociais dos Estados Unidos, que possivelmente não consiga, de maneira justa, compreender as vidas e o trabalho de nossas religiosas. O Cardeal, cujo gosto pela igreja tradicional, monárquica, européia, pré-conciliar, está claramente evidente nestas fotos, disse a John [Allen Jr.] que o Vaticano II despertou “a maior crise na história da Igreja”. Nossas religiosas dedicaram suas vidas executando as ordens do concílio de serviço e reforma […] Também é verdade que julgamentos levam a julgamentos, e é por isso que um crescente número em nossas comunidades está perguntando: “Quem, exatamente, é esse homem que foi encarregado de julgar as almas, vidas, dedicação e fé de nossas religiosas?”.