Cardeal De Paolis sobre a comunhão a recasados: “Se for aprovada, as consequências seriam de uma gravidade inédita”.

A proposição 52 do Sínodo Extraordinário sobre a família. Artigo de Velasio De Paolis

IHU – O cardeal Velasio De Paolis reabre o fogo contra a comunhão aos divorciados em segunda união: “Se for aprovada, as consequências seriam de uma gravidade inédita”.

A nota é publicada pelo sítio Chiesa.it, 09-12-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O texto que segue – parte final de uma conferência proferida pelo cardeal no dia 26 de novembro na faculdade de direito canônico da Universidade San Dámaso, de Madri, Espanha – é uma prova de que o debate sobre a comunhão aos divorciados em segunda união continua vivo.

De Paolis, 79 anos, missionário scalabriniano, ilustre canonista, presidente emérito da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa , volta sobre o assunto tomando como objeto das suas críticas o parágrafo 52 da Relatio finaldo Sínodo de outubro passado, referente aos prós e os contras da comunhão aos divorciados em segunda união.

As considerações de De Paolis contra a comunhão aos divorciados em segunda união são aplicadas por ele também a todas as outras situações irregulares de coabitação, como explicado na primeira parte da conferência.

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A renúncia do nº 2 dos Legionários de Cristo.

Da perfil no Facebook do Reverendíssimo Pe. Deomar de Guedes:

deomar

1383562_10153387668220716_640143801_nInformações de Religión Digital: ‹‹ É o número 2 dos Legionários de Cristo. Foi o responsável maior pela congregação durante anos na Espanha. Tinha tudo para ser o líder da congregação fundada pelo pederasta Marcial Maciel a partir do próximo mês de janeiro. Porém, Deomar de Guedes, segundo Conselheiro Geral da congregação, abandonará a congregação para incardinar-se na diocese de Brasília. Segundo confirmação ao site Religión Digital, de fontes próximas ao religioso, De Guedes renunciará após constatar que “não há esperanças de mudanças” nos Legionários. “O que se está fazendo é tentar agradar a uns e outros para deixar tudo como era antes”. Essas fontes afirmam que a figura do cardeal De Paolis foi deixada em segundo plano pelos superiores da congregação. “Os 70% daqueles que eram superiores antes que se conhecesse o escândalo continuam em seus postos”, denunciam tais fontes ›› .

A seguir, a carta do Cardeal Velasio de Paolis:

paolis

A sombra de Marcial Maciel na visita Pontifícia ao México.

Da matéria de Andrés Beltramo Alvarez para o Vatican Insider:

México - Cristo Rei de Cubilete.
México - Cristo Rei de Cubilete.

O bispo de Roma permanecerá no territorio mexicano por três dias, mas sua agenda será muito reduzida, sendo previsto apenas cinco atos públicos. Descansará em boa parte do tempo, para se recuperar da viagem de 14 horas que fará na sexta-feira, 23 de março, quando o avião papal deixará a capital italiana com destino ao estado central de Guanajuato.

Não seria difícil, então, encontrar um momento livre no qual se poderia inserir um breve encontro com as vítimas do fundador da Legião de Cristo, uma obra religiosa que por muitos anos gozou de grande prestígio. Mas os obstáculos a este gesto do pontífice são muitos, e de grande peso.

Entre os que sofreram os ataques de Maciel há diversas posições [sobre a ausência do encontro], emboras todas críticas. Alguns ex-legionários pensaram ser possível que o Papa recebesse as vítimas, mas rapidamente se decepcionaram. No entanto, outros rechaçaram qualquer possibilidade de se encontrar com ele.

“A verdade é que era algo esperado. Eu interpretei a recente viagem ao México do delegado pontifício (para a reforma da Legião, Cardeal Velasio de Paolis), que não se reuniu com as vítimas, como uma resposta oficial de um não encontro com o Papa”, disse ao Vatican Insider Patricio Cerda, membro da congregação por 17 anos e atualmente um dos  propulsores da Associação de Ajuda às Vítimas da Legião de Cristo.

“Para mim, por um lado, é triste, porque de Bento XVI se espera mais do que o politicamente correto, se espera que seja verdadeiramente um pastor. Por outro, estão em jogo interesses de vários cardeais, inclusive o primaz do México (Cardeal Norberto Rivera Carrera), que defendeu Maciel até o fim. As vítimas diretas do fundador tampouco querem ser parte de um mero jogo midiático”, acrescentou.

E criticou ainda as palavras de [Padre Federico] Lombardi [porta-voz da Santa Sé], segundo o qual este problema não seria “sentido pela sociedade”. “Os casos reconhecidos de pederastia clerical, como o do fundador dos Leginários, foram de alcance mundial e continuam perseguindo a Igreja e a mesma instituição”, ponderou.

Com efeito, o caso de Marcial Maciel Degollado é emblemático, um escândalo de grande envergadura. Não só pelos abusos do sacerdote contra seus oito ex-alunos que, em 1998, tiveram a coragem de denunciá-lo publicamente e receberam, em troca, uma campanha de descrédito de alto impacto. Mas porque, durante anos, várias personalidades da Igreja mexicana e também do Vaticano tiveram conhecimento das acusações, mas simplesmente as ignoraram.

O caso está longe de se tratar de um simples episódio de pederastia. O sacerdote teve uma vida dupla, e até tripla. Por um lado, construiu uma congregação religiosa modelo e adquiriu o apoio de altos prelados, enquanto, por outro, cometeu diversos abusos sexuais, fez uso sistemático de drogas e teve amantes com as quais teve filhos.

Foi um verdadeiro choque quando, em maio de 2010, o Vaticano declarou que “os gravíssimos e objetivamente imorais comportamentos do padre Maciel, confirmados por testemunhos inquestionáveis, representam, em alguns casos, verdadeiros crimes e manifestam uma vida sem escrúpulos nem autêntico sentimento religioso”.

O reconhecimento formal dos abusos do sacerdote mexicano se converteu na conclusão simbólica do processo iniciado em 1998, quando um jornal do sul dos Estados Unidos difundiu pela primeira vez o testemunho das vítimas.

Desde aquele momento, e durante os anos seguintes, o caso Maciel foi motivo de divisão, a pedra de escândalo para a Igreja no México. Uma sombra que se estendeu até a Santa Sé e até mesmo a João Paulo II. Atualmente, interpela o próprio Bento XVI que, em maio de 2006, obrigou o sacerdote a se retirar em “uma vida de oração e penitência, afastado de todo ministério público”.

Nem depois desta sanção e da morte de “Nuestro Padre” (como o chamavam seus seguidores) os bispos mexicanos pronunciaram um claro “mea culpa”. Nem sequer aqueles que o defenderam. Pelo contrario, sua figura se tornou inconveniente, embaraçosa. Por outro lado, as vítimas se converteram, lentamente, nos principais acusadores – duríssimos – da Igreja.

Encabeçadas por José Barba Martín, agora se preparam para dar um novo golpe, em plena visita papal ao México. No sábado, 24 de março, enquanto Bento XVI descansa na residência do Colégio Miraflores de León, eles apresentarão na mesma cidade o livro “A vontade de não saber”. Trata-se de uma compilação de 212 documentos supostamente em poder da Congregação para os Religiosos da Santa Sé e que demonstrariam o acobertamento institucional dos delitos do fundador dos Legionários.

Excluindo da agenda papal no México o possível encontro com os abusados por Marcial Maciel, a Sé Apostólica deixará nas mãos deles mesmos o “monopólio” de um assunto capaz de criar numerosos problemas. E perderá a oportunidade de sair definitivamente de baixo da sombra do indigno fundador. Porque no futuro todos poderão reclamar que o Papa ignorou as vítimas. E terão razão.

Às “consagradas” que deixam o Regnum Christi: “não façam proselitismo!”

Por Patrícia Medina

Cardeal Velasio de Paolis
Cardeal Velasio de Paolis

O Delegado Pontifício para os Legionário de Cristo, Cardeal Velasio De Paolis, escreveu uma carta aos membros do Regnum Christi (RC), movimento leigo vinculado à congregação, comunicando-os que o Padre Agostino Montan, CSI, será o novo responsável pelas consagradas do RC (ele já é responsável pela  Ordo Virginum em Roma) e o Padre Ghirlanda, SJ, será o responsável pelos homens consagrados do movimento.

Na carta, o cardeal afirma esperar “que nenhuma das que tenham a intenção de deixar o Regnum Christi se deixe levar pela tentação de persuadir e de fazer proselitismo junto às outras que pretendem permanecer firmes e perseverar fiéis aos compromissos assumidos. Como justamente se exige o respeito pela escolha de quem deixa esta obra, do mesmo modo se deve esperar para quem –e são a grande maioria — pretende perseverar na escolha já feita no Regnum Christi.”

Essa afirmação corrobora as notícias que temos de fontes internas: as senhoritas “consagradas” estão saindo do movimento em grande número e as que já saíram estão dando suporte espiritual, emocional e logístico para as que estão dentro e prestes a sair. Segundo o prestigioso vaticanista Sandro Magister, cerca de metade das 800 “consagradas” já deixou o movimento.

Rezemos pelas bravas mulheres que, escolhendo a vida fora do Regnum Christi, ‘permanecem firmes e perseveram fiéis ao compromisso’ batismal, esse sim, um compromisso que jamais podemos abandonar!

Responsável por ramo feminino do Regnum Christi deixa movimento. Outras 30 consagradas seguem o mesmo caminho.

Nota da tradutora: Como afirmei anteriormente, os números dos que estão deixando os Legionários de Cristo e o Regnum Christi são bem maiores do que divulgam oficialmente. Muitos padres, em processo de incardinação nas dioceses, ainda fazem parte dos números oficiais da Legião dado que, a rigor, ainda são padres legionários, pelo menos por enquanto.

Minhas fontes me dizem que muitíssimas consagradas já deixaram o Regnum Christi. O texto da Associated Press fala em 400 mulheres. Disseram-me também que a grande maioria das 30 que saíram do ramo feminino das consagradas é de senhoritas do alto escalão, com posições de diretoria e comando.

Patrícia Medina

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Grupo se separa do ramo feminino da Legião de Cristo

Consagradas do Regnum Christi ao lado de Pe. Maciel, uma de suas mulheres e sua filha.
Consagradas do Regnum Christi ao lado de Pe. Maciel, uma de suas mulheres e sua filha.

CIDADE DO VATICANO (Por NICOLE WINFIELD, Associated Press) – O ramo feminino da ordem religiosa infestada por escândalos, os Legionários de Cristo, entrou em turbulência nesta terça-feira depois da renúncia de sua líder e da decisão de cerca de 30 membros de separar-se do movimento.

Domingo, Malen Oriol anunciou numa carta que havia pedido renúncia como assistente do diretor geral da Legião, congregação que o Papa Bento VXI assumiu o controle em 2010 depois que a ordem revelou que seu falecido fundador molestou sexualmente seminaristas e foi pai de três filhos.

Em sua função, Oriol liderava o ramo das mulheres consagradas da Legião, cerca de 600 mulheres que vivem como freiras e atuam nas escolas legionárias, no recrutamento [de novos membros] e na arrecadação de fundos.

Oriol também revelou que um grupo de mulheres consagradas decidiu deixar o movimento e viver suas vocações sob a autoridade dos bispos locais – um duro golpe para a Legião, uma vez que grupos de reformadores agora estão saindo do movimento porque seus superiores estão se recusando a mudar.

Uma investigação vaticana em 2010 concluiu que o fundador da Legião, padre Marcial Maciel, foi um farsante e descobriu sérios abusos espirituais e psicológicos dentro da Legião e de seu ramo de consagrados.

O Papa Bento nomeou um oficial vaticano de confiança, cardeal Velasio De Paolis, para dirigir a Legião e supervisionar um processo de reforma e purificação para livrá-la dos abusos. Mas De Paolis tem sofrido críticas: que ele está agindo lentamente demais, que a problemática cultura legionária não mudou e que os mesmos superiores que acobertaram os crimes de Maciel continuam em posições de autoridade.

Dezenas de padres e cerca de 400 mulheres consagradas do ramo feminino do Regnum Christi já deixaram o movimento desde que as revelações da vida dupla de Maciel vieram à tona em 2009.

A maioria dos padres que saíram tornou-se padre diocesano. Mas a maioria das mulheres consagradas que saiu simplesmente retornou à vida como católicas normais: trabalhando, estudando, casando.

O que torna o êxodo das 30 consagradas significativo é que elas procuram continuar vivendo suas vocações religiosas sob a autoridade dos bispos – algo que é problemático para a sobrevivência da Legião, dado que mostra que há potencialmente uma maneira de continuar a viver um estilo de vida similar [de consagração] fora da Legião, se outros assim o desejarem.

O Padre Thomas Berg, um americano que deixou a Legião em 2009, disse que a única maneira da Legião seguir adiante é que grupos como esses brotem e “saiam da casca da Legião e proponham uma forma renovada da vida religiosa”.

Ele nota que existem precedentes históricos: “Grupos de reforma brotaram dentro da família franciscana de tempos em tempos para ‘reformar’ a ordem e constituem um novo tipo de comunidade Franciscana”, disse num email.

Ele disse que a diferença é que a própria Legião não sobreviveria à formação de tais grupos. “Mas é precisamente o que deve ocorrer: a Legião de Cristo como nós a conhecemos deve desaparecer. E uma nova família religiosa, purificada, precisa nascer.”

A renúncia de Oriol como cabeça do ramo consagrado, apesar de esperada, é outro golpe. Nos últimos 3 anos, os quatro irmãos Oriol – todos proeminentes padres legionários – deixaram a ordem.

Não ficou claro se Oriol se juntaria às mulheres consagradas que estão deixando o movimento. Ligações feitas à sede das consagradas em Roma não foram atendidas e um porta-voz legionário disse que não sabia.

Numa declaração feita na terça-feira, a Legião confirmou o conteúdo da carta de Oriol e desejou sucesso para as consagradas nas suas novas vidas.

“Estamos profundamente agradecidos por todos os anos que elas viveram como consagradas do Regnum Christi”, dizia a nota.

Bento VXI ordenou uma investigação no ramo consagrado após descobrir sérios problemas com a maneira de vida dessas mulheres: elas não tinham nenhuma proteção canônica real e ex-membros reclamaram de abusos espirituais, psicológicos e emocionais oriundos das rígidas regras que governavam quase todos os aspectos de suas vidas.

De Paolis anunciou em novembro que as mais de 1000 regras eram inválidas, não tinham caráter legal e seriam diminuídas até um conjunto básico de normas. Ele afirmou que o ramo consagrado do Regnum Christi deve ser independente da Legião, mas os detalhes dessa independência não foram ainda pensados.

Os escândalos da Legião se colocam como um dos piores dos da Igreja Católica no séc. XX, já que o Papa João Paulo II tinha Maciel como um modelo, ainda que o Vaticano soubesse, por mais de uma década, de acusações confiáveis de que ele era um pedófilo.

Bella domanda.

Por Patrícia Medina

Cardeal Velasio de Paolis
Cardeal Velasio de Paolis

O Cardeal Velasio de Paolis, delegado pontifício para os Legionários de Cristo, concedeu uma entrevista à agência Associated Press nesta última semana.

O Cardeal descartou qualquer futura investigação sobre os crimes do padre abusador Marcial Maciel, fundador da ordem: “Não vejo que bem uma investigação mais profunda poderia trazer. Ao contrário, nós correríamos o risco de nos encontrarmos numa intriga sem fim. Pois existem coisas que são privadas demais para eu investigar”.

O Cardeal também afirmou que “quatro ou cinco” vítimas de abuso sexual por parte do padre Maciel vão ser indenizadas. O valor para cada um será de U$ 21.000,00 a U$ 28.000,00. O valor é modestíssimo. No ano de 2007, por exemplo, a arquidiocese de Los Angeles foi obrigada a pagar U$ 660 milhões para 500 vítimas de abuso sexual.

Ao ser perguntado sobre o carisma legionário, o Cardeal hesitou. “Bella domanda,” disse ele. “Boa pergunta”. A resposta dos padres legionários não tardou: “Sobre o carisma, sabemos que o Cardeal De Paolis, com grande visão teológica e canônica, não vê o carisma de uma congregação como algo que pode ser definido numa palavra ou frase famosa, mas acredita que [o carisma] consiste num conjunto de elementos característicos de espiritualidade e apostolado. Assim, a questão de “definir o carisma numa frase” não cabe”.

Como bem lembrou um comentarista do blog Life After RC, os carismas se definem com “frases famosas”. Senão, vejamos, entre outros: Ora et labora  – Beneditinos; Caritas Christi urget nos – Irmãs da caridade; Zelo Zelatus sum pro Domino Deo Exercituum – Carmelitas Descalços; Laudare, Benedicare, Predicare – Dominicanos; Ad maiorem Gloriam Dei – Jesuítas; Stat Crux dum volvitur orbis – Cartuxos; Da mihi animas et cetera tolle – Salesianos.

Finalmente, o Cardeal De Paolis começa a desfazer a estrutura que permitia que os padres Legionários de Cristo tivessem controle sobre o Regnum Christi. No que vem sendo chamado de “divórcio institucional”, o Cardeal eliminou a figura do superior legionário para as pessoas consagradas do Regnum Christi, afirmando, numa carta publicada no dia 17 de outubro, que os membros do “reino” devem ter uma “justa independência” na forma que a Igreja afirma em seu Código de Direito Canônico. Atualmente, disse o Cardeal, existem muitos pontos de devem ser reavaliados e que exigem esclarecimentos.

Cardeal De Paolis critica duramente “desacordo” ao interior de Legião de Cristo.

ROMA, 11 Jul. 11 / 02:33 pm (ACI/EWTN Noticias) Um ano após ter assumido suas responsabilidades como Delegado Pontifício para a Legião de Cristo, o Cardeal Velasio de Paolis avaliou em um discurso a atual situação da congregação religiosa e criticou duramente os dissidentes que promovem críticas que geram divisão e tensões internas.

Em um extenso discurso pronunciado em italiano no Centro de Estudos Superiores da Legião em Roma no último 3 de julho, o Cardeal apresentou uma “apreciação provisória” do que considera que ser “um terço” do caminho percorrido rumo ao capítulo geral da Legião de Cristo que, dentro de dois anos, deveria aprovar mudanças, incluindo a revisão de suas constituições.

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Delegado Pontifício decreta fim de “núncios” de Marcial.

Bento XVI e Cardeal De Paolis, delegado pontifício para a reforma da Legião de Cristo.
Bento XVI e Cardeal De Paolis, delegado pontifício para a reforma da Legião de Cristo.

(IHU) Era uma rede de informantes, um “Big Brother” construído ingeniosamente por Marcial Maciel Degollado para manter o controle sobre todas as áreas da congregação que ele fundou e, em um certo ponto, cresceu excessivamente: os Legionários de Cristo. Um grupo de personagens fiéis ao diretor-geral e que só a ele prestavam contas. Eram os olhos do fundador sempre abertos, dispostos a informar a todo momento. Até hoje são chamados de “núncios ordinários” e, graças a Deus, já não existirão mais.

A nota é de Andrés Beltramo Alvarez, no blog Sacro & Profano, 01-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um decreto do cardeal Velasio De Paolis, o delegado pontifício para a reforma da congregação, estabeleceu o seu desaparecimento. O purpurado decidiu anular definitivamente os números que vão do 553 ao 560 das Constituições legionárias, parágrafos que regulavam justamente o trabalho desses peculiares funcionários.

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