Os próximos agraciados no Ano da Misericórdia.

o-beijo-de-judasDom Rogelio Livieres ✔

Dom Robert Finn ✔

Dom Mario Oliveri

Dom Antonio Carlos Altieri ✔

Dom Tomé Ferreira da Silva…

Dom Aldo Di Cillo Pagotto…

Não, nosso propósito não é generalizar os casos dos bispos acima citados. Cada um tem suas virtudes e defeitos. Também não são exatamente da mesma “orientação político-eclesiástica”, todavia, são todos mais conservadores que a média do clero pós-conciliar. Grosso modo, representam a Igreja de João Paulo II e Bento XVI, dos apegados mais à letra do Concílio Vaticano II que a seu “espírito”, em contraposição à Igreja dita aberta e reformada de João XXIII e Paulo VI. O crime maior que lhes é atribuído é o de fechar as janelas para os ventos da mudança.

Há alguns meses, escrevíamos:

Em tempos de Francisco, o roteiro é quase sempre o mesmo: um bispo, mais ou menos conservador, que se indisponha com seu clero ultra progressista tem os dias contados. A quadrilha liberal, muito bem articulada, nessas horas torna-se inclusive moralista e, bradando a quatro ventos os supostos pecados (aqueles que nas saletas de confissão eles dizem não existir) do ordinário, pedem sua cabeça… Ao que a Santa Sé, através da Nunciatura Apostólica, mui ciosa da “comunhão” do presbitério da diocese, envia um visitador que elabora um relatório, cujo resultado culminará quase que invariavelmente sugerindo a renúncia do bispo. Se ele se recusar a renunciar, é bem provável que seja removido sem dó nem clemência — e nem audiência de misericórdia com o bispo de Roma, como ocorreu a Dom Rogelio Livieres.

Você, caro leitor, tem um bispo um tiquinho só mais conservador, com um mínimo de piedade e zelo? Pois, então, coloque sua barba de molho.

Pois bem, os próximos agraciados neste Ano da Misericórdia devem ser Dom Tomé Ferreira da Silva e Dom Aldo Di Cillo Pagotto, bispo e arcebispo, respectivamente, de São José do Rio Preto e da Paraíba.

Os erros e desvios de que são acusados podem ser, e às vezes são, reais. A investigação sobre Dom Aldo, a exemplo da visitação desencadeada sobre os Franciscanos da Imaculada, teve seu ponta-pé inicial ainda sob Bento XVI, com o conservador Cardeal Piacenza, então Prefeito da Congregação para o Clero. O visitador da Arquidiocese da Paraíba foi ninguém menos que o também conservador Dom Fernando Guimarães, ordinário dos militares no Brasil.

Os bons não são imunes ao erro, nem impecáveis, e não devem, portanto, estar acima da lei.

O que é questionável é o fato de, nos tempos da misericórdia de Francisco, a lei ser aplicada exclusivamente sobre alguns. E, quase sempre, aplicação movida por questões políticas, como demonstra claramente a matéria abaixo:

paraiba

Em suma: “divisão na Igreja” causada pela “postura do arcebispo”; o clero descontente tem “saudade dos antecessores” — ninguém menos que os ultra-progressistas da Teologia da Libertação; um dos gravíssimos pecados de Dom Aldo é formar rapazes conservadores, que só pensam em liturgia…

Dentre outros erros imperdoáveis, Dom Aldo também falou abertamente contra o PT, por ocasião das eleições de 2010, e recentemente suspendeu um padre de seu clero deputado por esse partido. Para piorar, ousou redigir um opúsculo questionando a tese Kasper, aquele que, segundo Francisco, faz teologia de joelhos e mereceu por ele ser elogiado publicamente mais de uma vez.

Enfim, para defenestrar seus inimigos, os progressistas não abrem mão dos métodos mais sórdidos, o que não é novo. Acusam, inclusive, de pecados contra o sexto mandamento — aquele pecado que o Papa desculpou publicamente no vôo em que proferiu a frase mais célebre de seu pontificado, justificando a manutenção em seu posto de um de seus colaboradores mais próximos.

A novidade consiste em que, agora, em Roma, os modernistas têm quem dispense a seus desafetos o golpe final de misericórdia: a renúncia ou a destituição.

16 comentários sobre “Os próximos agraciados no Ano da Misericórdia.

  1. Eu, tinha esperança de um bom bispo autenticamente católico em minha diocese, esta impregnada pela maligna TL. Hoje vendo o caso destes bispos perseguidos, só me resta um medo de tudo continuar ou piorar ainda mais…Ouvi de um padre santo alguns mêses atrás: Agente não pode cair em desespero isso seria um pecado grave!!! Senhor, tem piedade de nós! Socorra nos!

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  2. Se estes bispos adotassem uma postura genuinamente católica, como a de um bem aventurado Pio IX, um São Pio X não teríamos um “Caso D. Vital” a nível mundial?
    Isto antes de mais nada, teria que haver uma disposição para tudo em especial para o martírio. Estariam dispostos?
    Uma Resistência autentica, sem “gatoloquices” resultaria um prejuízo irremediável para os “filhos das trevas” infiltrados no seio da Santa Igreja. É certo que a Divina Providencia tiraria deste mal (estas perseguições) um grande bem. É o que desejo de todo coração.
    Abandonar esta posição “semi” no momento me parece algo irrealizável, a não ser com um milagre de primeira grandeza e isto pode sempre acontecer e aconteceu ao longo da Historia.

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  3. Tanto movimento contra aqueles que são apenas conservadores da letra do Vaticano II, quando sabemos qual o destino, no caso da obstinação, é reservado para esses maus padres. Pobres almas! Urge rezamos por eles, pois o que sofrerão no Inferno é inimaginável, mesmo se os tais não acreditem no lugar de sofrimento perpetuo. Se já beberam o veneno da revolução, devem expurgá-lo de seus corpos, pois mesmo não acreditando nos seus mortíferos efeitos, pagarão caso nada façam com urgência!

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  4. Vai chegar uma hora que não vai dar mais para se esconder. A divisão está ficando cada vez mais nítida. De fato existem duas Igrejas, o Concílio dividiu, numa obra ainda pior que a de Lutero. A divisão do Concílio está mascarada pela obediência à Hierarquia e pela Comunhão. O demônio, num golpe só, trouxe a obediência e a comunhão, para o seu serviço, pervertendo e macaqueando aquilo que o Senhor criou, típico de sua pessoa nojenta. Muitos ainda vão cair na traição – Deus nos livre – muitos ainda serão erguidos pelo Senhor, muitos perderão tudo em nome da fidelidade a Deus e ao Evangelho. Perder o governo de uma Diocese ou Paróquia é apenas o começo das dores. Convenhamos, perto do que está pra vir isto não é nada. Entretanto, vamos deixar São Paulo falar: “tenho pra mim que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que em nós a de ser revelada”. Vamos pedir a perseverança final na fidelidade do Evangelho e a coragem para lutar até o fim, que não deve estar tão longe.

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  5. Engraçado disso tudo é que boa parte do clero de hoje considera como ‘conservador’ quem apenas pretende observar o que diz o Concílio Vaticano II (a letra, e não o espírito), como por exemplo, a permanência do latim na liturgia, o uso do hábito eclesiástico, entre outras coisas. É aquilo que Bento XVI já falava: o CVII é pouco conhecido e ficam enaltecendo o “espírito” do mesmo. Coisa de maluco.

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  6. Parece não ter mais para onde ir, infelizmente àqueles que deveriam guardar o depósito da fé e pela salvação das almas deveriam terem-se graduado em Serviço Social ao invés de serem pseudos pastores e causa de escândalos para os fieis. Dom Aldo siga em frente e agrade a Deus e não aos homens.

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  7. Não preciso colocar “minhas barbas de molho”.
    Quem tiver ouvidos para ouvir(e olhos para ver), ouça e veja…

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  8. D Aldo Pagotto, um dos raros bispos na net que conheço que desafia frontalmente as ideologias, não é omisso; ao contrario, destemido e que não é dos que se furtam às obrigações e que comungam com os seguidores do servo de deus D Hélder Cãmara e sucessores da direção da vermelha CNBB, certamente deve há muito esperar o golpe que lhe seria aplicado!
    Qual bispo, pelo menos na net, que tem coragem ao menos de pronunciar palavrão” indecoroso Partido dos Trabalhadores?
    Incriminar, interpelar, pelo menos que tenha conhecimento, nunca ouvi, á exceção dele e do falecido D Bergonzini!
    O CCC – comando de caça aos conservadores – está a todo vapor!
    Sei não, mas se os comunistas estão crescendo vigorosamente no mundo e no Brasil, parece-me aplicar direitinho as profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso para os atuais silentes e/ou coniventes eclesiásticos, a partir de dentro do Vaticano:
    “Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem”.

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  9. O texto do Frates está claro. Dom Aldo Pagotto representa a Igreja de João Paulo II e Bento XVI – que é uma continuação dos reinados de João XXIII e de Paulo VI. Dom Aldo até onde eu saiba, apesar de ter sido membro da TFP, nem de longe segue o anti-modernismo de São Pio X.

    Os que estão tramando a sua queda são os padres comunistas mais ardidos. Se não está bom com D. Aldo Pagotto, pior sem ele, pois seu substituto aceleraria a autodemolição da Igreja.

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  10. Se o Vaticano punir Dom Aldo, então ficará patente, pelo menos implicitamente, a posição que pode ser adotada no próximo sínodo sobre a família! É que o bispo juntamente com outros dois (quiçá sejam eles também os próximos “alvos de exclusão”) redigiu um catecismo de 100 perguntas e respostas pondo os “pingos nos ís” sobre o assunto a ser discutido de acordo com a doutrina católica tradicional, isto é, contra as abominações proferidas pelo cardeal Kasper! Sem dúvida alguma, os piores dias da Igreja são estes! Orate frates!

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  11. O problema com o clero “conservador” é que a maioria deles busca apenas “conservar” seus cargos e privilégios, então por algum motivo Deus está permitindo que eles os percam:
    “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo Evangelho salva-la-á!” (Marcos 8:35)
    Dom Lefebvre foi um dos poucos que não temeu perder cargo, privilégios e até o seu bom nome pela causa de Cristo e seu amor às almas que lhes foram confiadas.
    O Sínodo da Sodomia será a prova de fogo para o clero conservador.

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  12. É bom lembrar que Dom Aldo já foi hostil contra os tradicionalistas e fez elogios descarados a membros da nova teologia condenados por Pio XII. Agora ele está do outro lado, sentindo um pouco do que nós sentimos. É hora de mostrarmos a ele que os verdadeiros inimigos da Igreja não somos nós e sim seus perseguidores, assim como o Pe. Paulo Ricardo teve nossa defesa, mesmo que ambos sustentem posições totalmente contrárias a nossa em referência ao CV II.

    Sempre fomos dócil ao magistério da Igreja. Apenas defendemos com obediência e resignação o que o magistério dos Papas pré-concílio ensinaram, como a Mortalium Animos, Quanta Cura, Syllabus, dentre outros; e não rejeitamos o CV II por mero capricho ou rebeldia, mas por apenas esse apresentar proposições que aparentemente contradigam esses ensinos anteriores e por ter-se declarado pastoral sem pretender modificar a doutrina anterior, mas apresentá-la de um jeito novo. Por dedução, se aceitamos o ensino anterior, consequentemente, na visão do bispo também aceitamos o CV II.

    Tem a nossa empatia e nosso apoio Dom Aldo.

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  13. O texto publicado distorce a verdade.
    Sim, a igreja de Jesus é a igreja do perdão. E é por isso que padres como D. Aldo não devem ser julgados como indivíduos, não devem ser condenados ao inferno, não devem ter suas fraquezas pessoais tratadas como pecados mortais.
    As críticas ao bispo não passam por aí. As críticas são ao seu papel como pastor de um rebanho grande, como funcionário da Igreja cheio de responsabilidades — e que não cumpre esse papel. Que fecha os braços em vez de estender a mão. Que persegue seus próprios padres, que afirma que eles devem estar fora da política para no outro dia ir beijar a mão de Cássio e sair em passeatas contra a presidenta — o que demonstra claramente que ele está é bem dentro da política, e escolheu um lado, exatamente como aqueles que ele próprio condena.
    Os padres progressistas, NÃO são uma maioria que persegue os bispos coitados, não verdade são a minoria perseguida. A minoria que teve se calar sob as botas de Ratzinger, e que continua lutando para não se calar sob as botas do bispo. Os padres progressistas não tem poder para expulsar bispos, e não estão em conluio com o papa Francisco. Como o próprio autor escreveu, a investigação começou ainda com o papa antigo.
    Em suma, trata-se de uma sequência de distorções, com o sentido claro de culpabilizar as vítimas, e absolver os algozes.
    Como já foi dito muito bem, não se deve confundir a resistência do oprimido com a violência do opressor.

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