Padre Roger e o seu novo catolicismo.

FratresInUnum.com, 22 de janeiro de 2021 – O Brasil conhece muito bem o “culto à personalidade” enormemente utilizado pela esquerda como técnica para messianização dos seus líderes. O ex-presidente e condenado Lula, por exemplo, foi sempre glorificado pela esquerda católica a tal ponto que recentemente Leonardo Boff chegou a confessar que, em suas missas, quem fazia a homilia era Lula e, falando sobre um carcereiro da prisão em Curitiba, afirmou que “ele se converteu a Lula”. Não é à toa que, sob a organização de Mário Lopes, publicou-se recentemente um livro intitulado: “Lula e a espiritualidade: oração, meditação e militância”.

Padre Roger Araújo

Pois bem, para a nossa surpresa, após a posse de Joe Biden como presidente da América, o Padre Roger Araújo, da Canção Nova, publicou um tweet em que dizia:

“Os EUA é uma nação de maioria protestante. Dos 46 presidentes americanos este é Segundo presidente Católico e praticante. De missa dominical, oração diaria, confissão e direção espiritual. Mantém uma excelente comunicação com os bispos americanos. Deus o abençoe!” (os erros gramaticais pertencem o original, integralmente copiado aqui).

A tentativa de mistificação de Biden foi tão escandalosa que não faltaram pessoas a recordarem ao padre que, apesar de se declarar católico, o atual presidente dos EUA é favorável à política de ampliação do aborto. 

Diante da réplica, Padre Roger escreveu que

“membros do partido democrata defendem o aborto. Ele (o presidente Biden) defende a constituição. 400 mil americanos morreram vítimas do pouco caso do presidente que sai e o único problema da humanidade para o conservadorismo doentio e o aborto” (mais uma vez, os erros gramaticais pertencem ao autor). 

Uma fiel respondeu, consternada, que “se o aborto não for o maior dos problemas, qual seria?”, ao que o Padre respondeu:

“A hiprocrisia… Jesus falou dela dezenas de vezes e nenhuma do aborto”.

Em outras palavras, para isentar Joe Biden de apoio ao aborto, Padre Roger não se limita a negar os fatos, mas chega a desfocar a discussão para o genérico campo da hipocrisia, como se negar que um nascituro seja uma pessoa humana não fosse a maior de todas as demonstrações de hipocrisia. (Todos sabem que as organizações que promovem o aborto inventaram diversas estratégias linguísticas com a única finalidade de se evitar a todo custo o uso da palavra “criança” para os bebês no útero de suas mães.) 

Se tivesse se encerrado por aqui, o episódio já seria suficientemente vergonhoso, mas o Padre quis gravar um vídeo em seu perfil do Instagram no qual responde ao escândalo dos fieis quanto às suas declarações.

No vídeo, ele disse que pessoalmente defende a vida e é contrário ao aborto, mas não deixa de “aliviar a barra” de Biden, tanto apresentando-o praticamente como um “homem de Igreja” quanto diluindo as suas posições favoráveis ao aborto na generalidade dos problemas políticos americanos.

Padre Roger critica a agressividade das redes sociais, mas xinga os seus críticos de “esgoto da internet”, “porcos”, “cães”, “nocivos”, “perigosos”, “extremistas”, “chulos” e de outras gentilezas da mesma espécie. É a típica misericórdia bergogliana em ação!

Ele literalmente usa o Papa Francisco como escudo, respaldando tudo o que diz no mais escancarado argumento de autoridade, o qual ele saca outras vezes, dando a carteirada de missionário nos EUA e de conhecedor dos meandros da política americana, tanto na perspectiva civil quanto na eclesiástica.

Em suma, Padre Roger utiliza exatamente os mesmos esquemas psicológicos dos fanáticos esquerdistas: legitima totalmente a conduta dos seus líderes, imantando-os com uma áurea de catolicismo praticante; apresenta-se como pró-vida, mas “não radical”, subliminarmente acusando todos os demais pró-vidas que não compartilham de sua posição esquerdista de fundamentalistas e simultâneamente colocando-se à serviço dos maiores promotores do aborto, favorecendo-lhes com o atenuamento de suas ações políticas pela expansão da morte dos bebês e ridicularizando quem reclamar como “hipócrita”, como “conservador doentio”, relativizando, assim, o aborto pela via do escárnio: “o único problema da humanidade é o aborto!”; por fim, vale-se do fingimento, pois acusa os outros de xingamento enquanto ele mesmo os xinga com palavras polidas, mas maldosamente calculadas para desqualificar – segundo as suas próprias palavras, o pior pecado é a hipocrisia, não é?

Embora tudo isso seja absurdo, o que realmente impressiona é a histeria em que se encontra o Padre Roger. Pelos seus textos e falas, ele realmente acredita que Biden é um católico piedoso, um aliado da Igreja, que deve ser isentado de toda acusação de abortismo ou de outras imoralidades… Desgraçadamente, este sacerdote está num “universo paralelo”, na “ilha da fantasia”, desconectou-se da realidade e vive flutuando em “bolhas de ideias”.

Enquanto isso, no mundo real, com apenas dois dias de mandato, Biden já prometeu revogar a “aliança mundial contra o aborto” e, nas primeiras 24h de governo, impôs cinco novas medidas em favor do movimento LGBT.

Se o Cardeal Hummes dizia em 2005 que Lula era “católico ao seu modo”, parece que o Padre Roger resolveu seguir a mesma estrada e esvaziar o catolicismo num mero rótulo a colocar-se sobre abortistas, LGBTS, feministas, comunistas, enfim, sobre toda a gama que se orgulha de ser radical e ostensivamente anti-católica. 

Canção Nova, Encristus e Embustes.

Nota do Fratres – De Missa Tridentina a Culto Protestante: agradou às massas ou gerou lucro, a Canção Nova adere. Não nos prolongaremos descrevendo o embuste promovido pela Canção Nova no último final de semana. Já o fizemos no ano de 2012, em detalhes, e pedimos que os leitores recordem os fatos de então. Segue a matéria da Fides Press para registro: a barbárie continua, mais intensa do que nunca — motus in fine velocior.

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Canção Nova, converta-se!

Por Renato Aquino – Muitos católicos ficaram escandalizados com as ações tomadas pela TV Canção Nova para a produção do  EUCRISTUS (Encontro de Cristãos na Busca de Unidade e Santidade).  A emissora convidou personalidades protestantes para falar e transmitir suas palavras AO VIVO, ou seja, sem preocupação alguma do tipo de conteúdo que seria dito aos fiéis, o resultado não poderia ser mais trágico.

O pastor José Carlos disse abertamente  que o Espírito Santo inspirou a eles (ele e sua esposa) pra formarem uma só Igreja através do ecumenismo. O que vai frontalmente contra a doutrina católica que ensina com todas as letras que a verdadeira unidade do cristianismo se dá na adesão ao catolicismo.  Fechando com chave de ouro, o pastor convidou aos presente «Venham nos fazer uma visita, venham conhecer nossa comunidade»
Outros esforços foram feitos para agradar os protestantes, entre eles a remoção da imagem do crucificado da cruz (imagem acima) e a remoção do ícone de Nossa Senhora do local.

Entre os absurdos que a Canção Nova permitiu, aconteceu um CULTO PROTESTANTE dentro de suas dependências, no Auditório São Paulo enquanto os católicos estavam assistindo a Santa Missa.

Se é preciso esconder a face católica para que se tenha ecumenismo, então não existe ecumenismo algum.

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Antes: Auditório São Paulo na Canção Nova - em sua versão Católica.
Antes: Auditório São Paulo na Canção Nova em sua versão Católica.
Depois: auditório "inculturado" ao bom-mocismo ecumênico - ícontes Católicos e Crucifixo retirados para pregação de "Pastor".
Depois: auditório “inculturado” ao bom-mocismo ecumênico – ícones e Cristo Crucificado (escândalo para os judeus, loucura para os gregos e motivo de vergonha para a Canção Nova) retirados para pregação de “Pastor”.

Créditos das imagens: Caiafarsa

Procurador-geral pede a STF que abra inquérito para investigar Chalita. Acusação de que Canção Nova teria também se beneficiado.

Folha de São Paulo – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de abertura de inquérito para investigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP). O  inquérito pretende apurar denúncia feita pelo analista de sistemas Roberto Leandro Grobman, 41, que trabalhou durante anos com o grupo educacional COC e diz ter sido indicado para se aproximar de Chalita para prospectar negócios para o grupo. Como a Folha revelou no início do ano, Grobman disse ao Ministério Público que o COC pagou despesas com a locação de aviões e helicópteros, viagens, presentes e uma reforma feita num apartamento de Chalita em Higienópolis, na zona central de São Paulo. O grupo também comprou milhares de livros escritos por Chalita e computadores para a emissora de televisão da Canção Nova, grupo católico ao qual o deputado é ligado. O advogado de Chalita, Arnaldo Malheiros Filho, refutou todas as acusações e disse que enviou à Justiça documentos que afastam as suspeitas, entre eles toda a movimentação bancária do deputado, a declaração de imposto de renda e um laudo pericial contábil. Devido à entrega destes documentos, o caso passou a tramitar no STF sob segredo de Justiça.

Canção Nova, censura velha.

This is somewhat embarrassing, isn’t it?

O blog do Tiba, membro da comunidade Canção Nova, publicou, no último dia 28, uma matéria tecendo duras críticas ao antigo queridinho da comunidade, Gabriel Chalita — reciclado há poucos dias pela Rede Vida. O original deveria estar aqui, mas, sabe-se lá o porquê, foi retirado do ar! Com a ditatorial inserção do conteúdo no index da Canção Nova, temos que recorrer ao cache do Google (imagem abaixo).

Como não se lembrar da censura, com a vergonhosa cumplicidade do Santo Ofício de Cachoeira Paulista, e posterior reprimenda do Soberano administrador Eto ao Padre José Augusto?

Hoje, o link para o post no blog do Tiba traz apenas a mensagem padrão, mas não menos irônica, do WordPress para páginas não encontradas: This is somewhat embarrassing, isn’t it? Isso é um tanto desagradável, não?

Tiba

Reforma da Reforma na Canção Nova.

Cachoeira Paulista, sábado, 24 de novembro de 2012 – “Procissão de entrada” dos sacerdotes concelebrantes em Missa do Padre Fábio de Melo no VI Acampamento Canção Nova Sertaneja. A esta aberração, restam apenas as duras palavras do livro do Profeta Malaquias (2, 3):

“A vós, ó sacerdotes, dou esta ordem: Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito a glória de meu nome – diz o Senhor dos exércitos -, lançarei contra vós a maldição, trocarei em maldições as vossas bênçãos; aliás, já o fiz, porque não tomastes a peito (as minhas ordens). Eis que vou abater vosso braço, espalhar-vos esterco no rosto – o esterco de vossas festas – e sereis lançados fora com ele” .

Um momento no Espírito do Concílio em Sorocaba: Encristus e embustes ecumênicos. Aleluia, axé, awere, saravá!

Dom Francisco Biasin e Pastor Jamê Nobre se abraçam. "Em algumas circunstâncias peculiares, como por ocasião das orações prescritas «pro unitate» em reuniões ecuménicas, é lícito e até desejável que os católicos se associem aos irmãos separados na oração". (Unitatis Redintegratio, 8)
Dom Francisco Biasin e Pastor Jamê Nobre se abraçam. “Em algumas circunstâncias peculiares, como por ocasião das orações prescritas «pro unitate» em reuniões ecuménicas, é lícito e até desejável que os católicos se associem aos irmãos separados na oração”. (Unitatis Redintegratio, 8)

A heresia modernista, de fato, é um amálgama de erros; daí ser chamada de “síntese de todas as heresias” por São Pio X. O último Papa Santo descreve ainda os modernistas: “Nos seus escritos e discursos parecem, não raro, sustentar ora uma ora outra doutrina, de modo a facilmente parecerem vagos e incertos. Fazem-no, porém, de caso pensado…” (Pascendi Dominici Gregis).

É a impressão que se tem quando vemos Dom Francisco Biasin, bispo diocesano de Barra do Piraí-Volta Redonda. Em um dia, ele representa a CNBB e discursa à multidão de meia-dúzia de gatos-pingados no Grito dos Excluídos; noutro, impõe as mãos sobre um pastor protestante e sua esposa, participando de um embuste histérico aos gritos de “aleluia” de deixar Valdemiro Santiago e Edir Macedo com inveja:

Duas faces da mesma moeda, carismatismo e teologia da libertação, ao fim, se abraçam como irmãs provenientes de uma mesmíssima heresia, frutos da mesma árvore: o modernismo (muito oportuno é recordar o trabalho do Padre Lemius “Catecismo sobre o Modernismo”).

O “Encristus” ocorreu em Sorocaba, entre 25 e 26 de agosto deste ano, e reuniu protestantes e os maiores expoentes do movimento carismático dito Católico, assim como representantes de entidades vinculadas à Igreja: Padre Marcial Maçaneiro, SCJ (um dos maiores irenistas do Brasil); Padre Wagner Ferreira, formador geral da Comunidade Canção Nova (onde a Missa Tridentina está se difundindo cada vez mais! Aleluia!…); Padre Elias Wolff, lobo assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso da CNBB; e Matteo Calisi, defensor da “comunhão em todos os níveis” — até a sacramental, sr. Calisi? — e presidente da Fraternidade Católica, membro do Pontifício Conselho para os Leigos e expoente internacional da Renovação Carismática.

Enfim, os elementos mais importantes do movimento carismático, o que deveria servir de alerta aos que ainda vêem alguma possibilidade de salvação da RCC.

Jornalismo da Canção Nova: “As diferenças são manifestações de Deus para o bem comum” (!!!)

Faltam ainda seis anos para Dom Francisco Biasin se aposentar. Os verdadeiros fiéis de Volta Redonda já devem estar em contagem regressiva. Aleluia, axé, awere, saravá!

PS.: Caros leitores, não deixem de salvar os vídeos!

Editorial: Missa Tridentina na Canção Nova, anestésico para consciências ingênuas?

Domingo, 15 de julho de 2012: Missa Tridentina na Canção Nova.
Domingo, 15 de julho de 2012: Missa Tridentina na Canção Nova.

No último dia 15, o Padre Demétrio Gomes, da Arquidiocese de Niterói, celebrou a Santa Missa no Rito Tradicional para alguns membros da comunidade Canção Nova. Infelizmente, nenhum dos dirigentes e artistas estiveram presentes (ao menos é o que se pode depreender pelas fotos divulgadas).

Evidentemente, o episódio só ganhou enormes proporções nas redes sociais devido ao histórico negro da comunidade, tão extenso em práticas bizarras atentatórias ao culto divino e à doutrina Católica que sequer enumeraremos aqui.

“Extra! Extra! Missa Tridentina na Canção Nova!”, ecoavam alguns fiéis ligados à Missa Tradicional. “A Canção Nova agora é — ou está se tornando — tradicional”, poderiam inferir alguns em um silogismo equivocado.

É inegável que existe um forte lobby travestido de “tradicional” que, sutil e exitosamente, vem procurando moldar o pensamento Católico no Brasil e, com isso, afastar para longe qualquer indício do que considera “radicalismo”. Seus promotores ficam chocados quando simplesmente são apresentados fatos e textos, ainda que saídos da pena de autores de boa reputação, sobre a revolução na Igreja brasileira alimentada em parte pela suposta TV Católica. Trata-se — dizem — de expor as “mazelas da Igreja”, ao passo em que não se dá a devida ênfase ao que de bom está sendo feito.

Ninguém nega o valor infinito desta Santa Missa e o bem que certamente fez na Canção Nova.

No entanto, é preciso afastar uma visão ingênua e distorcida da realidade, que quer analisar apenas fatos isolados — uma Santa Missa Tradicional aqui, um ou outro lampejo de ortodoxia ali — e se esquecer do que está sendo promovido como um todo. Um sistema danoso só pode ser avaliado como aquilo que efetivamente é, ou seja, um organismo que comporta, seguramente, também aspectos positivos, mas onde o mal e o erro predominam e têm a palavra final.

Considerando de maneira geral o que defende e difunde, independentemente da boa-vontade de parte de seus membros e de um ou outro espasmo de Catolicismo, é necessário reconhecer que a Canção Nova contribui enormemente para, nos dizeres de Paulo VI, a “autodemolição da Igreja”. E somente mediante coerência e constância na promoção do bem e da integridade da Fé este juízo poderá ser revisto.

Domingo, 22 de julho de 2012: Gabriel Chalita e o ministro da Saúde do governo Dilma, Alexandre Padilha, na Canção Nova.
Domingo, 22 de julho de 2012: Gabriel Chalita e o ministro da Saúde do governo Dilma, Alexandre Padilha, na Canção Nova.

De nossa parte, rezamos e fazemos votos de que, pelo contato com a Santa Missa verdadeiramente Católica, a Canção Nova reconheça a discrepância abissal entre o verdadeiro culto prestado a Deus e as pantomimas não só protestantizantes, mas frequentemente protestantes, que ela promove, transmite e com as quais contamina a Igreja do Brasil.

Que esta Santa Missa – cujo fim propiciatório, tão odiado pelos protestantes, é enormemente atenuado na Missa de Paulo VI e quase sempre esquecido nas Missas da Canção Nova – possa aplacar a ira divina e reparar os incontáveis ultrajes cometidos na e pela Canção Nova.

E que ela, a Santa Missa, não seja um mero instrumento nas mãos de revolucionários; um anestésico dado, em um domingo, a fim de apaziguar os ânimos “conservadores”, para abrir as portas da Canção Nova, no domingo seguinte, a pregadores modernistas e promotores da cultura de morte, inimigos de Deus e da Igreja.