Ramadã: Cardeal de Milão é “esnobado” pela comunidade muçulmana.

IHU – O arcebispo de Milão, Angelo Scola, grande defensor do diálogo inter-religioso, envia uma mensagem de bons votos por ocasião do fim do Ramadã. Mas os líderes da comunidade islâmica não a leem durante a celebração pública e negam a palavra ao seu delegado.

A reportagem é de Zita Dazzi, publicada no jornal La Repubblica, 20-08-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

É o Ramadã das polêmicas aquele que encerrou nesse domingo em Milão, com uma cerimônia diante de 10 mil fiéis reunidos pela primeira vez na Arena Cívica, sede municipal concedida pela junta de Giuliano Pisapia [prefeito de Milão] a 13 organizações islâmicas.

Uma primeira polêmica já havia ocorrido nos últimos dias, quando os líderes das associações haviam lamentado o fato de terem tomado conhecimento de que o prefeito não poderia participar da festa: “Somos discriminados. Pisapia foi ao encontro do papa e do Dalai Lama, mas nos esnoba”. Nesse domingo, a assessora Cristina Tajani interveio em nome do prefeito do palco da Arena trazendo a saudação da administração.

Algo bem diferente ocorreu com o padre Giampiero Alberti, delegado de Scola. “Obrigado pelos votos, mas nós não fomos falar na sua missa de Natal na Catedral”, parou-lhe Davide Piccardo, porta-voz da coordenação islâmica. “Sinto pelo fato de que se perdeu uma oportunidade para mostrar tantos anos de colaboração”, comentou o Pe. Alberti.

Os agradecimentos a Scola chegaram somente no fim do sermão, pronunciado pelo xeique tunisiano Abdelfattah Mourou, enquanto a Arena se esvaziava. À tarde, a marcha à ré, com uma visita de cortesia do Imã ao delegado da diocese ambrosiana: “Foi um erro. Não queríamos ofender a Igreja Católica com a qual iniciamos o diálogo há anos”. A Cúria milanesa aceitou o pedido de desculpas: “O incidente está encerrado. Não queremos polêmicas”.

Surpresinha, senhor bispo!

Crianças de colégio católico francês visita mesquita em intercâmbio religioso.
Crianças de colégio católico francês visita mesquita em intercâmbio religioso.

L’Aquila, Itália – O Bispo Diocesano de Teramo-Altri, Dom Michele Seccia, está conduzindo uma visita pastoral à comunidade de Silvi, na região italiana de Abruzzo. No início da primavera, em 21 de março, ele experimentou um “milagre brilhante” naquela localidade. Ao visitar a igreja  da Assunção, confiada aos franciscanos, nos arredores de Silvi Marina, uma cidade de veraneio no Adriático, havia algumas crianças muçulmanas na igreja lendo suras do Alcorão em árabe. A apresentação inesperada, uma expressão que em muitos aspectos remete a uma mentalidade pseudo-inter-religiosa e ingenuamente encantadora, ocorreu diante do sacrário. O bispo, que não participou do programa, deparou-se com um fato consumado, conforme informou o sítio Messa in Latino.

O incidente lembra o grave abuso em uma escola católica particular na França (foto), em que crianças foram levadas a “promover um entendimento inter-religioso” em uma mesquita, onde aprenderam posturas de orações muçulmanas.

Não se sabe o que o bispo comentou a respeito.

Fonte: Katholisches.info via Eponymous Flower | Tradução: Fratres in Unum.com

França: alunos católicos na mesquita.

Os jovens católicos não vão mais a Missa. Que coisa fazer? Encorajá-los a conhecer melhor… o islã. Iniciativa de uma escola católica.

Os alunos do colégio católico Sant-Pierre Les Essarts, na França, colocaram em prática o espírito de Assis com uma visita a mesquita de La Roche-sur-yon, acompanhadas de seus professores. O propósito: “impregnar-se” do espírito do Islã.

Fonte: Distrito Italiano da FSSPX

Tradução: Gederson Falcometa, cuja gentileza agradecemos.

Na capital do vodu, Bento XVI detona ‘ocultismo e maus espíritos’.

Por John Allen Jr | Tradução: Fratres in Unum.com

Em uma cidade da África Ocidental amplamente vista como a capital do vodu, Bento XVI clamou hoje aos católicos a resistir a um “sincretismo que engana” e a defender a fé cristã que “liberta do ocultismo” e “vence maus espíritos”.

O Papa falava nesta manhã a uma audiência de padres, seminaristas, religiosos e leigos reunidos no Seminário St. Gall, em Ouidah, no segundo dia da visita de 18 a 20 de novembro do Pontífice ao Benim.

Localizada na costa do Atlântico de Benim, Ouidah, outrora um grande porto de escravos, hoje tem uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. Benim é historicamente o berço da fé Vodun na África Ocidental, mais conhecida no ocidente como “vodu”, e Ouidah é mais ou menos o seu Vaticano, hospedando uma conferência anual sobre o Vodun. A cidade também ostenta um famoso templo do píton vodu.

Embora o Vodun adquira uma grande variedade de formas em diferentes partes do mundo, é um movimento extremamente sincretista que provém das mágica e culto tradicionais tribais africanos, por vezes misturando isso com elementos do cristianismo, particularmente do catolicismo. Os praticantes geralmente reconhecem uma única divindade assistida por ajudantes conhecidos como Orishas. (Este, a propósito, é o nome do restaurante do hotel em Cotonou onde os jornalistas que cobrem a viagem papel estão hospedados.)

Em Benim, hoje, estima-se que 18% da população, o que equivale a 1,6 milhões de pessoas, são praticantes do vodu, tornando-o o terceiro maior grupo religioso no país, após católicos e muçulmanos… e muitos destes católicos e muçulmanos mantêm uma considerável porção de crenças e costumes que têm sua origem no vodu. 10 de janeiro é marcado em Benim como o “Dia do Vodu”.

Mundialmente, estima-se que o número total de praticantes do Vodu alcance 30 a 60 milhões.

Um tema que marcou todo o comentário de Bento XVI em sua viagem, sua segunda passagem pela África como Papa, foi a importância de evitar uma forma de “inculturação” que equivaleria a batizar crenças e costumes nativos contrários à ortodoxia cristã. Espera-se que o Papa retorne a esse assunto no fim do dia de hoje, quando lançará o documento resumindo as conclusões do Sínodo dos Bispos Africanos realizado em Roma, em 2009.

“O amor pelo Deus que se revela e por sua palavra, o amor pelos sacramentos e pela Igreja, são um antídoto eficaz contra um sincretismo que engana”, disse o Papa nesta manhã em Ouidah.

“Este amor favorece uma correta integração de valores autênticos das culturas na Fé Cristã”, disse. “Ele liberta do ocultismo e vence maus espíritos, pois é movido pelo Espírito Santo”.

Quando João Paulo II visitou Benim em 1993, sua viagem coincidiu com uma grande celebração nacional do legado vodu do país denominada “Ouidah 92”. O Papa se encontrou com um sumo sacerdote vodu, com uma fotografia daquele encontro destacada na primeira página do L’Osservatore Romano, o jornal diário do Vaticano.

O encontro é polêmico, há muito tempo, em círculos católicos mais tradicionais, que o vêem como equivalente a um endosso papal a devoções heterodoxas. Nesta viagem, Bento XVI expressou admiração por elementos da religião tradicional africana, mas também foi cuidadoso em condenar o “sincretismo” e condenar aquilo que ele vê como seus elementos negativos.

Antes do discurso, Bento XVI fez uma visita privada à capela do Seminário de St. Gall, onde rezou diante do túmulo do finado Cardeal Bernardin Gantin, um amigo próximo que trabalhou como prefeito da Congregação para os Bispos na mesma época em que o futuro Papa era o mais alto oficial doutrinal.

Gantin, considerado um “pai da nação” em Benim, morreu em 2008 como o mais alto prelado negro africano na história da Igreja Católica. Hoje, o aeroporto internacional na capital nacional de Cotonou leva o seu nome.

Foi a renúncia de Gantin como decano do Colégio de Cardeais que abriu o caminho para o então Cardeal Joseph Ratzinger ocupar essa função, uma medida que muitos observadores crêem indiretamente ter levado à sua eleição como Papa Bento XVI em 2005.

Cardeal do Sri Lanka e o eixo Budista-Católico.

Em face à invasão de grupos evangélicos, o Arcebispo de Colombo, Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, propôs uma frente comum entre católicos e budistas.

Por Gianni Valente – Vatican Insider | Tradução: Fratres in Unum.com

Uma pequena “aliança” entre a maioria budista e a minoria católica foi sugerida pelo Cardeal Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, no sentido de dar uma resposta unificada às campanhas proselitistas maciças e bem financiadas lançadas no Sri Lanka por grupos evangélicos relacionados a centros de redes pentecostais. O Cardeal tomou esse caminho, a fim de coibir a disseminação de missões evangélicas que estão alarmando tanto a hierarquia católica quanto os líderes budistas com seus métodos de propaganda agressiva, semeando a discórdia entre as duas comunidades.

A proposta foi formalizada recentemente, na presença de políticos e jornalistas que foram convocados no palácio episcopal. Nesse quadro, Patabendige Don pediu explicitamente ao governo para estabelecer uma comissão inter-religiosa de cristãos e budistas para confrontarem juntos o proselitismo hiperativo e grupos desordeiros de ascendência norte-americana que estão se infiltrando na área metropolitana de Calombo, organizando orações públicas, sessões de cura e convenções exaustivas de propaganda religiosa. “Algumas igrejas evangélicas”, explicou o Cardeal, “estão oferecendo incentivos financeiros aos católicos e budistas para induzi-los à conversão.” De acordo com o prelado do Sri Lanka, ele esperava que o órgão inter-religioso fosse trabalhar como uma verdadeira ferramenta para monitorar o proselitismo de grupos evangélicos, com poderes relativos de interdição para coibir o desenvolvimento irregular de suas atividades e a rede de suas bases logísticas.

O cardeal disse também que estava convencido de que a comissão fosse atuar como uma câmara de reconciliação e resolução de tensões religiosas: para Sua Eminência, isso seria um antídoto para tentativas políticas de combater a onda de hostilidade e preconceito que tem crescido entre a população budista, afetando todos os cristãos, que são incapazes de distinguir diferenças e aproximações das diferentes igrejas e comunidades religiosas. O estabelecimento de uma organização inter-religiosa poderá também encorajar a proposição de um projeto de anti-conversão no Parlamento, que as minorias cristãs – incluindo católicos – vêem como um perigoso instrumento liberticida legal.

As reações dos budistas aos comentários do arcebispo de Colombo, relatadas pela agência Ucanews, chegaram rápido. O monge Kamburugamuwe Wajir Thero, chanceler da Universidade de Sabaragamuwa, disse que ele imediatamente concordava com a sugestão feita pelo Cardeal de monitorar as comunidades evangélicas: “o país precisa de algo assim”, disse o monge budista, citando os budistas convertidos pelos evangélicos e os ataques que, como reprises, têm atingido as igrejas cristãs.

De sua parte, o Pastor Rohan de S. Ekanayaka, Secretário Geral da Fraternidade Nacional Cristã do Sri Lanka (coordenação nacional da comunidade evangélica) rejeitou fortemente as acusações de vender conversões: “Quando ajudamos um mendigo, não lhe falamos sobre religião. Nossos pastores nunca oferecem dinheiro para expandir suas comunidades. Eles seguem os passos de Jesus Cristo. Eles vivem uma vida simples,” disse o líder evangélico.

A iniciativa de Patabendige Don surpreende e de muitas maneiras evita ser assemelhado e classificado como um dos pensamentos que se cristalizaram nos debates eclesiásticos nos últimos anos.

Primeiramente, alguns dos muitos admiradores da sensibilidade tradicional do Cardeal do Sri Lankan poderão se surpreender pela veemência com que ele mesmo, desta vez, conclama o estabelecimento de um órgão para diálogo inter-religioso. O atual Arcebispo de Colombo nunca perdeu a oportunidade de se apresentar como um defensor da identidade católica. Nos anos em que atuou na Cúria Romana como Secretário da Congregação para o Culto Divino, ele se destacava por esse apoio entusiasmado pela liberação da liturgia tridentina e sua crítica de abusos litúrgicos de sabor sincrético. Em uma conferência realizada na Holanda, em Hertogenbosch, em 6 de outubro de 2007, ele criticou severamente os bispos que sentiam desconforto ao optar pela “tolerância litúrgica” em relação ao antigo rito pré-conciliar introduzido pelo Papa, que ele acreditava que provavelmente seria usado mesmo como “ferramenta do diabo”.

No Sri Lanka, onde a Igreja é uma minoria, Patabendige tem demonstrado prudentemente apreço pela abertura solidária às tradições religiosas, que os tradicionalistas vêem como um dos pecados originais da reforma conciliar. Ele tem demonstrado o seu apreço de uma maneira não sincrética, enquanto ainda seguindo os ditames do Concílio.

Outro ponto sensível tocado pela iniciativa do Cardeal do Sri Lanka é o problemático “discernimento” do fenômeno evangélico-pentecostal pela Igreja Católica. No continente asiático, dominado pelas tradições religiosas e culturas antigas, a proclamação do Evangelho por católicos tem marcado de maneira progressiva a sua diferença das práticas e métodos agressivos que caracterizam as seitas e as igrejas protestantes evangélicas livres. Por outro lado, as abordagens não invasivas dos missionários sugeridas pelo Concílio com o desenvolvimento das chamadas categorias de inculturação, estiveram sujeitas a várias críticas nos últimos anos no mundo católico. Os métodos missionários têm sido acusados de timidez e irenismo excessivo no aumento das religiões locais. É essa expansão da impetuosidade neo-protestante que algumas vezes foi denominada como um modelo pelos críticos católicos das supostas precauções excessivas usadas pela Igreja nas áreas de missão.

O Papa Bento XVI também, em seu livro Luz do Mundo, reconheceu “o grande fenômeno dos evangélicos, que têm se espalhado com um ímpeto poderoso, alterando a paisagem religiosa dos países do Terceiro Mundo.” O caso do Sri Lanka confirma que a aproximação com o fenômeno pela Igreja de Roma deve necessariamente levar em consideração elementos de uma natureza diferente e única, evitando soluções prontas e driblando aporias insidiosas. No momento em que as organizações católicas como o Sínodo Central de Bispos estão preparando o enfoque de sua atenção na nova evangelização, é urgente ter um reconhecimento preliminar da natureza inerente do Evangelho e da missão cristã. De outra forma, o risco de abstrações e jogo de palavras sendo desbancado por uma linguagem simples e direta do ministro Rohan S. de Ekanayaka, que, em sua resposta, também quis lembrar ao Cardeal católico do Sri Lanka que “a missão de cada cristão é disseminar a Boa Nova”.

Celebrando Assis em Arras com o Alcorão no Altar.

Por Rorate-Caeli | Tradução: Fratres in Unum.com

Na Igreja de São Salvador (Saint-Sauveur), na Diocese de Arras (Pas-de-Calais, France), foi realizada uma “vigília de orações Interreligiosas” em 26 de outubro de 2011, para celebrar o 25º aniversário do primeiro encontro interreligioso de Assis.

Ícones, um livro de orações – e o Alcorão no centro da mesa/altar.
A procissão das “oferendas inter-religiosas”.

(A propósito, por que todas as procissões são ad orientem? Isso é tão reacionário! As procissões não deveriam ser versus populum, com os participantes caminhando para trás?)

Depois de Assis III. Algumas reflexões.

por Roberto de Mattei

Como signatário de um apelo a Sua Santidade Bento XVI para que voltasse atrás da decisão de celebrar o 25º aniversário do primeiro encontro inter-religioso de Assis, havida a reunião, não posso deixar de manifestar algumas reflexões a respeito.

Seja qual for o juízo que se queira dar sobre a terceira reunião de Assis, deve-se enfatizar que esta representou uma objetiva correção de rota em relação às duas reuniões precedentes, especialmente quanto ao perigo de sincretismo. Deve ser lido, a este respeito, com atenção, o discurso do Cardeal Raymond Leo Burke ao ‘Congresso Peregrinos da Verdade para Assis’, realizado no dia 1º de outubro passado em Roma, o qual oferece uma confiável chave para a interpretação do evento.

Na ‘jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo’, que ocorreu em 27 de outubro, não houve nenhum momento de oração por parte dos presentes, nem em comum nem em paralelo, como ocorrera em 1986 com os vários grupos religiosos reunidos em diversos lugares da cidade de São Francisco. É sabido, em qualquer caso, que o então cardeal Ratzinger evitou participar da reunião, e a sua ausência foi interpretada como uma tomada de distância dos equívocos que a iniciativa era destinada a produzir.

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Líbia: prelado diz que sharia pode ser “contribuição positiva”.

Por Catholic Culture | Tradução: Fratres in Unum.com: Reagindo ao anúncio feito pelo líder do governo de transição da Líbia de que a sharia será a “fonte básica” da lei na Líbia pós-Kadaffi, o vigário apostólico em Tripolo disse que a sharia pode ser uma “contribuição positiva” para a unidade nacional.

“A Líbia tem uma tradição de um Islã equilibrado”, disse Dom Giovanni Martinelli, de Tripoli. “Interpreto a referência à lei sharia  como a vontade de escrever uma constituição a fim de servir o homem através dos princípios religiosos do Islã. Nesse sentido, isso pode ser uma contribuição positiva na construção da unidade do país”.

Editorial de Rorate-Caeli: Assis Ignorado.

Por Rorate-Caeli | Tradução: Fratres in Unum.com

Aparentemente é verdade: como um comentarista notou em seu próprio país, excluindo alguns diários italianos (e RAI, a rede estatal italiana, que ajudou a transmiti-lo), o encontro de Assis gerou apenas notas genéricas pelas agências de notícias reproduzidas por jornais nacionais ou locais. Na maioria das fontes principais, ele foi ignorado.

Tal fato deveria ser visto:

(1)   Como algo bom, e talvez resultado de um bem sucedido esforço de minimizar a importância do evento? ou

(2)   Como algo não especificamente bom, no sentido de que ele nutre a atual noção de que o Papado (e tudo o que ele representa) está progressivamente se tornando irrelevante (como na repetida idéia de que o Vaticano agora se sente tão sem importância como a República de Veneza antes de sua queda perante as tropas napoleônicas)?

Independente do que foi dito ou feito ontem em Assis, eventos como esse ocorrido lá tendem a ser retratados ou vistos no mundo secularizado como uma confirmação do que eles vêem como irrelevância ou ostentação vazia da fé em geral – para muitos homens e mulheres, uma assembléia de líderes religiosos pode parecer mais despropositadamente patética ou causadora de pena do que inspiradora ou escandalosa. Talvez tenha chegado a hora da hierarquia eclesiástica deixar para trás algumas noções frívolas da segunda metade do século XX, inclusive a de promoção de um “movimento pela paz” amorfo.

[Imagem: Ludovico Manin, último Doge da Sereníssima República de Veneza.]