Encontro de amor: CNBB e Lula, a vaca lambe o bezerro.

Por FratresInUnum.com, 19 de junho de 2023 – As fotos não mentem: quanta alegria, quanta felicidade, quanta desenvoltura entre a presidência da CNBB e o Lula! Como diziam os antigos, “a vaca sempre lambe a sua cria”.

Contudo, uma dúvida fica no ar: o que estava fazendo ali S. Exa. Revma. o Núncio Apostólico no Brasil?

O encontro, para além de uma manifestação das relações afetuosas entre a CNBB e o PT, além de demonstrar o quanto estas são efusivas e, por que não dizê-lo?, promíscuas – note-se o silêncio complacente da Conferência nos últimos meses, desde a eleição do seu protegido –, pode ter algo a ver com a visita que Lula fará ao Papa Francisco nos próximos dias.

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Francisco nunca escondeu que manca da perna esquerda – sim, temos um papa ultra-canhoto! Há muito tempo a Igreja não sofria um pontificado tão marcadamente ideológico e político, que não perde ocasião de manifestar a sua sintonia com tudo que há de mais marxista e revolucionário. Entretanto, não podemos esquecer que ele trabalha com fontes; e a sua fonte privilegiada de informações não é a nunciatura, mas a cúpula petista que preside o sindicato episcopal brasileiro.

Quando se juntam a fome e a vontade de comer, a cabeça esquerdista é fartamente engordada pelas informações transmitidas pelos mencionados emissores… E a verdadeira fonte de poder, a Igreja, ou melhor, aqueles que ocupam seus cargos de comando, não se envergonha de confessar publicamente a sua subserviência ao esquema da nomenklatura – não, a Igreja do Brasil não é diferente da cismática Russa: são tão acólitos de Lula quanto Kiril de Putin, com as bênçãos de Francisco,.

Não seria absurdo conjecturar, portanto, que essa tenha sido uma reunião de alinhamento de discurso: CNBB e Lula, muito juntinhos e compactos – “ninguém solta a mão de ninguém”, lembram? – para transmitirem a mesma impressão ao pontífice convalescente, cuja convalescença anciã é altamente vencida pelo seu ativismo político incansável.

Porém, todo aquele que necessita alinhar discurso é justamente porque pretende passar informações não verdadeiras. Livre-nos, Deus, porém, de imaginar que tão ilibados prelados sejam capazes de engajar-se em fake news – justo eles que lutam tão fortemente contra isso, a ponto de terem sido os maiores promotores da Lei “Ficha Limpa”, que justamente permitiu a cassação de Dalagnol e a recondução à presidência do atual presidente de nove dedos.

É tudo muito lindo, tudo muito poético, muito bíblico! Como dizia Bento XVI, um ano antes de sua renúncia, “enquanto Pedro dorme, Judas está bem acordado”!

Eleito o secretário geral da CNBB. “Bispos da caminhada” em depressão.

Por FratresInUnum.com, 25 de abril de 2023: Dia difícil para os bispos da caminhada! Apesar de se terem mobilizado totalmente para a presidência da CNBB, não conseguiram fazer o 2° vice-presidente e muito menos o secretário geral.

Todos sabemos que quem comanda a CNBB é o secretário geral: é ele que organiza os trabalhos, coordena as comissões, realiza uma missão verdadeiramente exigente. Em geral, não é titular de uma diocese, mas um bispo auxiliar.

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O candidato da facção da esquerda retrô era ninguém menos que Dom Luiz Fernando Lisboa, um passionista que foi bispo em Moçambique, mas que se envolveu com a política local e acabou sendo transferido para a Diocese de Chachoeira do Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, e, como é ultra-esquerdista e da teologia da libertação mais radical que existe, acabou sendo nomeado pelo Papa Francisco arcebispo ad personam, o que significa que ele não é o titular de uma arquidiocese, mas, mesmo assim, tem dignidade arqui-episcopal – o progressismo do Papa Francisco, às vezes, vale-se do restauracionismo de certas dignidades que já estavam em desuso na Igreja.

Os “bispos da caminhada” o queriam para secretário geral. O site ultra-progressista de notícias da Unisinos chegou a publicar hoje um artigo em que já estava por amargar a derrota nessa eleição. 

“A secretaria geral é uma função estratégica na estrutura da CNBB, porque a conduz em seu cotidiano. Há um bispo experiente nessa função, porque já a executou com propriedade em Moçambique. Foi bispo no norte do país, na região mais pobre daquela nação. (…) Talvez seja o nome certo para a hora. A CNBB precisaria de um secretário geral com essa coragem. Para quem já lidou com jihadistas, não seria tão complicado para ele lidar com ‘catolibãs’ em território nacional”.

Mais acima, o mesmo articulista reclama de uma “guerrilha digital” que tenta fazer o “assassinato de reputação da CNBB” e, quando não ataca explicitamente, ao menos “desqualificar o magistério do Papa Francisco”. Ele lamenta que “a maior parte do clero” crê que a Conferência Episcopal nada tem acrescentar em seu ministério e que os jovens seminaristas “torcem o nariz” para a tal “Igreja em saída”. Ele afirma literalmente que, “se isso ocorre é porque, mesmo dentro do episcopado, há essa visão a respeito da entidade”.

A preocupação do articulista, por fim, se volta ao tema que lhe parece ser o mais gritante de todos: “fariam da conferência episcopal espaço de oposição ao atual governo federal”! Em suma, o que eles queriam é manter a CNBB totalmente subserviente a esse governo de esquerda que tomou o poder no Brasil!

A que ponto chega a devoção por Lula!

Acontece, porém, que Dom Luiz Fernando Lisboa perdeu de lavada! A eleição foi ganha com ampla maioria de votos por Dom Ricardo Hoepers, bispo da Diocese do Rio Grande-RS, até agora presidente da Comissão Vida e Família.

Embora o novo secretário geral não seja propriamente um conservador, nem se compara com o progressismo desmedido do seu oponente. Ao mesmo tempo, diferentemente do anterior secretário geral, excessivamente moderado, ele se manifestou mais veementemente sobre os temas que são mais delicados para a maioria da população católica, que dizem respeito à defesa da vida e da família.

A eleição da atual presidência da CNBB nos apresenta o quadro de uma resistência interna dos bispos de boa orientação que parece ser mais forte do que se pensava. Eles conseguiram convencer a maioria, que são bispos mais centristas, e obtiveram considerável protagonismo nessa nova fase da entidade.

Como prognosticava o articulista da Unisinos, “dependendo de quem ocupe as funções-chaves da conferência, neste momento se decide o rumo desta importante instituição católica”. Uma verdadeira confissão de derrota e a demonstração de uma esquerda episcopal exausta e sem vislumbres de renovação!

 

Eleito presidente da CNBB: Jaiminho.

Por FratresInUnum.com, 24 de abril de 2023 – Como anunciamos anteriormente, foi eleito presidente da CNBB, no terceiro escrutínio, por maioria simples, o arcebispo de Porto Alegre-RS, Dom Jaime Spengler – chamado carinhosamente pelos seus não-admiradores, dentre os quais orgulhosamente nos incluímos, de Jaiminho.

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Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, é eleito presidente da CNBB.

O clima na Assembleia era muito obscuro. Diferentemente das vezes anteriores, os nomes propostos não circularam anteriormente nos Regionais e não houve grande mobilização, a não ser de modo fechado e entre os chamados “bispos da caminhada”, um coletivo de bispos esquerdistas da linha mais sindical, que marcou oposição cerrada e discreta contra a outra linha esquerdista, a da “máfia rosa”.

A estratégia dos “bispos da caminhada” foi a de desmobilizar qualquer movimentação contrária, espalhando desinformação (vulgo fake news) entre os bispos, sugerindo candidatos falsos para despistar os bons, retirando votos, e ter êxito na revanche contra o outro grupo de esquerda.

Apesar de ser amigo pessoal do Papa Francisco e de Dom Ilson Montanari, arcebispo secretário da Congregação para os Bispos, o cardeal arcebispo de Brasília, Dom Paulo César da Costa, não obteve grande êxito, mantendo-se, porém, com significativa liderança política no episcopado e sendo um ponto aglutinador daqueles que têm uma perspectiva alternativa à da “máfia franciscana”.

Embora não possa participar da presidência, é muito plausível perceber que exercerá grande influência sobre ela o Cardeal Steiner, também franciscano.

O fato de ter havido um terceiro escrutínio mostra muito bem que a situação da esquerda episcopal é menos hegemônica e controlada do que parece: Spengler só conseguiu ganhar na maioria simples, disputando contra um candidato que teve uma ascensão meteórica – o que decerto deve atrair muita inveja dos arrivistas de plantão.

A eleição dos vice-presidentes acontece amanhã e a escolha do secretário geral na quarta-feira

Tiro no pé: O efeito bumerangue da análise de conjuntura da cnbb.

Por FratresInUnum.com, 21 de abril de 2023: A miopia cnbbísta está no seu nível máximo! O grupo dirigente da entidade a enclausurou numa autorreferencialidade doentia, incapaz de lidar com a realidade que a circunda. Eles estão completamente cegos pela sua ideologia e não conseguem interagir com o mundo real! A realidade funciona, a CNBB não.

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Análise desconjunturada é apresentada na Assembleia da CNBB de 2023 em Aparecida, SP.

A maior prova disso é o imenso escândalo produzido pela divulgação das análises de conjuntura, publicadas no dia de ontem. O povo está atônito!

Temos recebido diversas mensagens de clérigos que nos descrevem o impacto negativo que a difusão desse texto causou nos fiéis. E não é para menos! De fato, quem são os fiéis católicos que realmente engordam as paróquias e dioceses de serviços pastorais e contribuição financeira? Quais são as iniciativas que mais aglomeram pessoas no catolicismo Brasileiro?

Ora, são justamente os que a CNBB ataca, xinga, despreza, humilha e… chama para a briga! São os carismáticos, os católicos conservadores, os devotos, os piedosos, os militantes de diversas frentes, enfim, são justamente os grupos que o povo católico que frequente as paróquias mais aprecia.

A CNBB não se deu conta de um problema real: o seu discursinho esquerdista apenas agrada àqueles que estão FORA da Igreja. Eles estão falando para os infieis, enquanto hostilizam seus fiéis de maneira impiedosa! A mais completa burrice organizacional!

Qualquer pessoa minimamente equilibrada pensaria em travar algum tipo de diálogo que gerasse aproximação entre esses grupos e a Conferência Episcopal, que produzisse amizade, cooperação, entendimento ou a tão alardeada “comunhão”. Mas, não! Eles não têm bom senso! A sua ideologia os enlouqueceu e deixou completamente fanatizados.

Eles sabem que a sua TL é estéril: não produz vocações, destrói a fé das pessoas, não fez outra coisa senão esvaziar as igrejas, perdeu toda a credibilidade… Mas, como eles são fundamentalistas fanáticos de esquerda, sentem-se ungidos por uma loucura profética que os faz assumirem a missão impossível de kamikazes que se consideram mártires. Eles vão morrer, vão destruir tudo, vão se acabar e acabar com tudo, mas, como pensam ser portadores de uma missão divinamente comunista, irão até o fim, ainda que seja suicida.

É verdade que o prestígio da CNBB está abaixo de zero, mas, mesmo assim, eles não conseguem evitar o prodígio de se autossuperar naquilo que é escandalosamente vergonhoso! Realmente, os fiéis se assustaram!

Parabéns à CNBB, que conseguiu jogar gasolina na fogueira de sua própria combustão popular. Assim, dão muito gás para os seus opositores e se requalificam como objeto do ódio do povo católico. Parabéns à CNBB por fazer a sua própria máscara cair! Agora, mais do que nunca, o povo percebeu que isso é uma guerra!

Aonde anda a cabeça dessa gente? Eles resolveram comprar briga com o povo! E quem é que paga as estadias luxuosíssimas dos bispos no hotel Rainha do Brasil durante todos os dias da Assembleia Geral?…  

Começou a 60ª Assembleia Geral da CNBB.

Por FratresInUnum.com, 20 de abril de 2023: Começou ontem, quarta-feira, 19 de abril, dia do índio, a 60ª. Assembleia Geral da CNBB. O evento, muito destacado nos últimos anos pela sua estridente irrelevância, tem essa fama solenemente confirmada em sua sexagésima edição.

Julho de 2011: Steiner recebe comitiva cismática chinesa. Não se tem notícia de broncas na CNBB em bispos sorridentes que recebem torturadores carrascos de cristãos.
Julho de 2011: O então secretário da Cnbb, Dom Leonardo Steiner, recebe comitiva cismática chinesa. 

Dessa vez, deve-se fazer a escolha para a presidência do coletivo episcopal brasileiro. Correram boatos de que Dom Leonardo Steiner tentaria a eleição para presidente, visto que foi nomeado até cardeal… Em tempos de “Amazoniza-te!”, a frieza jurássica de Steiner, não obviamente vencida pelo seu esquerdismo raiz, não seria grande obstáculo para a sua eleição. Contudo, pelo que se diz nos corredores, o pedido de dispensa que poderia ter sido feito à Santa Sé — dado o impedimento regimental de que se eleja alguém que está no quadriênio em que completará 75 anos, efeméride em que o candidato é obrigado a apresentar seu pedido de renúncia — foi descartado completamente.

A poleposition seria mantida, portanto, pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Spengler, carinhosamente chamado pelos seus não-admiradores, dentre os quais nos incluímos na primeira fila, de Jaiminho, sem referência ao personagem do seriado “Chaves”, o qual carregava uma bicicleta que não usava, justamente porque não sabia pedalar — no caso, a honrosa referência se lhe dá pelo nome de batismo, Jaime, declinado no diminutivo, dado que é da Ordem dos Frades Menores, também carinhosamente apelidada entre os bispos de “máfia franciscana”. Que fraternidade!

Para contrabalancear a esquerda verde, o secretário geral seria oriundo da esquerda identitária, chamada também de “máfia rosa” (aqui, cremos que quase nenhum leitor conseguirá pegar a sutilíssima referência). O ilustre representante desse partido que estaria em melhores condições de voto seria Dom Joaquim Mol, apelidado pelos seus não-admiradores de Dom Mole, em referência à ausência de rigidez em meus maneirismos.

Na eleição anterior, haviam tido o escrúpulo de eleger o esquálido Dom Joel Portela, um bispo neutrão, cujo centrismo isentista não deixou de favorecer a predominância da esquerda.

Essa eleição, portanto, reforçaria ainda mais o esquerdismo da instituição, a qual, em tempos de Lula, decerto será muito ansiosa de restabelecer contatos no Planalto, colocando em sua linha de frente algum “amigo da corte”.

Ontem, também, foi apresentada a análise de conjuntura política e eclesiástica, a qual confirma a essência religiosamente lulo-petista da nossa Conferência Episcopal. A CNBB, de fato, conformou-se em ser um partido político, um “puxadinho” do PT. Não se envergonha mais em dizer abertamente que o início de 2023, em que Lula tomou posse da presidência do Brasil, foi para eles uma “espécie de kairós”, o que vale a dizer: um momento de graça!

As palavras mais mencionadas na análise de conjuntura são: política (118) e Lula (31). Só isso, já nos diz muito.

Se palavras como Deus, Jesus Cristo, Missa, Nossa Senhora são completamente ausentes nestes textos, o que certamente os salva do pecado de blasfêmia, sua ausência não é menos presente na mente daquele vácuo que existe entre as duas abas das “mitras brasileiras.” Na primeira coletiva de imprensa, Dom Walmor, cujo apelido preferimos omitir por razões de decoro, qualificou os quatro últimos anos – a saber, os anos do governo Bolsonaro – como os mais difíceis da história da CNBB.

Na análise de conjuntura eclesiástica, apresentou-se a Igreja sob as mesmas categorias sociológicas que a dividiram. Eles partem, mesmo, de um partidarismo eclesial, mas tendo nele a sua própria “fatia”. Eles são libertadores, são progressistas declarados, são socialistas, petistas, enviesados; não estão interessados em nenhuma unidade que não seja a pura subserviência à sua ideologia. As fontes consultadas na análise são todas de esquerda: IHU, Globo, UOL, Folha etc. E isso demonstra que eles estão completamente desinteressados por qualquer contraditório. São obstinados, voluntariamente cegos e totalmente impermeáveis a qualquer tipo de diálogo que não seja a simples concordância com eles.

Todo esse conjunto nos mostra que essa instituição vive, realmente, num mundo paralelo, feito de utopismo esquerdista e de um vocabulário hermético e sectário. O povo católico nada tem a ver com isso.

Enquanto a CNBB desengaveta esse esquerdismo nojento – aliás, para o qual ela não precisaria existir: já temos a Globo, o UOL, a Folha, a CNN e tutti quanti para fazê-lo –, o êxodo de católicos para as seitas evangélicas só aumenta, o número de vocações para os seminários e congregações só diminui e a fé perde espaço no cenário público para todas as ideologias. Ah, sim! Mas acontece que eles justamente estão do lado de lá: consideram bom o crescimento dos evangélicos, pois eles mesmos odeiam tudo que é católico; querem que o número de sacerdotes decaia, pois aí terão desculpas para ordenar homens casados, mulheres e, enfim, a todos, a todas e a todes; querem a vitória da ideologia sobre a fé, pois a detestam e a substituíram justamente por essas mesmas ideologias.

É verdade que existem alguns bispos que resistem e que eles não são poucos, apesar de serem a minoria.

Naquele ambiente feito de mútua lisonja, em que todos querem ostentar uma comunhão feita de vaidades toscas e de sorrisos fingidos, os fiéis católicos não estão realmente representados. A maior prova disso é que os verdadeiros interlocutores da CNBB, as ONGs e coletivos de esquerda, aplaudem-na, mas jamais esquentarão um banco para assistir uma só sequer das suas missas.

E o povo católico que aguente, e os padres e seminaristas católicos que tenham paciência!

Mas a pergunta que não quer calar é esta: quanto dinheiro custa uma Assembleia Geral para produzir coisa alguma de valor? Não seria melhor distribuí-lo para ajudar os pobres que a CNBB vive dizendo que defende e representa?

Fraternidade e fome ou Hipocrisia e fartura?

Por FratresInUnum.com, 28 de fevereiro de 2023 – Como todos os católicos brasileiros já estão cansados de saber, a Campanha da Fraternidade 2023 tem como tema “Fraternidade e fome” e, como lema, “Dai-lhes vós mesmos de comer”.

Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde informou que 55,7% dos brasileiros está acima do peso, índice que, decerto, é muito maior entre o clero.

De fato, enquanto muitas pessoas passam fome e moram debaixo das pontes, significativa parte dos padres (com honrosas e menos exibidas exceções — Deo gratias!) se exibe nas redes sociais fazendo check-in em restaurantes caros, tomando cerveja soberbamente, quando não outras bebidas, fazendo cruzeiros e cuidando muito, muito bem de sua aparência física (não faltam, inclusive, os que ostentam seus tratamentos estéticos, como harmonização facial, implante capilar, limpezas de pele e outras futilidades que, comumente, ocupam mais o público feminino).

O mais interessante, porém, é ver os nossos venerandos epíscopos, dos quais muitos rechonchudos (e também com honrosas, e aqui muito menos numerosas, exceções), pregando o moralismo socialista da partilha e da solidariedade, sem se darem conta que as suas caras imensas e as suas barrigas enormes – o calvário para a cruz peitoral, dizem, gracejando – são o próprio desmentido daquilo que sua boca fala.

A CNBB – em sentido que seria muito mais quaresmal, diga-se de passagem –, deveria fazer uma campanha pelo jejum, a começar pelos bispos, passando pelos padres. Essa obesidade expressiva do nosso clero deveria, inclusive, mobilizar os agentes da pastoral da saúde. Deveriam começar uma nova pastoral: a dos “gulosos anônimos”, com a proibição expressa de ter lanchinho no final da reunião – sim, porque, como diz o povo, não fica bem ir a uma reunião contra a gula e… “comer feito um padre”.

Embora estes temas sejam ainda tão pouco transcendentais, o que repugnaria enormemente a sanha horizontalista dos nossos bispos, mesmo sendo, assim, tão naturalistas, tão nada sobrenaturais, pelo menos conversariam mais com a realidade e, sobretudo, não pecariam pela incoerência.

Sabe-se de casas paroquiais que têm despesas altíssimas com comida. Sim, porque os nossos padres (novamente, não esqueçamos das valorosas exceções!), geralmente,  apesar de terem vindo de famílias pobres, gostam de coisas muito boas, como queijos refinados, vinhos importados, frios nobres, além de muitos outros requintes gastronômicos. E os bispos não ficam atrás, porque frequentemente recebem como presentinho aquelas cestas de comida, para não falarmos dos bajuladores que não perdem a ocasião de lhes levar uma feijoada ou qualquer outra comida paroquial que lhe possa encher o estômago.

É verdade que o drama da insegurança alimentar atinge grande parte da população brasileira e que o país, lamentavelmente, voltou ao mapa da fome, ainda que a metodologia para tais estudos possa ser questionada. Porém, ao invés de ficar no palavrório, talvez o nosso estimado clero pudesse fazer um gesto concreto, como gostam eles de dizer: possivelmente, se deixassem de comer as iguarias caras e gordas que comem, poderiam sustentar com arroz, feijão e carne algumas famílias, pois o que falta na mesa do pobre sobre na mesa do clero.

Até mesmo o bezerro de ouro da CNBB, há pouco, afirmou que: “Se nós produzimos alimento demais no planeta Terra e, se neste país, a gente produz alimento demais, e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria comer para que o outro pudesse comer um pouco”. Há na CNBB muita audiência para esse tipo de groselha, não? Pois que a ouçam!

Há um tempo, um padre petista ultra-libertador, exibia-se dizendo que só consome produtos orgânicos e que faz suas compras nos supermercados mais especializados em boa alimentação, luxos dos quais não podem desfrutar os pobres paroquianos que, trabalhando de sol a sol, dão o seu dinheiro sofrido para sustentarem uma Igreja que se diz engajada na luta do povo, enquanto se enfatua com manjares que são até desconhecidos por aqueles que os pagam.

Em tempos nos quais padres vão ao master-chef, talvez faltem mais padres que se resignem ao jejum do Evangelho e imitem Cristo em seu deserto quaresmal.

Ai de vós!

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade – São Mateus, 23

Parabéns, CNBB.

Por Padre Jerome Brown, FratresInUnum.com, 2 de novembro de 2022 – Amanheci no dia 31 de outubro com uma vontade imensa de dar os parabéns à CNBB.

Não tanto por ser o dia das Bruxas, mas pela vitória do Lula.

Sim, a vitória do Lula é a vitória da CNBB. E, como toda vitória da CNBB, é uma derrota para os fiéis católicos.

Confesso que quase escrevi que seria uma derrota para a Igreja, mas pode a Igreja ser derrotada?

Não.

A Igreja é divina, e nada divino é “derrotável”. A Igreja vence, sempre vence e vence com maior glória quando essa vitória é fruto do sangue de seus fiéis, ainda que eles tenham, aos olhos do mundo, sido derrotados.

Não nos diz o ofertório da festa de Todos os Santos que, para os insensatos, os justos estavam mortos, mas, sua vida está nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá?

Os católicos foram derrotados e se preparam para uma perseguição de derramamento de honras e de sangue.

Isso já acontecia no atual governo, que preferiu ficar nas quatro linhas, enquanto os inimigos de Deus e da Pátria não reconheciam qualquer limite. Seguir as regras de um jogo só funciona quando há dois homens honrados. Jogar lealmente com um ladrão é pedir para ser roubado.

Mas, o bezerro de tucum da CNBB será novamente entronizado. Talvez até a menina moça dance com panderola em sua honra. E se algum bispo conservador, moderado e calado, estiver me lendo e pensando que estou sendo injusto com Vossa Excelência, realmente, devo concordar.

À Vossa Excelência/Eminência ainda mais se deve a bancarrota do Catolicismo brasileiro. O seu silêncio foi pior que os gritos das viúvas episcopais do PT. O seu silêncio, as suas notinhas, a sua “comunhão” são cócegas para o diabo, que terá em seu crânio episcopal mais um ladrilho do inferno.

Cada vez mais compreendo a grandeza de Dom Antônio de Castro Mayer, que se retirou da CNBB, para poder conservar-se católico.

O perigo de uma Consagração.

Por Padre Jerome Brown, FratresInUnum.com, 14 de outubro de 2022

Correu como um raio pelo Brasil que o Presidente da República, que tenta a reeleição, faria um ato público de fé ao rezar o Rosário e consagrar o Brasil à Nossa Senhora Aparecida.

Tão logo a notícia se propagou, os organizadores do evento se viram num embate não tanto político, mas sobretudo religioso e, não exagero se dizer, espiritual.

Bolsonaro volta à Aparecida um ano após críticas de arcebispo

Mas, qual seria o problema de o Presidente ler duas folhas de papel ofício onde estavam escritas uma consagração a Maria?

Ora, meus amigos, se há algo que a vida me ensinou é que existem dois tipos de seres que tem horror a consagrações: os demônios e os políticos. É claro que a distinção entre ambos nem sempre é fácil de ser feita.

Especialmente, porque quando me refiro a políticos não estou me referindo apenas aos que estão ou almejam estar nos poderes da República, mas também a muitos clérigos que, às vezes buscando um suposto bem, cercam esses poderes aconselhando uma moderação que pouco difere da traição.

E também outros clérigos que sem moderação alguma defendem e incitam a subida de ideologias que são contrárias ao Evangelho.

Qual dos dois tipos é o pior?

Na minha opinião, o primeiro.

Porque o segundo pelo menos é autêntico, não usa subterfúgios, não é dúbio, não é covarde. E são os políticos, particularmente os políticos clericais, que junto aos demônios impedem as consagrações.

O que impediu todos os Papas de fazerem a consagração da Rússia tal como pedida pela Virgem Maria? Os políticos, sobretudo os clérigos políticos.

Não houve nenhum argumento teológico, moral, etc. Apenas o temor de um incidente político. Assim as menções veladas; a ideia que fazendo a Rússia parte do mundo, seria a mesma coisa consagrar o mundo, o acréscimo da Ucrânia…

Não entro na questão de se a Consagração foi aceita, mas na evidência de que, tal como Nossa Senhora pediu, ninguém teve a coragem de fazer.

Diz-se que o presidente teria afirmado após uma conversa com um clérigo que se fizesse a consagração teria problemas. Pensou-se num primeiro momento de que se tratava do risco de um atentado à sua pessoa ou algum risco do tipo.

Riscos que não existem nas suas famosas motociatas? Ou nas suas idas aos templos das mais variadas religiões?

Nesse momento, o que era certo virou não duvidoso, mas errado: sim, um padre impediu a consagração do Brasil.

O que passou nas intenções do presidente, ele prestará contas a Deus. Ele continua sendo a única opção para os católicos verdadeiros, mas esses mesmos católicos amargam que sua nação não tenha sido consagrada pelo único que a poderia fazer.

Qual seria o problema? A associação da imagem do Presidente com católicos de verdade? Católicos que são saco de pancadas da esquerda e sobretudo da esquerda “eclesiástica”? Católicos que são “imoderados” na defesa do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, O qual sem “moderação” alguma disse: “Quem não recolhe comigo, dispersa”? Católicos que sofreram com governos de esquerda e sofrem com a Hierarquia ainda mais de esquerda? Católicos muitas vezes expulsos de suas paróquias unicamente por serem católicos? Católicos que sofrem até no interior de suas famílias unicamente por terem mais de um filho? Era esse o risco, o problema?

Ou o problema seria que Nossa Senhora aceitasse a consagração e o Brasil se tornasse, de fato, católico?

Deus é eterno. Mas impõe sobre nós prazos que mostram a sua complacência, mas também mostram que d’Ele não se zomba.

O presidente do Centro Dom Bosco pediu que insistentemente se pedisse ao Presidente que fizesse a consagração, e ele está certo. Porém, deve-se compreender que fazer a consagração no dia 12, diante da Virgem, foi uma graça que já passou.

Rezemos para que o Presidente da República o faça, e publicamente, como é da própria natureza de uma consagração nacional.